Boeing 737
Boeing 737-200 / Boeing 737 Classic / Boeing 737NG / Boeing 737MAX
O Boeing 737 é uma aeronave para rotas curtas e médias produzida
pela Boeing. A primeira versão, Boeing 737-100, voou pela primeira
vez em 1967. A segunda versão, Boeing 737-200, voou logo depois e se
tornou a aeronave mais vendida de todos os tempos.
Na década de 80 a Boeing lançou a nova geração, que ficou conhecida
como Boeing 737 Classic, uma família composta pelo Boeing 737-300
(lançado em 1981), Boeing 737-400 (1985) e Boeing 737-500 (1987).
Essa geração ganhou melhorias aerodinâmicas e novos motores,
tornando-os mais eficientes e econômicos.
Em 1987 voava o
A320, o primeiro membro da Família A320, que
competia diretamente com os Boeing 737. A Família
A320 começou a tirar as vendas do modelo mais vendido de todos os
tempos, pois o Airbus incorporava
tecnologias mais modernas. A Boeing então respondeu lançando uma nova
geração da Família 737.
Nascia ai os Boeing 737NG (Next Generation), composto pelas versões
Boeing 737-600 (lançado em 1995), Boeing 737-700 (1993), Boeing 737-800
(1994) e Boeing 737-900 (1997). Os 737NG receberam novos motores,
mais econômicos e potentes, o que resultou numa velocidade e
alcance maiores. Além disso as asas, fuselagem, cauda, controles e
sistemas foram melhorados. A partir daí os 737NG e a Família A320 travaram
uma disputa acirrada pelo posto de aeronave comercial mais vendida do mundo.
Nos anos 2000
os Boeing 737NG também passaram a utilizar Winglets.
Com uma concorrência cada vez maior, a Boeing e a Airbus começaram a
estudar se era melhor lançar uma versão remotorizada dos seus Boeing
737 e
Família A320 ou lançar uma aeronave totalmente
nova. A Boeing estava mais inclinada a criar uma aeronave totalmente
nova depois de 2020, mas a Airbus acabou lançando a
Família A320neo, em 2010. A Boeing então
lançou os Boeing 737MAX em 2011. A família é composta das versões Boeing 737-7 MAX, Boeing 737-8 MAX,
Boeing 737 MAX 200, Boeing
737-9 MAX e Boeing 737-10 MAX.
Os novos motores CFM Leap-1B e as mudanças estruturais baseadas no
Boeing 787 geram uma redução de até
12% no consumo de combustível em relação aos Boeing 737NG.
Boeing 737-100
Como resposta ao Douglas DC-9,
a Boeing começou um projeto de uma aeronave para complementar o
Boeing 727
em rotas médias e curtas. Nascia o Boeing 737-100, derivado do
Boeing 707 e Boeing 727
e com capacidade de 60 a 85 lugares. O primeiro comprador foi a
Lufthansa que encomendou 21 unidades em
fevereiro de 1965, mas pediu para que a capacidade fosse aumentada para
um valor próximo a 100 assentos.
Em abril de 1965 a
United Airlines anunciou uma encomenda para complementar a
sua frota de
Boeing 727. No entanto a companhia solicitou
que a Boeing construísse uma versão um pouco maior, para mais de cem
passageiros. Essa versão maior se tornaria o Boeing 737-200. O primeiro 737-100 foi entregue à
Lufthansa no dia 28 de dezembro de 1967 e
começou a voar nas rotas comerciais da empresa a partir do dia 10 de fevereiro de
1968.
O B737-100 e B737-200 foram desenvolvidos ao mesmo tempo, sendo que a
versão 200 voou pela primeira vez apenas quatro meses depois da versão
100. As companhias aéreas acabaram preferindo encomendar a versão 200,
com maior capacidade de passageiros e um bom substituto para o
Boeing 727-100. Sem novas encomendas, a
produção do 737-100 foi encerrada. O último modelo foi produzido em 1969 e entregue em
novembro do mesmo ano.
S. M. Reeves
Fabricados: 30
|
Origem: Estados Unidos
Produzido: 1
) tonf
Mach 0.74 / 780 km/h
mach 0.82 / 876 km/h
km
Maior operador (encomendas diretamente do fabricante):
Comparar com outras aeronaves
O Boeing 737-200 foi criado por uma solicitação
da United Airlines, que desejava uma versão
maior do 737 para substituir os 727-100 que
possuía. Então a Boeing aumentou a fuselagem do Boeing 737-100 em 1,83
metros, aumentando a capacidade da aeronave para pouco mais de cem
passageiros. A versão 737-200 acabou se tornando um sucesso estrondoso e
virou o modelo preferido pela companhias aéreas. Ao contrário do
B727, o B737 dispensa a necessidade de
engenheiro de voo, o que gerou uma redução de custo importante para as
companhias aéreas. Além disso o B737-200 conseguia operar praticamente
todas as rotas e levando quase a mesma quantidade de passageiros do
B727-100, usando apenas dois motores ao
invés de três.
