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No dia 4 de novembro de 1933 nascia, em São Paulo, a VASP - Viação Aérea São Paulo. A companhia era privada e possuía dois Monospar 6AL/MKII de fabricação inglesa, adquiridas antes da empresa ser fundada. No dia 12 de novembro os dois Monospar decolaram do aeródromo Campo de Marte, na capital paulista, com destino a Ribeirão Preto e Uberaba. Após os voos inaugurais, a Vasp só voltou a voar, e dessa vez em definitivo, no dia 31 de março de 1934. As primeiras linhas da companhia eram: São Paulo - Ribeirão Preto - Uberaba e São Paulo - São Carlos - Rio Preto. Em novembro do mesmo ano a companhia recebeu um De Havilland DH-84, também de fabricação inglesa. Mas a empresa acumulava prejuízos operacionais e acabou pedindo ajuda do governo paulista antes mesmo de completar um ano de operação. Sendo assim, no dia 10 de março de 1935, a Vasp foi comprada pelo governo paulista e se tornou uma empresa estatal.
Nas mãos do governo, a companhia recebeu investimentos e adquiriu dois Junkers JU-52/3, de fabricação alemã, em agosto de 1936. Os Junkers fizeram história inaugurando o aeroporto de Congonhas. No dia 5 de agosto de 1936 um JU-52 decolou de Congonhas rumo ao Santos Dumont, no Rio, e o outro do Santos Dumont para Congonhas. Com isso estava inaugurada a ligação entre as duas maiores cidades do Brasil, São Paulo e Rio de Janeiro. A Vasp era tão presente em Congonhas, que o local ficou conhecido como "Campo da Vasp".
Em 1939 a companhia chegou ao sul do Brasil, voando para Curitiba e Florianópolis. No ano seguinte chegou em Porto Alegre.
Com a Segunda Guerra Mundial, a Vasp teve as entregas de mais Junkers adiada para 1944 e encontrava dificuldades para obter peças para as suas aeronaves, todas de fabricação européia. No final da guerra, a companhia passou a utilizar aeronaves americanas. Os DC-3 acabaram substituindo todas as outras aeronaves da frota e a Vasp operou mais de vinte unidades.
A estrela da década de 50 na Vasp foi o Saab 90. A Vasp operou simplesmente TODOS os Saab 90 produzidos no mundo! A empresa escolheu o Saab 90 porque ele era capaz de decolar do Santos Dumont sem nenhuma restrição e tinha um preço menor do que o Convair 240. O Saab foi homologado em novembro de 1946 e utilizado pela AB Aerotransport (empresa sueca), em 1948. No dia 21 de junho de 1950 a Vasp adquiriu o primeiro e até 1958 a companhia já havia comprado todos eles, num total de dezoito unidades. Com o Saab a Vasp passou a operar quinze vezes por dia entre Rio e São Paulo e chegou a Campo Grande, Cuiabá, Belo Horizonte, Vitória, Salvador, Recife e Natal.
Na década de 60 a estrela foi o Viscount. Em 1955 a Vasp havia encomendado o Viscount 800, a primeira aeronave à turbina do Brasil. A companhia comprou um total de cinco Viscount 800 e dez Viscount 700. Com o Viscount, a Vasp começou a voar para Brasília e foi a primeira a fazer a rota Rio de Janeiro - Manaus em apenas um dia. Na década de 60 a companhia também comprou o YS-11, de fabricação japonesa, e por esse motivo a aeronave ficou conhecida como "Samurai".
No dia 7 de janeiro de 1962 a Vasp comprou o Lóide Aéreo Nacional e incorporou na frota o Curtiss C-46, DC-4 e DC-6.
Com a "falência" da Panair do Brasil, em 1965, a Vasp tentou ganhar suas linhas internacionais, mas não obteve sucesso.
A Vasp entrou na era do jato em 1967, com a incorporação de dois BAC 1-11, porém eles duraram pouco na frota (até 1969).
Em 1969 a Vasp adquiriu o primeiro Boeing 737 do Brasil. O primeiro 737-200 chegou no 21 de abril de 1969 e fez um enorme sucesso entre os passageiros. A Vasp então adquiriu mais unidades, chegando a um total de 23 exemplares, na época a maior frota de 737 da América Latina. Além do Boeing 737-200, a Vasp também foi a pioneira em trazer o Boeing 737-300, que se tornou a principal aeronave para voos nacionais no Brasil na década de 90.
Em novembro de 1982 chegaram os dois Airbus A300B2 da Vasp, a primeira aeronave "wide-body" da empresa. Em janeiro de 1983 chegou o terceiro e a Vasp colocou os três Airbus nas rotas de maior demanda. Aeronave fez grande sucesso entre os passageiros, pois era mais confortável que os Boeing 727 e 737, com cabine mais ampla e silenciosa.
