Família A320

A320 Overall length A320 Overall length A320 Overall length
A320 / A320 com Sharklet / A320neo

A Família A320 é uma família de jatos comerciais produzida pela Airbus, que inclui os modelos A318, A319, A320 e A321. A diferença básica entre cada modelo é o tamanho e consequentemente a capacidade de passageiros. Todas são aeronaves narrow-body (fuselagem estreita, ou seja, um corredor) para rotas de curta e média distancia. A primeira aeronave da família foi o Airbus A320, lançado em 1984, seguido pelo A321 (em 1989), A319 (em 1993) e A318 (1998). O A320 inovou trazendo a tecnologia Fly-by-Wire e se tornou a aeronave mais vendida da Airbus e uma das mais vendidas do mundo de todos os tempos. Em 2010 a Airbus anunciou a nova geração da Família A320, conhecida como Família A320neo (New Engine Option). A nova geração tem melhorias aerodinâmicas, Sharklets e novos motores. Após o lançamento da nova geração, a primeira geração passou a ser conhecida como Família A320ceo (Current Engine Option) e a Airbus também passou a disponibilizar os Sharklets na primeira geração.


Airbus A320 / A320neo

Com o sucesso do A300, a Airbus começou o seu plano mais ambicioso: uma aeronave para substituir o Boeing 727 e competir com o Boeing 737, as duas aeronaves mais vendidas da Boeing até então. Em 1981 a Airbus anunciou que desenvolveria uma aeronave para rotas médias e curtas. No entanto, internamente, a fabricante sofria pressão para priorizar aeronaves maiores, como wide-bodies quadrimotores. Apesar disso a empresa sabia que se quisesse ter um lugar de destaque na aviação comercial mundial, precisava de um produto superior ao que existia no mercado naquele momento. A Airbus então se voltou para uma tecnologia que já havia sido parcialmente adotada pelo A300 e A310, o famoso Fly-by-Wire (FBW). Até então os aviões usavam um comando de voo onde o manche acionava um sistema de cabos de aço ligados as diferentes partes da aeronave. No sistema Fly-by-Wire os movimentos do piloto são convertidos em sinais elétricos para sete computadores de bordo. Cada um deles controla uma parte do avião, porém se um deles falhar, outro assume sua função automaticamente e preserva o sistema de voo. De qualquer modo, ainda que todos os computadores falhassem, há um back-up a cabo. Enquanto no sistema via cabos há uma resposta imediata ao comando do piloto, no Fly-by-Wire o computador recebe a informação do que o comandante deseja, processa, avalia e propõe a melhor solução para garantir a estabilidade, o conforto e a segurança do voo. O Fly-by-Wire foi o sistema usado pelos Ônibus Espaciais da NASA e pelo Concorde, embora utilizassem uma versão analógica. A Airbus acabou se convencendo a produzir um jato menor narrow-body antes de um jato grande wide-body, pois um passo tecnologico tão significativo como o fly-by-wire, era consideravelmente mais fácil e menos arriscado com uma aeronave menor do que com uma aeronave grande e de longo alcance. Corrigir um erro seria muito mais barato e o acúmulo de experiência seria mais rápido com uma aeronave menor.