Em setembro de 1968 o B737-200 também ganhou uma versão cargueira, o
B737-200C (Combi), e uma versão de conversão rápida, o 737-200QC (Quick
Change), onde a aeronave podia facilmente ser convertida para o
transporte de carga ou de passageiros dependendo da demanda.
Em maio de 1971 foi introduzido o modelo 737-200 Advanced, onde foram
incorporadas melhorias aerodinâmicas, turbinas mais potentes e
econômicas e maior capacidade de combustível. As melhorias nas turbinas
do 737-200Adv. representaram uma redução de 5% no consumo de
combustível.
Apesar da acirrada concorrência com o DC-9, o 737
tornou-se o maior sucesso comercial da Boeing e sua família tornou-se
recordista absoluta em vendas dentre todas as aeronaves a jato
comerciais. Apenas a versão 200 vendeu mais de mil unidades, superando
qualquer versão do
Boeing 707 e o Boeing 727-100 em número
de unidades vendidas.
No Brasil a Vasp foi a primeira companhia aérea a
operar o B737, quando recebeu a primeira unidade em 1969. Nos anos 70 a
Vasp chegou a ser a maior operadora do 737 na
América Latina, com mais de vinte unidades do tipo. Até o fim das
operações da Vasp, o Boeing 737-200 foi a
"espinha dorsal" da frota da empresa. Outras importantes operadoras do
modelo no Brasil foram a
Varig e a Cruzeiro,
que receberam suas primeiras unidades em 1974 e 1975, respectivamente.
Nas duas o B737 substituiu o
B727 como o principal jato para rotas
domésticas. Eles também chegaram a operar alguns voos para a América do
Sul. A partir dos anos 80, os Boeing 737-200 começaram a ser
substituídos pela nova geração da Família B737.
Operadoras no Brasil: ATA Brasil, Cruzeiro, Nacional, Taf, Rico, Varig, Vasp, Vaspex
Vito Cedrini
|
Origem: Estados Unidos
Produzido: 1
Peso da aeronave: 27 toneladas
Peso máximo decolagem/pouso: 46/44 toneladas
) tonf Capacidade de combustível: 18 mil litros mil litros 780 km
Altitude de Cruzeiro: 10,7 km (35 mil
ft)
Pista mínima para decolagem: 2,0 km
3700 km
United Airlines
Maior operador (encomendas diretamente do fabricante):
United Airlines
Comparar com outras aeronaves
Fabricados: 1115
Em Operação: 39
Acidentes: 131
O 737-300 foi lançado em março de 1981 devido às
necessidades de uma aeronave maior e mais potente. Além disso a
Boeing precisava atualizar a sua aeronave mais vendida para se manter
competitivo aos novos concorrentes que chegavam no mercado como o
O interior do Boeing 737-300 foi ampliado para a utilização de
tecnologia digital, a mesma dos 757 e
767, que inclui compartimentos de bagagem
mais amplos, galleys e lavatórios dispostos na frente e atrás da
aeronave.
A primeira aeronave foi entregue no dia 28 de novembro de 1984 para
USAir e em 30 novembro do mesmo ano para a
Southwest
Airlines. O B737-300 foi a versão mais popular da sua geração e a
única versão do B737 Classic que vendeu mais de mil unidades. No ano de
1990 a Família Boeing 737 ultrapassou a Família Boeing 727 como a
aeronave comercial mais vendida de todos os tempos, com quase 2 mil
unidades entregues desde 1967.
O modelo deixou de ser
fabricado em 1999 quando foi lançado o seu sucessor, o Boeing 737-700.
No Brasil a
Vasp foi a primeira companhia a receber e operar
o modelo, em 1986, logo seguida pela
TransBrasil. A
Varig recebeu a primeira unidade em 1987. O Boeing 737-300
rapidamente se tornou a principal aeronave para
voos nacionais na década de 90 no Brasil, sendo visto em todos os cantos
do país, inclusive foi o responsável por substituir os lendários
Electra II na Ponte Aérea Rio de Janeiro - São
Paulo. A partir dos anos 2000 os Boeing 737-300 começaram a ser
substituídos pelos Boeing 737NG e aeronaves da Família A320.
