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No dia 13 de agosto de 2010 a Tam e
Lan
anunciaram o inicio das negociações para formar uma gigante
no Hemisfério Sul.
As duas maiores companhias aéreas da América Latina
iniciaram um processo de fusão criando a LaTam - um dos maiores grupos
aéreos do mundo. Depois de várias fusões no setor nos EUA
e Europa, a Latam foi a primeira grande fusão na América Latina incluindo
companhias de países diferentes assim como ocorreu na Europa. Juntas as
companhias têm sinergias de milhões de dólares, forte presença
em todos os mercados da América do Sul e mais força para competir com os
grandes grupos aéreos dos EUA e Europa. As duas
companhias desenharam uma estratégia para que a fusão atendesse a
legislação brasileira, que limita a porcentagem que estrangeiros podem deter
de uma companhia aérea brasileira (até 20% na época). A tentativa da
Lan
de entrar no mercado brasileiro já era antiga. Antes da
Tam, a Lan
tentou negociar a compra da Varig em 2006 e, desde
2001,
detinha participação acionária na ABSA Cargo.
A aproximação entre a
Lan
e a
Tam
também é antiga: em 1996 as companhias
(juntamente com a Taca) encomendaram 150 aeronaves
Airbus, pois encomendando juntas conseguiram preços menores e puderam escolher as datas de entrega
das aeronaves.
No dia 19 de janeiro de 2011 foi assinado o acordo de fusão, mas em junho o
tribunal do Chile paralisou o processo para analisar o acordo. No dia 21 de
setembro o tribunal do Chile aprovou a fusão com 11 condições, entre elas o
limite para aumento de tarifas, a permissão para que outras companhias
operem a rota Santiago - São Paulo e que as companhias só poderiam permanecer
em uma aliança global e não poderia ser a mesma do grupo
Avianca-Taca. No dia 14 de dezembro de 2011 as autoridades brasileiras também aprovaram a
fusão com condições semelhantes as do Chile.
Finalmente no dia 22 de junho de 2012 a Latam foi oficialmente criada. Mas
no mesmo mês
a Avianca-Taca entraram na
Star Alliance. A
Tam
continuou a fazer parte da
Star Alliance, mas não fez acordo de
code-share e de pontuação no programa de fidelidade com a Avianca-Taca,
apesar de estarem na mesma aliança.
Em dezembro de 2012 a
Tam e a Lan Colombia anunciaram um acordo de
code-share com a American Airlines,
principal parceira do grupo Lan
nos EUA. Finalmente no dia 13 de março de 2013 a
Tam deixou a
Star Alliance e passou a fazer parte da
OneWorld, em 2014, aliança que o grupo Lan
já fazia parte.
Durante todo o ano de 2013 a grande preocupação da Latam foi com a
Tam, que
amargou enormes prejuízos, enquanto as companhias do grupo
Lan
estavam no
azul. Como consequência, a
Tam
diminuiu a oferta doméstica, aumentando a
taxa de ocupação das aeronaves de 70% para 80%. Outra decisão foi
de concentrar os voos internacionais no Aeroporto Internacional de Guarulhos
e por isso os voos da
Tam
para Paris, Frankfurt e Montevidéu desde o
Aeroporto Internacional do Galeão foram cancelados.
Com relação a frota, em 2013, a
Lan
começou a substituir os Boeing 767 por
Boeing 787, enquanto a
Tam
os Airbus A330 por
Boeing 767. A
Tam
também
recebeu os primeiros Airbus A320 equipados com Sharklet, que reduzem o
consumo de combustível, e aumentou a encomenda de aeronaves
Airbus A321.
Em novembro de 2013 o grupo inaugurou a primeira sala VIP própria fora da
América do Sul, no Aeroporto de Miami, destino internacional de longa
distância para qual tem o maior número de voos.
Em 2014 começou a receber novos
A321 equipados com winglets e os
Boeing 787-9. O grupo também anunciou um novo
design no interior das aeronaves, padronizado para todas as companhias do
grupo. Os novos destinos internacionais para 2014/2015 foram Cancún,
Toronto e Barcelona.
No dia 6 de agosto de 2015 o grupo anunciou que todas as empresas
passariam a se chamar Latam. Segundo o grupo, no longo prazo a marca única é
mais eficiente do que investir em duas marcas em todo o
mundo. Além disso para o passageiro é confuso entender que duas marcas são
parte de um mesmo grupo com a mesma experiência de serviço.
No final de 2015 a Latam anunciou vários cortes de voos nacionais e
internacionais na filial brasileira devido crise econômica enfrentada pelo
Brasil, incluindo o fim dos voos para Cancún. No dia 18 de dezembro a Latam
Brasil
se tornou a primeira companhia aérea do hemisfério sul a operar o
A350.
Em abril de 2016 os programas de fidelidade LAN Pass e Tam Fidelidade
passaram a se chamar Latam Pass e Latam Fidelidade, respectivamente. No dia 1 de
maio de 2016 finalmente ocorreu o primeiro voo com a marca Latam, um
Boeing 767-300 (ex-Tam)
decolou do Rio de Janeiro para Genebra, para buscar a Tocha Olímpica para os
jogos no Rio. No dia 5 de maio decolaram os três primeiros voos comerciais
de aeronaves com a pintura Latam: São Paulo - Santiago (B767
ex-Tam),
Santiago - Lima (A319 ex-Lan)
e São Paulo - Brasília (A319
ex-Tam).
