Boeing 737


Boeing 737-200 / Boeing 737 Classic / Boeing 737NG / Boeing 737MAX

O Boeing 737 é uma aeronave para rotas curtas e médias produzida pela Boeing. A primeira versão, Boeing 737-100, voou pela primeira vez em 1967. A segunda versão, Boeing 737-200, foi lançada logo depois e se tornou um sucesso de vendas. Na década de 1980 a Boeing lançou a nova geração, que ficou conhecida como Boeing 737 Classic, uma família composta pelo Boeing 737-300 (lançado em 1981), Boeing 737-400 (1985) e Boeing 737-500 (1987). Essa geração ganhou melhorias aerodinâmicas e novos motores, tornando-os mais eficientes e econômicos. A popularidade do Boeing 737 continuou crescendo, tornando-a a aeronave comercial mais vendida de todos os tempos. Com o lançamento do Airbus A320, em 1987, o Boeing 737 viu surgir o seu competidor mais difícil, forçando a Boeing a lançar uma nova geração para a Família 737. Os Boeing 737NG (Next Generation) são compostos pelas versões Boeing 737-600 (lançado em 1995), Boeing 737-700 (1993), Boeing 737-800 (1994) e Boeing 737-900 (1997). Os 737NG receberam novos motores, mais econômicos e potentes, além de outras melhorias, o que resultou numa performance superior e economia de combustível. A partir daí os 737NG e a Família A320 travaram uma disputa acirrada pelo posto de aeronave comercial mais vendida do mundo. Com uma concorrência cada vez maior, a Boeing e a Airbus começaram a estudar se era melhor lançar uma versão remotorizada dos seus Boeing 737 e Família A320 ou lançar uma aeronave totalmente nova. A Boeing estava mais inclinada a criar uma aeronave totalmente nova depois de 2020, mas a Airbus acabou lançando a Família A320neo, em 2010. A Boeing então lançou os Boeing 737MAX, em 2011. A família é composta das versões Boeing 737-7 MAX, Boeing 737-8 MAX, Boeing 737 MAX 200, Boeing 737-9 MAX e Boeing 737-10 MAX. Os novos motores CFM Leap-1B e as mudanças estruturais baseadas no Boeing 787 geram uma redução de até 12% no consumo de combustível em relação aos Boeing 737NG.



 

Boeing 737-100

Após o sucesso do Boeing 707, a Boeing desenvolveu o jato Boeing 727 para complementar o 707 em rotas de média e curta distância. A estratégia da Boeing foi construir uma aeronave maior e mais robusta que o concorrente mais próximo Douglas DC-9, permitindo que o Boeing 727 transportasse mais passageiros, tivesse um alcance maior e fosse adequado para operar em aeroportos pequenos, sem infraestrutura e em pistas curtas. A decisão da Boeing foi acertada, o B727 seguiu vendendo mais unidades que o DC-9, mantendo a fabricante na liderança. No entanto a Boeing queria mais. O fato de ser menor, mais econômico e com menor custo de operação e manutenção, fazia do DC-9 uma escolha melhor para rotas regionais, em mercados com pouca demanda ou em rotas que era necessário alta frequência de voos com uma capacidade mais baixa. Focando nesse segmento, a Boeing iniciou estudos para uma nova aeronave, menor que o 727.
As primeiras pesquisas de design começaram em maio de 1964, para um avião capaz de transportar cerca de 60 passageiros em rotas curtas. Internamente haviam dúvidas se essa nova aeronave seria economicamente viável, uma vez que outros jatos de porte semelhante já estavam no mercado há algum tempo, como o DC-9 e Caravelle, e que haveria poucos clientes interessados em mais uma aeronave desse porte. No entanto a Boeing decidiu seguir em frente, confiante de que a nova aeronave fortaleceria todos os seus produtos ao criar uma família mais ampla de aeronaves, indo desde o mercado regional até o mercado internacional de longa distância. Além disso o projeto da nova aeronave usaria grande parte da estrutura do Boeing 727, reduzindo os custos de desenvolvimento e permitindo que a fabricante conseguisse colocar a aeronave em operação em menos tempo.
Seguindo a sequência numérica a nova aeronave foi batizada de Boeing 737. Inicialmente projetado com dois motores na parte de trás da fuselagem e uma cauda em T, semelhante ao DC-9, a Boeing acabou realocando os motores para as asas, da mesma forma que o Boeing 707. Essa configuração facilitava a manutenção, melhorava a distribuição do peso da aeronave e tornava a estrutura mais leve, beneficiando o objetivo de ser um avião econômico e barato de operar. Apesar de visualmente diferente do Boeing 727, cerca de 60% da estrutura e dos sistemas do Boeing 737 são os mesmos, reduzindo os custos e o preço final da aeronave. Apesar de ter uma nova cauda, a fuselagem do Boeing 737 é a mesma do B707 e B727, com seis assentos por fileira (3+3). Os motores também são os mesmos usados pelo 727, Pratt & Whitney JT8D, porém são apenas dois, reduzindo os custos e o consumo de combustível. Para as companhias aéreas que já operavam um B727, o 737 oferecia grande comunalidade, exigindo pouco tempo de treinamento para a tripulação se adaptar ao novo avião. Por ser menor e menos complexo, o B737 dispensa a necessidade de engenheiro de voo, o que gerou uma redução de custo importante para as companhias aéreas.
O sucesso do Boeing 737 dependia da encomenda firme das companhias aéreas. A Boeing procurou os seus clientes do Boeing 727 para oferecer o B737 como um complemento para rotas curtas de menor demanda. A primeira encomenda veio da Lufthansa, que encomendou 21 unidades em fevereiro de 1965, mas pediu para que a capacidade fosse aumentada para mais próximo a 100 assentos. A Boeing atendeu o pedido lançando a primeira versão, Boeing 737-100, com capacidade para cerca de 80 passageiros em duas classes ou 100 passageiros em classe única. O primeiro 737-100 foi entregue à Lufthansa no dia 28 de dezembro de 1967 e começou a voar nas rotas comerciais da empresa a partir do dia 10 de fevereiro de 1968.
A próxima grande cliente interessada no Boeing 737 era a United, que anunciou uma encomenda, em abril de 1965, para complementar a sua frota de Boeing 727. No entanto a companhia solicitou que a Boeing construísse uma versão um pouco maior, para mais de cem passageiros. A Boeing novamente atendeu o pedido de seu importante cliente, lançando a versão maior Boeing 737-200. O B737-100 e B737-200 foram desenvolvidos ao mesmo tempo e a versão 200 voou pela primeira vez apenas quatro meses depois da versão 100. As companhias aéreas acabaram preferindo encomendar a versão 200, com maior capacidade de passageiros e menor custo por assento. Além disso a maior capacidade de passageiros do Boeing 737-200 o tornava um bom substituto para o Boeing 727-100. Sem novas encomendas, a produção do 737-100 foi encerrada em apenas um ano. Apesar do "fracasso" do Boeing 737-100, sem ele não existiria o sucesso Boeing 737-200 e todas as outras versões, que tornaram a Família 737 o jato comercial mais bem-sucedido de todos os tempos.
 