Operadoras no Brasil: Bra, Gol, Flex, Modern, Nordeste, Oceanair, Puma Air, Rico, Rio Sul, Sideral, TransBrasil, Varig, Vasp, WebJet
AirNikon
Collection-Pima Air and Space Museum
|
Origem: Estados Unidos
Produzido: 1 Peso da aeronave: 32 toneladas
Peso máximo decolagem/pouso: 62/51 toneladas
10) tonf Capacidade de combustível: 20,1 mil litros
km
Altitude de Cruzeiro: 11,3 km (37 mil
ft)
Pista mínima para decolagem: 1,9 km km
Maior operador (encomendas diretamente do fabricante):
Comparar com outras aeronaves
Fabricados: 1116
Ativos: 255
Acidentes: 41
Em dezembro de 1985 a Boeing lançou uma versão do 737 ainda maior. O
Boeing 737-400 permitia acrescentar três fileiras de assentos na classe
econômica e duas na primeira classe ou 21 assentos em classe única em
relação ao Boeing 737-300. Os engenheiros da Boeing anunciaram uma
economia de combustível que deixou as companhias animadas.
Além disso, por ser derivado do 737-300, os pilotos poderiam voar em
ambos modelos. Uma versão maior do B737 já vinha sendo estudada pela
Boeing desde o lançamento de versões maiores do
Airbus A320. Além disso o tamanho do 737-400 se encaixava
perfeitamente entre o B737-300 e o B757-200.
A primeira entrega aconteceu no dia 15 de setembro de
1988 para a Piedmont Airlines.
As turbinas do 737-400 possuem 22 mil libras de empuxo e oferecem 19% de
economia de combustível em relação aos 737 anteriores e ao
727, além de menor ruído. Com o lançamento
do sucessor Boeing 737-800, a produção do Boeing 737-400 foi encerrada
no ano 2000.
Após o fim da produção e a diminuição do valor de leasing da aeronave,
muitas companhias aéreas aproveitaram para transformar o B737-400 em um
cargueiro, na versão que ficou conhecida como 737-400SF (Special
Freighter). O B737 cargueiro pode servir como um ótimo substituto para o
B727, possuindo capacidade de carga
semelhante, maior eficiência e economia de combustível, menor ruído e
tecnologia mais moderna.
No Brasil a primeira a operar o Boeing 737-400 foi a
TransBrasil, em 1989. Porém poucas unidades foram
operadas por companhias brasileiras se comparado ao Boeing 737-300 e
Boeing 737-500. Em 2010 a Varig Log foi a
primeira a operar a versão cargueira do B737-400 no Brasil.
Operadoras no Brasil: Azul, Bra, Colt Cargo, Modern, Nacional, Sideral, TransBrasil, Varig, Varig Log, Vasp
|
Origem: Estados Unidos
Produzido: 1 Peso da aeronave: 34 toneladas
Peso máximo decolagem/pouso: 68/56 toneladas
10) tonf Capacidade de combustível: 23,8 mil litros
km
Altitude de Cruzeiro: 11,3 km (37 mil
ft)
Pista mínima para decolagem: 2,5 km
km
Piedmont Airlines
Maior operador (encomendas diretamente do fabricante):
Malaysia
Airlines
Comparar com outras aeronaves
Fabricados: 488
Ativos: 248
Acidentes: 28
O Boeing 737-500 foi um pedido da
Southwest
Airlines
e foi lançado no dia 20 de maio de 1987 com uma encomenda inicial de 38
aviões feita pela mesma. O 737-500 tem um tamanho similar ao 737-200 e
incorpora as tecnologias avançadas usadas nas versões 300 e 400. O
consumo de combustível do 737-500 é 20% menor se comparado com a versão
200. As turbinas são as mesmas utilizadas nos 737-300 e 400 (CFM56),
que oferecem uma grande economia de combustível e baixa quantidade de
ruídos. Por não fazerem muito barulho, o 737 é ideal para operar em
aeroportos perto de cidades. O ruído nas aproximações e pousos são
menores, não sendo necessário ingressar no Estágio 3, que é um dos
limites exigidos pelo Governo dos Estados Unidos. Outra inovação é a galley
transversal que aumenta o espaço disponível para o embarque e
desembarque de passageiros. Esta inovação facilita o serviço da
tripulação, tornando rápida a organização do serviço de bordo. O modelo deixou de ser
fabricado no final dos anos 1990 para dar lugar ao seu sucessor, o Boeing 737-600.
No Brasil o Boeing 737-500 se tornou o principal jato das subsidiárias
regionais da
Varig:
Rio Sul e Nordeste,
na década de 90. O modelo foi escolhido especialmente para concorrer com
o Fokker 100 da Tam.
