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A INFLUÊNCIA
ALEMÃ
E A CRIAÇÃO DA VARIG
Durante a década de 1920, a aviação comercial estava dando
os seus primeiros passos. As grandes potências europeias e
os EUA não demoraram muito para enxergar que essa seria uma
indústria estratégica, com grande potencial de crescimento.
Mais ainda, a aviação comercial poderia ser uma ferramenta
para expandirem suas influências políticas, econômicas e
comerciais. Nesse contexto, as potências econômicas
começaram uma corrida para se posicionar como líderes na
aviação. Uma das chaves para esse domínio era o controle e o
estabelecimento rotas aéreas que conectassem continentes e
abrissem novos mercados.
Após a derrota na Primeira Guerra Mundial, a Alemanha estava
em um processo de reconstrução econômica e de recuperação de
sua posição no cenário internacional. O país via na aviação
comercial uma forma de abrir novos mercados para seus
produtos. Nessa conjuntura, surgia, na Alemanha, em 1924, a
Condor Syndikat. Uma companhia aérea com objetivo de criar
uma malha aérea de domínio alemão nas Américas. Dentre as
empresas que a Condor Syndikat começou a controlar estava a SCADTA
(futuramente
Avianca), que havia sido fundada
em 1919 com a ajuda de empresários alemães. A SCADTA
conseguiu um feito e tanto ao ser capaz de conectar as
Américas do Sul. Central e do Norte, colocando a Alemanha na
liderança dos voos comerciais na região. A vigorosa expansão
da SCADTA foi o precursor da
criação da Pan Am, uma resposta dos
EUA para a crescente influência alemã na aviação da América
Latina.
Enquanto
isso chegava no Brasil Otto Ernst Meyer, um imigrante alemão (ex-piloto da força aérea de seu país) com objetivo de
montar uma companhia aérea no país. Passando por Recife e Rio de
Janeiro, o alemão só encontrou o apoio necessário em Porto Alegre. Em
1926 ele partiu para a Alemanha para visitar o escritório da Condor Syndikat.
Lá um acordo foi feito: 21% da companhia brasileira estaria
nas mãos da Condor Syndikat e em troca a companhia emprestava um
Dornier
Do J Wal para a companhia brasileira iniciar operações, além de
funcionários para a operar a aeronave.
No dia 26 de janeiro de 1927 a Condor Syndikat
recebeu autorização do governo brasileiro para operar em
território nacional por um ano. Sendo assim, no dia 3 de fevereiro de 1927, às 8 horas da manhã, decolava o
primeiro voo comercial do Brasil. O Dornier,
batizando de "Atlântico", decolou do rio Guaíba com destino
ao Rio Grande. O nome provisório da empresa era "Companhia Rio Grandense de Transportes
Aéreos". A rota ligava Porto Alegre ao Rio Grande, com escala em
Pelotas e durava 2 horas e 20 minutos. O voo ficou conhecido como "Linha
da Lagoa".
No dia 7 de maio de 1927 nascia finalmente a primeira companhia aérea
brasileira: Viação Aérea Rio Grandense, mais conhecida como VARIG. Sendo
assim a Condor Syndikat passou a linha e a aeronave para a
Varig, no dia 15
de junho de 1927. Em dezembro do mesmo ano a Condor Syndikat fundou
outra empresa no Brasil: a Syndicato Condor (futuramente -
Cruzeiro do
Sul).
Em agosto de 1927 chegou ao Brasil a segunda aeronave da Varig, um
Dornier Merkur (também
originalmente pertencente a Condor Syndikat), batizado de "Gaúcho".
As duas primeiras aeronaves da Varig eram hidroaviões, ou
seja, decolavam e pousavam na água. A escolha dos
hidroaviões se encaixava muito bem com conjuntura do Brasil
na época, onde não haviam aeroportos. As primeiras rotas
áreas do Brasil tiravam vantagem da geografia do país, que
possui uma extensa linha costeira com grandes centros
urbanos e portuários ao longo do litoral. No caso da Varig,
a companhia utilizou fonte de água perto da capital Porto
Alegre. A base de operações foi construída na Ilha Grande
dos Marinheiros, na foz do rio Jacuí, ligação para a Lagoa
dos Patos, onde a companhia operava a sua primeira rota
comercial.
Em 1929 a companhia recebeu dois Klemm L25, as aeronaves transportavam
malas e postais e faziam propagandas da companhia.