S. M. Reeves

Fabricados: 30
Acidentes:
1

 

Origem: Estados Unidos
Produzido: 1968 - 1969
Comprimento:
28,65 m
Envergadura: 28,35 m
Altura: 11,28 m
Peso da aeronave: 27 toneladas
Peso máximo decolagem/pouso: 50/44 toneladas
Motores:
2x PW JT8D-7
Empuxo: 12 (2x 6) tonf
Capacidade de combustível: 18 mil litros
Velocidade de cruzeiro: 780 km/h (mach 0.74)
Velocidade máxima: 876 km/h (mach 0.82)
Altitude de Cruzeiro: 10,7 km (35 mil ft)
Pista mínima para decolagem: 2,0 km
Alcance: 2850 km
Passageiros: 85 (duas classes) / 96 a 124 (uma classe)
Tripulação: 6
Primeiro voo: 9 de abril de 1967
Concorrentes: DC-9, BAC 1-11
, Caravelle
Companhia Lançadora: Lufthansa
Maior operador (encomendas diretamente do fabricante): Lufthansa
Comparar com outras aeronaves

 

 

 

Boeing 737-200

O Boeing 737-200 foi criado por uma solicitação da United, que desejava uma versão maior que o B737-100. As duas versões, 737-100 e 737-200, foram desenvolvidas em conjunto e são conhecidas como "Boeing 737 Original". A Boeing via o 737 como um complemento ideal do Boeing 727, mais barato e com menor capacidade, ideal para operar rotas regionais e de menor demanda. No entanto as companhias aéreas não se interessaram pela versão 100, preferindo a versão 200, com maior capacidade de passageiros e menor custo por assento.
Em abril de 1968 a United realizou o primeiro voo com o Boeing 737-200, na rota Chicago - Grand Rapids. Apesar da acirrada concorrência com o DC-9, o 737-200 tornou-se o maior sucesso comercial da Boeing e sua família tornou-se recordista absoluta em vendas dentre todas as aeronaves a jato comerciais. Apenas a versão 200 vendeu mais de mil unidades, superando qualquer versão do Boeing 707 e Boeing 727 em número de unidades vendidas. O B737-200 se tornou um sucesso estrondoso e virou o modelo preferido pela companhias aéreas para voos de curta distância. O Boeing 737-200 acabou ofuscando o Boeing 727-100, a medida que as companhias aéreas perceberam que poderiam substituir essa versão pelo 737-200, com capacidade de passageiros similar e custos significativamente menores. Por ter apenas dois motores, contra três do 727, o Boeing 737-200 possuí menor custo de operação e manutenção, além de consumir menos combustível. Além disso seus motores localizados sob as asas são de mais fácil manutenção do que os motores localizados na cauda e na parte de trás da fuselagem, como no 727. Ao contrário do B727, o B737 não precisa de engenheiro de voo na cabine, reduzindo o custo com pessoal. A desvantagem do B737-200 em relação ao 727-100 fica por conta da menor capacidade de passageiros e carga, menor alcance e pior desempenho em regiões quentes e em altas altitudes.
Em maio de 1971 foi introduzido a versão Boeing 737-200 Advanced, onde foram incorporadas melhorias aerodinâmicas, freios automáticos, motores mais potentes e maior capacidade de combustível, aumentando o alcance. Os novos motores do B737-200Adv. representaram uma redução de 5% no consumo de combustível em relação a versão base. A versão Advanced possibilitou que mais companhias aéreas pudessem substituir os seus B727-100 por B737-200, além de tornar o 737 um competidor mais desafiador para os concorrentes, como o DC-9. O 737-200 Advanced se tornou o padrão de produção em junho de 1971 e foi introduzida pela ANA, em maio de 1971.
Com relação ao seu principal rival, Douglas DC-9-30, o Boeing 737-200 acabou sendo um competidor mais eficaz do que o Boeing 727-100 porque oferecia operação mais econômica e alinhada às necessidades de rotas regionais e de curta distância. A introdução do 737-200 Advanced reduziu ainda mais as vantagens do 727-100 como o maior alcance e desempenho superior em situações específicas. O Advanced também conseguiu superar o DC-9-30 em praticamente todos os quesitos, o que impulsionou a Douglas a lançar a versão maior, DC-9-50.
Em setembro de 1968 voou pela primeira vez o B737-200C (Combi), uma versão onde a cabine podia ser adaptada para transportar passageiros ou carga ou as duas coisas. Também foi lançado o B737-200QC (Quick Change), a versão de conversão rápida para o transporte de passageiros ou carga. Apesar de muitas unidades terem sido convertidas para o transporte de carga, nesse segmento o Boeing 727-100 teve vantagem sobre o 737-200, sendo mais popular e tendo uma sobrevida mais longa. O fato de usar três motores e ser maior tornava o 727 mais adequado para o transporte de carga.
O lançamento de versões maiores e aprimoradas, como o MD-80, levaram a Boeing a lançar uma nova versão, denominada Boeing 737-300.
No Brasil a Vasp foi a primeira companhia aérea a operar o B737, quando recebeu a primeira unidade em 1969. Nos anos 1970 a Vasp chegou a ser a maior operadora do 737 na América Latina, com mais de vinte unidades do tipo. Até o fim das operações o Boeing 737-200 foi a "espinha dorsal" da frota da empresa. Outras importantes operadoras do modelo no Brasil foram a Varig e a Cruzeiro, que receberam suas primeiras unidades em 1974 e 1975, respectivamente. Nas duas o B737 substituiu o B727 como o principal jato para rotas domésticas. Eles também chegaram a operar alguns voos para a América do Sul. A partir dos anos 1980, os Boeing 737-200 começaram a ser substituídos pela nova geração da Família B737.

Operadoras no Brasil: ATA Brasil, Cruzeiro, Nacional, Taf, Rico, Varig, Vasp, Vaspex

 
Vito Cedrini


 

Origem: Estados Unidos
Produzido: 1968 - 1988
Comprimento: 30,53 m
Envergadura: 28,30 m
Altura: 11,28 m

Peso da aeronave: 27 toneladas
Peso máximo decolagem/pouso: 46/44 toneladas / 52/46 toneladas (Advanced)
Motores:
2x PW JT8D-15A
Empuxo: 12-14 (2x 6-7) tonf
Capacidade de combustível: 18 mil litros / 19 mil litros (Advanced)
Velocidade de cruzeiro:
780 km/h (mach 0.74)
Velocidade máxima: 876 km/h (mach 0.82)
Altitude de Cruzeiro: 10,7 km (35 mil ft)
Pista mínima para decolagem: 2,0 km
Alcance: 2960 a 3700 km
Passageiros: 99 a 109
2 Classes: 97 a 109
1 Classe:  98 a 136
Tripulação: 6
Primeiro voo: 8 de agosto de 1967

Concorrentes:
DC-9, BAC 1-11, Caravelle, Fokker 28
Companhia Lançadora: United
Maior operador (encomendas diretamente do fabricante): United
Comparar com outras aeronaves