O nome da aeronave foi escolhido como o sucessor natural, em termos de numeração, do modelo anterior, A310. Nascia então o A320, o primeiro avião narrow-body (fuselagem estreita ou corredor único) da Airbus e o primeiro membro da Família A320. O A320 também foi o primeiro avião comercial full fly-by-wire. Enquanto no fly-by-wire parcial apenas alguns dos controles de voo são eletrônicos, enquanto outros ainda dependem de sistemas mecânicos ou hidráulicos, no full fly-by-wire todo o sistema de controle de voo é eletrônico. A primeira vantagem do FBW é que a eliminação de cabos e sistemas mecânico-hidráulicos reduzem o peso da aeronave, fazendo com que ela gaste menos combustível. Com controles totalmente digitais, o A320 estabeleceu padrões mais elevados de segurança, onde agora era possível impor proteções de envelope de voo, ou seja, mesmo que o piloto fizesse os comandos, os computadores da aeronave não permitiriam que a aeronave excedesse ângulos de ataque, cargas G ou inclinações que poderiam levar a uma situação perigosa ou danificar a estrutura. O FBW também permite que o software possa ajustar de forma mais rápida e precisa os controles, otimizando a estabilidade e a eficiência aerodinâmica durante todas as fase de voo, além de implementar funções automáticas mais sofisticadas e diminuir a carga de trabalho da tripulação.
Na cabine de comando, o A320 é equipado com glass cockpit, onde os instrumentos analógicos foram substituídos por telas EFIS (Electronic Flight Instrument System). Entretanto a diferença mais notável no cockpit do A320 foi a ausência do tradicional manche central, que foi substituído pelo sidestick (um manche lateral, parecido com um joystick). Após o A320 esse se tornou o padrão para todas as aeronaves Airbus. Desde o lançamento do A310 a Airbus já vinha trabalhando no conceito de comunalidade, onde o cockpit de todas as aeronaves da Airbus são muito semelhantes, reduzindo o tempo de treinamento para um piloto estar apto a voar em outra aeronave da fabricante. Para os modelos da Família A320 o treinamento é único, ou seja, um piloto habilitado para voar no A320 pode pilotar qualquer outra aeronave da Família A320 sem precisar de treinamento adicional. Ainda assim é possível que seja exigido que o piloto cumpra requisitos mínimos de familiarização.
Para os passageiros, a Airbus projetou a cabine do A320 com diâmetro ligeiramente maior que os concorrentes diretos, como o Boeing 737, aumentando o espaço interno e proporcionando a sensação de uma cabine mais ampla. A fuselagem é composta principalmente por ligas de alumínio, embora tenha sido utilizado materiais compostos em algumas seções, visando a redução do peso da aeronave. As asas do A320 foram desenhadas para alta eficiência em rotas de curta e média distância e eram mais altas do que os concorrentes Boeing 737 e MD-80. Isso se mostrou uma vantagem a medida que os novos motores foram ficando cada vez maiores, devido ao maior diâmetro dos ventiladores.

O A320 e seu sistema fly-by-wire enfrentaram desafios e ceticismo inicialmente, tanto por parte de pilotos quanto de reguladores. Pilotos, acostumados aos controles mecânicos, inicialmente relutaram em aceitar o sistema eletrônico, temendo perder o "feeling" direto dos controles da aeronave. Nos controles convencionais, o piloto é capaz de sentir a resposta aerodinâmica da aeronave, como resistência ao puxar o manche ou vibrações indicando estol. No FBW isso desaparece, pois os comandos são eletrônicos. Para compensar, os fabricantes introduzem uma resposta artificial através de molas, resistências nos controles e alertas visuais e sonoros. O FBW também reduz o esforço físico do piloto para mover os controles, uma vez que não há mais resistência natural.
Também haviam preocupações sobre a confiabilidade de sistemas eletrônicos em comparação com os mecânicos tradicionais, tais como falhas de software ou perda de energia. Um acidente no voo de demonstração do A320 no Air Show de Habsheim, em 1988, contribuiu para uma percepção inicial negativa. Durante a aproximação para um sobrevoo baixo sobre a pista, o A320 desceu demais e colidiu com árvores na extremidade da pista, caindo em uma floresta e pegando fogo. Enquanto a investigação oficial atribuiu o acidente a erro do piloto, a tripulação apontou potenciais falhas no FBW. Reguladores, como a FAA e a EASA, foram rigorosos na certificação do sistema, exigindo extensos testes para garantir sua confiabilidade.
A primeira versão ficou conhecida como A320-100 e entrou em operação em 1988 pela Air France. No entanto essa versão foi substituída em pouco tempo pelo A320-200, com maior capacidade de combustível e alcance e a introdução de wingtip fences, na ponta das asas, melhorando a eficiência de combustível. De início o A320 obteve pedidos de companhias aéreas europeias, enquanto as empresas de outras regiões preferiram esperar evidências concretas de confiabilidade e eficiência da nova aeronave. As primeiras companhias a apostarem no A320 acabaram confirmando a alta eficiência de combustível e a redução de custos, incentivando outras empresas a encomendarem o modelo. O A320 então rapidamente se tornou um sucesso mundial e a aeronave mais vendida da Airbus, forçando a Boeing a lançar versões mais eficientes do Boeing 737. Desde então as duas aeronaves disputam o título de aeronave comercial mais vendida do mundo. Quando comparado ao seu concorrente direto, o Boeing 737-800, a Boeing ficou na vantagem, produzindo cerca de 400 unidades a mais que o A320ceo. Porém considerando a Família A320 contra a Família B737NG, a Airbus ficou na vantagem, vendendo cerca de mil unidades a mais que a Boeing.
Em 2011 a Airbus anunciou a opção de Sharklet (usado no A320neo) também na versão A320ceo, reduzindo o consumo de combustível.
No Brasil a primeira companhia aérea a operar o Airbus A320 foi a Tam, em 2000. A companhia quebrou o paradigma, escolhendo o rival europeu do Boeing 737 que até então reinava absoluto no Brasil e era operado por todas as principais companhias aéreas brasileiras da época. A Família A320 trouxe novidades para mercado doméstico brasileiro como telas no teto a cada três poltronas. Quatorze anos depois do primeiro A320, a Airbus virou o jogo e a frota no Brasil da Família A320 passou a ser maior do que a de Boeing 737. A Tam e depois Latam foi seguida pelas demais principais companhias aéreas brasileiras como Avianca e Azul, que optaram pelos A320 ao invés do Boeing 737, deixando apenas a Gol com o narrow-body da fabricante americana no mercado brasileiro.

