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Boeing 737
Boeing 737-200 / Boeing 737 Classic / Boeing 737NG / Boeing 737MAX
O Boeing 737 é uma aeronave para rotas curtas e médias produzida pela Boeing. A primeira versão, Boeing 737-100, voou pela primeira vez em 1967. A segunda versão, Boeing 737-200, foi lançada logo depois e se tornou um sucesso de vendas. Na década de 1980 a Boeing lançou a nova geração, que ficou conhecida como Boeing 737 Classic, uma família composta pelo Boeing 737-300 (lançado em 1981), Boeing 737-400 (1985) e Boeing 737-500 (1987). Essa geração ganhou melhorias aerodinâmicas e novos motores, tornando-os mais eficientes e econômicos. A popularidade do Boeing 737 continuou crescendo, tornando-a a aeronave comercial mais vendida de todos os tempos. Com o lançamento do Airbus A320, em 1987, o Boeing 737 viu surgir o seu competidor mais difícil, forçando a Boeing a lançar uma nova geração para a Família 737. Os Boeing 737NG (Next Generation) são compostos pelas versões Boeing 737-600 (lançado em 1995), Boeing 737-700 (1993), Boeing 737-800 (1994) e Boeing 737-900 (1997). Os 737NG receberam novos motores, mais econômicos e potentes, além de outras melhorias, o que resultou numa performance superior e economia de combustível. A partir daí os 737NG e a Família A320 travaram uma disputa acirrada pelo posto de aeronave comercial mais vendida do mundo. Com uma concorrência cada vez maior, a Boeing e a Airbus começaram a estudar se era melhor lançar uma versão remotorizada dos seus Boeing 737 e Família A320 ou lançar uma aeronave totalmente nova. A Boeing estava mais inclinada a criar uma aeronave totalmente nova depois de 2020, mas a Airbus acabou lançando a Família A320neo, em 2010. A Boeing então lançou os Boeing 737MAX, em 2011. A família é composta das versões Boeing 737-7 MAX, Boeing 737-8 MAX, Boeing 737 MAX 200, Boeing 737-9 MAX e Boeing 737-10 MAX. Os novos motores CFM Leap-1B e as mudanças estruturais baseadas no Boeing 787 geram uma redução de até 12% no consumo de combustível em relação aos Boeing 737NG.
Boeing 737-100
Após o sucesso do
Boeing 707, a Boeing desenvolveu o jato Boeing 727
para complementar o
707 em rotas de média e curta distância. A estratégia da Boeing foi construir
uma aeronave maior e mais robusta que o concorrente mais próximo Douglas DC-9,
permitindo que o Boeing 727
transportasse mais passageiros, tivesse um alcance maior e fosse
adequado para operar em aeroportos pequenos, sem infraestrutura e em
pistas curtas. A decisão da Boeing foi acertada, o B727
seguiu vendendo mais unidades que o DC-9, mantendo
a fabricante na liderança. No entanto a Boeing queria mais. O fato de
ser menor, mais econômico e com menor custo de operação e manutenção,
fazia do DC-9 uma escolha melhor para rotas
regionais, em mercados com pouca demanda ou em rotas que era necessário
alta frequência de voos com uma capacidade mais baixa. Focando nesse
segmento, a Boeing iniciou estudos para uma nova aeronave, menor que o 727.
As primeiras pesquisas de design começaram em maio de 1964, para um
avião capaz de transportar cerca de 60 passageiros em rotas curtas.
Internamente haviam dúvidas se essa nova aeronave seria economicamente
viável, uma vez que outros jatos de porte semelhante já estavam no
mercado há algum tempo, como o DC-9 e
Caravelle, e que haveria poucos clientes
interessados em mais uma aeronave desse porte. No entanto a Boeing
decidiu seguir em frente, confiante de que a nova aeronave fortaleceria
todos os seus produtos ao criar uma família mais ampla de aeronaves,
indo desde o mercado regional até o mercado internacional de longa
distância. Além disso o projeto da nova aeronave usaria grande parte da
estrutura do Boeing 727, reduzindo os custos
de desenvolvimento e permitindo que a fabricante conseguisse colocar a
aeronave em operação em menos tempo.
Seguindo a sequência numérica a nova aeronave foi batizada de Boeing
737. Inicialmente projetado com dois motores na parte de trás da
fuselagem e uma cauda em T, semelhante ao DC-9, a
Boeing acabou realocando os motores para as asas, da mesma forma que o
Boeing 707. Essa configuração facilitava a manutenção, melhorava a
distribuição do peso da aeronave e tornava a estrutura mais leve,
beneficiando o objetivo de ser um avião econômico e barato de operar.
Apesar de visualmente diferente do Boeing 727,
cerca de 60% da estrutura e dos sistemas do Boeing 737 são os mesmos,
reduzindo os custos e o preço final da aeronave. Apesar de ter uma nova
cauda, a fuselagem do Boeing 737 é a mesma do
B707 e B727, com seis assentos por
fileira (3+3). Os motores também são os mesmos usados pelo
727, Pratt & Whitney JT8D, porém são apenas dois, reduzindo os
custos e o consumo de combustível. Para as companhias aéreas que já
operavam um B727, o 737 oferecia grande
comunalidade, exigindo pouco tempo de treinamento para a tripulação se
adaptar ao novo avião. Por ser menor e menos complexo, o B737 dispensa a
necessidade de engenheiro de voo, o que gerou uma redução de custo
importante para as companhias aéreas.
O sucesso do Boeing 737 dependia da encomenda firme das companhias
aéreas. A Boeing procurou os seus clientes do Boeing 727
para oferecer o B737 como um complemento para rotas curtas de menor
demanda. A primeira encomenda veio da
Lufthansa, que encomendou 21 unidades em
fevereiro de 1965, mas pediu para que a capacidade fosse aumentada para
mais próximo a 100 assentos. A Boeing atendeu o pedido lançando a
primeira versão, Boeing 737-100, com capacidade para cerca de 80
passageiros em duas classes ou 100 passageiros em classe única. O
primeiro 737-100 foi entregue à
Lufthansa no dia 28 de dezembro de 1967 e
começou a voar nas rotas comerciais da empresa a partir do dia 10 de fevereiro de
1968.