Fabricados: 1115
Em Operação: 31
Acidentes: 131

 

 

 

Boeing 737-300

O 737-300 foi lançado em março de 1981 devido às necessidades de uma aeronave maior e mais potente. Além disso a Boeing precisava atualizar a sua aeronave mais vendida para se manter competitivo aos novos concorrentes que chegavam no mercado como o MD-80. O B737-300 é o primeiro modelo da geração chamada "Boeing 737 Classic", composta pelas versões 300, 400 e 500. A fuselagem foi ampliada em 2,64 metros permitindo acomodar 20 passageiros a mais que seu antecessor, o 737-200. O Boeing 737-300 também foi equipado com novos motores CFM56 mais modernos, silenciosos e eficientes, gerando uma significativa economia de combustível e menos barulho. Entretanto os novos motores, maiores que o antecessor, também representaram um desafio de engenharia. A distância entre a asa e o solo do B737 era muito baixa para que o motor coubesse sem encostar no chão e a solução foi posicionar o motor mais para frente da asa, ao invés de abaixo, além de mover os acessórios do motor para os lados, ao invés de para baixo, dando ao motor do 737 uma entrada de ar "achatada". Os motores CFMI são produzidos numa joint venture entre a General Electric, dos EUA, e a Snecma, da França. Além dos motores, as asas incorporaram melhorias aerodinâmicas, o estabilizador vertical foi redesenhado e a cabine de comando foi aprimorada. O B737-300 incorporou as melhorias do 757 e 767 como a utilização de tecnologia digital. Novas ligas de alumínio e compostos foram usados ​​para reduzir o peso do avião.
O interior do Boeing 737-300 foi ampliado e atualizado para o mesmo layout do 757 e 767, que inclui compartimentos de bagagem mais amplos.
A primeira aeronave foi entregue no dia 28 de novembro de 1984 para USAir e em 30 novembro do mesmo ano para a Southwest. O primeiro voo foi realizado pela Southwest em dezembro de 1984. O B737-300 já acumulava 252 unidades encomendadas em 1985, apenas um ano após entrar em serviço. A versão 300 seguiu como a mais popular da sua geração e a única versão do B737 Classic que vendeu mais de mil unidades. No ano de 1990 a Família Boeing 737 ultrapassou a Família Boeing 727 como o jato comercial mais vendido de todos os tempos. Além de ser um substituto mais adequado para o Boeing 727-100, o 737-300 também era um competidor mais forte contra o MD-80. Entretanto com a chegada do Airbus A320, a Boeing viu a necessidade de atualizar novamente a Família 737 para manter seu produto competitivo. O B737-300 deixou de ser fabricado em 1999 quando foi lançado o seu sucessor, Boeing 737-700.
No Brasil a Vasp foi a primeira companhia a receber e operar o modelo, em 1986, logo seguida pela TransBrasil. A Varig recebeu a primeira unidade em 1987. O Boeing 737-300 rapidamente se tornou a principal aeronave para voos nacionais na década de 1990 no Brasil, sendo visto em todos os cantos do país, inclusive foi o responsável por substituir os lendários Electra II na Ponte Aérea Rio de Janeiro - São Paulo. A partir dos anos 2000 os Boeing 737-300 começaram a ser substituídos pelos Boeing 737NG e aeronaves da Família A320.

Operadoras no Brasil: Bra, Gol, Flex, Modern, Nordeste, Oceanair, Puma Air, Rico, Rio Sul, Sideral, TransBrasil, Varig, Vasp, WebJet

 

AirNikon Collection-Pima Air and Space Museum


 

Origem: Estados Unidos
Produzido: 1984 - 1999
Comprimento:
33,40 m
Envergadura: 28,90 m
Altura: 11,10 m
Peso da aeronave: 32 toneladas
Peso máximo decolagem/pouso: 62/51 toneladas
Motores:
2x CFMI CFM56-3B1
Empuxo: 20 (2x 10) tonf
Capacidade de combustível: 20,1 mil litros
Velocidade de cruzeiro: 780 km/h (mach 0.74)
Velocidade máxima: 876 km/h (mach 0.82)
Altitude de Cruzeiro: 11,3 km (37 mil ft)
Pista mínima para decolagem: 1,9 km
Alcance: 2990-4790 km
Passageiros: 120 a 136
2 Classes: 120 a 128
1 Classe: 132 a 148
Tripulação: 6
Primeiro voo: 24 de fevereiro de 1984
Concorrentes:
DC-9-50, A319, MD-80
Companhia Lançadora: US Air e SouthWest
Maior operador (encomendas diretamente do fabricante): SouthWest
Comparar com outras aeronaves

Fabricados: 1116
Ativos:
219
Acidentes:
44

 

 

 

Boeing 737-400

Em dezembro de 1985 a Boeing lançou uma versão ainda maior do 737. O Boeing 737-400 permitiu acrescentar três fileiras de assentos na classe econômica e duas na primeira classe ou 21 assentos em classe única em relação ao Boeing 737-300. A maior capacidade de passageiros permite ao 737-400 um custo mais baixo por passageiro e uma capacidade de assentos mais próximo do concorrente MD-80. Entretanto o maior tamanho da versão 400 resultou em menor alcance se comparado ao 737-300 e algumas versões do MD-80. O 737-400 se encaixa entre a capacidade do B737-300 e do B757-200. Além da fuselagem mais longa, o B737-400 possui motores com empuxo ligeiramente maior, componentes de asa e trem de pouso reforçados e um sistema de ar condicionado mais potente. Por ser um derivado do 737-300, os pilotos poderiam voar em ambos modelos sem maiores custos de treinamento e adaptação.
A primeira entrega aconteceu no dia 15 de setembro de 1988 para a Piedmont. Apesar de ser eficiente contra o MD-80, o Boeing 737-400 era mais caro de operar do que o novato Airbus A320. A maioria das companhias aéreas utilizou o Boeing 737-300 como principal modelo, enquanto o Boeing 737-400 serviu de complemento em rotas de maior demanda. Com o lançamento do sucessor, Boeing 737-800, a produção do Boeing 737-400 foi encerrada no ano 2000.
Após o fim da produção e a diminuição do valor de leasing da aeronave, muitas companhias aéreas aproveitaram para transformar o B737-400 em um cargueiro, na versão que ficou conhecida como 737-400SF (Special Freighter). O B737 cargueiro pode servir como um ótimo substituto para o B727, possuindo capacidade de carga semelhante, maior eficiência e economia de combustível, menor ruído e tecnologia mais moderna.
No Brasil a primeira a operar o Boeing 737-400 foi a TransBrasil, em 1989. Porém poucas unidades foram operadas por companhias brasileiras se comparado ao Boeing 737-300 e Boeing 737-500. Em 2010 a Varig Log foi a primeira a operar a versão cargueira no país.

