Douglas DC-9-10

Na década de 50 a Douglas começou a estudar um jato para rotas curtas, complementando o DC-8. A primeira versão tinha quarto motores, como os DC-8, mas as companhias aéreas não gostaram da idéia. Então o projeto foi abandonado.
Em 1960 a Douglas assinou um acordo com a Sud Aviation para cooperação técnica. A intenção era fazer uma versão da Douglas do famoso Caravelle. Mas isso também não deu certo.
Em 1962 os primeiros estudos começaram para construir uma aeronave do zero. Nascia o DC-9, aeronave projetada para voos curtos e médios e capaz de pousar em pistas curtas e aeroportos com pouca infraestrutura. O design escolhido foi com dois motores numa cauda em "T". Isso fez com que os flaps reduzissem ainda mais a velocidade de aproximação da aeronave, além de ter menos problemas com coisas na pista sendo sugadas pelos motores. As asas livres de motores também permitem velocidades mais baixas de pouso e decolagem e trem de pouso mais baixo. As suas características tornam o DC-9 ideal para operar rotas curtas e médias em aeroportos com pouca infraestrutura. Outra vantagem do DC-9 é que na cabine de comando são necessários apenas dois tripulantes, dispensando a posição de engenheiro de voo.
O primeiro DC-9 voou em fevereiro de 1965 pela Delta Airlines. A primeira versão, DC-9-10, foi a menor versão de todas e teve várias subversões. O DC-9-11 foi a versão inicial. Apenas uma aeronave DC-9-12 foi construída. As duas primeiras versões foram atualizadas para o DC-9-14, com maior peso máximo de decolagem e maior capacidade de combustível. Não houve uma versão DC-9-13 (superstição?). Em janeiro de 1966 foi lançada a versão DC-9-15, com maior peso máximo de decolagem e maior alcance. As versões de carga incluíam DC-9-1MC (Minimum Change), com assentos dobráveis, e DC-9-15RC (Rapid Change), com assentos removíveis.
A medida que a Douglas lançou novas versões maiores e mais modernas do DC-9, as companhias aéreas deixaram de ter interesse na versão inicial DC-9-10 e sua produção foi encerrada em 1968.
 
 

McDonnell Douglas

 

Origem: Estados Unidos
Produzido: 1965 - 1968
Comprimento:
31,82 m
Envergadura:
27,25 m
Altura: 8,38 m
Peso da aeronave: 22,3 toneladas
Peso máximo pouso: 37 toneladas
Peso máximo decolagem:
DC-9-11: 37 toneladas
DC-9-14: 39-41 toneladas
DC-9-15: 41 toneladas
Capacidade de combustível: 13,9 mil litros
Motores: 2x Pratt & Whitney JT8D-5 ou 7

Velocidade de cruzeiro:
903 km/h (mach 0.85)
Velocidade máxima: 965 km/h (mach 0.91)
Alcance: 2036-2340 km
Passageiros: 72 a 98
2 Classes: 60 a 90
1 Classe: 90 a 109

Tripulação: 6
Primeiro voo:
25 de fevereiro de 1965
Concorrentes: Boeing 737-100/200, BAC 1-11, Caravelle

Companhia Lançadora: Delta Airlines
Comparar com outras aeronaves

Construídos: 137
Acidentes:
24

 

 

 

Douglas DC-9-20

A versão 20 foi criada por um pedido da SAS, que queria uma aeronave com motores mais potentes e capaz de operar em pistas mais curtas e em condições ruins. Como foi feito para um objetivo muito especifico, o DC-9-20 não encontrou outros compradores e foi vendido apenas para a SAS.
 