Em 1930 a Condor Syndikat saiu da sociedade e a Varig teve que devolver
o "Gaúcho" em 25 de junho e o "Atlântico" em 2 de julho. Com isso a
Varig passou a operar somente os Klemm, que não eram capazes de realizar
o transporte de passageiros. A companhia então pediu ajuda do
governo gaúcho, que deu subsídios para a incorporação de dois Junkers F-13. O primeiro chegou em 18 de
abril
de 1932 e com eles a companhia passou a atender Livramento, Santa Cruz,
Cruz Alta e Santana do Livramento. O Junkers F-13
marcou a transição dos hidroaviões para os aviões
terrestres. Essas aeronaves precisavam de um lugar adequado
para decolar e pousar e na época não havia nenhum. Para isso
a Varig construiu pistas de pouso e decolagem nas cidades do
Rio Grande do Sul em que a companhia pretendia operar, na
época denominados "Campos de Aviação".
Em 1937 chegou o Messerschmitt M20,
a primeira aeronave com banheiro à bordo. Com
ele o voo para Livramento foi estendido até Uruguaiana. No mesmo
ano a companhia recebeu o Junkers JU-52, o maior avião da frota (para
até 21
passageiros). A aeronave era tão grande que só decolava se houvesse um
número de passageiros suficiente.
Em 1938 a Varig foi obrigada a cancelar a sua primeira linha, entre Porto
Alegre e Rio Grande, devido à baixa ocupação. Porém a companhia fechou um
acordo com a Viação Férrea do Rio Grande do Sul e passou a oferecer
viagens de trem entre as cidades. Nessa mesma época, o
Junkers JU-52
se acidentou, marcando o primeiro acidente com perdas humanas da Varig.
Em 1942 a empresa recebeu um De Havilland Dragon Rapide e em 5 de
agosto
de 1942 iniciou a sua primeira rota internacional, ligando Porto Alegre
à Montevidéu.
A EXPANSÃO PARA
TODO O BRASIL
No inicio dos anos 1940, a Varig ainda era pequena se
comparada as outras companhias aéreas brasileiras. Tinha uma
frota de apenas sete aeronaves e uma malha regional no
estado do Rio Grande do Sul. Enquanto isso a
Syndicato Condor e a
Panair
do Brasil tinham uma frota com mais de vinte aeronaves e uma malha
cobrindo todo o Brasil e voos internacionais. Nesse período
a Varig enfrentava um grande problema devido à Segunda Guerra Mundial. A
maioria das aeronaves eram de origem alemã e o Brasil acabou ficando
contra a Alemanha e a favor dos Estados Unidos na guerra. Com isso a
peças das aeronaves alemãs, que eram maioria na frota da empresa,
começaram a ficar cada vez mais difíceis de serem obtidas. Além disso
Otto Ernst Meyer era alemão e decidiu sair da presidência da empresa
para proteger a Varig. Otto saiu em dezembro de 1942 e entrou em seu
lugar Érico de Assis, porém ele morreu duas semanas depois da indicação.
Em seu lugar entrou Ruben Martin Berta, que estava na empresa desde
1927 e como Otto era apaixonado pela Varig. A primeira medida de Berta foi começar a padronizar a frota e comprar
aviões norte-americanos. O primeiro foi o Lockheed Electra
I, em 1943. Com ele a
Varig iniciou o serviço de bordo.
Em 1945 Ruben Berta inovou e criou
a Associação de Funcionários da Varig. A idéia de Berta era
proteger a Varig e ao mesmo tempo beneficiá-la. A associação
teria 50% da empresa e todos os funcionários da companhia
fariam parte dela. Ela daria uma série de benefícios aos
funcionários, melhorando a sua qualidade de vida e
conseqüentemente a sua produção na empresa. Em outubro de
1945 os acionistas transferiram 50% da ações para a
Associação de Funcionários da Varig. A associação trouxe
inúmeros benefícios para a Varig, mas também foi uma das
responsáveis pela sua crise cinquenta anos mais tarde.
Após o fim da Segunda Guerra Mundial, a frota da Varig foi
renovada com aeronaves americanas Douglas
DC-3 e Curtiss C-46. As duas
passaram a ser as aeronaves em maior quantidade na frota e
realizavam todos os tipos de operações, como voos regionais,
voos domésticos, voos internacionais e voos cargueiros. O
primeiro voo do
DC-3 ocorreu no dia 27 de agosto de 1946
e marcou a expansão da Varig para além das fronteiras do Rio
Grande do Sul. A primeira rota da aeronave também foi o
primeiro voo da companhia ligando Porto Alegre,
São Paulo e Rio de Janeiro. Nessa mesma época a companhia
também lançou voos para os estados de Santa Catarina e
Paraná.
Em maio de 1952 a Varig comprou a
Aero Geral, ampliando a
malha para as regiões nordeste e norte, passando a atender
cidades como Salvador, Aracajú, Maceió, Recife, Natal, João
Pessoa, Fortaleza, São Luis e Belém. A frota também
aumentou, com mais aeronaves C-46 e DC-3,
atingiu mais de quarenta aviões.
EXPANSÃO PARA OS
EUA
Em 1954 chegaram os
Convair 240, a sua velocidade de 435 km/h reduziu o
tempo das viagens. A Varig chegou a operar doze unidades por todas as
rotas no Brasil e para Montevidéu e Buenos Aires.