Operadoras no Brasil: Azul, Bra, Colt Cargo, Modern, Nacional, RIO, Sideral, TransBrasil, Varig, Varig Log, Vasp

 

 
 


 

Origem: Estados Unidos
Produzido: 1988 - 2000
Comprimento:
36,40 m
Envergadura: 28,90 m
Altura: 11,10 m
Peso da aeronave: 34 toneladas
Peso máximo decolagem/pouso: 68/56 toneladas
Motores:
2x CFM56-3B2
Empuxo: 20 (2x 10) tonf
Capacidade de combustível: 23,8 mil litros
Velocidade de cruzeiro: 780 km/h (mach 0.74)
Velocidade máxima: 876 km/h (mach 0.82)
Altitude de Cruzeiro: 11,3 km (37 mil ft)
Pista mínima para decolagem: 2,5 km
Alcance: 3600-4625 km
Passageiros: 138 a 158
2 Classes: 142 a 148
1 Classe: 146 a 180
Tripulação: 7

Primeiro voo: 19 de fevereiro de 1988
Concorrentes:
A320, MD-80, Tupolev Tu-204-300
Companhia Lançadora: Piedmont
Maior operador (encomendas diretamente do fabricante): Malaysia
Comparar com outras aeronaves

Fabricados: 488
Ativos:
210
Acidentes:
30

 

 

 

Boeing 737-500

O Boeing 737-500 foi um pedido da Southwest e foi lançado no dia 20 de maio de 1987 com uma encomenda inicial de 38 aviões feita pela mesma. O 737-500 tem um tamanho similar ao 737-200 e incorpora as tecnologias usadas nas versões 300 e 400. O consumo de combustível do 737-500 é 20% menor se comparado com a versão 200. Os motores são os mesmos utilizadas nos 737-300 e 400 (CFM56), que oferecem uma grande economia de combustível e baixo nível de ruído. A menor capacidade de passageiros do B737-500 significa que ele possuí maior alcance, podendo realizar voos mais longos que as outras versões maiores não são capazes. Além disso essa versão é ideal para rotas de menor demanda ou que precisam de alta frequência e uma capacidade menor por voo. Essas características são atraentes para companhias low cost, low fare, como por exemplo a Southwest, que operam com uma frota unificada e precisam que o modelo de aeronave escolhido tenha grande flexibilidade. Outra inovação é a galley transversal, que aumenta o espaço disponível para o embarque e desembarque de passageiros e facilita o serviço da tripulação, tornando rápida a organização do serviço de bordo. O modelo deixou de ser fabricado no final dos anos 1990 para dar lugar ao seu sucessor, o Boeing 737-600.
No Brasil o Boeing 737-500 se tornou o principal jato das subsidiárias regionais da Varig: Rio Sul e Nordeste, na década de 1990. O modelo foi escolhido especialmente para concorrer com o Fokker 100 da Tam.
 
Operadoras no Brasil: Nordeste, Rio Sul, Sideral, Varig

 
 
 


 

Origem: Estados Unidos
Produzido: 1990 - 1999
Comprimento:
31,00 m
Envergadura: 28,90 m
Altura: 11,10 m
Peso da aeronave: 31 toneladas
Peso máximo decolagem/pouso: 60/50 toneladas
Motores:
2x CFMI CFM56-3B1
Empuxo: 18 (2x 9) tonf
Capacidade de combustível: 23,8 mil litros
Velocidade de cruzeiro: 780 km/h (mach 0.74)
Velocidade máxima: 876 km/h (mach 0.82)
Altitude de Cruzeiro: 11,3 km (37 mil ft)
Pista mínima para decolagem: 2,4 km
Alcance: 3330-5550 km
Passageiros: 100 a 120
2 Classes: 108 a 120
1 Classe: 122 a 132
Tripulação: 5

Primeiro voo: 30 de junho de 1989
Concorrentes: Avro RJs, MD-83/7,
Fokker 100
Companhia Lançadora: Southwest
Maior operador (encomendas diretamente do fabricante): United
Comparar com outras aeronaves

Fabricados: 390
Ativos:
76
Acidentes:
13

 

 

 

Boeing 737-700

O Airbus A320, lançado no final dos anos 1980, introduziu várias inovações tecnológicas, como o fly-by-wire (FBW). No entanto a adoção de uma tecnologia inédita gerou desconfiança e dúvidas sobre a confiabilidade do sistema, o que resultou em vendas lentas nos primeiros anos. Com o tempo, no entanto, o A320 começou a demonstrar suas vantagens como maior eficiência de combustível e menores custos operacionais. Com uma fatia do mercado cada vez maior, a Boeing lançou o Boeing 737NG (Next Generation) para enfrentar a concorrência. No entanto a Boeing resistiu a implementar o fly-by-wire, optando por manter controles convencionais assistidos por computador na Família NG. Além disso a fabricante tinha preocupação em manter a comunalidade com os 737 anteriores. Os novos modelos têm asas completamente novas, com maior eficiência aerodinâmica, otimizadas para maiores velocidades e altitudes de cruzeiro. A área da asa é 25% maior do que na versão anterior, gerando maior capacidade de combustível e consequentemente maior alcance. Outra modificação importante foram os novos motores CFM56-7B, mais silenciosos e econômicos que a geração anterior. A nova versão também possuí menores custos de manutenção. Para aproveitar o maior empuxo do motor, o estabilizador horizontal dos 737NG são maiores. O sistema Quiet Climb System (QCS) reduz automáticamente o empuxo do motor sobre áreas sensíveis a ruído, como por exemplo em aeroportos dentro de cidades. Apesar de ser capaz de voar com velocidade superior a Mach 0.8, a Boeing otimizou a velocidade de cruzeiro de modo a gerar maior economia de combustível. Mesmo assim os Boeing 737NG possuem velocidade de cruzeiro superior a geração anterior.
A cabine de comando foi atualizada com aviônicos mais modernos e outras melhorias vindas do Boeing 777. A cabine de passageiros também incorporou melhorias do B777 incluindo compartimentos superiores maiores.
O Boeing 737-700 substituiu o Boeing 737-300 e foi o primeiro a ser desenvolvido. As primeiras encomendas foram feitas pela Southwest, em novembro de 1993, e primeiras entregas foram em novembro de 1997. O 737-700 é concorrente direto do A319 e a disputa foi bastante acirrada, com os dois modelos evoluindo constantemente ao longo dos anos. Um exemplo foi a adoção dos Winglets, uma espécie de "dobras" nas pontas das asas, que reduzem o atrito e geram economia de combustível.
Embora não exista um versão exclusivamente cargueira, foi lançada a versão Boeing 737-700C (Conversível), podendo ser facilmente adaptado para o transporte de carga ou passageiros. Para isso essa versão possuí uma porta de carga e sistema de manuseio de carga. A Boeing também ofereceu a versão Boeing 737-700QC (Quick Change), com assentos paletizados para permitir que o avião seja convertido de passageiro para cargueiro e vice-versa em menos de uma hora.
Em janeiro de 2006 foi lançada a versão de longo alcance, Boeing 737-700ER (Extended Range). Essa versão utiliza as asas e o trem de pouso do Boeing 737-800, além tanques de combustível auxiliares e maior peso máximo de decolagem. O B737-700ER explora o potencial de uma aeronave narrow-body para operar voos de longa distância, incluindo voos transcontinentais como por exemplo entre os EUA e a Europa. Essa versão foi lançada pela ANA, em março de 2007. Porém essa versão não encontrou muitos compradores, sendo operado apenas em um um nicho muito específico. Seu custo operacional elevado para voos curtos e capacidade limitada para voos longos tornaram-no uma escolha pouco viável.
Na batalha contra o A319ceo, a Airbus obteve uma ligeira vantagem, vendendo cerca de 200 unidades a mais no total.
Em 2011 a Boeing anunciou a nova geração da Família Boeing 737, conhecida como 737MAX. O Boeing 737 MAX 7 substituiu o Boeing 737-700.
No Brasil a Varig foi a primeira companhia aérea da América Latina a operar o Boeing 737-700 em 1998. Porém a companhia recebeu poucas unidades do modelo devido a sua gravíssima situação financeira. Somente com o surgimento da Gol, em 2001, os Boeing 737NG passaram a ser usados em larga escala no Brasil.