 

Martin Steiner

 

Origem: Estados Unidos
Produzido: 1968 - 1969
Comprimento: 31,82 m
Envergadura:
28,47 m
Altura: 8,38 m
Peso da aeronave: 23,8 toneladas
Peso máximo decolagem/pouso: 45/43 toneladas
Capacidade de combustível: 13,9 mil litros
Motores:
2x Pratt & Whitney JT8D-11
Velocidade de cruzeiro: 896 km/h (mach 0.84)
Velocidade máxima: 965 km/h (mach 0.91)
Passageiros:
72 a 98
Tripulação: 6
Primeiro voo: 1968
Concorrentes: Boeing 737, Caravelle, BAC 1-11
Alcance: 2977-3430
 km
Companhia Lançadora: SAS

Construídos: 10
Acidentes:
1

 

 

 

Douglas DC-9-30

Com o sucesso do Boeing 737-200, a Douglas se adiantou e lançou a Série 30, uma versão esticada do DC-9. A versão 30 era 4,23 metros mais comprida, permitindo acomodar pouco mais de cem passageiros. Além disso o DC-9-30 tinha uma nova asa maior e com slats, melhorando o desempenho na decolagem e pouso, e novos motores mais potentes. O DC-9-30 se tornou o favorito das companhias aéreas, recebendo a maior parte das encomendas de todos os modelos da primeira geração do DC-9. Entrou em operação pela Eastern Airlines em fevereiro de 1967 e foi usado na ponte aérea Nova York - Washington.
A primeira subversão foi o DC-9-31. Em 1967 foi lançado o DC-9-32, com maior peso máximo de decolagem. Essa foi a primeira subversão com as variantes cargueiras: DC-9-32LWF (Light Weight Freight) para malas postais, DC-9-32CF (Convertible Freighter) convertido para cargueiro e DC-9-32AF (All Freight) puramente cargueiro.
Em 1968 foi lançado o DC-9-33, com maior peso máximo de decolagem, novos motores e modificações nas asas. Essa versão ganhou as versões cargueiras: DC-9-33RC (Rapid Change) conversão rápida, DC-9-33CF (Convertible Freight) conversível e DC-9-33AF (All Freight) cargueiro.
A última versão lançada foi o DC-9-34, em 1976, com maior peso máximo de decolagem e maior alcance. Foram produzidas as versões de passageiros e a versão DC-9-34CF (Convertible Freighter).
No inicio dos anos 1980 a produção do DC-9-30 foi encerrada para dar lugar ao seu sucessor MD-80.
 

 

McDonnell Douglas


 

Origem: Estados Unidos
Produzido: 1967 - 1982
Comprimento:
36,39 m
Envergadura: 28,47 m
Altura: 8,83 m
Peso da aeronave: 25,7 toneladas
Peso máximo pouso: 44-50 toneladas
Peso máximo decolagem:
DC-9-31: 44-49 toneladas
DC-9-32: 50 toneladas
DC-9-33: 52 toneladas
DC-9-34: 55 toneladas
Capacidade de combustível: 13,9 mil litros
Motores:
DC-9-31/32:
2x  Pratt & Whitney JT8D-7
DC-9-33: 2x  Pratt & Whitney JT8D-9
DC-9-34: 2x  Pratt & Whitney JT8D-9, 11, 15 ou 17
Velocidade de cruzeiro: 917 km/h (mach 0.86)
Velocidade máxima: 965 km/h (mach 0.91)
Passageiros: 95 a 115
2 Classes: 91 a 119
1 Classe: 115 a 127

Tripulação: 7
Primeiro voo:
1 de agosto de 1966
Concorrentes: Boeing 737-200, Caravelle, BAC 1-11
Alcance: 2631-
3030 km
Companhia Lançadora: Eastern Airlines
Comparar com outras aeronaves

Construídos: 661
Acidentes:
74

 

 

 

Douglas DC-9-40

Mas uma vez atendendo ao pedido da SAS, a Douglas lançou uma versão alongada do DC-9-30, permitindo transportar mais passageiros. Dessa vez outras companhias também se interessaram pelo modelo. Além de poder transportar mais passageiros, o DC-9-40 era equipado com novos motores mais potentes. Muitas companhias aéreas que já operavam outras versões do DC-9 viram na versão 40 a possibilidade de oferecer mais assentos em rotas de maior demanda, utilizando uma aeronave que seus pilotos já tinham conhecimento e mantendo a padronização da frota.
A venda do DC-9-40 começou a perder força com o lançamento de uma versão ainda maior, o DC-9-50.
 