Operadoras no Brasil:
Nordeste, Rio Sul,
Sideral, Varig
|
Origem: Estados Unidos
Produzido: 1 Peso da aeronave: 31 toneladas
Peso máximo decolagem/pouso: 60/50 toneladas
) tonf Capacidade de combustível: 23,8 mil litros
km
Altitude de Cruzeiro: 11,3 km (37 mil
ft)
Pista mínima para decolagem: 2,4 km
km
Fokker 100
Maior operador (encomendas diretamente do fabricante):
United Airlines
Comparar com outras aeronaves
Fabricados: 390
Ativos: 74
Acidentes: 13
O B737-600 foi lançado em março de 1995 com uma encomenda de 35 unidades feita pela empresa escandinava SAS. Ele possui dimensões semelhantes ao B737-500 e utiliza as mesmas estruturas básicas dos outros membros da Família B737 Next Generation. Porém o 737-600 não encontrou muitos compradores e sofreu forte concorrência das aeronaves regionais produzidas pela Bombardier e Embraer. As companhias aéreas acabaram optando pelos modelos regionais, mais modernos e mais leves, ou pelo Boeing 737-700, com maior capacidade de passageiros. Sem novas encomendas, a produção foi encerrada em 2012.
Axel J.
|
Origem: Estados Unidos
Produzido: 1 Peso da aeronave: 36,3 toneladas
Peso máximo decolagem/pouso: 66/55 toneladas
9-10) tonf Capacidade de combustível: 26 mil litros 828 km/h
876 km/h Altitude de Cruzeiro: 12,5 km (41 mil ft)
Pista mínima para decolagem: 1,7 km
km
CRJ-900/CRJ-1000,
Fokker 100
Maior operador (encomendas diretamente do fabricante):
Comparar com outras
aeronaves
Fabricados: 69
Ativos: 13
Acidentes: 0
Para enfrentar a concorrência da Família A320, a Boeing
lançou os 737NG (Next Generation). O
Boeing 737-700 substituiu o Boeing 737-300 e foi o primeiro a ser
desenvolvido. Os
novos modelos têm asas completamente novas, com maior eficiência
aerodinâmica, 25% a mais de área e são otimizadas para maiores velocidades e
altitudes de cruzeiro. Os 737NG também têm maior capacidade
de combustível do que os modelos da
geração anterior, gerando um alcance maior. Outra modificação importante
foram os novos motores CFM56-7B, mais silenciosos e econômicos que a
geração anterior. A cabine de comando foi atualizada com aviônicos mais
modernos e outras melhorias vindas do Boeing 777.
A cabine de passageiros também incorporou melhorias vindas do
B777 incluindo compartimentos superiores
maiores do que a geração anterior.
As primeiras encomendas para o B737-700 foram feitas
pela Southwest, em novembro de 1993, e primeiras entregas
foram em novembro
de 1997. O 737-700 é concorrente direto do A319
e a disputa foi bastante acirrada, com os dois modelos evoluindo
constantemente ao longo dos anos. Um exemplo foi a adoção dos Winglets, uma espécie
de
"dobras" nas pontas das asas, que reduzem o atrito e geram economia de
combustível.
A versão 700 também ganhou uma versão cargueira, o B737-700C, e uma
versão de longo alcance, o 737-700ER (Extended Range). No fim o A319ceo
obteve uma ligeira vantagem, vendendo cerca de 200 unidades a mais no
total.
Em 2011 a Boeing
anunciou a nova geração da Família Boeing 737, conhecida como 737MAX. O
Boeing 737-7MAX substituiu o Boeing 737-700.
No Brasil a
Varig foi a primeira companhia aérea da América
Latina a operar o Boeing 737-700 em 1998. Porém a companhia recebeu
apenas cinco unidades do modelo, devido a sua gravíssima situação
financeira. Somente com o surgimento da
Gol, em 2001, os Boeing 737NG passaram a ser
usados em larga escala no Brasil.
Operadoras no Brasil: Gol, Rio Sul, Varig
Joan Martorell
|
Origem: Estados Unidos
Produzido: 1 Peso da aeronave: 38,1 toneladas
Peso máximo decolagem/pouso: 69 (77 (ER)) / 58
toneladas Capacidade de combustível: 26 mil litros
-12) tonf
828 km/h
876 km/h Altitude de Cruzeiro: 12,5 km (41 mil ft)
Pista mínima para decolagem: 1,6 km / 2,1 km (ER)
370
CRJ-1000,
Maior operador (encomendas diretamente do fabricante):
Comparar com outras
aeronaves
Fabricados: 1287
Ativos: 778
Acidentes: 3
Após o lançamento do A320, as vendas dos 737
foram seriamente abaladas. Como resposta a Boeing lançou os Boeing 737NG. O Boeing 737-800 é o substituto do Boeing 737-400 e para muitas
empresas aéreas também do Boeing 727,
além de competir diretamente com o A320.