A próxima grande cliente interessada no Boeing 737 era a
United, que anunciou uma encomenda, em abril de 1965, para
complementar a sua frota de
Boeing 727. No entanto a companhia solicitou
que a Boeing construísse uma versão um pouco maior, para mais de cem
passageiros. A Boeing novamente atendeu o pedido de seu importante
cliente, lançando a versão maior Boeing 737-200.
O B737-100 e B737-200 foram desenvolvidos ao mesmo tempo e a
versão 200 voou pela primeira vez apenas quatro meses depois da versão
100. As companhias aéreas acabaram preferindo encomendar a versão 200,
com maior capacidade de passageiros e menor custo por assento. Além
disso a maior capacidade de passageiros do Boeing 737-200 o tornava um bom substituto para o
Boeing 727-100. Sem novas encomendas, a
produção do 737-100 foi encerrada em apenas um ano. Apesar do "fracasso"
do Boeing 737-100, sem ele não existiria o sucesso Boeing 737-200 e
todas as outras versões, que tornaram a Família 737 o jato comercial
mais bem-sucedido de todos os tempos.
![]() S. M. Reeves
Fabricados: 30
|
Origem: Estados Unidos
Produzido: 1 Peso da aeronave: 27 toneladas
Peso máximo decolagem/pouso: 50/44 toneladas
) tonf
Capacidade de combustível: 18 mil litros
780 km
Altitude de Cruzeiro: 10,7 km (35 mil
ft)
Pista mínima para decolagem: 2,0 km
km
Maior operador (encomendas diretamente do fabricante):
Comparar com outras aeronaves
O Boeing 737-200 foi criado por uma solicitação
da United, que desejava uma versão
maior que o B737-100. As duas versões, 737-100 e 737-200, foram
desenvolvidas em conjunto e são conhecidas como "Boeing 737 Original". A
Boeing via o 737 como um complemento ideal do
Boeing 727, mais barato e com menor capacidade, ideal para operar
rotas regionais e de menor demanda. No entanto as companhias aéreas não
se interessaram pela versão 100, preferindo a versão 200, com maior
capacidade de passageiros e menor custo por assento.
Em abril de 1968 a United realizou o primeiro
voo com o Boeing 737-200, na rota Chicago - Grand Rapids.
Apesar da acirrada concorrência com o DC-9, o 737-200
tornou-se o maior sucesso comercial da Boeing e sua família tornou-se
recordista absoluta em vendas dentre todas as aeronaves a jato
comerciais. Apenas a versão 200 vendeu mais de mil unidades, superando
qualquer versão do
Boeing 707 e Boeing 727 em número
de unidades vendidas. O B737-200 se tornou um sucesso estrondoso e
virou o modelo preferido pela companhias aéreas para voos de curta
distância. O Boeing 737-200 acabou ofuscando o
Boeing 727-100, a medida que as companhias
aéreas perceberam que poderiam substituir essa versão pelo 737-200, com
capacidade de passageiros similar e custos significativamente menores.
Por ter apenas dois motores, contra três do
727, o Boeing 737-200 possuí menor custo de
operação e manutenção, além de consumir menos combustível. Além disso
seus motores localizados sob as asas são de mais fácil manutenção do que
os motores localizados na cauda e na parte de trás da fuselagem, como no
727. Ao contrário do
B727, o B737 não precisa de
engenheiro de voo na cabine, reduzindo o custo com pessoal. A desvantagem
do B737-200 em relação ao
727-100 fica por conta da menor capacidade
de passageiros e carga, menor alcance e pior desempenho em regiões
quentes e em altas altitudes.
Em maio de 1971 foi introduzido a versão Boeing 737-200 Advanced, onde
foram incorporadas melhorias aerodinâmicas, freios automáticos, motores
mais potentes e maior capacidade de combustível, aumentando o alcance.
Os novos motores do B737-200Adv. representaram uma redução de 5% no consumo de
combustível em relação a versão base. A versão Advanced possibilitou que
mais companhias aéreas pudessem substituir os seus
B727-100 por B737-200, além de tornar o 737
um competidor mais desafiador para os concorrentes, como o DC-9.
O 737-200 Advanced se tornou o padrão de produção em junho de 1971 e foi
introduzida pela ANA, em maio de 1971.
Com relação ao seu principal rival, Douglas DC-9-30,
o Boeing 737-200 acabou sendo um competidor mais eficaz do que o
Boeing 727-100 porque oferecia operação mais
econômica e alinhada às necessidades de rotas regionais e de curta
distância. A introdução do 737-200 Advanced reduziu ainda mais as
vantagens do
727-100 como o maior alcance e desempenho
superior em situações específicas. O Advanced também conseguiu superar o
DC-9-30 em praticamente todos os quesitos, o que
impulsionou a Douglas a lançar a versão maior, DC-9-50.
Em setembro de 1968 voou pela primeira vez o
B737-200C (Combi), uma versão onde a cabine podia ser adaptada para
transportar passageiros ou carga ou as duas coisas. Também foi lançado o
B737-200QC (Quick
Change), a versão de conversão rápida para o transporte de passageiros
ou carga. Apesar de muitas unidades terem sido convertidas para o
transporte de carga, nesse segmento o
Boeing 727-100 teve vantagem sobre o
737-200, sendo mais popular e tendo uma sobrevida mais longa. O fato de
usar três motores e ser maior tornava o
727 mais adequado para o
transporte de carga.
O lançamento de versões maiores e aprimoradas, como o
No Brasil a Vasp foi a primeira companhia aérea a
operar o B737, quando recebeu a primeira unidade em 1969. Nos anos 1970 a
Vasp chegou a ser a maior operadora do 737 na
América Latina, com mais de vinte unidades do tipo. Até o fim das
operações o Boeing 737-200 foi a
"espinha dorsal" da frota da empresa. Outras importantes operadoras do
modelo no Brasil foram a
Varig e a Cruzeiro,
que receberam suas primeiras unidades em 1974 e 1975, respectivamente.