Em 1953 a Varig recebeu autorização para voar entre o Brasil e os
Estados Unidos (devido a desistência da Cruzeiro). Para isso a companhia
encomendou três Lockheed Super G Constellation. Em
julho de 1955 a rota
para Nova York foi inaugurada. O Constellation
fazia a rota Buenos Aires
- Montevidéu - Porto Alegre - São Paulo - Rio de Janeiro - Belém - Port
of Spain - Trujilho - Nova York. O
Constellation
foi configurado para apenas 66 assentos (contra cerca de 99
numa configuração padrão), tornado a aeronave
mais confortável. Além disso o Constellation
possuía oito camas beliche e por ter mulheres e crianças com
pijamas à bordo, a companhia contratou pela primeira vez
mulheres. Com o primeiro voo internacional de longa
distância, a Varig fez uma completa reestruturação nas suas
estrutura e operações, com foco em oferecer serviços de alta
qualidade. À bordo a companhia oferecia o que havia de
melhor, a cozinha da Varig contava com um cozinheiro da família real
russa e para muitos a comida da Varig era melhor do que de qualquer
restaurante no Brasil. Em pouco tempo a Varig começou a ser reconhecida
como uma das melhores companhias do mundo. Além de disputar os
passageiros com a
poderosa Pan Am, a Varig também encarou uma
guerra tarifária com a
Real, que também voava
para os EUA. A Real preferiu
atrair os passageiros cobrando preços muitos baixos, enquanto a Varig preferiu
atrair os passageiros investindo na qualidade do serviço.
Em setembro de 1957 a Varig encomendou os seus primeiros jatos: três
Boeing
707-400. Em outubro a companhia encomendou dois
Caravelle. Mas devido à
problemas na produção do 707, o
Caravelle chegou antes. Então em
setembro de 1959 a Varig fez o primeiro voo com um jato no Brasil. Como o
Boeing 707 ainda não havia chegado, o
Caravelle foi para a rota Rio de
Janeiro - Nova York e operou na rota até a chegada o
707. Com o
Caravelle, o tempo de viagem foi reduzido de 25 para 14 horas.
Em
julho de 1959, Varig, Vasp e
Cruzeiro se juntaram para criar
um conceito inédito, a
Ponte Aérea Rio de Janeiro
- São Paulo. O objetivo inicial era combinar a operação das três
empresas nessa rota para competir com a líder de mercado
Real-Aerovias. A Varig entrou no pool
operando com os Convair 240.
O primeiro
Boeing
707-400 finalmente chegou no dia 22 de junho de 1960 e já veio
trazendo os passageiros da Varig de Nova York. Com a chegada dos
707, foram inauguradas novas rotas para Nova
York, como o voo "non-stop" (sem escalas) entre o Rio de Janeiro e
Nova York. Mesmo assim os
Constellation ainda
continuaram a operar na rota para Nova York por algum tempo.
Depois eles passaram a operar em rotas domésticas, até
finalmente serem aposentados.
A MAIOR
COMPANHIA AÉREA DA AMÉRICA LATINA
Em agosto de 1961 a Varig deu o seu maior salto com a compra da
Real Aerovias. A Real era quase duas vezes maior que a Varig, com uma
frota de mais de cem aeronaves. Porém grande parte da frota foi vendida
para pagar a divida gerada com a compra. Após a absorção da Real, a Varig se tornou
a líder no mercado nacional, atendendo cerca de 100 cidades brasileiras, e expandiu suas rotas
internacionais para Lima, Bogotá,
Caracas, México, Miami, Los Angeles e depois para o Tokyo. Além disso a Varig,
relutante, teve que assumir a encomenda feita pela Real dos
Electras II e
Convair 990. O
Electra II tinha uma péssima reputação nos Estados
Unidos devido à vários acidentes e o Convair 990 não tinha um grande
alcance. Porém os Electra II se tornaram um
grande trunfo para a Varig, fazendo com que ela dominasse a
Ponte Aérea Rio de Janeiro - São Paulo (a rota mais
lucrativas do país) por vários anos. Os dois primeiros
chegaram em 1962 e logo se mostraram bem versáteis, operando voos
cargueiros, domésticos e até mesmo internacionais. Ele
começaram a voar na Ponte Aérea ainda em 1962 e permaneceram
por lá por quase trinta anos, até janeiro de 1992. Em 1975
os Electra II passaram a ser as
únicas aeronaves operando na Ponte Aérea, pois nenhuma outra
companhia tinha aeronaves que atendessem os requisitos:
turboélice quadrimotor.
