Douglas DC-8-10 / DC-8-20 / DC-8-30 / DC-8-40 / DC-8-50
O primeiro avião comercial a jato do mundo foi o
De Havilland Comet,
em 1949. Porém uma série de acidentes com essa aeronave levaram as
pessoas a não confiarem em aviões a jato. Posteriormente foi descoberto
que os problemas não tinham nada haver com os motores e sim com a
estrutura de metal da aeronave.
Mas mesmo com o lançamento do
Comet, a Douglas não tinha pressa
em construir um jato. Para ela o mercado ia passar bem lentamente do turbo-hélice para os jatos.
Enquanto a Douglas, Lockheed e Convair estavam estudando
motores turbo-hélice mais econômicos e eficientes, na direção oposta, a Boeing se
arriscou lançando o seu jato puro com a experiência adquirida nos aviões
militares para a Segunda Guerra Mundial. Em julho de 1954 voava o primeiro
jato comercial de grande porte fabricado
pela Boeing, até então uma fabricante pouco conhecida. A Douglas, maior fabricante do mundo, não podia deixar por
menos e respondeu lançando o seu primeiro jato: o DC-8. Porém o DC-8
estava na desvantagem, uma vez que foi lançado quatro anos depois
do
.
O DC-8 foi oficialmente anunciado em julho de 1955 e foi uma das
primeiras aeronaves a utilizar titânio em sua estrutura, para garantir
maior segurança. Além disso foi o primeiro avião comercial a romper a
barreira do som, em um dos testes.
A primeira encomenda veio da Pan Am, em outubro
de 1955. A Pan Am, que havia ajudado na construção do
, encomendou mais DC-8
do que .
O principal motivo era que o DC-8 era mais largo e por isso mais
espaçoso. A Boeing depois lançou uma nova versão mais larga do
Comet em 1953, mas acabou cancelando a
encomenda depois dos acidentes com o modelo. Em 1958 escolheu o DC-8-33 e os dois primeiros foram
entregues em março de 1961, depois complementados por mais dois. Eles
passaram a ser a principal aeronave da empresa para voos internacionais,
mas um deles foi perdido num acidente no Rio de Janeiro. Em 1965, após o
fim da
Pan Am.
Na
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Modelo: |
Construídos: | Acidentes: |
DC-8-10 |
2 | 2 |
DC-8-20 |
49 | 2 |
DC-8-30 |
52 | 10 |
DC-8-40 |
29 | 7 |
DC-8-50 |
162 | 28 |
TOTAL: |
294 | 49 |
Origem: Estados Unidos
Produzido: 1
Peso da aeronave:
DC-8-10:
Peso máximo decolagem/pouso:
D 123/87
125/87
136
140
142/93
125
136
147
Pratt & Whitney JT3C-6
6) tonf
) tonf Pratt & Whitney JT4A-9 ou 10 ou 11 30 ) tonf Rolls-Royce Conway 509 31 ) tonf Pratt & Whitney JT3D-3B 3 ) tonf Capacidade de combustível:
D 66,4 88,5
Pista mínima para decolagem:
6963-7532
7500-8195 7417-9723 9834-10936 10843-12130
Companhias Lançadoras:
United e Delta
Comparar com outras
aeronaves
Em abril de 1965 a Douglas anunciou a nova
geração do DC-8. Os "Super Sixties" (Super Sessenta) eram mais compridos
e vinham com melhorias em relação aos DC-8 anteriores. Os DC-8-60s se tornaram os maiores jatos da época, até o lançamento do
Boeing 747, podendo levar mais de 200
passageiros. A nova geração do DC-8 incorporou melhorias do
DC-9, novos bagageiros, duas saídas extras,
sistema de ar condicionado mais potente e portas de carga maiores.
A primeira versão foi o DC-8-61, com a fuselagem 11 metros mais longa
que as versões anteriores. A companhia lançadora foi a
United,
em fevereiro de 1967. A versão também ganhou uma puramente cargueira,
conhecida como DC-8-61F (Freight) ou DC-8-61AF (All Freight), e a conversível para passageiro ou carga, DC-8-61CF
(Convertible Freighter).
A segunda versão foi o DC-8-62, menor que o DC-8-61 mas 2 metros maior que os DC-8
anteriores. A vantagem do DC-8-62 era o seu grande alcance, graça
aos novos motores, maior capacidade de combustível e refinamentos
aerodinâmicos. A companhia lançadora foi a SAS em
maio de 1967.