Nas duas o B737 substituiu o
B727 como o principal jato para rotas
domésticas. Eles também chegaram a operar alguns voos para a América do
Sul. A partir dos anos 1980, os Boeing 737-200 começaram a ser
substituídos pela nova geração da Família B737.
Operadoras no Brasil: ATA Brasil, Cruzeiro, Nacional, Taf, Rico, Varig, Vasp, Vaspex
Vito Cedrini![]() ![]()
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Origem: Estados Unidos
Produzido: 1
Peso da aeronave: 27 toneladas
Peso máximo decolagem/pouso: 46/44 toneladas
) tonf Capacidade de combustível: 18 mil litros mil litros 780 km
Altitude de Cruzeiro: 10,7 km (35 mil
ft)
Pista mínima para decolagem: 2,0 km
3700 km
United
Maior operador (encomendas diretamente do fabricante):
United
Comparar com outras aeronaves
Fabricados: 1115
Em Operação: 31
Acidentes: 131
O 737-300 foi lançado em março de 1981 devido às
necessidades de uma aeronave maior e mais potente. Além disso a
Boeing precisava atualizar a sua aeronave mais vendida para se manter
competitivo aos novos concorrentes que chegavam no mercado como o
757 e
767 como a utilização de tecnologia digital.
Novas ligas de alumínio e compostos foram usados para reduzir o peso
do avião.
O interior do Boeing 737-300 foi ampliado e atualizado para o mesmo
layout do 757 e
767, que inclui compartimentos de bagagem
mais amplos.
A primeira aeronave foi entregue no dia 28 de novembro de 1984 para
USAir e em 30 novembro do mesmo ano para a
Southwest. O primeiro voo foi realizado pela
Southwest em dezembro de 1984. O B737-300 já acumulava 252
unidades encomendadas em 1985, apenas um ano após entrar em serviço. A
versão 300 seguiu como a mais popular da sua geração e a
única versão do B737 Classic que vendeu mais de mil unidades. No ano de
1990 a Família Boeing 737 ultrapassou a Família
Boeing 727 como o jato comercial mais vendido de todos os tempos.
Além de ser um substituto mais adequado para o
Boeing 727-100, o 737-300 também era um
competidor mais forte contra o
Airbus A320, a Boeing viu a necessidade de atualizar novamente a
Família 737 para manter seu produto competitivo.
O B737-300 deixou de ser
fabricado em 1999 quando foi lançado o seu sucessor, Boeing 737-700.
No Brasil a
Vasp foi a primeira companhia a receber e operar
o modelo, em 1986, logo seguida pela
TransBrasil. A
Varig recebeu a primeira unidade em 1987. O Boeing 737-300
rapidamente se tornou a principal aeronave para
voos nacionais na década de 1990 no Brasil, sendo visto em todos os cantos
do país, inclusive foi o responsável por substituir os lendários
Electra II na Ponte Aérea Rio de Janeiro - São
Paulo. A partir dos anos 2000 os Boeing 737-300 começaram a ser
substituídos pelos Boeing 737NG e aeronaves da Família A320.
Operadoras no Brasil: Bra, Gol, Flex, Modern, Nordeste, Oceanair, Puma Air, Rico, Rio Sul, Sideral, TransBrasil, Varig, Vasp, WebJet
AirNikon
Collection-Pima Air and Space Museum![]() ![]()
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Origem: Estados Unidos
Produzido: 1 Peso da aeronave: 32 toneladas
Peso máximo decolagem/pouso: 62/51 toneladas
10) tonf Capacidade de combustível: 20,1 mil litros
km
Altitude de Cruzeiro: 11,3 km (37 mil
ft)
Pista mínima para decolagem: 1,9 km km
Maior operador (encomendas diretamente do fabricante):
Comparar com outras aeronaves
Fabricados: 1116
Ativos: 219
Acidentes: 44
Em dezembro de 1985 a Boeing lançou uma versão ainda maior
do 737. O
Boeing 737-400 permitiu acrescentar três fileiras de assentos na classe
econômica e duas na primeira classe ou 21 assentos em classe única em
relação ao Boeing 737-300. A maior capacidade de passageiros permite ao
737-400 um custo mais baixo por passageiro e uma capacidade de assentos
mais próximo do concorrente
A primeira entrega aconteceu no dia 15 de setembro de
1988 para a Piedmont. Apesar de
ser eficiente contra o
Airbus A320. A maioria das companhias aéreas utilizou o Boeing
737-300 como principal modelo, enquanto o Boeing 737-400 serviu de
complemento em rotas de maior demanda. Com o lançamento
do sucessor, Boeing 737-800, a produção do Boeing 737-400 foi encerrada
no ano 2000.
Após o fim da produção e a diminuição do valor de leasing da aeronave,
muitas companhias aéreas aproveitaram para transformar o B737-400 em um
cargueiro, na versão que ficou conhecida como 737-400SF (Special
Freighter). O B737 cargueiro pode servir como um ótimo substituto para o
B727, possuindo capacidade de carga
semelhante, maior eficiência e economia de combustível, menor ruído e
tecnologia mais moderna.
No Brasil a primeira a operar o Boeing 737-400 foi a
TransBrasil, em 1989. Porém poucas unidades foram
operadas por companhias brasileiras se comparado ao Boeing 737-300 e
Boeing 737-500. Em 2010 a Varig Log foi a
primeira a operar a versão cargueira no país.