Logo após a compra, a frota da Varig chegou a quase 130
aeronaves, porém o número de aeronaves foi reduzido para
cerca de 90 até o final da década. A substituição das
antigas aeronaves DC-3 e
C-46 pelos turboélices e depois pelos
jatos, teve impacto direto no número de cidades atendidas no
Brasil e no número de aeronaves na frota. A nova geração de
aeronaves para voos doméstico eram maiores e mais complexas
do que a geração anterior, sendo inadequadas para operarem
em aeroportos com pouca ou nenhuma infraestrutura. Além
disso as companhias aéreas passaram a privilegiar as rotas
com maior demanda de passageiros, mais lucrativas, e a
padronização da frota com um número menor de modelos,
privilegiando aeronaves maiores, que eram grandes demais
para cidades com menor demanda. Com aeronaves maiores e
menos destinos a serem atendidos, a Varig precisava de menos
aeronaves. Por isso a frota da empresa teve uma redução
grande no inicio dos anos 1970, caindo para cerca de 50
aeronaves.
Em fevereiro de 1965 o governo militar declarou a falência da
Panair do
Brasil, a maior companhia aérea brasileira no mercado internacional. As
rotas nacionais ficaram com a Cruzeiro e as internacionais com a Varig.
Porém ficou
claro que o fechamento da Panair já tinha sido planejado. Na
mesma noite do fechamento da companhia, os Boeing 707 da Varig cumpriram
todas as rotas da Panair, deixando claro que a Varig já havia se
preparado para operar as rotas da Panair vários dias antes. Com o fim da
Panair, a Varig se tornou a maior companhia aérea do Brasil
e da América Latina. A companhia também havia encomendado dezessete
Boeing 707-300 para cobrir as novas rotas internacionais e aumentar as
freqüências. Nessa época também surgiu a famosa rotas dos ventos, que
passou a ser a logomarca da empresa. Com o falência da
Panair do
Brasil,
a Varig recebeu dois Douglas DC-8-33 e passou a ser uma das poucas
companhias no mundo a operar simultaneamente o DC-8,
Boeing 707 e
Convair 990, os três jatos
intercontinentais da primeira geração. Ao assumir as rotas
da
Panair, a Varig passou a voar para Lisboa, Madrid, Paris,
Frankfurt,
Londres e Roma. Até 1968 a companhia também iniciou voos para Zurique,
Copenhagen, Beirut e Tokyo.
Em dezembro de 1966 Ruben Beta morreu em sua mesa de trabalho. Em
homenagem à ele, a associação de funcionários passou a se chamar
Fundação Ruben Berta. Em seu lugar assumiu Erik Carvalho, ex-funcionário
da Panair.
Em 21 de agosto de 1970 a Varig iniciou voos para África, na rota Rio de
Janeiro - Luanda - Johanesburgo. Também em 1970 a companhia recebeu os
HS 748, também conhecidos como "Avro", que substituíram os
últimos
DC-3 ainda presentes na frota. Também chegavam nesse
ano os primeiros Boeing 727, que
popularizaram os jatos nas rotas domésticas. A chegada do B727
diminuiu o tempo dos voos pela metade, o que obrigou a Varig
a simplificar o seu serviço de bordo, uma vez que
simplesmente não havia mais tempo hábil para oferecer tantos
pratos.
Em dezembro de 1972 a Varig escolheu o
Douglas DC-10-30 como o novo
avião intercontinental. A companhia estava estudando o
Boeing 747 e
DC-10 e acabou escolhendo o último, pois ele era menor e mais econômico,
refletindo melhor a demanda de passageiros. O primeiro
DC-10-30 da Varig
chegou em maio de 1974 e iniciou serviços regulares em julho na rotas
para Nova York e para Europa. O DC-10 foi o primeiro "wide-body"
(avião de fuselagem larga) da Varig e do Brasil, e era o que havia de mais
moderno na época. O ano de 1974 também marcou a chegada dos primeiros
Boeing 737-200, que em pouco
tempo se tornaram a principal aeronave para voos domésticos.
GRUPO VARIG
Em 1975 a Cruzeiro do Sul não estava bem financeiramente e negociava a
sua venda para a Vasp. Porém em maio desse ano quem comprou a
Cruzeiro
foi a Varig. Com isso a Varig passou a dominar 100% do mercado
internacional, ou seja, era a única companhia aérea brasileira a ter
voos internacionais, posição que manteve até 1990. A Varig
manteve o nome Cruzeiro até 1993 e usava a companhia para testar
novos produtos. Com a aquisição da Cruzeiro,
a Varig passou a voar para Bolívia, Equador, Guiana Francesa
e Suriname.
Em 1976 o governo determinou a criação de companhias regionais para
aumentar o número de cidades atendidas por voos comerciais, que vinha
diminuindo, principalmente depois da introdução dos jatos. A Varig se associou à Top Taxi
Aéreo e criou a Rio Sul, que ficou responsável por atender toda a
região sul e o estado do Rio de Janeiro, além de parte do estado de São
Paulo e Espírito Santo. Com isso a Varig repassou para a Rio Sul
todas as suas rotas regionais e passou a se concentrar
apenas nas rotas com maior demanda de
passageiros.