Em julho de 2016 a Qatar anunciou a compra de 10% da
Latam, o que diluiu ainda mais a participação da família Amaro (ex-donos da
Tam). Em agosto a Latam Brasil se tornou a primeira
primeira companhia das Américas e a quinta no mundo a operar o Airbus
A320neo.
Em 2017 a Latam anunciou a implementação de um novo modelo de tarifas em
voos domésticos, onde o passageiro pode escolher quais serviços extras quer
incluir (como refeição, marcar o assento, remarcação gratuita, entre outros). Com esse novo modelo,
a Latam pôde oferecer tarifas até 20% mais baixas. Esse foi claramente um
movimento para combater companhias ultra low costs que surgiam na América do
Sul como a Sky e
Jetsmart naquele momento. Porém a realidade do Brasil era outra e a
diminuição da qualidade do serviço da Latam Brasil custou a perda da
liderança do mercado doméstico para a Gol.
Em fevereiro de 2017 a Latam Brasil arrendou quatro
A350
para a
Qatar devido a fraca demanda no Brasil. Em outubro a
empresa anunciou novos voos internacionais a partir de São Paulo, para
Lisboa, Roma, Boston e Tel Aviv.
Em 2019 a companhia anunciou o fim dos voos para Roma e cancelou os planos
de voar para Munique, na Alemanha. A Latam causou uma grande reviravolta no
mercado ao anunciar uma Joint Venture com a Delta em
julho do mesmo ano. Isso culminou no fim do acordo entre a Latam e a
American Airlines e a saída da
OneWorld. A
Latam havia tentado fazer uma Joint Venture com a
American Airlines, mas foi impedida pela
Suprema Corte do Chile. Além da Joint Venture nas rotas entre a América do
Sul e os EUA, o acordo também envolveu a compra de participação societária
da Latam pela Delta e o repasse das encomendas
restantes do
A350
da Latam para a Delta. No ano de 2019 a Latam também
anunciou uma nova classe executiva, com configuração 1+2+1, e a volta de uma
"classe executiva" nos voos domésticos, batizada de Premium Economy. Em
outubro de 2019 a Latam unificou os programas de fidelidade Latam Pass e
Latam Fidelidade com o nome Latam Pass.
A pandemia do COVID-19 afetou duramente a empresa em março de 2020. Por ter
grande parte de sua receita advinda dos voos internacionais, o mercado mais
afetado, a companhia viu sua dívida explodir. Em abril a empresa lançou uma
nova malha, reduzindo as operações em 95%. No Brasil a malha doméstica
atendia 39 destinos e os voos internacionais operavam frequências limitadas
para Santiago, Miami e Nova York.
Em maio de 2020 o grupo entrou com pedido de recuperação judicial (Chapter
11) nos Estados Unidos, com objetivo de fazer uma reestruturação e renegociação com credores. No mês seguinte o grupo anunciou
encerramento das operações da Latam Argentina. A Latam também anunciou um
code-share com a Azul no mercado doméstico
brasileiro, que durou até agosto de 2021. Como resultado da reestruturação a
Latam decidiu devolver todos os A350 e padronizar a
frota de wide-bodies com aeronaves da Boeing. Durante o período de
recuperação o grupo focou em reduzir o seu custo, tornando-se mais
eficiente.
Em novembro de 2022 a Latam anunciou a saída da recuperação judicial (Chapter
11). O processo tornou a empresa mais competitiva e capaz de realizar voos
antes inviáveis devido ao seu alto custo. Isso possibilitou que a Latam
Brasil aumentasse o número de destinos servidos para 54 (10 a mais do que
atendia em 2019). A companhia também voltou para a posição de liderança no
mercado doméstico brasileiro e retomou praticamente todos os voos
internacionais.
No inicio de 2023 a Latam Colombia aproveitou a crise da Viva e incorporou
cinco A320, aumentando a oferta de assentos em
20%, adicionalmente inaugurou a rota Bogotá - Orlando (julho) e Medelín -
Miami (novembro). Ao longo do ano, a Latam Peru iniciou voos nas rotas Lima
- Caracas (agosto), Lima - Atlanta (outubro), Lima - Aruba (dezembro) e Lima
- Londres (dezembro). Já a Latam Brasil reforçou a conexão com Santiago,
lançando voos sem escalas a partir de Porto Alegre, Florianópolis, Curitiba,
Foz do Iguaçu, Belo Horizonte e Brasília.
No dia 30 de setembro de 2023 a Latam Brasil recebeu o primeiro
A321neo do grupo.
Logos:
Empresas do grupo:
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Fundação: 2012
Principais Aeroportos: Guarulhos,
Comodoro Arturo Merino Benítez,
Jorge Chávez/Callao,
Mariscal Sucre,
El Dorado
Sede:
Santiago, Chile
Códigos: LAN / LA (Brasil: TAM / JJ, Peru: LPE / LP, Ecuador: LNE
/ XL, Colombia: ARE / 4C)
Aeronaves atuais da frota:
Airbus A319, Airbus
A320, Airbus
A320neo, Airbus A321,
Airbus A321neo,
Boeing 767-300ER,
Boeing 777-300ER,
Boeing 787-8, Boeing 787-9
Aeronaves já operadas:
Airbus A318,
Airbus A330-200,
Airbus A340-300,
Airbus A340-500,
Airbus A350-900,
Boeing 737-700,
Boeing 777-200F,
Bombardier Dash-8
Destinos (passageiros):
154
Destinos
(carga):
146
Alianças globais: OneWorld (2012-2020)
Companhias Aéreas Parceiras |
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Atualizado em dezembro de 2023