Operadoras no Brasil: Azul, Bra, Colt Cargo, Modern, Nacional, Sideral, TransBrasil, Varig, Varig Log, Vasp
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Origem: Estados Unidos
Produzido: 1 Peso da aeronave: 34 toneladas
Peso máximo decolagem/pouso: 68/56 toneladas
10) tonf Capacidade de combustível: 23,8 mil litros
km
Altitude de Cruzeiro: 11,3 km (37 mil
ft)
Pista mínima para decolagem: 2,5 km
km
Piedmont
Maior operador (encomendas diretamente do fabricante):
Malaysia
Comparar com outras aeronaves
Fabricados: 488
Ativos: 210
Acidentes: 30
O Boeing 737-500 foi um pedido da
Southwest
e foi lançado no dia 20 de maio de 1987 com uma encomenda inicial de 38
aviões feita pela mesma. O 737-500 tem um tamanho similar ao 737-200 e
incorpora as tecnologias usadas nas versões 300 e 400. O consumo de
combustível do 737-500 é 20% menor se comparado com a versão 200. Os
motores são os mesmos utilizadas nos 737-300 e 400 (CFM56), que oferecem
uma grande economia de combustível e baixo nível de ruído. A menor
capacidade de passageiros do B737-500 significa que ele possuí maior
alcance, podendo realizar voos mais longos que as outras versões maiores
não são capazes. Além disso essa versão é ideal para rotas de menor
demanda ou que precisam de alta frequência e uma capacidade menor por
voo. Essas características são atraentes para companhias low cost, low
fare, como por exemplo a
Southwest, que operam com uma frota unificada e precisam que o
modelo de aeronave escolhido tenha grande flexibilidade. Outra inovação
é a galley transversal, que aumenta o espaço disponível para o embarque
e desembarque de passageiros e facilita o serviço da tripulação,
tornando rápida a organização do serviço de bordo. O modelo deixou de
ser fabricado no final dos anos 1990 para dar lugar ao seu sucessor, o
Boeing 737-600.
No Brasil o Boeing 737-500 se tornou o principal jato das subsidiárias
regionais da
Varig:
Rio Sul e Nordeste,
na década de 1990. O modelo foi escolhido especialmente para concorrer
com o Fokker 100 da Tam.
Operadoras no Brasil:
Nordeste, Rio Sul,
Sideral, Varig
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Origem: Estados Unidos
Produzido: 1 Peso da aeronave: 31 toneladas
Peso máximo decolagem/pouso: 60/50 toneladas
)
tonf Capacidade de combustível: 23,8 mil litros
km
Altitude de Cruzeiro: 11,3 km (37 mil
ft)
Pista mínima para decolagem: 2,4 km
km
Fokker 100
Maior operador (encomendas diretamente do fabricante):
United
Comparar com outras aeronaves
Fabricados: 390
Ativos: 76
Acidentes: 13
O Airbus A320, lançado no final dos anos 1980,
introduziu várias inovações tecnológicas, como o fly-by-wire (FBW). No
entanto a adoção de uma tecnologia inédita gerou desconfiança e dúvidas
sobre a confiabilidade do sistema, o que resultou em vendas lentas nos
primeiros anos. Com o tempo, no entanto, o A320
começou a demonstrar suas vantagens como maior eficiência de combustível
e menores custos operacionais. Com uma fatia do mercado cada vez maior,
a Boeing lançou o Boeing 737NG (Next Generation) para enfrentar a
concorrência. No entanto a Boeing resistiu a implementar o fly-by-wire,
optando por manter controles convencionais assistidos por computador na
Família NG. Além disso a fabricante tinha preocupação em manter a
comunalidade com os 737 anteriores. Os novos modelos têm asas
completamente novas, com maior eficiência aerodinâmica, otimizadas para
maiores velocidades e altitudes de cruzeiro. A área da asa é 25%
maior do que na versão anterior, gerando maior capacidade de combustível
e consequentemente maior alcance. Outra modificação importante foram os
novos motores CFM56-7B, mais silenciosos e econômicos que a geração
anterior. A nova versão também possuí menores custos de manutenção. Para
aproveitar o maior empuxo do motor, o estabilizador horizontal dos 737NG são
maiores. O sistema Quiet Climb System (QCS) reduz automáticamente o
empuxo do motor sobre áreas sensíveis a ruído, como por exemplo em
aeroportos dentro de cidades. Apesar de ser capaz de voar com velocidade
superior a Mach 0.8, a Boeing otimizou a velocidade de cruzeiro de modo
a gerar maior economia de combustível. Mesmo assim os Boeing 737NG
possuem velocidade de cruzeiro superior a geração anterior.
A cabine de comando foi atualizada com aviônicos mais
modernos e outras melhorias vindas do Boeing 777.
A cabine de passageiros também incorporou melhorias do
B777 incluindo compartimentos superiores
maiores.
O
Boeing 737-700 substituiu o Boeing 737-300 e foi o primeiro a ser
desenvolvido.
As primeiras encomendas foram feitas
pela Southwest, em novembro de 1993, e primeiras entregas
foram em novembro
de 1997. O 737-700 é concorrente direto do A319
e a disputa foi bastante acirrada, com os dois modelos evoluindo
constantemente ao longo dos anos. Um exemplo foi a adoção dos Winglets, uma espécie
de
"dobras" nas pontas das asas, que reduzem o atrito e geram economia de
combustível.
Embora não exista um versão exclusivamente cargueira, foi lançada a
versão Boeing 737-700C (Conversível), podendo ser facilmente adaptado
para o transporte de carga ou passageiros. Para isso essa versão possuí
uma porta de carga e sistema de manuseio de carga. A Boeing também
ofereceu a versão Boeing 737-700QC (Quick Change), com assentos
paletizados para permitir que o avião seja convertido de passageiro para
cargueiro e vice-versa em menos de uma hora.
Em janeiro de 2006 foi lançada a
versão de longo alcance, Boeing 737-700ER (Extended Range). Essa versão
utiliza as asas e o trem de pouso do Boeing 737-800, além tanques de
combustível auxiliares e maior peso máximo de decolagem. O B737-700ER
explora o potencial de uma aeronave narrow-body para operar voos de longa
distância, incluindo voos transcontinentais como por exemplo entre os
EUA e a Europa. Essa versão foi lançada pela ANA,
em março de 2007. Porém essa versão não encontrou muitos compradores,
sendo operado apenas em um um nicho muito específico. Seu custo
operacional elevado para voos curtos e capacidade limitada para voos
longos tornaram-no uma escolha pouco viável.
Na batalha contra o A319ceo, a Airbus
obteve uma ligeira vantagem, vendendo cerca de 200 unidades a mais no
total.
Em 2011 a Boeing
anunciou a nova geração da Família Boeing 737, conhecida como 737MAX. O
Boeing 737 MAX 7 substituiu o Boeing 737-700.