Com o lançamento de novas aeronaves com motores mais eficientes e econômicos, a Boeing e a Airbus começaram a pesquisar se era melhor re-motorizar os seus Boeing 737 e A320 ou esperar para construir novas aeronaves do zero. Em dezembro de 2010 a Airbus decidiu lançar uma versão remotorizada do seu A320, nascia ai a Família A320neo (New Engine Option) composta pelo A319neo, A320neo e A321neo. Segundo a Airbus o A320neo tem uma economia de combustível de até 20%, redução de emissões de gases e ruídos, custos operacionais mais baixos e maior capacidade de carga. A principal inovação da Família A320neo são os novos motores, onde as companhias aéreas podem escolher entre o CFM LEAP-1A ou o Pratt & Whitney PW1100G. Apenas os motores são responsáveis pela economia de combustível de 16% e cerca de 15% menos custos de manutenção. Os A320neo também possuem os Sharklet, uma nova versão de Winglets criada pela Airbus. Eles são responsáveis por cerca de 3,5% na economia de combustível.
Para os passageiros a Família A320neo apresenta uma cabine mais silenciosa, com mais espaço para as bagagens de mão, iluminação LED e novo sistema de purificação do ar. A Airbus também aumentou a capacidade dos modelos sem prejudicar o conforto, graças aos novos assentos slim (super finos) e novas configurações de lavatório e galley.
O A320neo substituiu o A320 e foi primeiro da Família neo a voar. A Família A320neo se mostrou um sucesso, obtendo nada menos que 667 encomendas em menos de oito meses! A Boeing chegou atrasada na briga, lançando a versão remotorizada do Boeing 737 apenas em agosto de 2011. Apesar do ritmo de encomendas dos Boeing 737MAX terem aumentado nos anos após o seu lançamento, a Família A320neo permanece na liderança.
No dia 20 de janeiro de 2016 a Lufthansa se tornou a primeira companhia aérea no mundo a operar o A320neo. A companhia lançadora deveria ser a Qatar Airways, mas devido a problemas com os motores Pratt & Whitney, a empresa recusou receber a aeronave. No entanto os problemas com os motores P&W continuaram e a Lufthansa foi forçada a utilizar o A320neo apenas em rotas domésticas até que os problemas fossem totalmente solucionados.
No Brasil a Latam foi a primeira das Américas a operar o modelo em agosto de 2016, logo seguida pela Avianca e pela Azul em outubro.

Operadoras no Brasil (A320): Avianca, Azul, ITA, Latam, Tam, Whitejets

Operadoras no Brasil (A320neo): Avianca, Azul, Latam

 

 Andreas Heilmann
 
 
 
 OlivierG

P. Pigeyre

 

A320
Origem:
Europa
Produção: 1988 - 2021
Comprimento:
37,57 m
Envergadura: 34,10 m
Altura: 11,76 m
Peso da aeronave: 42,6 toneladas
Peso máximo decolagem/pouso: 73/64 toneladas
Motores:
2x IAE V2500 ou CFM56-5
Empuxo: 20-24 (2x 10-12) tonf
Capacidade de combustível: 24 mil litros
Velocidade de cruzeiro: 829 km/h (mach 0.78)
Velocidade máxima:
871 km/h (mach 0.82)
Altitude de Cruzeiro: 12 km (39 mil ft)
Pista mínima para decolagem: 2,1 km
Alcance: 5600 km / 6100-6200 km (com Sharklet)
Passageiros: 140 a 160
2 Classes: 120 a 158
1 Classe: 156 a 180

