SE 210 Caravelle / Sud Aviation Caravelle I / III / VI / VII
O Caravelle é considerado por muitos o primeiro jato comercial do mundo para
rotas curtas. O verdadeiro pioneiro foi o
Comet 1, produzido pela De Havilland, porém esse
jato sofreu uma série de acidentes e chegou a ser proibido de voar.
Apenas em 1958,
depois de modificações na fuselagem, ele pôde voltar aos céus, diferentemente do Caravelle, que não sofreu nenhum problema.
O Caravelle foi projetado na década de 50 pela SNCASE (Société
Nationale de Constructions Aéronautiques du Sud-Est), por isso a
aeronave também é conhecida como "SE 210 Caravelle". Em março
de 1957 a SNCASE fundiu-se com Sud-Ouest, formando a Sud Aviation. Dessa
forma a aeronave passou a se chamar Sud Aviation Caravelle. A aeronave tem a
sua cabine de comando baseada no
Comet da De Havilland e é famoso pela
suas elegantes curvas na fuselagem. Foi também o
primeiro avião comercial do mundo a possuir os motores na parte traseira
da fuselagem.
A primeira encomenda veio da
Air France e da SAS em
1956 e 1957.
O Caravelle I voou em maio de 1958 e foi inaugurado pela
Air France. Em fevereiro de 1960 foi lançado
também o Caravelle IA com motores mais potentes.
Com a criação de motores mais potentes a Sud Aviation lançou, em
dezembro de 1959, o Caravelle III. Ele iniciou as operações comerciais
com a Alitalia em 1960. Apenas um de todos os
Caravelle I não foi atualizado para o Caravelle III.
A próxima versão foi o Caravelle VI N
("Normal") com novos motores e melhorias em
relação aos anteriores, lançado em setembro de 1960.
A versão Caravelle VI R ("Reverse") foi um marco na história da aviação comercial
mundial, sendo o primeiro avião comercial do mundo com reversores e spoilers (os modelos anteriores tinham pára-quedas
de frenagem). As janelas da cabine do piloto ficaram maiores e com novo
layout e os freios ficaram mais potentes. Ele voou pela primeira vez em
6 de fevereiro de 1961 e entrou serviço com a
United Airlines em 14 de julho.
O Caravelle VII é uma modificação do Caravelle III feito pela General
Electric, que obviamente usa o motor da GE. A única a encomendar foi a
TWA, mas ela desistiu do modelo e preferiu o
DC-9.
No Brasil o Caravelle inaugurou a era do jato pela
Varig em 1959. Posteriormente a
Panair também adquiriram a aeronave para voos
domésticos e para a América do Sul. Apesar de famoso pela sua beleza, o
Caravelle não teve uma carreira longa no Brasil. A
Panair os operou por cerca de três anos.
A maior operadora do tipo foi a
Cruzeiro, que sem recursos para substituir a
aeronave, permaneceu operando o Caravelle até 1975, quando foi adquirida
pela
Varig.
Günter Grondstein
|
||
Modelo: |
Construídos: | Acidentes: |
Caravelle I |
20 | |
Caravelle IA |
12 | |
Carevelle III |
106 | 23 |
Caravelle VI |
112 | 26 |
Origem: França
Produzido: 1958-1972
34,30
Rolls-Royce RA-29 Mk 522
III:
Rolls-Royce RA-29 Mk 527
VI: Rolls-Royce RA-29 Mk 531 ou 533
Velocidade de cruzeiro: 7 805 km/h
1700 km / 2350 km (VI)
Companhia lançadora:
Air France
Comparar com outras
aeronaves
Sud Aviation Caravelle 10 / 11 / 12
começou a estudar versões
maiores. OTWA Baseado na série 10A,
essa versão introduziu o LEX (Leading Edge Extension).
O Caravelle 10B também era mais comprido do que as versões anteriores,
podendo acomodar mais de 100 passageiros e foi a primeira aeronave
comercial a utilizar motores turbofan. O primeiro voou em agosto de 1964
e foi lançado pela Finnair.
Em janeiro de 1965 foi lançada a versão 10R com as melhorias da versão
10B, mas com a fuselagem da versão VI.
O Caravelle 11R tinha uma fuselagem ainda mais comprida do que as
versões anteriores, permitindo-o transportar mais carga e passageiros. O primeiro voou em abril de 1967.
A última versão do Caravelle foi lançada em março de 1971, tratava-se do Caravelle 12 ou Super Caravelle. Com 3,2 metros a mais que o Caravelle
10, capaz de levar mais passageiros, e com novos motores. O Caravelle 12 tinha o mesmo apelido
do projeto inicial da Sud Aviation para um avião supersônico (Super
Caravelle), que deu origem ao
Concorde.
Após o sucesso com as versões Caravelle III e Caravelle IV, a
DC-9, fazendo com que os sucessores Caravelle 10, Caravelle 11 e Caravelle 12 obtivessem consideravelmente
menos vendas. Com vendas cada vez menores, a
Sud Aviation abandonou o projeto de novas versões do Caravelle em prol
de um novo avião comercial supersônico, que mais tarde se tornaria o
Concorde.
Günter Grondstein
|
||
Modelo: |
Construídos: | Acidentes: |
Carevelle 10 |
43 | 11 |
Caravelle 11 |
6 | 4 |
Caravelle 12 |
12 | 0 |
Origem: FrançaComparar com outras aeronaves
Produzido: 1958-1972 31,72 m 36,24 34,30 m P&W JT8D P&W JT8D