 

Pierre Lacombe

 

Origem: Estados Unidos
Produzido: 1968 - 1979
Comprimento:
38,30 m
Envergadura: 28,47 m
Altura: 8,56 m
Peso da aeronave: 27,8 toneladas
Peso máximo decolagem/pouso: 51/46 toneladas
Capacidade de combustível: 13,9 mil litros
Motores: 2x  Pratt & Whitney JT8D-7, 9, 11 ou 15
Velocidade de cruzeiro: 917 km/h (mach 0.86)
Velocidade máxima: 965 km/h (mach 0.91)
Passageiros: 105 a 125
2 Classes: 100 a 120
1 Classe: 125 a 130

Tripulação: 7
Primeiro voo: 28 de novembro de 1967

Concorrentes:
Boeing 727-100, Boeing 737, Caravelle
Alcance: 2712-
3120 km
Companhia Lançadora: SAS
Comparar com outras aeronaves

Construídos: 71
Acidentes:
2

 

 

 

Douglas DC-9-50

O DC-9-50 foi a última versão da primeira geração do DC-9. É uma versão alongada do DC-9-40, lançada em agosto de 1975 nas cores da Eastern Airlines. O DC-9-50 incorpora novos motores mais potentes e silenciosos, uma cabine com interior remodelado, dando a sensação de maior espaço para os passageiros, e alguns aprimorados como um novo sistema de frenagem antiderrapante. Também foram fabricadas as versões de carga e conversível do DC-9-50.
Se na disputa do DC-8 contra o B707, a Boeing levou grande vantagem, na disputa entre o DC-9 e B737 a Douglas manteve a liderança durante toda a década de 70. Dessa vez a Douglas tinha a vantagem de ter lançado o DC-9 antes e em 1970 já somava 602 entregas, contra apenas 260 da Boeing. Porém em 1980 a situação já era bem menos confortável, com 981 DC-9 entregues, contra 918 Boeing 737. Além disso a Boeing se preparava para lançar a nova geração do B737, capaz de levar mais passageiros. Com a competição cada vez mais acirrada da Boeing, a Douglas começou a estudar versões ainda maiores do DC-9. O primeiro estudo foi para uma subversão DC-9-55, depois para o chamado DC-9 "Super 60" que seria uma versão esticada da versão 50. Todavia a Douglas partiu para um projeto maior, com uma nova família inicialmente chamada de DC-9 "Super 80", que acabou se tornando o MD-80.
Mesmo após o fim da fabricação, os DC-9 continuaram presentes nos céus por muito tempo. A última grande companhia aérea a aposentar o modelo foi a Delta, que retirou os últimos DC-9-50 de operação em 2014, alguns com quase 40 anos de uso.
 
 Bob Garrard
 
 


 

Origem: Estados Unidos
Produzido: 1975 - 1982
Comprimento:
40,71 m
Envergadura: 28,47 m
Altura: 8,56 m
Peso da aeronave: 29,3 toneladas
Peso máximo decolagem/pouso: 54/49 toneladas
Capacidade de combustível: 13,9 mil litros
Motores: 2x  Pratt & Whitney JT8D-15 ou 17
Velocidade de cruzeiro: 898 km/h (mach 0.85)
Velocidade máxima: 965 km/h (mach 0.91)
Passageiros: 125 a 135
2 Classes: 115 a 120
1 Classe: 125 a 139

Tripulação: 8
Primeiro voo: 17 de dezembro de 1974
Concorrentes:
Boeing 727, Boeing 737, Caravelle
Alcance:
2631-3030 km
Companhia Lançadora: Eastern Airlines
Comparar com outras aeronaves

Construídos: 96
Acidentes:
7

 

 

 

Douglas DC-9-80

(Ver MD-80)

 

 

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