Em 1977 a companhia expandiu sua presença na África,
com o inicio dos voos para Lagos e Cidade do Cabo.
No final da década de 1970 a Varig atingiu o seu auge. Era a maior companhia aérea
da América Latina, a maior empresa privada do Brasil, a maior empresa
aérea privada fora dos EUA, a oitava do mundo em carga transportada e a
vigésima segunda em passageiros transportados. Além disso era
considerada uma das melhores companhias do mundo e dominava 50% do
mercado nacional e 100% do internacional. Sua frota era composta por 49
aeronaves, porém considerando o Grupo Varig, com a Cruzeiro
e a Rio Sul, a frota chegava a 77
aviões. A malha da companhia alcançava destinos nas
Américas, Europa, África e Ásia. Com o fim da década de 1970, a
Varig encerra o seu "super crescimento" e enfrenta a década de
1980 com um
crescimento mais modesto.
Com uma posição de destaque na aviação comercial mundial, as fabricantes
queriam que a maior companhia da América Latina operasse suas aeronaves,
como foi o caso do Concorde e do
Airbus A300. O Concorde não entrou em
operação na Varig, mas o Airbus sim. Em abril de 1979 a Varig encomendou
dois Airbus A300B4. Em junho de 1980 o primeiro Airbus do Brasil entrou em operação, mas não
nas cores da Varig e sim nas da Cruzeiro e voando nas rotas para a
América do Sul. O Airbus se mostrou uma ótima aeronave, muito silenciosa
e muito confortável. Com o sucesso do A300 na
Cruzeiro, a Varig recebeu
mais dois A300 em junho de 1981 e os pintou nas
suas próprias cores. O
A300 passou a ser
a maior aeronave operando no aeroporto de Congonhas, em São Paulo.
Em
janeiro de 1981 a Varig encomendou três Boeing 747. A companhia
demonstrava interesse na aeronave desde a década de 1970, mas o
747 era
grande demais para a demanda de passageiros. Os 747 encomendados eram da
versão 747-200B, que eram metade para passageiros e metade para carga,
com isso o 747 se tornava mais adequado para as rotas da Varig. O
"Jumbo" estreou na companhia
no dia 12 de fevereiro de 1981, na rota Rio de Janeiro -
Nova York, competindo diretamente com o Boeing 747-100 da
Pan Am. Com a
chegada dos outros dois, a Varig iniciou o voo com o
747-200 na rota Rio
de Janeiro - Paris - Frankfurt. Nessa época a companhia expandiu seus
voos na Europa, passando a voar para Milão, Barcelona e
Amsterdã.
Em 1985 a companhia encomendou a mais nova versão do
747, o
Boeing
747-300. Os dois 747-300 Combi (metade passageiros, metade carga)
chegaram em dezembro de 1985 e substituíram o DC-10-30 na rota Rio de
Janeiro - Los Angeles - Tokyo. Em 1988 a Varig recebeu mais três
Boeing
747-300, dessa vez totalmente para passageiros. Os
747-300 "full-pax" da
Varig chegaram a ser configurados para 408 passageiros em três classes.
Em
março de 1987 a Varig recebeu seis
Boeing 767-200ER para substituir
os A300. Os 767 foram negociados
com preços bem baixos, pois a Boeing
queria que a Varig deixasse de operar aeronaves da Airbus. A Varig foi a
primeira companhia do mundo a operar o 767 com
motores da General Electric. No mesmo ano, a companhia
começou a receber os primeiros Boeing 737-300, que passaram a ser a principal aeronave
para voos nacionais da companhia até a sua falência em 2006.
Em 1989 a Varig foi a primeira companhia aérea a usar o
aeroporto de
Guarulhos, pousando com o seu Boeing 747 no voo vindo de Nova York. A
partir de 1989 a Varig começou a transferir lentamente os voos internacionais
do Galeão para
Guarulhos. No mesmo ano a Varig
recebeu os seus primeiros
Boeing 767-300ER.
PÉ NO FREIO
No inicio da década de
1990 a companhia fez uma grande expansão no número de
destinos internacionais, iniciando voos para destinos como
Cancun, Chicago,
Orlando, Washington, Atlanta, Porto e Nagoya. Porém essa década foi o
inicio do fim da empresa...
Em 1990 a Varig perdeu o monopólio das rotas internacionais. A
TransBrasil e depois a
Vasp iniciaram voos internacionais, aumentando a
concorrência e diminuindo os lucros da Varig. Além disso, a concorrência
no mercado internacional estava ficando cada vez mais forte.
Antes somente a Varig e a Pan Am
voavam entre o Brasil e os EUA e em menos de um ano elas
tiveram que competir com Vasp,
TransBrasil,
Eastern,
American Airlines,
United, Tower Air,
Delta e
Continental!