A aeronave era escolhida principalmente para voos de longa distância por
causa da sua grande autonomia. Assim como o DC-8-61, o DC-8-62 também ganhou as versões DC-8-62F
(ou 62AF)
e DC-8-62CF.
A última versão foi o DC-8-63: do mesmo tamanho que o DC-8-61, mas com motores mais
potentes e os refinamentos aerodinâmicos do DC-8-62. O DC-8-63 também teve as
versões DC-8-63F (ou 63AF) e DC-8-63CF. A companhia lançadora foi a
KLM em julho
de 1968. A Douglas também ofereceu uma versão com piso reforçado e maior
peso máximo de decolagem, conhecida como DC-8-63PF.
O lançamento das novas versões do Douglas DC-8 deram um impulso nas
vendas do modelo, reduzindo a diferença para o rival
Apesar de ter perdido o posto de maior fabricante de aviões comerciais
do mundo para a Boeing, o DC-8 se mostrou um grande concorrente para o
B707 e manteve a Douglas num lugar de
destaque no cenário da aviação comercial. Os DC-8 deixaram de ser produzidos em 1972 com a entrada em serviço do
sucessor
DC-10.
No Brasil os Douglas DC-8-60 se tornaram populares nos anos 90 e 2000
para o transporte de carga, devido a sua capacidade de carga e seu preço
baixo no mercado. Com a desvalorização do Real em relação ao Dólar em
1999, as empresas cargueiras brasileiras enfrentaram sérias dificuldades
financeiras e maioria acabou falindo. Muitos DC-8s foram abandonados nos
aeroportos brasileiros e viraram sucata.
Operadores no Brasil: Absa, Air Vias, Beta Cargo, Digex Cargo, SkyMaster, TNT Sava
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Modelo: |
Construídos: | Acidentes: |
DC-8-61 |
35 | 7 |
DC-8-62 |
60 | 12 |
DC-8-63 |
57 | 15 |
TOTAL: |
152 | 34 |
DC-8-61e63/DC-8-62
Origem: Estados Unidos
Produzido: 1
Peso da aeronave:
DC-8-61: 68,9 toneladas
DC-8-62: 64,9 toneladas
DC-8-63: 72,0 toneladas
Peso máximo decolagem/pouso:
DC-8-61: 147/108 toneladas
DC-8-62: 158/108 toneladas
DC-8-63: 161/117 toneladas Pratt & Whitney
Pratt & Whitney
34
) tonf Capacidade de combustível: 91,8 / 88,5 mil litros
14 de março de 1966
DC-8-61:
United
DC-8-62:
SAS
DC-8-63:
KLM
Comparar com outras
aeronaves
No inicio dos anos 70 muitas companhias aéreas
pediram para a Douglas diminuir o ruído dos motores dos DC-8, entretanto
a Douglas não demonstrou muito interesse. Quando os DC-8-60s correram o risco
de serem proibidos de voar em alguns países por causa do ruído, a
Douglas finalmente resolveu se mexer.
No final da década, os DC-8 da série 60 foram remotorizados. Com os
novos motores, as aeronaves reduziram em até 23% o consumo de
combustível e emitiam menos barulho.
Assim o DC-8-61 virou o DC-8-71, o DC-8-62 virou o DC-8-72 e o DC-8-63
virou o DC-8-73.
A remotorização do DC-8 deu uma sobrevida para a aeronave, que pôde
continuar em operação por mais tempo, principalmente no mercado
cargueiro.
Absa, ,
|
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Modelo: |
Convertidos: | Acidentes: |
DC-8-71 |
53 | 3 |
DC-8-72 |
14 | 0 |
DC-8-73 |
50 | 0 |
TOTAL: |
110 | 3 |
Origem: Estados Unidos
Peso da aeronave:
DC-8-71: 74,2 toneladas
DC-8-72: 69,4 toneladas
DC-8-73: 75,3 toneladas
Peso máximo decolagem/pouso:
DC-8-71: 147/108 toneladas
DC-8-72: 158/108 toneladas
DC-8-73: 161/117 toneladas
) tonf Capacidade de combustível: 91,8 / 88,5 mil litros
Comparar com outras
aeronaves