A nova aerodinâmica das asas diminuem o consumo de combustível,
melhorando o desempenho da aeronave. Os Boeing 737NG podem voar mais
rápido e mais longe do que os modelos da geração anterior e oferecem
mais conforto para os passageiros. A
capacidade de voar em altas altitudes permite que as companhias aéreas voem acima
do mau tempo reduzindo as turbulências e fujam dos congestionamentos em
rotas com muitos voos. Muitas inovações foram incorporadas do
777, como maior
espaço nos compartimentos de bagagem, novos contornos nas paredes da
cabine e os novos displays.
As primeiras encomendas foram feitas pela empresa charter alemã Hapag Lloyd, que recebeu seu primeiro avião em 1998.
Em fevereiro de 2000 a Boeing começou a oferecer a opção de winglets
feitos de carbono grafite como opção para os 737-800. Este avanço
permite ao avião voar mais alto e economiza combustível. A primeira
companhia a adquirir o 737-800 com este opcional foi a
South African. A versão 800 foi a
versão de maior sucesso dos Next Generation, vendendo mais que 5 mil
unidades. O
Boeing 737-800 também tem uma versão para a aviação executiva chamada
Boeing 737BBJ (Boeing Business Jet). Algumas companhias usam o Boeing
737BBJ para realizar voos somente com classe executiva.
Em 2010 a Boeing entregou para a FlyDubai o primeiro Boeing 737 Sky
Interior. Trata-se de um novo interior inspirado no
Boeing 787. A aeronave tem janelas e
bagageiros maiores, além de luzes LED que mudam a coloração de acordo
com a hora.
No dia 30 de agosto de 2011 a Boeing anunciou a nova geração da família
Boeing 737, chamada de Boeing 737MAX. O Boeing 737-8MAX é o substituto
do Boeing 737-800.
O Boeing 737-800 ganhou uma sobrevida no mercado cargueiro. Em fevereiro
de 2016 a Boeing lançou o programa de conversão de passageiros para
carga, denominada B737-800BCF (Boeing Converted Freighter). As
principais modificações incluem a instalação de uma porta de carga na
fuselagem e um sistema de manuseio de carga. Além da conversão feita
pela Boeing, a conversão em cargueiro pode ser feita por terceiros,
sendo denominado B737-800SF (Special Freighter). O B737-800 cargueiro
tem capacidade para levar 23,9 toneladas de carga útil, com um alcance
de 3,7 mil km.
No Brasil, a
Varig foi a primeira a operar o modelo e a
primeira da América Latina a operar um Boeing 737 com winglets, em 2001. Mas a
grande operadora do modelo no Brasil foi a
Gol, que em conjunto com a Boeing, criou o Boeing
737-800SFP (Short Field Performance) em 2004. Essa versão foi feita
especialmente para operar em pistas muito curtas como a do
Aeroporto Santos Dumont, no Rio de
Janeiro. Em poucos anos de operação a
Gol se tornou uma das maiores operadoras do Boeing
737 no mundo. A partir de 2018 o Boeing 737-800 começou a ser
substituído pelo B737 MAX 8.
Operadoras no Brasil: Gol, Varig, WebJet
AirNikon
Collection-Pima Air and Space Museum Matthias Mai
|
Origem: Estados Unidos
Produzido: 1
Peso da aeronave: 41,4 toneladas
Peso máximo decolagem/pouso: 79/66 toneladas
10-12) tonf Capacidade de combustível: 26 mil litros
828 km/h
876 km/h Altitude de Cruzeiro: 12,5 km (41 mil ft)
Pista mínima para decolagem: 2,4 km
km
Hapag-Lloyd
Maior operador (encomendas diretamente do fabricante):
Ryanair
Comparar com outras
aeronaves
Fabricados: 5183
Ativos: 4823
Acidentes: 27
Boeing 737-900 / Boeing 737-900ER
Para competir com o A321, a Boeing resolveu
esticar ainda mais o 737. Em
1997, com uma encomenda de 10 unidades feita pela
Alaska Airlines, foi
lançado o Boeing 737-900. A empresa o colocou em operação em maio de
2001.
Porém o Boeing 737-900 acabou competindo internamente com o Boeing 757-200.
Quando a produção do
757 foi
encerrada, em 2004, a Boeing sugeriu que as companhias aéreas deveriam
escolher o 737-900 como substituto, mas não foi isso que aconteceu. A principal deficiência do 737-900 em relação ao
757
era o alcance. Então em 2005 a Boeing lançou o 737-900ER, desenvolvido
com maiores pesos operacionais e com maior alcance. A Boeing também
adicionou mais duas saídas de emergência na aeronave, permitindo
aumentar a capacidade máxima para 220 passageiros em classe única. Mesmo assim o
737-900ER
encontrou dificuldades para ser um substituto ideal do
757.