Operadoras no Brasil: Gol, Rio Sul, Varig

 Joan Martorell
 
 

Origem: Estados Unidos
Produzido: 1997 - 2019
Comprimento:
33,60 m
Envergadura: 34,30 m / 35,80 m (winglets)
Altura: 12,50 m
Peso da aeronave: 38,1 toneladas
Peso máximo decolagem/pouso: 69 (77 (ER)) / 58 toneladas
Capacidade de combustível: 26 mil litros
Motores:
2x CFMI CFM56-7B26
Empuxo: 18-24 (2x 9-12) tonf
Velocidade de cruzeiro: 828 km/h (mach 0.785)
Velocidade máxima: 876 km/h (mach 0.82)
Altitude de Cruzeiro: 12,5 km (41 mil ft)
Pista mínima para decolagem: 1,6 km / 2,1 km (ER)
Alcance: 6230 km
6
370 km (winglets)
10205 km (ER)
Passageiros: 126 a 144
2 Classes: 120 a 128
1 Classe: 132 a 149
Capacidade de carga (versão C/F): 18,2 toneladas
Tripulação: 6
Primeiro voo: 9 de fevereiro de 1997
Concorrentes:
Airbus A319, Airbus A220-300, CRJ-1000, Embraer E-195
Companhia Lançadora: Southwest
Maior operador (encomendas diretamente do fabricante): Southwest
Comparar com outras aeronaves


Fabricados:
1287
Ativos:
838
Acidentes:
3

 

 

 

Boeing 737-800

Nos anos 1990 a Airbus começou a ganhar espaço com o A320, forçando a Boeing a lançar uma nova geração do seu bem-sucedido Boeing 737. O Boeing 737-700 foi lançado primeiro porque era um substituto direto do 737-300, o modelo mais popular da geração anterior. No entanto em pouco tempo ficou claro a migração do mercado para aeronave com maior capacidade de passageiros, do porte do A320 e Boeing 737-800. O maior alcance do 737-800 fez com que a vantagem de poder voar mais longe da versão menor ficasse menos atraente na geração NG. Além disso a demanda de passageiros naturalmente ficou maior do que nas décadas passadas, necessitando de aeronaves com maior capacidade de passageiros. Outro impulso nas vendas do B737-800 foi o fato de muitas companhias aéreas escolherem esse modelo para substituir aeronaves mais antigas como o MD-80, Boeing 737-400 e Boeing 727-200, com capacidade similar.
Os Boeing 737NG incorporam novas asas, novos motores e cockpit e cabine atualizados. Os Next Generation possuem menor custos operacionais e de manutenção, menor consumo de combustível e podem voar mais rápido e mais longe do que os modelos da geração anterior. A capacidade de voar em altas altitudes permite que eles voem acima do mau tempo reduzindo as turbulências e fujam dos congestionamentos em rotas com muitos voos. Muitas inovações foram incorporadas do 777, como maior espaço nos compartimentos de bagagem, novos contornos nas paredes da cabine e os novos displays. As primeiras encomendas foram feitas pela empresa charter alemã Hapag Lloyd, que recebeu seu primeiro avião em 1998.
Em fevereiro de 2000 a Boeing começou a oferecer a opção de winglets feitos de carbono grafite como opção para os 737-800. Este avanço permite ao avião voar mais alto e economiza combustível. A primeira companhia a adquirir o 737-800 com este opcional foi a South African.
O Boeing 737-800 também tem uma versão para a aviação executiva chamada Boeing 737BBJ (Boeing Business Jet). Algumas companhias usam o Boeing 737BBJ, geralmente configurado com uma cabine de classe executiva, tirando proveito da maior autonomia da aeronave. Essas companhias tentam atrair passageiros premium com uma experiência mais personalizada e exclusiva, normalmente em rotas de negócios entre centros financeiros, como Londres - Nova York e Tóquio - Shanghai.
Em 2010 a Boeing entregou para a FlyDubai o primeiro Boeing 737 com Sky Interior. Trata-se de um novo interior inspirado no Boeing 787, com janelas e bagageiros maiores e luzes LED que mudam a coloração de acordo com cada etapa do voo.
O Boeing 737-800 e o Airbus A320 travaram uma das maiores competições da aviação comercial, disputando a preferência de companhias aéreas ao redor do mundo. Esse confronto forçou ambas as fabricantes a evoluir constantemente seus modelos para se manterem competitivas, resultando em aeronaves cada vez mais eficientes e econômicas. No final a Boeing obteve uma ligeira vantagem, com cerca de 5,1 mil Boeing 737-800 produzidos contra 4,7 mil A320.
No dia 30 de agosto de 2011 a Boeing anunciou a nova geração da família Boeing 737, chamada de Boeing 737MAX. O Boeing 737 MAX 8 substituiu o Boeing 737-800.
Após o lançamento da nova geração B737MAX, o Boeing 737-800 ganhou uma sobrevida no mercado cargueiro. Em fevereiro de 2016 a Boeing lançou o programa de conversão de passageiros para carga, denominada B737-800BCF (Boeing Converted Freighter). As principais modificações incluem a instalação de uma porta de carga na fuselagem e um sistema de manuseio de carga. Além da conversão feita pela Boeing, a conversão em cargueiro pode ser feita por terceiros, sendo denominado B737-800SF (Special Freighter). O B737-800 cargueiro tem capacidade para levar 23,9 toneladas de carga útil, com um alcance de 3,7 mil km.
No Brasil, a Varig foi a primeira a operar o modelo e a primeira da América Latina a operar um Boeing 737 com winglets, em 2001. Mas a grande operadora do modelo no Brasil foi a Gol, que em conjunto com a Boeing, criou o Boeing 737-800SFP (Short Field Performance) em 2004. Essa versão foi feita especialmente para operar em pistas muito curtas como a do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro. O primeiro Boeing 737-800SFP foi entregue para Gol em julho de 2006. Essa versão também foi adquirida por outras companhias aéreas como Alaska, Ryanair e Turkish. Em poucos anos de operação a Gol se tornou uma das maiores operadoras do Boeing 737 no mundo, ultrapassando a marca de 100 unidades da versão 800. A partir de 2018 o Boeing 737-800 começou a ser substituído pelo B737 MAX 8. Em 2023 a Gol também foi a primeira no Brasil a operar a versão cargueira, B737-800BCF.