No Brasil a
Varig foi a primeira companhia aérea da América
Latina a operar o Boeing 737-700 em 1998. Porém a companhia recebeu
poucas unidades do modelo devido a sua gravíssima situação
financeira. Somente com o surgimento da
Gol, em 2001, os Boeing 737NG passaram a ser
usados em larga escala no Brasil.
Operadoras no Brasil: Gol, Rio Sul, Varig
Joan Martorell![]() ![]()
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Origem: Estados Unidos
Produzido: 1 Peso da aeronave: 38,1 toneladas
Peso máximo decolagem/pouso: 69 (77 (ER)) / 58
toneladas Capacidade de combustível: 26 mil litros
-12) tonf
828 km/h
876 km/h Altitude de Cruzeiro: 12,5 km (41 mil ft)
Pista mínima para decolagem: 1,6 km / 2,1 km (ER)
370
CRJ-1000,
Maior operador (encomendas diretamente do fabricante):
Comparar com outras
aeronaves
Fabricados: 1287
Ativos: 838
Acidentes: 3
Nos anos 1990 a Airbus começou a ganhar espaço com o A320,
forçando a Boeing a lançar uma nova geração do seu bem-sucedido Boeing
737. O Boeing 737-700 foi lançado primeiro porque era um substituto
direto do 737-300, o modelo mais popular da geração anterior. No entanto
em pouco tempo ficou claro a migração do mercado para aeronave com maior
capacidade de passageiros, do porte do A320 e
Boeing 737-800. O maior alcance do 737-800 fez com que a vantagem de
poder voar mais longe da versão menor ficasse menos atraente na geração
NG. Além disso a demanda de passageiros naturalmente ficou maior do que
nas décadas passadas, necessitando de aeronaves com maior capacidade de
passageiros. Outro impulso nas vendas do B737-800 foi o fato de muitas
companhias aéreas escolherem esse modelo para substituir aeronaves mais
antigas como o
Boeing 737-400 e Boeing 727-200,
com capacidade similar.
Os Boeing 737NG incorporam novas asas, novos motores e cockpit e cabine
atualizados. Os Next Generation possuem menor custos operacionais e de
manutenção, menor consumo de combustível e podem voar mais rápido e mais
longe do que os modelos da geração anterior. A
capacidade de voar em altas altitudes permite que eles voem acima
do mau tempo reduzindo as turbulências e fujam dos congestionamentos em
rotas com muitos voos. Muitas inovações foram incorporadas do
777, como maior
espaço nos compartimentos de bagagem, novos contornos nas paredes da
cabine e os novos displays.
As primeiras encomendas foram feitas pela empresa charter alemã Hapag Lloyd, que recebeu seu primeiro avião em 1998.
Em fevereiro de 2000 a Boeing começou a oferecer a opção de winglets
feitos de carbono grafite como opção para os 737-800. Este avanço
permite ao avião voar mais alto e economiza combustível. A primeira
companhia a adquirir o 737-800 com este opcional foi a
South African.
O Boeing 737-800 também tem uma versão para a aviação executiva chamada
Boeing 737BBJ (Boeing Business Jet). Algumas companhias usam o Boeing
737BBJ, geralmente configurado com uma cabine de classe executiva,
tirando proveito da maior autonomia da aeronave. Essas companhias tentam
atrair passageiros premium com uma experiência mais personalizada e
exclusiva, normalmente em rotas de negócios entre centros financeiros,
como Londres - Nova York e Tóquio - Shanghai.
Em 2010 a Boeing entregou para a FlyDubai o primeiro Boeing 737 com Sky
Interior. Trata-se de um novo interior inspirado no
Boeing 787, com janelas e bagageiros maiores
e luzes LED que mudam a coloração de acordo
com cada etapa do voo.
O Boeing 737-800 e o Airbus A320 travaram uma das
maiores competições da aviação comercial, disputando a preferência de
companhias aéreas ao redor do mundo. Esse confronto forçou ambas as
fabricantes a evoluir constantemente seus modelos para se manterem
competitivas, resultando em aeronaves cada vez mais eficientes e
econômicas. No final a Boeing obteve uma ligeira vantagem, com cerca de
5,1 mil Boeing 737-800 produzidos contra 4,7 mil A320.
No dia 30 de agosto de 2011 a Boeing anunciou a nova geração da família
Boeing 737, chamada de Boeing 737MAX. O Boeing 737 MAX 8 substituiu o Boeing 737-800.
Após o lançamento da nova geração B737MAX, o Boeing 737-800 ganhou uma sobrevida no mercado cargueiro. Em fevereiro
de 2016 a Boeing lançou o programa de conversão de passageiros para
carga, denominada B737-800BCF (Boeing Converted Freighter). As
principais modificações incluem a instalação de uma porta de carga na
fuselagem e um sistema de manuseio de carga. Além da conversão feita
pela Boeing, a conversão em cargueiro pode ser feita por terceiros,
sendo denominado B737-800SF (Special Freighter). O B737-800 cargueiro
tem capacidade para levar 23,9 toneladas de carga útil, com um alcance
de 3,7 mil km.
No Brasil, a
Varig foi a primeira a operar o modelo e a
primeira da América Latina a operar um Boeing 737 com winglets, em 2001. Mas a
grande operadora do modelo no Brasil foi a
Gol, que em conjunto com a Boeing, criou o Boeing
737-800SFP (Short Field Performance) em 2004. Essa versão foi feita
especialmente para operar em pistas muito curtas como a do
Aeroporto Santos Dumont, no Rio de
Janeiro. O primeiro Boeing 737-800SFP foi entregue para Gol em julho de
2006. Essa versão também foi adquirida por outras companhias aéreas como
Alaska,
Ryanair e Turkish. Em poucos anos de operação a
Gol se tornou uma das maiores operadoras do Boeing
737 no mundo, ultrapassando a marca de 100 unidades da versão 800. A partir de 2018 o Boeing 737-800 começou a ser
substituído pelo B737 MAX 8. Em 2023 a
Gol também foi a primeira no Brasil a operar a
versão cargueira, B737-800BCF.