No entanto, com os
Boeing 757
ficando cada vez mais velhos, muitas companhias americanas escolheram o
737-900ER como seu substituto ou para complementar o Boeing 737-800, alavancando a venda desse modelo. Apesar
do aumento das vendas, o Boeing 737-900 acabou vendendo bem menos que o
seu concorrente A321.
Em 2011 a Boeing anunciou a nova geração da Família Boeing 737 e a
versão B737-9MAX é o substituto do Boeing 737-900.
Chris Banyai-Riepl
|
Origem: Estados Unido
Peso máximo decolagem/pouso: 85/66 toneladas
10-12) tonf Capacidade de combustível: 29,6 mil litros
828 km/h
876 km/h Altitude de Cruzeiro: 12,5 km (41 mil ft)
Pista mínima para decolagem: 3,0 km
Maior operador (encomendas diretamente do fabricante):
United Airlines
Comparar com outras
aeronaves
|
Quando a Airbus lançou a Família A320neo, a Boeing começou a
sofrer forte pressão para decidir se remotorizava os seus Boeing 737 ou
criava uma família totalmente nova. Porém a Boeing se limitou a dizer
que os A320neo apenas fizeram a
Família A320 se igualar aos Boeing
737NG. Mas com mais de seiscentas encomendas para a
Família A320neo e
a American Airlines, sua tradicional
cliente, se inclinado a comprar a
Família A320, a Boeing acabou
cedendo e anunciou uma versão remotorizada dos 737. A
American Airlines
acabou encomendando tanto os A320 quanto os B737, que incluía a nova
versão remotorizada inicialmente conhecida como Boeing 737RE.
Finalmente no dia 30 de agosto de 2011 a Boeing anunciou oficialmente a família
Boeing 737 remotorizada, chamada Boeing 737MAX (abreviação da palavra "maximum"). A Família Boeing 737 MAX não
inclui uma versão para
substituir o Boeing 737-600 devido às poucas encomendas dessa versão.
Os novos motores CFM Leap-1B e as mudanças estruturais baseadas no
Boeing 787 produzem uma redução de até 12%
no consumo de combustível em relação aos Boeing 737NG. Segundo a Boeing,
os 737MAX também possuem custo operacional 7% menor e um consumo de combustível 4%
menor do que a Família A320neo. Na versão
B737 MAX a Boeing também incorporou a tecnologia "Fly-by-Wire", a mesma usada pela Família A320.
As novidades para o passageiro ficam por conta do "Sky Interior", um
interior inspirado no Boeing 787, com luzes
LED e maior espaço para bagagem.
O Boeing 737 MAX 7 é o substituto do Boeing 737-700 e é o menor membro
da nova família Boeing 737. O B737 MAX 7 têm recebido poucas encomendas.
As companhias aéreas têm preferido a versão maior B737 MAX 8.
A entrada em serviço da aeronave estava prevista para 2019, porém foi
adiado com a suspensão global do B737MAX em março do mesmo ano.
Boeing |
Origem: Estados Unidos
Produzido: 2018 - hoje
Comprimento: 35,56 m
Envergadura: 35,92 m
Altura: 12,3 m
Peso da aeronave:
Peso máximo decolagem/pouso:
80/66 toneladas
Motores: 2x CFMI CFM Leap-1B
11-13) tonf
Capacidade de combustível:
25,94 mil litros
Velocidade de cruzeiro: 839
km/h (mach 0.79)
Velocidade máxima: 876 km/h
Altitude de Cruzeiro: 12,5 km (41 mil ft)
Pista mínima para decolagem:
2,1 km
Alcance: 7038 km
Passageiros: 120 a 140
2 Classes: 126
1 Classe: 140 a 149
Primeiro voo: 16 de março
de 2018
Concorrentes:
Airbus A319neo,
Airbus A220-300,
Embraer E195-E2
Companhia Lançadora:
Fabricados: 2
Ativos: 2
Encomendas: 112
Acidentes: 0
Boeing 737 MAX 8 / Boeing 737 MAX 200
O Boeing 737-8 MAX é o substituto do Boeing 737-800, a versão
mais vendida da Família Boeing 737 Next Gen. Os novos Boeing 737 MAX contam com novos wingtip
"split-tip winglets" e novos
motores, garantindo maior eficiência, economia e alcance. Os novos
motores CFM Leap-1B podem ser até 12% mais eficiente do que a geração
anterior, possuem 40% menos ruído e permitem uma redução de até 15% no
consumo de combustível e até 20% menos emissões de carbono. O maior
tamanho dos motores, exigiu mudanças no trem de pouso para manter uma
distância entre o motor e o solo de 43 cm. Além disso os motores foram
posicionados mais para frente e ligeiramente acima da asa. Os motores da
Família Boeing 737 MAX também são equipados com chevrons para redução de
ruído. Os Boeing 737 MAX também contam com melhorias aerodinâmicas e
modificações na fuselagem. Os B737 MAX incorporam a tecnologia "Fly-by-Wire"
e a Boeing se preocupou em manter semelhança com a Família B737 Next
Generation para minimizar os custos com treinamento da tripulação. Para
os passageiros, os 737 MAX possuem o Sky Interior, com compartimentos
superiores maiores e iluminação LED, baseado no interior do Boeing 787.
