McDonnell Douglas DC-10-10 / DC-10-15
A história do DC-10 começa na década de 60, quando a Douglas perdeu uma
concorrência para a construção de um novo cargueiro para a Força Aérea
Americana. Em 1966 a
American Airlines
pediu para Douglas um avião similar, porém menor do que o
747 e capaz de voar longas distâncias.
Em 1967 a Douglas se fundiu com a McDonnell Aircraft Corporation,
passando a se chamar McDonnell Douglas. Apesar disso, o nome da aeronave
foi mantido como DC-10, sucessor do DC-8
e primeiro wide-body produzido pela Douglas.
Apesar de menor, um dos principais concorrentes do DC-10 foi o
Boeing 747. Entretanto as principais
vantagens da aeronave estavam justamente relacionadas ao seu tamanho.
Enquanto o B747 era um quadrimotor (quatro
motores) que levava mais de 350 passageiros, o DC-10 era um trijato
(três motores) capaz de levar pouco menos de 300 passageiros com alcance
semelhante. Para as companhias aéreas o DC-10 significava um avião mais
barato de adquirir e operar e sem a preocupação de ter que encher mais
de 350 assentos por voo. Isso permitia que as empresas pudessem oferecer
mais frequencias entre duas cidades, com o conforto oferecido por uma
aeronave wide-body (com dois corredores). Os três motores do DC-10
incorporavam os últimos avanços tecnológicos da época, com turbinas de
fluxo duplo com menores níveis de ruídos e eliminação total da fumaça
das descargas.
A primeira versão foi o Douglas DC-10-10, projetado para rotas
domésticas nos EUA. A American lançou
o DC-10-10 em agosto de 1971, na rota Los Angeles - Chicago.
Além da versão de passageiros foi também criada a versão conversível
para carga ou passageiros, o DC10-10CF. O primeiro foi entregue em 1973. O DC-10 foi lançado juntamente com o Lockheed
L-1011 Tristar, o seu concorrente direto, o que causou uma grande
disputa por compradores. Porém o Tristar
enfrentou problemas com os seus motores, o que deu uma grande vantagem
para o DC-10.
A próxima versão foi o DC-10-15, desenvolvida para a
AeroMexico e para a
Mexicana. Ele era capaz de operar com pesos
máximos em aeroportos quentes e de grande altitude, graças aos seus
motores mais potentes.
A Douglas propôs uma versão conhecida como DC-10-20, com o motor Pratt &
Whitney JT9D turbofans. Porém a única interessada na época,
Northwest Airlines, acabou preferindo o projeto do DC-10-40.
Então essa versão nunca foi produzida.
O DC-10-50 foi uma proposta feita para
British Airways, um DC-10 equipado com motores Rolls-Royce
RB211-524. Mas não houve nenhuma encomenda e o modelo nunca foi
produzido.
Com o lançamento da versão internacional, DC-10-30, com maior eficiência
de combustível, as companhias aéreas perderam o interesse nas versões
iniciais DC-10-10 e DC-10-15. A última unidade foi produzida em 1983.
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Origem: Estados Unidos
Produzido: 1 83 Peso da aeronave: 108,9 toneladas
Peso máximo decolagem/pouso: 195/164 toneladas Capacidade de combustível: 82,3/100,8 mil
litros GE CF6-6D GE CF6-50C2
18) tonf 908 km/h 982 km/h Altitude de Cruzeiro: 6,8 km
km
Largura da cabine de passageiros: 5,69 metros
Disposição de assentos (classe econômica): 2+4+3 com
19'' (48,3 cm) ou 2+4+2 com 20'' (50,8 cm)
Ilyushin Il-86
Companhia Lançadora:
American Airlines
Modelo: | Construídos: | Acidentes: |
DC-10-10 | 131 | 9 |
DC-10-15 | 7 | 0 |
McDonnell Douglas DC-10-30 / Boeing MD-10
Para a versão intercontinental do seu primeiro wide-body, a Douglas
planejou uma aeronave gigante, para competir
diretamente com o Boeing 747, com dois andares completos (parecido com o A380).
Porém o projeto foi abandonado em prol de uma versão mais modesta.
O DC-10-30 foi a versão mais popular e é baseado na versão inicial DC-10-10.
