O inicio da aviação comercial no mundo está diretamente ligado aos eventos históricos e personalidades na França no início do século XX. O público francês era fascinado pela aviação e tecnologias modernas e o país era palco de grandes eventos aeronáuticos, que atraíam multidões. Em 1909 foi fundada a Compagnie Générale Transaérien (CGT), com objetivo de transportar passageiros a bordo de dirigíveis. Cerca de dois anos antes, o primeiro voo público oficialmente documentado de um avião, realizado pelo brasileiro Alberto Santos Dumont, representou mais um passo em direção a utilização de aviões para o transporte comercial de passageiros. Embora a Primeira Guerra Mundial tenha interrompido os avanços imediatos da aviação comercial, a guerra também impulsionou o desenvolvimento de aeronaves mais confiáveis e eficientes, criando uma base tecnológica para o crescimento do setor.
Após a Primeira Guerra Mundial as primeiras companhias aéreas começaram a aparecer. Porém o foco era o transporte de correio aéreo e não passageiros. O governo teve um papel fundamental na criação e no desenvolvimento das primeiras companhias aéreas, especialmente no que diz respeito ao apoio financeiro. A França buscou se estabelecer como um hub para a aviação na Europa, o que levou à criação de rotas estratégicas. Após a Primeira Guerra Mundial as grandes potências da época como França, Alemanha, Reino Unido e, mais tarde, os EUA, começaram a perceber a aviação como uma indústria estratégica, o que levou a uma espécie de corrida para estabelecer rotas aéreas e dominar mercados.
Nesse contexto foi criada a companhia aérea francesa Latécoère, em 1917. No ano seguinte a empresa iniciou estudos para implementar suas linhas postais para a América do Sul, lançando a primeira rota aérea entre a Europa e a América do Sul, em 1928. Nessa altura o nome da companhia já havia sido alterado para Compagnie Générale Aéropostale e sua rota partia de Paris, passava pela Espanha, pelas colônias francesas no norte da África, cruzava o oceano Atlântico até chegar em Natal, no Brasil. Depois descia pelo litoral brasileiro, passando pelo Rio de Janeiro e Montevidéu, até chegar em Buenos Aires, na Argentina.
Em fevereiro de 1919 foi criada a Lignes Aériennes Farman, seu foco eram os voos para a Europa. Suas rotas ligavam Paris a Bruxelas, Amsterdam, Copenhagen e Berlin, com uma frota de aeronaves da fabricante Farman. Mais tarde a empresa alterou o seu nome para Société Générale des Transports Aériens (SGTA).
Em fevereiro e março de 1919 foram fundadas a Compagnie des Messageries Aériennes e Grands Express Aériens, respectivamente. As duas estabeleceram rotas para países próximos da França como Bélgica, Suíça e Inglaterra, além de rotas domésticas. Em janeiro de 1923 as duas se fundiram, passando a se chamar Air Union.
Em abril de 1920 foi fundada a Compagnie Franco-Roumaine de Navigation Aérienne (FRA), responsável por operar a rota Paris - Estrasburgo - Praga - Viena - Budapeste - Bucareste. Em 1925 a empresa alterou o seu nome para Compagnie Internationale de Navigation Aérienne (CIDNA)
Em 1929 a Air Orient consolidou as rotas aéreas entre a França e o Extremo Oriente. Sua malha atendia regiões como Líbano, Síria, Iraque, Pérsia, Índia, Sião, Birmânia e Indochina.
Em 1930, a Grande Depressão, teve um impacto sobre a economia global, afetando diversos setores, incluindo a aviação comercial. Nesse período houveram cortes no financiamento governamental para as empresas aéreas, que já vinham enfrentando dificuldades financeiras. Em um momento em que países como Alemanha, Reino Unido e EUA estavam expandindo suas indústrias de aviação, a França temia perder sua posição estratégica no transporte aéreo global. Sendo assim o governo francês decidiu nacionalizar as principais companhias aéreas do país, com objetivo de criar uma companhia aérea forte e mais eficiente, capaz de competir com outras gigantes do setor que estavam surgindo na época como Lufthansa, Imperial Airways e Pan Am.