Em setembro de 2014 a Boeing e a
Ryanair lançaram uma versão de alta
densidade, denominada Boeing 737 MAX 200, podendo acomodar até 200 passageiros em
classe única. Para isso, a Boeing adicionou mais duas saídas de
emergência na fuselagem. Com 200 assentos, o Boeing 737 MAX 200 consegue
uma economia de 20% por assento e custos operacionais 5% mais baixos do
que o MAX 8.
A primeira
entrega do B737 MAX 8 foi para a Malindo Air no dia 6 de maio de
2017, que fez o voo inaugural no dia 22.
Em março de 2019 todos os Boeing 737 MAX foram obrigados a serem
retirados de operação após dois acidentes fatais, um com a
Lion Air, no
dia 29 de outubro de 2018, e outro com a Ethiopian Airlines, no dia 10
de março de 2019. Nessa altura já haviam sido fabricados 387 unidades
para 59 companhias aéreas em todo o mundo. Os dois acidentes evolveram um sistema
novo introduzido no Boeing 737 MAX chamado Maneuvering Characteristics
Augmentation System (MCAS), que impede que a aeronave perca
sustentação devido ao efeito aerodinâmico de seus motores maiores, mais
pesados e mais poderosos. A suspensão do Boeing 737 MAX criou a maior
crise na Boeing em toda a sua história, gerando prejuízo de US$ 2,9
bilhões apenas no segundo trimestre de 2019. Finalmente, no dia 18 de
novembro de 2020, a FAA (órgão regulador dos EUA) aprovou a volta do
Boeing 737 MAX aos céus. Para a volta da aeronave foram implementadas
melhorias de software, modificações de cabos e um novo treinamento para
os pilotos.
No Brasil, a
Gol foi a primeira no país e a segunda na América
do Sul a operar a nova geração do Boeing 737. O maior alcance da versão
MAX fez com a
Gol pudesse realizar voos entre Brasília e a
Flórida, nos EUA, o voo mais longo sem escalas já feito por um Boeing
737. A
Gol também foi a primeira companhia aérea do mundo
a voltar a operar o Boeing 737 MAX, após os acidentes de 2019, no dia 9 de dezembro de 2020.
Operadoras no Brasil: Gol
Boeing |
Origem: Estados Unidos
Produzido: 2016 - hoje
Comprimento: 39,47 m
Envergadura: 35,92 m
Altura: 12,3 m
Peso da aeronave: 45
toneladas
Peso máximo decolagem/pouso:
82/69 toneladas
Motores: 2x CFMI CFM Leap-1B
11-13) tonf
Capacidade de combustível:
25,94 mil litros
Velocidade de cruzeiro: 839
km/h (mach 0.79)
Velocidade máxima: 876 km/h
Altitude de Cruzeiro: 12,5 km (41 mil ft)
Pista mínima para decolagem:
2,5 km
Alcance: 6510 km (8 MAX)
/ 5000 km (200 MAX)
Passageiros: 140 a 170
2 Classes: 162
1 Classe: 175 a 200
Primeiro voo: 29 de
janeiro de 2016 (B737 MAX 8) /
13 de janeiro de 2019 (B737 MAX
200)
Concorrentes:
Airbus A320neo,
Airbus A220-300
Companhia Lançadora:
Malindo Air
Comparar com outras
aeronaves
Fabricados: 1200
Ativos: 1164
Encomendas: 555
Acidentes: 2
O Boeing 737-9 MAX é o substituto do Boeing 737-900 e era o maior membro
da família Boeing 737MAX até a chegada da versão 10. A versão alongada
do B737 MAX 8 foi lançada em fevereiro de 2012 com 201 unidades
encomendadas. A Boeing esperava que o B737 MAX 9 fosse um substituto
mais eficiente para o Boeing 757 e um
concorrente desafiador para o
A321neo. Porém o
A321neo estava ganhando "de
lavada", levando a maioria das encomendas. Então em 2016 a Boeing propôs
uma versão ainda maior, denominada B737 MAX 10. Após o lançamento do
Boeing 737 MAX 10, muitas encomendas da versão 9 migraram para a versão
10.