Tripulação: 5-7
Primeiro voo:
22 fevereiro 1987
Aeronaves similares: Boeing 727, Douglas DC-9,
Tupolev Tu-204-300
Concorrentes:
Boeing 737-400, Boeing 737-800, MD-80, MD-90
Companhias Lançadoras: Air Inter/Air France
Maior operador (encomendas diretamente do fabricante): Air Asia
Comparar com outras aeronaves

 

A320neo
Origem:
Europa
Produção: 2015 - hoje
Comprimento:
37,57 m
Envergadura: 34,10 m
Altura: 11,76 m
Peso da aeronave: 45 toneladas
Peso máximo decolagem/pouso: 78/66 toneladas
Motores: 2x CFM LEAP-1A ou P&W PW1100G
Empuxo: 20-26 (2x 10-13) tonf
Capacidade de combustível: 26,7 mil litros
Velocidade de cruzeiro: 829 km/h (mach 0.78-0.82)
Velocidade máxima:
mach 0.84
Altitude de Cruzeiro: 12 km (39 mil ft)
Pista mínima para decolagem: 1,8 km
Alcance: 6300-6500 km
Passageiros: 150 a 180
2 Classes: 120 a 158
1 Classe: 156 a 189

Primeiro voo: 25 de setembro de 2014
Concorrentes:
Boeing 737-8 MAX, COMAC C919
Companhia Lançadora: Lufthansa

 

 
  A320-100 A320-200 A320neo TOTAL

Construídos:

23 4.730 2.115 6.868

Ativos:

1 3.742 1.874 5.620

Encomendas:

219 219

Acidentes:

2 42 1 45


 

 

Airbus A321 / A321neo

Com o sucesso do A320, a Airbus logo lançou uma versão alongada, denominada A321. O programa foi lançado em novembro de 1989 para uma versão sete metros mais longo que o A320. O A321 oferece a melhor relação custo-benefício dentre as aeronaves de corredor único, uma vez que a maior capacidade de passageiros gera um custo por passageiro menor. O A321 tem capacidade de passageiros semelhante a um wide-body pequeno com a eficiência e custos menores de um narrow-body. O A321 foi o primeiro Airbus a não ser montado em Toulouse, na França, uma vez que os alemães passaram a pleitear uma fatia mais significativa do processo de montagem final das aeronaves. Até então a França concentrava as fases finais de montagem de todas as aeronaves produzidas pela Airbus, enquanto a Alemanha participava na fabricação da fuselagem e outros componentes. No entanto o governo alemão via como estratégico a produção de aeronaves em seu território, gerando mais empregos e maior conhecimento tecnológico. Ficou decido então que para equilibrar melhor as tarefas de cada país membro do consórcio Airbus Industrie (França, Alemanha, Reino Unido e Espanha), o A321 teria sua montagem final em Hamburgo, na Alemanha. Mais tarde outros modelos da Airbus também passaram a ser montados em Hamburgo. Já o Reino Unido estava satisfeito em manter sua liderança na fabricação de asas, enquanto a Espanha tinha uma participação minoritária em comparação aos demais sócios fundadores.
Assim como o A320, os primeiros A321 ficaram conhecidos como A321-100. Essa versão não encontrou muitos compradores devido ao seu alcance limitado. O A321-100 tinha a mesma capacidade de combustível do A320, mas era maior, levava mais passageiros e era mais pesado, diminuindo assim o seu alcance. Sua operação ficou limitada a rotas curtas com alta demanda de passageiros.
Em 1995 foi lançada a versão A321-200, que incorporou wingtips, motores mais potentes, estrutura reforçada, maior peso máximo de decolagem e maior capacidade de combustível, aumentando o seu alcance.
Todos os modelos da Família A320 compartilham a mesma certificação de tipo perante as autoridades aeronáuticas, reduzindo custos de treinamento e permitindo que os pilotos possam pilotar todos os modelos sem grandes dificuldades. O A321 gradualmente foi conquistando as companhias aéreas e se tornando cada vez mais popular, a medida que a demanda de passageiros crescia. A maior versatilidade, maior capacidade de assentos, menor custo por passageiro e maior alcance do A321 fez com que ele superasse o seu concorrente direto Boeing 737-900, vendendo mais que o dobro. O A321 foi a grande vantagem da Família A320 contra a Família B737NG, sendo a segunda aeronave mais bem sucedida da Família A320ceo.
Após o lançamento da Família A320neo, a Airbus também passou a oferecer sharklet para o A321ceo, reduzindo o consumo de combustível, principalmente em voos mais longos.
No Brasil o primeiro A321 foi operado pela Tam a partir de 2007, que trouxe o modelo para operar nas rotas domésticas de maior demanda. A companhia logo notou as vantagens do A321, capaz de transportar mais passageiros, gerando um custo por assento menor do que o A320. Desde então a companhia foi aumentando gradativamente a frota do tipo, que em 2015 já era maior do que a frota de A319.