Operadoras no Brasil: Gol, Varig, WebJet

 

AirNikon Collection-Pima Air and Space Museum
 
 
 
 Matthias Mai

Origem: Estados Unidos
Produzido: 1998 - hoje
Comprimento:
39,50 m
Envergadura: 34,30 m
 / 35,80 m (winglets)
Altura: 12,50 m
Peso da aeronave: 41,4 toneladas
Peso máximo decolagem/pouso: 79/66 toneladas
Motores:
2x CFMI CFM56-7B27
Empuxo: 20-24 (2x 10-12) tonf
Capacidade de combustível: 26 mil litros
Velocidade de cruzeiro: 828 km/h (mach 0.785)
Velocidade máxima: 876 km/h (mach 0.82)
Altitude de Cruzeiro: 12,5 km (41 mil ft)
Pista mínima para decolagem: 2,4 km
Alcance: 5665 km / 5765 km (winglets)
Passageiros: 130 a 160
2 Classes: 148 a 162
1 Classe: 168 a 189
Tripulação: 7
Primeiro voo: 31 de julho de 1997
Concorrentes:
A320, MD-90, CS-Series
Companhia Lançadora: Hapag-Lloyd
Maior operador (encomendas diretamente do fabricante): Ryanair
Comparar com outras aeronaves


Fabricados: 5183
Ativos:
4864
Acidentes:
28

 

 

 

Boeing 737-600

O B737-600 foi lançado em março de 1995 com uma encomenda de 35 unidades feita pela empresa escandinava SAS. Ele possui dimensões semelhantes ao B737-500 e utiliza as mesmas estruturas básicas dos outros membros da Família B737 Next Generation. Porém o 737-600 não encontrou muitos compradores e sofreu forte concorrência das aeronaves regionais produzidas pela Bombardier e Embraer. As companhias aéreas acabaram optando pelos modelos regionais, mais leves e econômicos, ou pelo Boeing 737-700, com maior capacidade de passageiros e menor custo por passageiro. O aumento da demanda de passageiros, exigindo aeronaves maiores, e a evolução dos motores e dos modelos, permitindo que aeronaves maiores tivessem maior alcance, diminuíram as vantagens de uma versão encurtada do Boeing 737 com maior alcance. Além disso o surgimento de novas aeronaves regionais, como os E-Jets, com tecnologias mais recentes e projetados especificamente para o mercado regional, foram capazes de gerar economia de combustível e custos tão baixos, que os jatos encurtados de modelos maiores, como o B737-600 e o A318 não eram capazes de igualar. Sem novas encomendas, a produção foi encerrada em 2012.

 
 Axel J.
 
 

Origem: Estados Unidos
Produzido: 1998 - 2012
Comprimento:
31,20 m
Envergadura: 34,30 m
Altura: 12,60 m
Peso da aeronave: 36,3 toneladas
Peso máximo decolagem/pouso: 66/55 toneladas
Motores:
2x CFMI CFM56-7B
Empuxo: 18-20 (2x 9-10) tonf
Capacidade de combustível: 26 mil litros
Velocidade de cruzeiro:
828 km/h (mach 0.785)
Velocidade máxima: 876 km/h (mach 0.82)
Altitude de Cruzeiro: 12,5 km (41 mil ft)
Pista mínima para decolagem: 1,7 km
Alcance: 5648 km / 5970 km (com winglets)
Passageiros: 100 a 120
2 Classes: 108 a 118
1 Classe: 120 a 132
Tripulação: 5
Primeiro voo: 22 de janeiro de 1998

Concorrentes:
A318, E-190/195, CRJ-900/CRJ-1000
Companhia Lançadora: SAS
Maior operador (encomendas diretamente do fabricante): SAS
Comparar com outras aeronaves

Fabricados: 69
Ativos:
13
Acidentes:
0

 

 

 

Boeing 737-900 / Boeing 737-900ER

Para competir com o A321, a Boeing resolveu esticar ainda mais o 737. Em 1997, com uma encomenda de 10 unidades feita pela Alaska Airlines, foi lançado o Boeing 737-900. A empresa o colocou em operação em maio de 2001. O lançamento do 737-900 levantou preocupações sobre uma competição interna com o Boeing 757-200, já que a capacidade de passageiros era próxima. O Boeing 757 foi lançado no inicio dos anos 1980 como substituto para o Boeing 727. No entanto com o aumento do preço do combustível e a chegada de aeronaves mais eficientes, o 757 estava ficando caro para operar e as companhias aéreas preferiam modelos com consumo de combustível menor. Quando a produção do 757 foi encerrada, em 2004, por falta de encomendas, a Boeing sugeriu que as companhias aéreas deveriam escolher o 737-900 como substituto, mas não foi isso que aconteceu. A principal deficiência do 737-900 em relação ao 757 era o alcance. Por ser maior que o B737-800, o B737-900 tinha alcance menor, limitando a possibilidade de rotas que o avião poderia operar. Apesar de menos econômico, o Boeing 757 era maior e com alcance consideravelmente superior.
Em 2005 a Boeing lançou o 737-900ER (Extended Range), desenvolvido com maiores pesos operacionais e tanques de combustível extra, garantindo maior alcance. A Boeing também adicionou mais duas saídas de emergência na aeronave, permitindo aumentar a capacidade máxima para 220 passageiros em classe única. Mesmo assim o 737-900ER encontrou dificuldades para ser um substituto ideal do 757 e também para competir com o A321. A aeronave da Airbus foi criada a partir de uma plataforma maior e mais moderna, tendo menos limitações em termos de espaço e alcance. Além disso o A321 é ligeiramente maior do que o B737-900ER e possuí praticamente o mesmo alcance.
Na década de 2010 o Boeing 737-900ER conseguiu um impulso nas vendas, uma vez que os Boeing 757 estavam ficando cada vez mais velhos e muitas companhias americanas acabaram escolhendo o 737-900ER como seu substituto ou para complementar o Boeing 737-800. Apesar do aumento das vendas, o Boeing 737-900 acabou vendendo bem menos que o seu concorrente A321. Enquanto todas as versões do B737-900 venderam pouco mais de 550 unidades, o A321ceo acumulou quase 1.800 unidades produzidas.
Em 2011 a Boeing anunciou a nova geração da Família 737 MAX e a versão B737 MAX 9 substituiu o Boeing 737-900.