Resultado: antes os voos partiam lotados e o preço das
passagens era alto e agora os voos saiam bem mais vazios e o
preço das passagens havia caído para menos da metade.
Em novembro de 1991 a Varig
foi uma das primeiras companhias aéreas no
mundo a operar o novo McDonnell Douglas MD-11. Ele iniciou os seus
serviços na rota São Paulo - Rio de Janeiro - Paris - Amsterdã. A parir
daí o MD-11 passou a ser a principal aeronave para voos internacionais. Em dezembro do mesmo ano, chegou o primeiro
Boeing 747-400,
que operou na rota São Paulo - Roma. Posteriormente a companhia recebeu
mais dois 747-400 e, em 1993, inaugurou a rota Rio de Janeiro
- São Paulo - Johanesburgo - Bangkok - Hong Kong. Porém os
747 foram
negociados em moeda japonesa e houve uma grande valorização da moeda
japonesa em relação à brasileira, fazendo com que mesmo com 100% de
ocupação, o 747-400 tivesse prejuízo.
Com isso a Varig devolveu os
Boeing 747-400 em 1994, com
apenas três anos de operação na companhia.
Além dos
desafios no no mercado internacional, a Varig começava a ser
incomodada por uma pequena empresa do interior de São Paulo, que vinha
numa grande expansão com os seus Fokker 100: a
Tam. Ela estava em
grande vantagem por usar jatos contra os turboélices da subsidiária da
Varig, a Rio Sul. Para competir com o Fokker 100,
a Rio Sul começou a incorporar
aeronaves Boeing 737-500 em
1995.
Em 1995 a Fundação Ruben Berta demitiu, pela primeira vez, o presidente
da Varig. Aliás a Fundação Ruben Berta também contribuiu para a crise da
empresa. Qualquer membro da Fundação, que já dominava mais de 80% da companhia, podia ocupar o cargo máximo.
Muitas vezes a pessoa não
tinha preparo técnico para ocupar o cargo e acabava tomando decisões
equivocadas. A Fundação vinha cada vez mais interferindo na empresa e
nas decisões do presidente. Entre 2002 e 2005 a Varig teve nada menos de
nove presidentes, todos demitidos pela Fundação Ruben Berta. Com as dívidas aumentando, a Varig vendeu todas as suas aeronaves e
as
alugou de volta (sale and lease back), ou seja, a companhia começou a
pagar um aluguel pelas aeronaves que antes eram dela.
Em 1995 a Varig comprou 49% da
Pluna, a principal companhia aérea
do Uruguai, que passou a fazer parte do grupo.
No mesmo ano a Nordeste foi comprada pela
Rio Sul e também passou a
fazer parte do grupo Varig. Nesse ano a frota do grupo alcançou 120
aeronaves.
Em setembro de 1996 um
Boeing
747-300 apresentou as novas cores da
companhia, a antiga pintura foi uma das mais duradoras da mundo (de 1955
a 1996).
Em novembro de 1997 a Varig foi a primeira companhia a entrar na
Star Alliance.
Em 1998 o grupo Varig alcançou o seu recorde, com uma frota
conjunta de 153 aeronaves e o recorde de 11,2 milhões de
passageiros transportados, sendo 4,3 milhões no mercado
internacional. Otimista, a companhia encomendou vinte e duas novas aeronaves dos modelos
Boeing 737-700,
Boeing 737-800 e
Boeing 777-200.
Em agosto de 1998 a Varig saiu do pool da
Ponte Aérea (com
Vasp e TransBrasil) e passou a operar com a sua subsidiária
Rio Sul. No mesmo
ano, a companhia recebeu o primeiro Boeing 737-700, sendo a primeira da
América Latina a operar esse modelo.
QUEDA LIVRE
Em 1999 a Varig precisou reduzir a oferta de assentos, com
uma queda de 10% na demanda doméstica e de 20% na demanda
internacional. A companhia devolveu 13 aeronaves, sendo 5
wide-bodies, retirando de operação os últimos
DC-10-30 e Boeing 747.
A chegada do século XXI
trouxe muitas mudanças no setor aéreo brasileiro. O inicio
dos anos 2000 foi marcado pela grande redução do número de
destinos internacionais, que passaram a ser operados em
regime de code-share com companhias aéreas parceiras da
Star Alliance como
Joanesburgo, Cidade do Cabo, Orlando, Washington, São
Francisco, Chicago, Toronto, Porto, Barcelona, Zurich e
Roma. Outros destinos simplesmente deixaram de ser atendidos
como por exemplo Luanda, Cidade do Panamá, Bangkok e Hong
Kong. Já no mercado doméstico, a primeira companhia aérea no
conceito low cost, low fare do Brasil, Gol,
começou a operar em janeiro de 2001, puxando os preços das
passagens para baixo e fazendo a
rentabilidade dos voos nacionais diminuir. Em março de 2001 a Varig perdeu a liderança no
mercado nacional para a Tam (a Varig era a líder desde 1961). Porém se
somássemos as participações da Varig, Rio Sul e
Nordeste, a Tam só
passou a Varig em 2003.