Em 1988 o governo paulista assumiu o compromisso de privatizar a Vasp e para isso tentou melhorar a situação financeira da companhia, que vinha dando prejuízos.
No dia 1º de outubro de 1990 a segunda maior companhia aérea do Brasil foi comprada pelo consórcio Voe/Canhedo. Nesse ano a companhia passou por uma grande reestruturação e alugou um dos seus A300 para a LAB. Com a privatização, a frota da companhia mais que dobrou! Chegaram vários Boeing 737, incluindo a versão B737-400, DC-8 e DC-10-30. E a Vasp não parou por ai... A companhia começou uma grande expansão no mercado internacional e encomendou os novos MD-11. A primeira rota de longo curso foi inaugurada em outubro de 1991, para Los Angeles e São Francisco, operada pelo DC-10.
Em 1992 a Vasp chegou na Europa e na Ásia com voos para Bruxelas, em junho, e para Seoul, via Los Angeles, em julho. Nesse mesmo ano a companhia também começou a receber os seus MD-11.
Porém em 1993 grande parte da frota teve que ser devolvida, pois a companhia não estava pagando o aluguel das aeronaves. Com isso quatorze Boeing 737-300 tiveram que ser devolvidos, além de todos os 737-400, DC-8 e DC-10. Quase todas as aeronaves que sobraram na frota eram de propriedade da própria Vasp.
Em 1994 a companhia continuou a sua expansão internacional, recebendo mais dois MD-11 e iniciando voos para Miami e Nova York.
Em 1995 inaugurou voos para Barcelona, Toronto e Zurich. Mas a grande novidade foi a formação da Vasp Air System, com a compra da TAN (Argentina), LAB (Bolívia) e Ecuatoriana (Equador). As três companhias ganharam uma nova pintura, idêntica a da Vasp.
Em 1996 a Vasp chegou em Atenas, Casablanca, Frankfurt e Osaka. A companhia investia em destinos internacionais não servidos pelas outras companhias e também oferecia preços baixos para atrair os passageiros. Nesse ano a companhia também criou a subsidiária cargueira Vaspex.
Em 1998 a Vasp foi ultrapassada pela Tam no mercado nacional. Em maio iniciou voos para Madri. A companhia também fez acordos de code-share com a Sabena e Continental Airlines.
Em 1999 a companhia sofreu com a desvalorização do Dólar e foi obrigada a devolver todos os MD-11, por falta de pagamento de leasing. A Vasp então foi obrigada a cancelar todos os voos internacionais, menos para Buenos Aires. A frota da companhia ficou somente com as aeronaves que pertenciam a ela: os 737-200, A300, 727 e quatro 737-300. Com isso a Vasp passou a ser a terceira maior companhia aérea do Brasil, sendo ultrapassada pela Tam.
Em 2001 a companhia passou a operar somente voos nacionais e desfez o Vasp Air System. A Vasp se gabava por não pagar leasing, pois era dona de toda a sua frota. Porém a frota da companhia estava ficando cada vez mais velha. Também nesse ano a Vasp começou a enfrentar forte concorrência da novata Gol.
A partir daí a companhia ficou estagnada, sem dinheiro para renovar ou aumentar a frota. Em 2003 foi ultrapassada pela Gol (que tinha somente dois anos de vida) e passou a ser a quarta maior do Brasil.
Em setembro de 2004 o DAC impediu que oito 737-200 da companhia voassem até que fosse realizada a manutenção exigida pelo fabricante. Sem dinheiro, a Vasp teve que aposentar as aeronaves. Mas a situação foi ficando cada vez pior... As aeronaves da companhia tinham em média trinta anos e a companhia não tinha dinheiro para realizar a manutenção. Sendo assim a Vasp começou a canibalizar as aeronaves, ou seja, desmontar algumas aeronaves para pegar peças e colocar em outras.
A Vasp entrou em 2005 com apenas quatorze aeronaves em operação e só decolava se a ocupação ficasse acima de 50%. Por causa disso menos de 20% dos voos programados eram operados. Em fevereiro de 2005 o DAC cassou o certificado de operação da companhia e ela foi obrigada a suspender as atividades. A companhia entrou em recuperação judicial e pretendia voltar a opera como uma "low cost, low fare".
Em 2006 o seu centro de manutenção voltou a operar.
No dia 4 de setembro de 2008 foi decretada a falência da empresa.