A versão 30 possuí novos tanques de combustível e asas maiores,
permitindo um alcance maior. Uma das principais diferenças visíveis entre os modelos é que a
série 10 tem três conjuntos de trem de pouso (uma na frente e dois
principais) e as séries 30 e 40 têm quatro (um na frente, três
principais). O trem de pouso principal foi colocado por causa do maior
peso. As primeiras operadoras do modelo foram a KLM
e a
SwissAir, em novembro de 1972. Também foi
produzida a versão conversível para carga ou passageiros, DC-10-30CF, a
versão com maior alcance, DC-10-30ER (Extendend Range), com tanque de
combustível adicional e maior peso máximo de decolagem. A versão de
longo alcance foi inaugurada pela Finnair em
1981.
Em 1984 a Douglas começou a produzir também a versão puramente
cargueira, DC-10-30AF (All Freight), inaugurada pela FedEx.
No inicio das operações o DC-10 enfrentou dois acidentes ocorridos por
falhas na porta de carga que afetaram a imagem e as vendas da aeronave.
Em maio de 1979 um acidente com um DC-10 da
American Airlines fez com
que o modelo ficasse impedido de voar em todo o mundo em junho. Apesar
das investigações terem apontado procedimentos de manutenção inadequados
como causa do acidente, o dano aos olhos do público já estava feito e a
aeronave ganhou má reputação. Após cinco semanas, os DC-10 foram liberados para voar
novamente em julho de 1979.
Durante os anos 1980, o DC-10 aos poucos foi recuperando a confiança do
público e manteve um ritmo de quinze unidades entregues por ano, embora
isso tenha sido menos da metade do ritmo durante a década anterior.
Mesmo assim o DC-10 conseguiu bem mais vendas que o seu
concorrente mais próximo Lockheed Tristar. Por
ser menor, o DC-10 também era mais econômico do que o Boeing 747
e pedia operar em rotas de menor demanda oferecendo as vantagens de uma
aeronave wide-body.
Com o lançamento de novos jatos mais modernos como o
A300 e o Boeing 767, além de novas
versões do Boeing 747, a Douglas sabia que
precisava atualizar ou projetar um sucessor para o DC-10. Em dezembro de
1986 o sucessor,
MD-11, foi oficialmente lançado. A produção do DC-10
foi encerrada em 1989, abrindo espaço para o inicio da produção do seu
sucessor.
Após o fim da produção, com valor de mercado menor, os DC-10 passaram a
ser bastante populares no transporte de carga. Após a compra da McDonnel
Douglas pela Boeing em 1997, a FedEx e a Boeing modernizaram
a cabine de comando da aeronave com cockpit de vidro, dispensando a necessidade de um engenheiro de voo,
e permitindo que um piloto qualificado para o
MD-11
também possa pilotar o DC-10. Esse DC-10 "atualizado" ficou
conhecido como Boeing MD-10.
No Brasil o DC-10 foi o primeiro jato wide-body do país, escolhido como
principal aeronaves para voos internacionais pela
Boeing 707 nos voos de longa distância da
Boeing 747,
em 1981. A partir de 1991 os
MD-11,
porém ganharam sobrevida no mercado cargueiro, sendo operados pela
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Origem: Estados Unidos
Produzido: 1 Peso da aeronave: 120,7 toneladas
Peso máximo decolagem/pouso: 259/182 toneladas Capacidade de combustível: 138,7 mil litros
3 GE CF6-50C
23) tonf
965 km/h 982 km/h Altitude de Cruzeiro: 12,8 km (42 mil
ft)
Pista mínima para decolagem: 2,84 km
Largura da cabine de passageiros: 5,69 metros
Disposição de assentos (classe econômica): 2+4+3 com
19'' (48,3 cm) ou 2+4+2 com 20'' (50,8 cm)
Lockheed T
Companhia Lançadora: KLM
e SwissAir
Comparar com outras aeronaves
Construídos: 206
Acidentes: 21
A versão DC-10-40 é basicamente a versão DC-10-30 equipada com motores Pratt & Whitney
JT9D. A versão foi um pedido da Northwest, que
queria padronizar a sua frota com motores da P&W. Pelo mesmo motivo a
JAL
também se interessou pelo modelo. A versão 40 foi construída
especificamente apenas para essas duas empresas.
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Origem: Estados Unidos
Produzido: 1
Peso da aeronave: 122,5 toneladas
Peso máximo decolagem/pouso: 251/182 toneladas Capacidade de combustível: 138,7 mil litros
3 PW JT9D-59A
24) tonf
965 km/h 982 km/h Altitude de Cruzeiro: 12,8 km (42 mil ft)
Pista mínima para decolagem: 2,84 km
Largura da cabine de passageiros: 5,69 metros
Disposição de assentos (classe econômica): 2+4+3 com
19'' (48,3 cm) ou 2+4+2 com 20'' (50,8 cm)
Construídos: 42
Acidentes: 1