 Chris Banyai-Riepl
 

 

Origem: Estados Unidos
Produzido: 2001 - 2019
Comprimento:
42,10 m
Envergadura: 34,30 m
 / 35,70 m (winglets)
Altura: 12,50 m
Peso da aeronave: 44,6 toneladas
Peso máximo decolagem/pouso: 85/66 toneladas
Motores:
2x CFMI CFM56-7B
Empuxo: 20-24 (2x 10-12) tonf
Capacidade de combustível: 29,6 mil litros
Velocidade de cruzeiro: 828 km/h (mach 0.785)
Velocidade máxima: 876 km/h (mach 0.82)
Altitude de Cruzeiro: 12,5 km (41 mil ft)
Pista mínima para decolagem: 3,0 km
Alcance: 4996 km / 6045 km (ER)
Passageiros: 170 a 190
2 Classes: 172 a 189
1 Classe: 192 a 215
Tripulação: 8
Primeiro voo: 3 de agosto de 2001 / 1 de setembro de 2006 (ER)

Concorrentes:
A321
Companhia Lançadora: Alaska Airlines
Maior operador (encomendas diretamente do fabricante): United Airlines
Comparar com outras aeronaves
 

 
  B737-900 B737-900ER TOTAL

Construídos:

52 512 564

Ativos:

35 493 528

Acidentes:

0


 

 

Boeing 737 MAX 8 / Boeing 737 MAX 200

Quando a Airbus lançou a Família A320neo, a Boeing começou a sofrer forte pressão para decidir se remotorizava os seus Boeing 737 ou criava uma família totalmente nova. Porém a Boeing se limitou a dizer que os A320neo apenas fizeram a Família A320 se igualar aos Boeing 737NG. Mas com mais de seiscentas encomendas para a Família A320neo e a American Airlines, sua tradicional cliente, se inclinado a comprar a Família A320, a Boeing acabou cedendo e anunciou uma versão remotorizada dos 737. A American Airlines acabou encomendando tanto os A320 quanto os B737, que incluía a nova versão remotorizada inicialmente conhecida como Boeing 737RE.
Finalmente no dia 30 de agosto de 2011 a Boeing anunciou oficialmente a família Boeing 737MAX (abreviação da palavra "maximum"). A nova geração não incluiu uma versão para substituir o Boeing 737-600 devido ao baixo número de encomendas.
Os novos motores CFM Leap-1B e as mudanças estruturais baseadas no Boeing 787 produzem uma redução de até 12% no consumo de combustível em relação aos Boeing 737NG. Segundo a Boeing, os 737MAX também possuem custo operacional 7% menor e um consumo de combustível 4% menor do que a Família A320neo. Na versão B737 MAX a Boeing também incorporou a tecnologia "Fly-by-Wire", a mesma usada pela Família A320.
As novidades para o passageiro ficam por conta do "Sky Interior", um interior inspirado no Boeing 787, com luzes LED e maior espaço para bagagem.

O Boeing 737-8 MAX é o substituto do Boeing 737-800, a versão mais vendida da Família Boeing 737 Next Gen. Os novos Boeing 737 MAX contam com novos wingtip "split-tip winglets" e novos motores, garantindo maior eficiência, economia e alcance. Os novos motores CFM Leap-1B podem ser até 12% mais eficiente do que a geração anterior, possuem 40% menos ruído e permitem uma redução de até 15% no consumo de combustível e até 20% menos emissões de carbono. O maior tamanho dos motores, exigiu mudanças no trem de pouso para manter uma distância entre o motor e o solo de 43 cm. Além disso os motores foram posicionados mais para frente e ligeiramente acima da asa. Os motores da Família Boeing 737 MAX também são equipados com chevrons para redução de ruído. Os Boeing 737 MAX também contam com melhorias aerodinâmicas e modificações na fuselagem. Os B737 MAX incorporam a tecnologia "Fly-by-Wire" e a Boeing se preocupou em manter semelhança com a Família B737 Next Generation para minimizar os custos com treinamento da tripulação. Para os passageiros, os 737 MAX possuem o Sky Interior, com compartimentos superiores maiores e iluminação LED, baseado no interior do Boeing 787.
Em setembro de 2014 a Boeing e a Ryanair lançaram uma versão de alta densidade, denominada Boeing 737 MAX 200, podendo acomodar até 200 passageiros em classe única. Para isso, a Boeing adicionou mais duas saídas de emergência na fuselagem. Com 200 assentos, o Boeing 737 MAX 200 consegue uma economia de 20% por assento e custos operacionais 5% mais baixos do que o MAX 8.
A primeira entrega do B737 MAX 8 foi para a Malindo Air no dia 6 de maio de 2017, que fez o voo inaugural no dia 22.
Em março de 2019 todos os Boeing 737 MAX foram obrigados a serem retirados de operação após dois acidentes fatais, um com a Lion Air, no dia 29 de outubro de 2018, e outro com a Ethiopian Airlines, no dia 10 de março de 2019. Nessa altura já haviam sido fabricados 387 unidades para 59 companhias aéreas em todo o mundo. Os dois acidentes evolveram um sistema novo introduzido no Boeing 737 MAX chamado Maneuvering Characteristics Augmentation System (MCAS), que impede que a aeronave perca sustentação devido ao efeito aerodinâmico de seus motores maiores, mais pesados e mais poderosos. A suspensão do Boeing 737 MAX criou a maior crise na Boeing em toda a sua história, gerando prejuízo de US$ 2,9 bilhões apenas no segundo trimestre de 2019. Finalmente, no dia 18 de novembro de 2020, a FAA (órgão regulador dos EUA) aprovou a volta do Boeing 737 MAX aos céus. Para a volta da aeronave foram implementadas melhorias de software, modificações de cabos e um novo treinamento para os pilotos.
No Brasil, a Gol foi a primeira no país e a segunda na América do Sul a operar a nova geração do Boeing 737. O maior alcance da versão MAX fez com a Gol pudesse realizar voos entre Brasília e a Flórida, nos EUA, o voo mais longo sem escalas já feito por um Boeing 737. A Gol também foi a primeira companhia aérea do mundo a voltar a operar o Boeing 737 MAX, após os acidentes de 2019, no dia 9 de dezembro de 2020.

Operadoras no Brasil: Gol

 Boeing
 

 

Origem: Estados Unidos
Produzido: 2016 - hoje
Comprimento: 39,47 m
Envergadura: 35,92 m
Altura: 12,3 m
Peso da aeronave: 45 toneladas
Peso máximo decolagem/pouso: 82/69 toneladas
Motores: 2x CFMI CFM Leap-1B
Empuxo: 22-26 (2x 11-13) tonf
Capacidade de combustível: 25,94 mil litros
Velocidade de cruzeiro:
839 km/h (mach 0.79)
Velocidade máxima:
876 km/h (mach 0.82)
Altitude de Cruzeiro:
12,5 km (41 mil ft)
Pista mínima para decolagem:
2,5 km
Alcance: 6510 km (8 MAX) / 5000 km (200 MAX)
Passageiros: 140 a 170
2 Classes: 162
1 Classe: 175 a 200
Largura da cabine de passageiros: 3,5 metros
Disposição de assentos (classe econômica): 3+3 com 17'' (43 cm)

Primeiro voo: 29 de janeiro de 2016 (B737 MAX 8) / 13 de janeiro de 2019 (B737 MAX 200)
Concorrentes: Airbus A320neo, Airbus A220-300, COMAC C919
Companhia Lançadora: Malindo Air
Comparar com outras aeronaves

Fabricados: 1444
Ativos:
1421
Encomendas:
505
Acidentes:
2

 

 

 