A Air France surgiu em agosto de 1933 com a fusão da Aéropostale, SGTA, Air Union, CIDNA e Air Orient. Sua frota inicial era composta por 259 aeronaves, porém, em poucos anos, a frota foi reduzida para 90 aviões com objetivo de padronizar e racionalizar a frota. A malha inicial era extensa e atendia destinos na Europa, África, Ásia e América do Sul. A rota para o Brasil fazia várias escalas ao longo da costa da África, até Dakar, onde cruzava o oceano e pousava em Natal, prosseguindo para o sul até chegar no Rio de Janeiro. Apesar de possuir a terceira malha aérea mais extensa do mundo, cerca de 1/3 dos passageiros transportados pela Air France estava concentrado na rota Paris - Londres. O primeiro logotipo utilizado pela empresa foi o mesmo da Air Orient, um cavalo alado com cauda de dragão. Para os íntimos a figura era chamada de "Camarão".
Em 1940, após o armistício durante a Segunda Guerra Mundial, as operações da Air France foram completamente suspensas. No período em que a França foi ocupada, duas "Air France" coexistiram, uma na parte ocupada e outra na parte livre. Ambas entretanto operavam apenas voos com fins militares. Em 1944 todas as operações aéreas se uniram sob o nome "Réseau des Lignes Aériennes Françaises".
Em 1º de janeiro de 1946 a Air France voltou a voar normalmente. A frota foi modernizada com aeronaves Douglas DC-3 e DC-4. Em junho os voos  para o Brasil foram retomados e em julho foi restabelecida a rota Paris - Nova York, ambas operadas pelo DC-4. A reestruturação das rotas, após a Segunda Guerra Mundial, deu prioridade para os voos internacionais de longo curso. As únicas rotas domésticas operadas naquele momento eram Paris - Lyon - Marselha e Paris - Nice.
Em 1947 a companhia começou a receber os Lockheed Constellation, que foram substituindo os DC-4 nas rotas de longa distância. A aeronave assumiu a rota para o Brasil em 1948.
Em 1953 chegaram os primeiros turboélice Vickers Viscount e os Super G Constellation, que passou a voar na rota Paris - Rio de Janeiro a partir de 1954. Em 1956 a Air France já era a sexta maior companhia aérea do mundo em passageiros transportados. O rápido crescimento da demanda de passageiros fez com que o governo francês começasse a estudar a criação de outras empresas para operar em nichos específicos. Em 1954 foi fundada a Air Inter, com objetivo de operar exclusivamente no mercado doméstico, enquanto a Air France focou nas rotas internacionais. Em 1963 foi criada a Union de Transports Aériens (UTA), resultado da fusão entre a Union Aéromaritime de Transport (UAT) e a Transports Aériens Intercontinentaux (TAI), que tinha o objetivo de operar rotas para colônias e ex-colônias francesas. Por fim, em 1966, foi criada a Air Charter como uma subsidiária da Air France para operar voos charter e de fretamento.
Em novembro de 1959 a empresa entrou na era do jato com a chegada do primeiro Boeing 707-300, utilizado na rota Paris - Nova York. Na mesma época a companhia também começou a receber os Caravelle, que passaram a voar para toda a Europa e Mediterrâneo. Em 1959 o B707 também passou a operar na rota para o Brasil e diminuiu o tempo de viagem para 13 horas.
Em 1970 a Air France recebeu o seu primeiro wide-body, o Boeing 747-100. Ainda nos anos 70 os voos para o Brasil passaram a ser operados pelo Boeing 747-200. Já a frota de curto/médio alcance foi renovada com aeronaves Boeing 727-200.
Em maio de 1974 foi a primeira companhia aérea do mundo a operar um Airbus, o A300, inaugurado na rota Paris - Londres.
Em 1976 a British Airways e Air France foram as únicas companhias aéreas que operaram o Concorde, o avião que ultrapassava a barreira do som e fazia as rotas em menos da metade do tempo que os outros aviões. O Galeão, no Rio de Janeiro, foi um dos poucos aeroportos do mundo a receber o Concorde. A Air France fazia o voo Paris - Dakar - Rio de Janeiro, que durava seis horas e meia, enquanto um voo direto entre Paris e Rio pelo 747 durava 12 horas. O serviço de Concorde para o Rio foi cancelado devido à baixa ocupação em 1982. Outros destinos servidos pelos Concorde da Air France foram Caracas, Washington, Dallas e Nova York.
Em 1982 chegaram os primeiros Boeing 737 e em 1984 foi iniciada a rota Paris - Recife - Rio de Janeiro com o Boeing 747-200.
Em 1991 iniciou um voo cargueiro regular para Campinas com o Boeing 747-400F.
Em 1988 a frota começou a ser renovada com aeronaves Airbus A320. Já em 1993 chegaram os primeiros Airbus A340. Ainda em 1993 os voos para o Brasil passaram a ser feitos com o Airbus A340-300, em substituição ao Boeing 747. A menor capacidade de assentos permitiu o aumento das frequências nas rotas Paris - Rio de Janeiro, Paris - Recife - Rio de Janeiro e a recém inaugurada (1990) Paris - São Paulo. Porém a situação financeira da empresa começou a se deteriorar no inicio dos anos 1990. Os lucros passaram a ser prejuízos como consequência da queda na demanda de passageiros devido à recessão econômica e a Guerra do Golfo. A política de céus abertos na Europa e o surgimento das low cost, low fare também contribuíram para a deterioração da situação financeira da Air France.
Em 1992 a Air France realizou uma fusão com a Air Inter, Air Charter e UTA, num tentativa de se tornar mais eficiente. Em 1994 foi aprovado um plano de recuperação, que incluiu controle de custos, reorganização da malha em torno do hub Paris/Charles de Gaulle e adequação da frota para uma demanda menor.
Em 1995 a companhia aumentou de cinco para seis frequencias semanais para entre a França e o Brasil, sendo quatro para São Paulo e duas para o Rio de Janeiro. Em 1998 o Boeing 777-200ER começou a operar na rota para o Brasil.
Em 1997 a empresa voltou ao lucro e estava pronta para ser privatizada, o que ocorreu em fevereiro de 1999. Apesar disso a maior parte das ações ainda ficaram com o governo.
Em 2000 a Air France, Delta, Korean Air e AeroMexico fundaram a SkyTeam (aliança global de companhias aéreas).
Em 2002 o Rio de Janeiro passou a ter voos diários e diretos e o Airbus A330-200 foi utilizado pela primeira vez na rota para o Brasil (para São Paulo). Em 2004 o A340-300 foi substituído pelo Boeing 747-400 na rota para o Rio.
Em setembro de 2003 a Air France anunciou a compra da KLM por US$ 914 milhões e as duas juntas passaram a ser a segunda maior companhia aérea do mundo. Esse ano também foi marcado pelo fim dos voos com o Concorde.
Em 2006 o Boeing 777-300 da Air France pousou no Brasil pela primeira vez na rota para São Paulo.
Em 2009 a Air France se tornou a primeira companhia européia a operar o A380.
Em 2011 a Air France passou a operar para o Rio e São Paulo com uma combinação de B777-300, B777-200 e A330-200.
Em março de 2014 a Air France iniciou voos para Brasília com o Boeing 777-200, três vezes por semana.
No dia 14 de janeiro de 2016 a Air France realizou o último voo com o Boeing 747, após cerca de 46 anos operando com esse modelo.
Em setembro de 2016 a empresa encerrou o voo para Brasília e diminuiu as frequências para Rio de Janeiro e São Paulo, devido a crise econômica no Brasil.
Em janeiro de 2017 recebeu o seu primeiro Boeing 787-9. Também em 2017 a companhia começou a voar para Fortaleza através da Joon e em parceria com a Gol. Em 2019 a Air France assumiu o voo, que passou a ser operado com o Boeing 777-200, três vezes por semana.
A partir de maio de 2020 a companhia introduziu o Airbus A350-900 na rota para São Paulo.
Em 2021, após meses de negociação com a União Europeia, o governo francês injetou 4 bilhões de euros na empresa para ajudá-la a atravessar a crise do COVID-19.
Em maio de 2023 a Air France iniciou voos entre Caiena, na Guiana Francesa, e Belém, operado pelo A320.