Operadoras no Brasil: Gol, Varig, WebJet
AirNikon
Collection-Pima Air and Space Museum![]() ![]() ![]() Matthias Mai
|
Origem: Estados Unidos
Produzido: 1
Peso da aeronave: 41,4 toneladas
Peso máximo decolagem/pouso: 79/66 toneladas
10-12) tonf Capacidade de combustível: 26 mil litros
828 km/h
876 km/h Altitude de Cruzeiro: 12,5 km (41 mil ft)
Pista mínima para decolagem: 2,4 km
km
Hapag-Lloyd
Maior operador (encomendas diretamente do fabricante):
Ryanair
Comparar com outras
aeronaves
Fabricados: 5183
Ativos: 4864
Acidentes: 28
O B737-600 foi lançado em março de 1995 com uma encomenda de 35 unidades feita pela empresa escandinava SAS. Ele possui dimensões semelhantes ao B737-500 e utiliza as mesmas estruturas básicas dos outros membros da Família B737 Next Generation. Porém o 737-600 não encontrou muitos compradores e sofreu forte concorrência das aeronaves regionais produzidas pela Bombardier e Embraer. As companhias aéreas acabaram optando pelos modelos regionais, mais leves e econômicos, ou pelo Boeing 737-700, com maior capacidade de passageiros e menor custo por passageiro. O aumento da demanda de passageiros, exigindo aeronaves maiores, e a evolução dos motores e dos modelos, permitindo que aeronaves maiores tivessem maior alcance, diminuíram as vantagens de uma versão encurtada do Boeing 737 com maior alcance. Além disso o surgimento de novas aeronaves regionais, como os E-Jets, com tecnologias mais recentes e projetados especificamente para o mercado regional, foram capazes de gerar economia de combustível e custos tão baixos, que os jatos encurtados de modelos maiores, como o B737-600 e o Sem novas encomendas, a produção foi encerrada em 2012.
Axel J.![]() ![]()
|
Origem: Estados Unidos
Produzido: 1 Peso da aeronave: 36,3 toneladas
Peso máximo decolagem/pouso: 66/55 toneladas
9-10) tonf Capacidade de combustível: 26 mil litros 828 km/h
876 km/h Altitude de Cruzeiro: 12,5 km (41 mil ft)
Pista mínima para decolagem: 1,7 km
km
CRJ-900/CRJ-1000
Maior operador (encomendas diretamente do fabricante):
Comparar com outras
aeronaves
Fabricados: 69
Ativos: 13
Acidentes: 0
Boeing 737-900 / Boeing 737-900ER
Para competir com o A321, a Boeing resolveu
esticar ainda mais o 737. Em
1997, com uma encomenda de 10 unidades feita pela
Alaska Airlines, foi
lançado o Boeing 737-900. A empresa o colocou em operação em maio de
2001.
O lançamento do 737-900 levantou preocupações sobre uma competição
interna com o Boeing 757-200, já que a
capacidade de passageiros era próxima. O
Boeing 757 foi lançado no inicio dos anos 1980 como substituto para
o Boeing 727. No entanto com o aumento
do preço do combustível e a chegada de aeronaves mais eficientes, o
757 estava ficando caro para operar e as companhias aéreas preferiam
modelos com consumo de combustível menor.
Quando a produção do
757 foi
encerrada, em 2004, por falta de encomendas, a Boeing sugeriu que as companhias aéreas deveriam
escolher o 737-900 como substituto, mas não foi isso que aconteceu. A principal deficiência do 737-900 em relação ao
757
era o alcance. Por ser maior que o B737-800, o B737-900 tinha alcance
menor, limitando a possibilidade de rotas que o avião poderia operar.
Apesar de menos econômico, o Boeing 757
era maior e com alcance consideravelmente superior.
Em 2005 a Boeing lançou o 737-900ER (Extended Range), desenvolvido
com maiores pesos operacionais e tanques de combustível extra,
garantindo maior alcance. A Boeing também
adicionou mais duas saídas de emergência na aeronave, permitindo
aumentar a capacidade máxima para 220 passageiros em classe única. Mesmo assim o
737-900ER
encontrou dificuldades para ser um substituto ideal do
757 e também para competir com o A321.
A aeronave da Airbus foi criada a partir de uma plataforma maior e mais
moderna, tendo menos limitações em termos de espaço e alcance. Além
disso o A321 é ligeiramente maior do que o
B737-900ER e possuí praticamente o mesmo alcance.
Na década de 2010 o Boeing 737-900ER conseguiu um impulso nas vendas,
uma vez que os
Boeing 757
estavam
ficando cada vez mais velhos e muitas companhias americanas acabaram
escolhendo o
737-900ER como seu substituto ou para complementar o Boeing 737-800. Apesar
do aumento das vendas, o Boeing 737-900 acabou vendendo bem menos que o
seu concorrente A321. Enquanto todas as
versões do B737-900 venderam pouco mais de 550 unidades, o A321ceo
acumulou quase 1.800 unidades produzidas.
Em 2011 a Boeing anunciou a nova geração da Família 737 MAX e a
versão B737 MAX 9 substituiu o Boeing 737-900.
Chris Banyai-Riepl![]() ![]()
|
Origem: Estados Unido
Peso máximo decolagem/pouso: 85/66 toneladas
10-12) tonf Capacidade de combustível: 29,6 mil litros
828 km/h
876 km/h Altitude de Cruzeiro: 12,5 km (41 mil ft)
Pista mínima para decolagem: 3,0 km
Maior operador (encomendas diretamente do fabricante):
United Airlines
Comparar com outras
aeronaves
|
Boeing 737 MAX 8 / Boeing 737 MAX 200
Quando a Airbus lançou a Família A320neo, a Boeing começou a
sofrer forte pressão para decidir se remotorizava os seus Boeing 737 ou
criava uma família totalmente nova. Porém a Boeing se limitou a dizer
que os A320neo apenas fizeram a
Família A320 se igualar aos Boeing
737NG. Mas com mais de seiscentas encomendas para a
Família A320neo e
a American Airlines, sua tradicional
cliente, se inclinado a comprar a
Família A320, a Boeing acabou
cedendo e anunciou uma versão remotorizada dos 737. A
American Airlines
acabou encomendando tanto os A320 quanto os B737, que incluía a nova
versão remotorizada inicialmente conhecida como Boeing 737RE.