Boeing 737 MAX 9

O Boeing 737-9 MAX é o substituto do Boeing 737-900 e era o maior membro da família Boeing 737MAX até a chegada da versão 10. A versão alongada do B737 MAX 8 foi lançada em fevereiro de 2012 com 201 unidades encomendadas. A Boeing esperava que o B737 MAX 9 fosse um substituto mais eficiente para o Boeing 757 e um concorrente desafiador para o A321neo. Porém o A321neo estava ganhando "de lavada", levando a maioria das encomendas. Então em 2016 a Boeing propôs uma versão ainda maior, denominada B737 MAX 10. Após o lançamento do Boeing 737 MAX 10, muitas encomendas da versão 9 migraram para a versão 10.
A primeira entrega do B737 MAX 9 foi feita em março de 2018 para a Lion Air.
Em janeiro de 2024 um Boeing 737 MAX 9 da Alaska Airlines sofreu um incidente quando a porta de uma saída de emergência se desprendeu em pleno voo. Logo depois a FAA determinou a suspensão de voos com o B737MAX9 nos EUA até que seja esclarecido as causas do incidente. Outras agencias no mundo também suspenderam a operação do modelo, incluindo o Brasil. No total haviam pouco mais de 200 unidades em todo o mundo, operados por onze companhias aéreas. Após 20 dias no chão, os B737 MAX 9 puderam voltar a voar após cada unidade passar por uma inspeção detalhada.

 Boeing
 
 

Origem: Estados Unidos
Produzido: 2017 - hoje
Comprimento: 42,16 m
Envergadura: 35,92 m
Altura: 12,3 m
Peso da aeronave: 50 toneladas
Peso máximo decolagem/pouso: 88/74 toneladas
Motores: 2x CFMI CFM Leap-1B
Empuxo: 22-26 (2x 11-13) tonf
Capacidade de combustível: 25,94 mil litros
Velocidade de cruzeiro:
839 km/h (mach 0.79)
Velocidade máxima:
876 km/h (mach 0.82)
Altitude de Cruzeiro:
12,5 km (41 mil ft)
Pista mínima para decolagem:
2,6 km
Alcance: 6658 km
Passageiros: 170 a 200
2 Classes: 180
1 Classe: 192 a 220
Largura da cabine de passageiros: 3,5 metros
Disposição de assentos (classe econômica): 3+3 com 17'' (43 cm)

Primeiro voo: 13 de abril de 2017
Concorrentes: Airbus A321neo
Companhia Lançadora: Lion Air

Fabricados: 238
Ativos:
234
Encomendas:
32
Acidentes:
0

 

 

 

Boeing 737 MAX 7

O Boeing 737 MAX 7 é o substituto do Boeing 737-700 e é o menor membro da nova família Boeing 737. O B737 MAX 7 têm recebido poucas encomendas. As companhias aéreas têm preferido a versão maior B737 MAX 8. A entrada em serviço da aeronave estava prevista para 2019, porém foi adiado com a suspensão global do B737MAX em março do mesmo ano.

 Boeing
 
 

Origem: Estados Unidos
Produzido: 2018 - hoje
Comprimento: 35,56 m
Envergadura: 35,92 m
Altura: 12,3 m
Peso da aeronave:
Peso máximo decolagem/pouso: 80/66 toneladas
Motores: 2x CFMI CFM Leap-1B
Empuxo: 22-26 (2x 11-13) tonf
Capacidade de combustível: 25,94 mil litros
Velocidade de cruzeiro:
839 km/h (mach 0.79)
Velocidade máxima:
876 km/h (mach 0.82)
Altitude de Cruzeiro:
12,5 km (41 mil ft)
Pista mínima para decolagem:
2,1 km
Alcance: 7038 km
Passageiros: 120 a 140
2 Classes: 126
1 Classe: 140 a 149
Largura da cabine de passageiros: 3,5 metros
Disposição de assentos (classe econômica): 3+3 com 17'' (43 cm)

Primeiro voo: 16 de março de 2018
Concorrentes: Airbus A319neo, Airbus A220-300, Embraer E195-E2
Companhia Lançadora:

Fabricados: 3
Ativos:
2
Encomendas:
111
Acidentes:
0

 

 

 

Boeing 737 MAX 10

Em junho de 2017 a Boeing lançou oficialmente o maior 737 de todos os tempos, o Boeing 737 MAX 10, versão alongada do B737 MAX 9, capaz de transportar até 230 passageiros. A Boeing já vinha estudando uma versão maior do B737 há algum tempo para tentar conter o sucesso do A321neo, que superou de longe as encomendas do B737 MAX 9. Segundo a fabricante, o modelo contava com 240 encomendas no momento do seu lançamento.
O primeiro projeto previa modificações nas asas e um novo motor mais potente. Porém a Boeing revisou o projeto e o B737 MAX 10 utiliza a mesma asa e motor do B737 MAX 9. Porém outras modificações foram necessárias como a adição de saídas de emergência extras, um sistema anti tail-strike e um novo conjunto de trem de pouso mais alto, que é capaz de diminuir para o mesmo tamanho dos outros aviões da Família 737 MAX quando está retraído, evitando a necessidade de modificações no compartimento de trem de pouso.
Segundo a Boeing, o 737 MAX 10 possuí custo por assento 5% menor que o A321neo. Mesmo assim o A321neo seguiu vendendo muito mais do que o B737 MAX 9 e B737 MAX 10 juntos. A aeronave da Airbus oferece uma capacidade máxima de passageiros superior e um alcance muito maior, se apresentando como um avião mais versátil e mais adequado para substituir o Boeing 757.
Ainda assim as operadoras do B737MAX ficaram animadas com a nova versão. Muitas trocaram suas encomendas do B737MAX9 para o B737MAX10. No entanto a certificação do modelo passou a ser muito mais rigorosa após os acidentes com o B737MAX8, tornando o processo muito mais lento.
Com a entrada em serviço sendo adiada, a carteira de pedidos do B737MAX10 foi esvaziando.

 Boeing
 

Origem: Estados Unidos
Produzido: 2021 - hoje
Comprimento: 43,8 m
Envergadura: 35,92 m
Altura: 12,3 m
Peso da aeronave:
Peso máximo decolagem/pouso: 89 toneladas
Motores: 2x CFMI CFM Leap-1B
Empuxo: 22-26 (2x 11-13) tonf
Capacidade de combustível: 25,94 mil litros
Velocidade de cruzeiro:
839 km/h (mach 0.79)
Velocidade máxima:
876 km/h (mach 0.82)
Altitude de Cruzeiro:
12,5 km (41 mil ft)
Pista mínima para decolagem:

Alcance: 6110 km
Passageiros: 185 a 230
2 Classes: 188
1 Classe: 230
Largura da cabine de passageiros: 3,5 metros
Disposição de assentos (classe econômica): 3+3 com 17'' (43 cm)

Primeiro voo: 18 de junho de 2021
Concorrentes: Airbus A321neo
Companhia Lançadora:

Fabricados: 2
Ativos:
2
Encomendas:
23
Acidentes:
0

 

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atualizado em dezembro de 2024

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