 

É a subsidiária de baixo custo regional da Air France, criada em março de 2013 como resultado da fusão das subsidiárias regionais CityJet, Regional e BritAir. Sua frota inicial consistia em aeronaves ATR, Bombardier e Embraer.
Em 2019 a Hop apresentou um novo logo, agora com a marca Air France. No mesmo ano a companhia deixou de operar aeronaves ATR e passou a ter somente jatos na frota.
Em 2022 a frota foi padronizada apenas com aeronaves da Embraer, após a saída do último CRJ-1000.

 

Evolução da empresa:

Logos antigos: Logos comemorativos: Logos antigos de subsidiárias: A CityJet e Regional e Britair eram as três companhias aéreas regionais que operavam os voos regionais da Air France. Em 2013 as três se fundiram, formando a Hop! A Joon foi fundada em 2017 como uma low cost, low fare para destinos de férias. Porém a empresa foi encerrada em 2019.

Pinturas:

 

Fundação: 30 de agosto de 1933
País: França
Principais Aeroportos: Charles de Gaule e Orly (Paris)
Sede: Paris
Códigos: AFR / AF
Destinos: 248
Destinos no Brasil: Rio de Janeiro, São Paulo e Fortaleza
Destinos já operados no Brasil: Recife e Brasília
Code-Share: TAM (encerrado em 2008) / GOL (iniciado em 2009)

 

> Frota Atual:

O Grupo Air France KLM foi criado em 2004 após a fusão da Air France e da KLM, criando uma das maiores empresas de aviação comercial no mundo. Atualmente o grupo é formado pela Air France, KLM, HOP, Martinair e Transavia.

 

 

> Histórico de Frota:

 

> Aeronaves Utilizadas:

 

> Mapa de Rotas:

ANO: 2017

ANO: 2005

 

ANO: 1998

 

ANO: 1986

 

ANO: 1974

 

ANO: 1962

 

ANO: 1953

 

ANO: 1947

 

ANO: 1939

 

ANO: 1934

 

 

Atualizado em junho de 2024