 



A VaspEx foi criada em 1996 como uma subsidiária cargueira da Vasp. A empresa surgiu com um conceito inédito de entrega "porta a porta". Nos autos e baixos da Vasp na década de 90, a Vaspex chegou a operar um DC-10-30F, mas por pouco tempo. A sua frota ficou mantida em dois Boeing 727-200F e dois Boeing 737-200F. A companhia sentiu forte concorrência com a criação da Varig Log e Tam Express. Em 2005 a companhia parou de voar, junto com a Vasp.

 

 

 

A TAN (Transportes Aéreos Neuquen) foi criada em agosto de 1960 e iniciou voos com um Aero Commander 680. Porém os voos duraram apenas até 1965, quando todas as atividades foram suspensas. A empresa só conseguiu voltar a voar em 1972 com quatro aeronaves Piper Navajo. Cinco anos depois, adquiriu o Aero Commander 690D "Turbocommander" e, em 1982, dois Faichild Metro II. No final dos anos 80 recebeu um Saab SF-340.
Em 1995 a empresa foi privatizada, adquirida pela Vasp. Na época a empresa contava com uma frota de dois AeroCommander Rockwell 690B, três Fairchild Metro III e dois Saab SF-340. A ideia da Vasp era criar um grupo de companhias aéreas na América do Sul, com o nome Vasp Air System. A companhia brasileira adquiriu na mesma época a empresa da Bolívia LAB e do Equador Ecuatoriana. Porém os plano não saiu como esperado. As rotas da TAN se quer se conectaram com as da Vasp ou outra companhia do grupo. Apesar da privatização, a TAN não conseguiu obter investimentos para crescer.
Em 1999 a empresa contava com apenas três aeronaves e poucos funcionários, dando sinais de início do fim da empresa. Ao mesmo tempo a Vasp estava enfrentando os seus próprios problemas, envolvendo o cancelamento de todas as rotas internacionais, devolução de aeronaves e crise financeira.
Em julho de 2000 a TAN foi vendida para o empresário argentino Ricardo Sturno. Apesar da troca de mãos, a companhia continuava afundando em suas dívidas crescentes. Sem fundos para continuar operando, a TAN encerrou operações definitivamente em 2001. 

TAN
Fundação:
1960
Encerrou Atividades: 2001
País:
Argentina
Principais Aeroportos: Aeroporto Internacional Presidente Perón

Sede: Neuquén
Aeronaves já operadas: 4xAeroCommander 680/690, 4xPiper PA-31 Navajo, 2xSaab SF-340 e 3xFairchild Metro III

 

> Mapa de Rotas:

 

 

