Airbus A350
Logo que a Boeing lançou o
Boeing 787, a Airbus prontamente respondeu
com o lançamento do Airbus A350. O A350 seria o concorrente direto do
787 e substituiria a
Família A330 e talvez até o
A340-200 e A340-300. Mas
nesse momento as atenções da Airbus estavam muito mais voltadas para o
A380 que para o A350. Já a Boeing estava totalmente concentrada no
787, que batia recordes de encomendas enquanto o A350 sofria duras
criticas das companhias aéreas, que diziam que o A350 não passava de um
A330 "melhorado".
Então durante a feira de aviação Farnborough Airshow, em julho de 2006,
a Airbus lançou o A350XWB (Extra Wide Body), resultado de uma revisão
completa no projeto do A350. O Airbus A350XWB foi melhor aceito e
começou a receber encomendas, porém num ritmo menor do que o
Boeing 787. O A350XWB tem uma fuselagem mais larga do que
anteriormente previsto, podendo acomodar até dez assentos em cada
fileira na classe econômica, contra oito do
A330/A340. Tanto o
Boeing 787
quanto o Boeing 777 foram projetados para
até nove assentos por fileira na classe econômica, embora muitas
companhias usassem uma configuração de dez assentos no
B777.
Assim como o B787, o A350 tem uma maior
quantidade de materiais compostos que são mais leves e reduzem o consumo
de combustível. O A350 possui 53% de materiais compostos (além de 19% AI/AI-Li,
14% de titânio, 6% de aço e 8% outros materiais), enquanto o 787
tem de 50% de materiais compostos (além de 20% de alumínio, 15% de titânio, 10%
de aço e 5% outros materiais). O A350 também incorpora toda a tecnologia usada na concepção do
A380 e a comunalidade com os outros wide-body da Airbus, ou seja, um
piloto que já voa em outro wide-body da Airbus precisa de muito pouco
tempo de treinamento para estar apto a pilotar o A350. As asas do A350
são as mesmas para todas as versões e são as maiores já produzida para
uma aeronave wide-body bimotor da Airbus. Ao contrário do A380,
que usa os wingtip fences, o A350 utiliza winglets personalizados.
Para os passageiros as novidades incluem uma cabine com umidade de 20%,
mais espaçosa, com janelas e bagageiros maiores e iluminação
diferenciada com LED, além de uma pressão na cabine de 6 mil pés e um
sistema de que troca o ar a cada dois ou três minutos.
O A350-900
é a versão padrão da Família A350 e a mais popular entre as companhias
aéreas. Capaz transportar 314
passageiros em uma configuração típica, um pouco mais do que o
A330-300 e A340-300
e praticamente o mesmo que o A340-500. O
A350-900 foi o primeiro da família a voar e foi encomendado por mais de
vinte companhias ao redor do mundo, incluindo a
Tam.
O A350-900 foi projetado para ser um concorrente direto do
Boeing 777-200 e, segundo a Airbus,
gasta 30% menos combustível e tem um custo operacional 25% menor que o
B777-200ER. O A350-900 pode ser um
substituto para o
A330-300,
A340-300
ou
A340-500.
O A350ULR (Ultra Long Range) é a versão de longo alcance. Essa versão
possui peso máximo de decolagem de 280 toneladas, tanque de combustível
com maior capacidade, melhorias aerodinâmicas, novo winglets, e é capaz
de voar por quase 18 mil quilômetros. A primeira companhia aérea a
utilizar essa versão foi a Singapore Airlines,
que usou essa aeronave para fazer seus voos mais longos como entre a
Cingapura e Nova York. A versão de ultra longo alcance foi projetada
especialmente para substituir o Boeing 777-200LR
e A340-500.
No dia 18 de dezembro de 2015 a
Tam foi a primeira companhia aérea das Américas e
a quarta no mundo a operar o A350. O primeiro voo comercial foi em
janeiro de 2016, na rota São Paulo - Manaus e o primeiro voo
internacional em março, na rota São Paulo - Miami. Porém, em 2021, com a
crise provocada pela pandemia do COVID-19, a
Latam optou por retirar os A350 da frota e
manter somente wide-bodies da Boeing. Em dezembro de 2022 a
Azul se tornou a segunda companhia aérea
brasileira a operar o modelo.
Operadores no Brasil: Azul, Latam, Tam
Airbus |
|
Origem: Europa
Produzido: 2014 - hoje
38) tonf
- 15000 km
Construídos: 497
Em operação: 478
Encomendados: 74
Acidentes: 0
O A350-1000 é uma versão alongada do A350-900 e a maior versão da
Família A350. O A350-1000 foi projetado para substituir o
A340-600 e competir com o Boeing 777-300.
Segundo a Airbus, o A350-1000 oferece um custo operacional 25% menor que
o Boeing 777-300ER. O A350-1000 possui
uma capacidade ligeiramente menor que o A340-600,
mas possui um alcance maior, além de ser mais econômico e eficiente.
Após o lançamento da Família Boeing 777X,
o principal competidor do A350-1000 passou a ser o
Boeing 777-8. A maior versão,
Boeing 777-9, será capaz de transportar
mais de 400 passageiros, significativamente mais do que o A350-1000. Por
isso a Airbus começou a estudar uma versão ainda maior do A350, até o
momento conhecida como A350-1100.
Airbus
|
Origem: Europa
Produzido: 2018 - hoje
44) tonf
km
Boeing 777-300
Boeing 777-9
Construídos: 81
Em operação: 81
Encomendados: 21
Acidentes: 0
O A350-800 é uma versão encurtada do A350-900, podendo acomodar 270 passageiros em uma configuração típica,
uma capacidade entre o
A330-200
e A330-300, mas com maior alcance e menor
consumo de combustível. O A350-800 poderia servir como substituto da
Família A330 e vinha recebendo encomendas de
companhias aéreas que justamente queriam substituir os seus
A330. Porém muitas delas acabaram convertendo as
encomendas do A350-800 para o seu irmão maior A350-900, esvaziando a
carteira de pedidos do A350-800.
Em julho de 2014 a Airbus lançou a
Família A330neo, o que prejudicou ainda mais as
encomendas para o A350-800. Em setembro do mesmo ano a Airbus confirmou
o cancelamento do A350-800 e a conversão das encomendas para o A350-900
ou
A330neo.
Airbus
atualizado em dezembro de 2023