Em 11 de setembro de 2001 a aviação comercial
mundial sentiu uma nova e forte crise com os atentados terroristas.
Enquanto as companhias mais "modernas", como a Tam,
rapidamente diminuíram sua oferta, as "tradicionais" como a
Varig mantiveram seus aviões voando vazios e no prejuízo.
Em
novembro de 2001 a Varig foi a primeira companhia aérea da América Latina a
operar o Boeing 777 e o
Boeing 737-800. O
777-200 da Varig realizou o seu
primeiro voo no dia 15 de
novembro, na rota Rio de Janeiro - São Paulo - Londres - Copenhagen. O
777 trouxe várias inovações, dentre elas a internet à
bordo. A Varig foi a terceira companhia do mundo a oferecer internet à
bordo. Os dois 777 foram batizados de "Otto Meyer" e "Ruben Berta"
e foram
as duas últimas aeronaves novas recebidas pela companhia. As novidades do
737-800 foram os winglets, que reduzem o
consumo de
combustível, e os monitores de vídeo à bordo. Com o
777 e o
737-800 a
Varig se equiparava à Tam com os seus modernos
Airbus A319/320 e
A330-200. Mas devido à crise financeira, as vinte e duas encomendas
foram reduzidas a cinco 737-700, dois
737-800 e dois
777-200. Também em
2001, a companhia criou a Varig VEM (Varig Engenharia e Manutenção), que
se tornou um dos dez melhores centros de manutenção de aeronaves do mundo.
Em 2002 o Grupo Varig registrou um grande encolhimento. Após
atingir o seu pico em 2001, com 161 aeronaves, 37 aeronaves
deixaram a frota do grupo, dentre eles todos os
EMB-120 e
F-50. Em 2002 iniciava-se o abandono de vez das rotas
regionais e a incorporação das suas subsidiárias
Rio Sul e
Nordeste, completada em 2003.
Em 2003 a Varig "ensaiou" uma fusão com a
Tam e houve um code-share
entre as duas no mercado nacional. Por um lado a Varig se beneficiou com
uma melhora na ocupação dos voos e da rentabilidade. Por outro
lado as pessoas que só voavam Varig e que começaram a voar
Tam acabaram trocando a Varig pela
Tam. A
tentativa de fusão não deu certo, pois enfrentou grande resistência da
Fundação Ruben Berta e dos funcionários.
Em 2003 a Varig encolheu
novamente, mais 12 aeronaves deixaram a frota, entre elas
todos os Boeing 767-200ER. A
companhia chegou até a reativar alguns
Boeing 737-200 para
não reduzir tanto a oferta de assentos.
Em 2004 a companhia recebeu o seu último modelo de aeronave,
o Boeing 757. Como a Boeing havia anunciado o fim da produção de
757, o
preço da aeronave despencou e a Varig aproveitou para alugar quatro
exemplares. A Varig também recebeu mais aeronaves
Boeing 777-200 e
MD-11, todos usados. O objetivo da Varig era substituir mais rapidamente
os MD-11 por Boeing 777, mas os
777 eram velhos e não estavam em bom
estado de conservação. Também em 2004 a companhia anunciou o fim das
operações com o ERJ-145, pois o leasing da
aeronave era mais caro do que um Boeing 737-500, sendo que o Boeing transportava 120 passageiros
contra 50 do ERJ. Além disso a Varig passou a operar somente aeronaves
da Boeing, reduzindo os custos. Nesse ano a Varig voltou a voar para
Johanesburgo e Cidade do Cabo, mas cancelou o voo meses depois.
Em junho de 2005 a
Gol passou a Varig no mercado nacional. Também em
2005 a companhia entrou com um pedido de recuperação judicial. Nesse ano
a frota da companhia foi reduzida para pouco mais sessenta aeronaves
operantes e a Tam já tinha oitenta. Porém a Varig tinha mais que o dobro
de funcionários que a Tam. O motivo era que a Fundação Ruben Berta não
permitia uma demissão se quer, apesar da frota ter encolhido para menos
da metade, os tripulantes de aeronaves já devolvidas há anos atrás
continuavam a receber seus salários mesmo sem voar. Quase sem dinheiro,
a companhia vendeu a VarigLog para a VOLO e a VEM para a
Tap. Chegaram a
especular uma possível compra da Varig pela Tap, mas não aconteceu. Sem
dinheiro para pagar o aluguel dos aviões, houveram vários casos em que a
aviões da Varig foram apreendidos em aeroportos estrangeiros.