Em 1957 um grupo de empresários americanos e equatorianos fundaram a Ecuatoriana de Aviación, em Quito. Os voos começaram com um Curtiss C-46 Commando, que foi usado em voos nacionais e para Lima, Panamá e Miami. Depois vieram os DC-4 e DC-6 e a companhia se expandiu para Santiago e Bogotá.
Em 1974 a companhia foi estatizada e iniciou a operação de jatos com os Boeing 720 e Boeing 707.
Em 1988 a Ecuatoriana deixou de operar o Boeing 720 e já possuía um DC-10-30 na frota. Também atendia as cidades de Bogotá, Buenos Aires, Caracas, Santiago, Guayaquil, Lima, Cali, Panamá, Chicago, Los Angeles, Miami, Nova York, México e Rio de Janeiro.
Em outubro de 1991 a empresa adquiriu dois A310-300, mas no ano seguinte as aeronaves foram embargadas por falta de pagamento.
Em 1993 os seus Boeing 707 tiveram problemas de corrosão e tiveram que ser retirados de operação. Para cobri-los, a companhia arrendou dois Boeing 727-200, que voaram para os destinos da América do Sul. Mas a situação da companhia foi ficando cada vez pior até que a sua última aeronave em condições de voar, o DC-10-30, foi retido no Panamá por falta de pagamento. Então a companhia paralisou todas as suas operações.
Em 1995 a Vasp e o grupo El Juri compraram a companhia e em julho de 1996 a Ecuatoriana voltou a voar. A companhia passou a fazer parte do Vasp Air System, que tinha a Vasp como principal empresa, a LAB e a Tan. A Ecuatoriana também ganhou novas cores (idêntica as da Vasp). A frota da companhia, no momento, era composta por um Boeing 727-200 e um DC-10-30. E as rotas ligavam Quito e Guayaquil à Miami e São Paulo.
Em 1997 a frota foi ampliada com a chegada em um A310-300 e mais um Boeing 727. A companhia então passou a voar para Bogotá, Caracas, Buenos Aires, Lima, Santiago e Manaus. O DC-10-30 e o A310-300 foram matriculados com prefixos brasileiros, pois o Equador não podia usar aeronaves registradas em seu país em voos para os EUA, porque o país era considerado "categoria 2" no padrão de segurança norte-americano.
Em 1998 mais um Boeing 727 foi adicionado na frota.
Em 1999 o governo e o grupo El Juri expulsaram a Vasp do controle da companhia, devido a acusações de fraudes financeiras. Nesse ano a companhia devolveu um de seus Boeing 727.
Em 2000 a companhia suspendeu novamente as operações.
Em julho de 2004 a LAB comprou 51% da companhia, que voltou a voar com um Boeing 727 da própria LAB. Porém com a paralisação da LAB, anos depois, a companhia também encerrou atividades.

Ecuatoriana
Fundação:
1957
Encerrou Atividades: 1993/2000/2009
País:
Equador
Principais Aeroportos: Aeroporto Internacional
Mariscal Sucre e Aeroporto Internacional José Joaquín de Olmedo
Sede: Quito
Aeronaves já operadas: Airbus A310-300, Boeing 707-300, Boeing 720, Boeing 727-200, Douglas DC-4/C-54, Douglas DC-6, Douglas DC-7, Douglas DC-10-30, Curtiss C-46, Lockheed L1011-500 Tristar, Lockheed L188 Electra II

 

> Mapa de Rotas:

 


 

Evolução da empresa:

Logos e Evolução da Empresa:

 

 

 

Pinturas:

Pinturas especiais:

 

VASP
Fundação:
1933
Encerrou Atividades: 2005
Principais Aeroportos: Congonhas

Sede: São Paulo
Códigos: VSP / VP
Aeronaves já operadas: Airbus A300B2, Boeing 727-200, Boeing 737-200, Boeing 737-300, Boeing 737-400, De Havilland DH-84 "Dragon", Douglas C-47, Douglas DC-3, Douglas DC-4, Douglas DC-6, Douglas DC-8-71F, Douglas DC-10-30, McDonnell Douglas MD-11, Junkers 52, Junkers 53, Scandia Saab 90, Viscount 700, Viscount 800, Curtiss C-46, BAC 1-11, YS-11, Embraer EMB-110, Monospar ST4.
Destinos internacionais já servidos:
Buenos Aires, Aruba, Miami, Nova York, Los Angeles, Toronto, Barcelona, Frankfurt, Bruxelas, Zurique, Atenas, Casablanca, Osaka, Soeul.

 

> Veja a frota da Vasp e Vasp Air System

> Veja os Mapas de Rotas da Vasp e Vasp Air System

> Veja as propagandas da Vasp

> Veja a participação da Vasp no mercado nacional, internacional e de carga

 

Atualizado em novembro de 2009

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