Finalmente no dia 30 de agosto de 2011 a Boeing anunciou oficialmente a
família Boeing 737MAX (abreviação da palavra "maximum"). A
nova geração não
incluiu uma versão para substituir o Boeing 737-600 devido ao baixo
número de encomendas.
Os novos motores CFM Leap-1B e as mudanças estruturais baseadas no
Boeing 787 produzem uma redução de até 12%
no consumo de combustível em relação aos Boeing 737NG. Segundo a Boeing,
os 737MAX também possuem custo operacional 7% menor e um consumo de combustível 4%
menor do que a Família A320neo. Na versão
B737 MAX a Boeing também incorporou a tecnologia "Fly-by-Wire", a mesma usada pela Família A320.
As novidades para o passageiro ficam por conta do "Sky Interior", um
interior inspirado no Boeing 787, com luzes
LED e maior espaço para bagagem.
O Boeing 737-8 MAX é o substituto do Boeing 737-800, a versão
mais vendida da Família Boeing 737 Next Gen. Os novos Boeing 737 MAX contam com novos wingtip
"split-tip winglets" e novos
motores, garantindo maior eficiência, economia e alcance. Os novos
motores CFM Leap-1B podem ser até 12% mais eficiente do que a geração
anterior, possuem 40% menos ruído e permitem uma redução de até 15% no
consumo de combustível e até 20% menos emissões de carbono. O maior
tamanho dos motores, exigiu mudanças no trem de pouso para manter uma
distância entre o motor e o solo de 43 cm. Além disso os motores foram
posicionados mais para frente e ligeiramente acima da asa. Os motores da
Família Boeing 737 MAX também são equipados com chevrons para redução de
ruído. Os Boeing 737 MAX também contam com melhorias aerodinâmicas e
modificações na fuselagem. Os B737 MAX incorporam a tecnologia "Fly-by-Wire"
e a Boeing se preocupou em manter semelhança com a Família B737 Next
Generation para minimizar os custos com treinamento da tripulação. Para
os passageiros, os 737 MAX possuem o Sky Interior, com compartimentos
superiores maiores e iluminação LED, baseado no interior do Boeing 787.
Em setembro de 2014 a Boeing e a
Ryanair lançaram uma versão de alta
densidade, denominada Boeing 737 MAX 200, podendo acomodar até 200 passageiros em
classe única. Para isso, a Boeing adicionou mais duas saídas de
emergência na fuselagem. Com 200 assentos, o Boeing 737 MAX 200 consegue
uma economia de 20% por assento e custos operacionais 5% mais baixos do
que o MAX 8.
A primeira
entrega do B737 MAX 8 foi para a Malindo Air no dia 6 de maio de
2017, que fez o voo inaugural no dia 22.
Em março de 2019 todos os Boeing 737 MAX foram obrigados a serem
retirados de operação após dois acidentes fatais, um com a
Lion Air, no
dia 29 de outubro de 2018, e outro com a Ethiopian Airlines, no dia 10
de março de 2019. Nessa altura já haviam sido fabricados 387 unidades
para 59 companhias aéreas em todo o mundo. Os dois acidentes evolveram um sistema
novo introduzido no Boeing 737 MAX chamado Maneuvering Characteristics
Augmentation System (MCAS), que impede que a aeronave perca
sustentação devido ao efeito aerodinâmico de seus motores maiores, mais
pesados e mais poderosos. A suspensão do Boeing 737 MAX criou a maior
crise na Boeing em toda a sua história, gerando prejuízo de US$ 2,9
bilhões apenas no segundo trimestre de 2019. Finalmente, no dia 18 de
novembro de 2020, a FAA (órgão regulador dos EUA) aprovou a volta do
Boeing 737 MAX aos céus. Para a volta da aeronave foram implementadas
melhorias de software, modificações de cabos e um novo treinamento para
os pilotos.
No Brasil, a
Gol foi a primeira no país e a segunda na América
do Sul a operar a nova geração do Boeing 737. O maior alcance da versão
MAX fez com a
Gol pudesse realizar voos entre Brasília e a
Flórida, nos EUA, o voo mais longo sem escalas já feito por um Boeing
737. A
Gol também foi a primeira companhia aérea do mundo
a voltar a operar o Boeing 737 MAX, após os acidentes de 2019, no dia 9 de dezembro de 2020.
Operadoras no Brasil: Gol
Boeing![]() ![]() |
Origem: Estados Unidos
Produzido: 2016 - hoje
Comprimento: 39,47 m
Envergadura: 35,92 m
Altura: 12,3 m
Peso da aeronave: 45
toneladas
Peso máximo decolagem/pouso:
82/69 toneladas
Motores: 2x CFMI CFM Leap-1B
11-13) tonf
Capacidade de combustível:
25,94 mil litros
Velocidade de cruzeiro: 839
km/h (mach 0.79)
Velocidade máxima: 876 km/h
Altitude de Cruzeiro: 12,5 km (41 mil ft)
Pista mínima para decolagem:
2,5 km
Alcance: 6510 km (8 MAX)
/ 5000 km (200 MAX)
Passageiros: 140 a 170
2 Classes: 162
1 Classe: 175 a 200
Primeiro voo: 29 de
janeiro de 2016 (B737 MAX 8) /
13 de janeiro de 2019 (B737 MAX
200)
Concorrentes:
Airbus A320neo,
Airbus A220-300,
COMAC
C919
Companhia Lançadora:
Malindo Air
Comparar com outras
aeronaves
Fabricados: 1444
Ativos: 1421
Encomendas: 505
Acidentes: 2
O Boeing 737-9 MAX é o substituto do Boeing 737-900 e era o maior membro
da família Boeing 737MAX até a chegada da versão 10. A versão alongada
do B737 MAX 8 foi lançada em fevereiro de 2012 com 201 unidades
encomendadas. A Boeing esperava que o B737 MAX 9 fosse um substituto
mais eficiente para o Boeing 757 e um
concorrente desafiador para o
A321neo. Porém o
A321neo estava ganhando "de
lavada", levando a maioria das encomendas. Então em 2016 a Boeing propôs
uma versão ainda maior, denominada B737 MAX 10. Após o lançamento do
Boeing 737 MAX 10, muitas encomendas da versão 9 migraram para a versão
10.