A primeira entrega do B737 MAX 9 foi feita em março de 2018 para a
Lion
Air.
Em janeiro de 2024 um Boeing 737 MAX 9 da
Alaska Airlines sofreu um incidente
quando a porta de uma saída de emergência se desprendeu em pleno voo.
Logo depois a FAA determinou a suspensão de voos com o B737MAX9 nos EUA
até que seja esclarecido as causas do incidente. Outras agencias no
mundo também suspenderam a operação do modelo, incluindo o Brasil. No
total haviam pouco mais de 200 unidades em todo o mundo, operados por
onze companhias aéreas. Após 20 dias no chão, os B737 MAX 9 puderam
voltar a voar após cada unidade passar por uma inspeção detalhada.
Boeing |
Origem: Estados Unidos
Produzido: 2017 - hoje
Comprimento: 42,16 m
Envergadura: 35,92 m
Altura: 12,3 m
Peso da aeronave: 50
toneladas
Peso máximo decolagem/pouso:
88/74 toneladas
Motores: 2x CFMI CFM Leap-1B
11-13) tonf
Capacidade de combustível:
25,94 mil litros
Velocidade de cruzeiro: 839
km/h (mach 0.79)
Velocidade máxima: 876 km/h
Altitude de Cruzeiro: 12,5 km (41 mil ft)
Pista mínima para decolagem:
2,6 km
Alcance: 6658 km
Passageiros: 170 a 200
2 Classes: 180
1 Classe: 192 a 220
Primeiro voo: 13 de abril
de 2017
Concorrentes:
Airbus A321neo
Companhia Lançadora:
Lion
Air
Fabricados: 216
Ativos: 213
Encomendas: 11
Acidentes: 0
Em junho de 2017 a Boeing lançou oficialmente o maior 737 de todos os tempos, o
Boeing 737 MAX 10, versão alongada do B737 MAX 9, capaz de transportar
até 230 passageiros. A Boeing já vinha estudando uma versão maior do
B737 há algum tempo para tentar conter o sucesso do
A321neo, que superou de
longe as encomendas do B737 MAX 9. Segundo a fabricante, o modelo
contava com 240 encomendas no momento do seu lançamento.
O primeiro projeto previa modificações nas asas e um novo motor mais
potente. Porém a Boeing revisou o projeto e o B737 MAX 10 utiliza a
mesma asa e motor do B737 MAX 9. Porém outras modificações foram
necessárias como a adição de saídas de emergência extras, um sistema
anti tail-strike e um novo conjunto de trem de pouso mais alto, que é
capaz de diminuir para o mesmo tamanho dos outros aviões da Família 737
MAX quando está retraído, evitando a necessidade de modificações no
compartimento de trem de pouso.
Segundo a Boeing, o 737 MAX 10 possuí custo por assento 5% menor que o
A321neo. Mesmo assim o
A321neo seguiu vendendo
muito mais do que o B737 MAX 9 e B737 MAX 10 juntos. A aeronave da
Airbus oferece uma capacidade máxima de passageiros superior e um
alcance muito maior, se apresentando como um avião mais versátil e mais
adequado para substituir o Boeing 757.
Ainda assim as operadoras do B737MAX ficaram animadas com a nova versão.
Muitas trocaram suas encomendas do B737MAX9 para o B737MAX10. No entanto
a certificação do modelo passou a ser muito mais rigorosa após os
acidentes com o B737MAX8, tornando o processo muito mais lento.
Com a entrada em serviço sendo adiada, a carteira de pedidos do
B737MAX10 foi esvaziando.
Boeing |
Origem: Estados Unidos
Produzido: 2021 - hoje
Comprimento: 43,8 m
Envergadura: 35,92 m
Altura: 12,3 m
Peso da aeronave:
Peso máximo decolagem/pouso:
89 toneladas
Motores: 2x CFMI CFM Leap-1B
11-13) tonf
Capacidade de combustível:
25,94 mil litros
Velocidade de cruzeiro: 839
km/h (mach 0.79)
Velocidade máxima: 876 km/h
Altitude de Cruzeiro: 12,5 km (41 mil ft)
Pista mínima para decolagem:
Alcance: 6110 km
Passageiros: 185 a 230
2 Classes: 188
1 Classe: 230
Primeiro voo: 18 de junho
de 2021
Concorrentes:
Airbus A321neo
Companhia Lançadora:
Fabricados: 2
Ativos: 2
Encomendas: 19
Acidentes: 0
atualizado em dezembro de 2023