2006 é o último ano da companhia. Em janeiro, devido à Copa,
a Varig voltou a voar para Munique. Em um acordo com a Tap, a Varig deixou
de voar para Lisboa, deixando o mercado entre Brasil e Portugal
exclusivamente para a Tap. Além disso a Varig
deixou de voar para o Japão, com o fim dos voos para Tokyo (o voo para
Nagoya já tinha sido cancelado em meados de 2004). Em abril os
funcionários da companhia fretaram um MD-11 da própria Varig e foram
protestar em Brasília, mas sem sucesso. Em junho a companhia entrou em colapso e
quase toda a frota ficou parada, pois se decolassem elas seriam
arrestadas pelas empresas de leasing.
Em 21 de junho de 2006 a Varig
cancelou todos os voos para Milão, Madrid, Munique, Paris, Los Angeles,
Nova York, México, Montevidéu, Assunção e Bogotá. Com isso a companhia
passou a operar somente para Buenos Aires, Caracas, Aruba, Santa Cruz de
La Sierra, Miami, Copenhague, Frankfurt e Londres. Vários passageiros ficaram presos no aeroportos da Europa e
Estados Unidos, pois nenhuma companhia aceitava os bilhetes da Varig. Em
julho a companhia foi dividida em duas: a "antiga
Varig" ficou com toda a divida e a "nova Varig" ficou com a parte
saudável da empresa. Foi feito um leilão e houveram boatos de uma
possível compra pela Lan ou Air Canada, mas a única oferta foi dos
próprios funcionários e que nem tinham o dinheiro todo.
Um novo leilão foi feito e em 20 de julho de 2006 a empresa foi
comprada pelo fundo de pensão americano Matlin Patterson (VOLO Brasil),
a mesma que comprou a Varig Log.
Batizada de VRG Linhas Aéreas, a empresa continuou a operar com o CHETA
da antiga Varig até dezembro.
Em 14 de dezembro de 2006 a
VRG Linhas Aéreas ganhou o seu próprio CHETA
e a Varig - Viação Aérea Rio Grandense deixou de voar oficialmente
colocando fim aos seus quase oitenta anos de história.
Em 20 de agosto de 2010 foi decretada a falência da S.A.
Viação Aérea Rio-Grandense (Varig), Rio Sul e Nordeste.
Evolução da empresa:
Empresas do Grupo:
|
Fundação: 1927
Encerrou Atividades: 2006
Principais Aeroportos: Guarulhos, Galeão, Salgado Filho
Sede: Porto Alegre
Códigos: VRG / RG
Aeronaves já operadas: Airbus A300-200, Boeing 707-300, Boeing 707-400, Boeing 727-100, Boeing 727-200, Boeing 737-200, Boeing 737-300, Boeing 737-400, Boeing 737-500, Boeing 737-700, Boeing 737-800, Boeing 747-200, Boeing 747-300, Boeing 747-400, Boeing 757-200, Boeing 767-200, Boeing 767-300, Boeing 777-200, Caravelle, Convair 240, Convair 440, Convair 990A, Curtiss C-46, Douglas C-47, Douglas C-53, Douglas DC-3, Douglas DC-6, Douglas DC-8-33, Douglas DC-10-30, McDonnell Douglas MD-11, De Havilland Dragon Rapid, Dornier Do J Wal, Dornier Merkur, Embraer ERJ-145, Fiat G2, HS-748, Junkers A50, Junkers F-13, Junkers J-52, Klemm L25, Lockheed Electra I, Lockheed Electra II, Lockheed Super G Constellation, Messerschmitt M20, Messerschmitt BF108, Nordwyn UC641.
Code-Share: Integrante da Star Alliance de 1997 a 2007.
Destinos internacionais já servidos: Abdijan, Amsterdã, Aruba, Assunção, Atlanta, Bangkok, Barcelona, Bariloche, Beirut, Bridgetown, Bogotá, Buenos Aires, Caiena, Cancun, Caracas, Chicago, Cidade do Cabo, Copenhagen, Córdoba, Dakar, Frankfurt, Genebra, Georgetown, Guayaquil, Hong Kong, Honolulu, Ilha do Sal, Johanesburgo, La Paz, Lagos, Lima, Lisboa, Londres, Los Angeles, Luanda, Madrid, Maputo, Mendonza, México, Miami, Milão, Monróvia, Montevidéu, Montreal, Munique, Nagoya, Nova York, Orlando, Panamá, Paramaribo, Paris, Port of Spain, Porto, Punta Del Este, Quito, Roma, Rosário, Santa Cruz de La Sierra, Santiago, Santo Domingo/Trujillo, São Francisco, São José, Tokyo, Toronto, Trinidad e Tobago, Washington, Zurique.
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> Veja as propagandas do grupo Varig
> Veja a participação do grupo Varig no mercado nacional, internacional e de carga
Atualizado em novembro de 2009