A primeira entrega do B737 MAX 9 foi feita em março de 2018 para a
Lion
Air.
Em janeiro de 2024 um Boeing 737 MAX 9 da
Alaska Airlines sofreu um incidente
quando a porta de uma saída de emergência se desprendeu em pleno voo.
Logo depois a FAA determinou a suspensão de voos com o B737MAX9 nos EUA
até que seja esclarecido as causas do incidente. Outras agencias no
mundo também suspenderam a operação do modelo, incluindo o Brasil. No
total haviam pouco mais de 200 unidades em todo o mundo, operados por
onze companhias aéreas. Após 20 dias no chão, os B737 MAX 9 puderam
voltar a voar após cada unidade passar por uma inspeção detalhada.
Boeing![]() ![]() |
Origem: Estados Unidos
Produzido: 2017 - hoje
Comprimento: 42,16 m
Envergadura: 35,92 m
Altura: 12,3 m
Peso da aeronave: 50
toneladas
Peso máximo decolagem/pouso:
88/74 toneladas
Motores: 2x CFMI CFM Leap-1B
11-13) tonf
Capacidade de combustível:
25,94 mil litros
Velocidade de cruzeiro: 839
km/h (mach 0.79)
Velocidade máxima: 876 km/h
Altitude de Cruzeiro: 12,5 km (41 mil ft)
Pista mínima para decolagem:
2,6 km
Alcance: 6658 km
Passageiros: 170 a 200
2 Classes: 180
1 Classe: 192 a 220
Primeiro voo: 13 de abril
de 2017
Concorrentes:
Airbus A321neo
Companhia Lançadora:
Lion
Air
Fabricados: 238
Ativos: 234
Encomendas: 32
Acidentes: 0
O Boeing 737 MAX 7 é o substituto do Boeing 737-700 e é o menor membro da nova família Boeing 737. O B737 MAX 7 têm recebido poucas encomendas. As companhias aéreas têm preferido a versão maior B737 MAX 8. A entrada em serviço da aeronave estava prevista para 2019, porém foi adiado com a suspensão global do B737MAX em março do mesmo ano.
Boeing![]() ![]() |
Origem: Estados Unidos
Produzido: 2018 - hoje
Comprimento: 35,56 m
Envergadura: 35,92 m
Altura: 12,3 m
Peso da aeronave:
Peso máximo decolagem/pouso:
80/66 toneladas
Motores: 2x CFMI CFM Leap-1B
11-13) tonf
Capacidade de combustível:
25,94 mil litros
Velocidade de cruzeiro: 839
km/h (mach 0.79)
Velocidade máxima: 876 km/h
Altitude de Cruzeiro: 12,5 km (41 mil ft)
Pista mínima para decolagem:
2,1 km
Alcance: 7038 km
Passageiros: 120 a 140
2 Classes: 126
1 Classe: 140 a 149
Primeiro voo: 16 de março
de 2018
Concorrentes:
Airbus A319neo,
Airbus A220-300,
Embraer E195-E2
Companhia Lançadora:
Fabricados: 3
Ativos: 2
Encomendas: 111
Acidentes: 0
Em junho de 2017 a Boeing lançou oficialmente o maior 737 de todos os tempos, o
Boeing 737 MAX 10, versão alongada do B737 MAX 9, capaz de transportar
até 230 passageiros. A Boeing já vinha estudando uma versão maior do
B737 há algum tempo para tentar conter o sucesso do
A321neo, que superou de
longe as encomendas do B737 MAX 9. Segundo a fabricante, o modelo
contava com 240 encomendas no momento do seu lançamento.
O primeiro projeto previa modificações nas asas e um novo motor mais
potente. Porém a Boeing revisou o projeto e o B737 MAX 10 utiliza a
mesma asa e motor do B737 MAX 9. Porém outras modificações foram
necessárias como a adição de saídas de emergência extras, um sistema
anti tail-strike e um novo conjunto de trem de pouso mais alto, que é
capaz de diminuir para o mesmo tamanho dos outros aviões da Família 737
MAX quando está retraído, evitando a necessidade de modificações no
compartimento de trem de pouso.
Segundo a Boeing, o 737 MAX 10 possuí custo por assento 5% menor que o
A321neo. Mesmo assim o
A321neo seguiu vendendo
muito mais do que o B737 MAX 9 e B737 MAX 10 juntos. A aeronave da
Airbus oferece uma capacidade máxima de passageiros superior e um
alcance muito maior, se apresentando como um avião mais versátil e mais
adequado para substituir o Boeing 757.
Ainda assim as operadoras do B737MAX ficaram animadas com a nova versão.
Muitas trocaram suas encomendas do B737MAX9 para o B737MAX10. No entanto
a certificação do modelo passou a ser muito mais rigorosa após os
acidentes com o B737MAX8, tornando o processo muito mais lento.
Com a entrada em serviço sendo adiada, a carteira de pedidos do
B737MAX10 foi esvaziando.
Boeing![]() ![]() |
Origem: Estados Unidos
Produzido: 2021 - hoje
Comprimento: 43,8 m
Envergadura: 35,92 m
Altura: 12,3 m
Peso da aeronave:
Peso máximo decolagem/pouso:
89 toneladas
Motores: 2x CFMI CFM Leap-1B
11-13) tonf
Capacidade de combustível:
25,94 mil litros
Velocidade de cruzeiro: 839
km/h (mach 0.79)
Velocidade máxima: 876 km/h
Altitude de Cruzeiro: 12,5 km (41 mil ft)
Pista mínima para decolagem:
Alcance: 6110 km
Passageiros: 185 a 230
2 Classes: 188
1 Classe: 230
Primeiro voo: 18 de junho
de 2021
Concorrentes:
Airbus A321neo
Companhia Lançadora:
Fabricados: 2
Ativos: 2
Encomendas: 23
Acidentes: 0
atualizado em dezembro de 2024