Em dezembro de 2010 a Airbus lançou a nova geração de sua família de jatos narrow-body, conhecida como Família Airbus A320neo (New Engine Option). O A321neo é o substituto do A321. O A321neo é o maior membro da Família A320neo e, assim como os seus irmãos menores, possui novos motores e Sharklet. O A321neo tem maior alcance, maior velocidade e é capaz de decolar e pousar com mais peso.
Em janeiro de 2015 a Airbus anunciou oficialmente uma versão do A321neo criada para substituir o Boeing 757, conhecida como A321neoLR (Long Range). O A321neoLR pode decolar com mais peso (97 toneladas) e tem um alcance de 4000nm (aproximadamente 7408 km). Porém, para conseguir esse alcance, a Airbus calculou um total de 206 passageiros em duas classes, menos do que o Boeing 757. Em janeiro de 2018 a Airbus lançou uma versão com alcance ainda maior, conhecida como A321XLR, que também possui maior peso de decolagem e trem de pouso reforçado. O primeiro A321neo LR foi entregue para a Arkia, em novembro de 2018, enquanto o primeiro A321neo XLR foi entregue para a Iberia, em novembro de 2024. As versões de longo alcance, especialmente o A321neo XLR, tem o potencial de transformar a indústria aérea ao possibilitar a abertura de rotas diretas de longa distância que antes eram economicamente inviáveis. Seu grande alcance faz permite voos tão longos quantos os que ligam os EUA e Europa ou os EUA e a América do Sul, trazendo todas as vantagens de um narrow-body como menor custo de operação, manutenção e consumo de combustível.
O A321neo têm sido o modelo preferido para substituir o B757 e está vendendo bem mais do que os seus concorrentes mais próximos, B737 MAX 9B737 MAX 10.
No Brasil a Azul foi a primeira companhia a operar um A321neo quando recebeu a primeira unidade em abril de 2016. Em outubro de 2023 a Latam recebeu a sua primeira unidade.

Operadoras no Brasil (A321): Latam, Tam

Operadoras no Brasil (A321neo): Azul, Latam

 

 Dn280
 

 

Michael Lindner (Airbus)


 

A321-100/200
Origem:
Europa
Produção: 1994 - 2021
Comprimento:
44,51 m
Envergadura: 34,10 m
Altura: 11,81 m
Peso da aeronave: 48,5 toneladas
Peso máximo decolagem/pouso: 89/75 toneladas
Capacidade de combustível: 24-30 mil litros
Motores:
2x IAE V2500 ou CFM56-5
Empuxo: 26-30 (2x 13-15) tonf
Velocidade de cruzeiro: 829 km/h (mach 0.78)
Velocidade máxima:
871 km/h (mach 0.82)
Altitude de Cruzeiro: 12 km (39 mil ft)
Pista mínima para decolagem: 2,2 km
Alcance: 5600 km / 5950 km (com Sharklet)
Passageiros: 170 a 200
2 Classes: 149 a 195
1 Classe: 194 a 220

Tripulação: 6-8
Primeiro voo: 11 de março de 1993
Concorrentes:
Boeing 737-900, Boeing 757, Tupolev Tu-204
Companhia Lançadora: Lufthansa
Maior operador (encomendas diretamente do fabricante): Delta
Comparar com outras aeronaves

 

A321neo
Origem:
Europa
Produção: 2016 - hoje
Comprimento:
44,51 m
Envergadura: 34,10 m
Altura: 11,76 m
Peso da aeronave: 51 toneladas
Peso máximo decolagem/pouso: 93,5/79,2 toneladas / 97 toneladas (A321neoLR)
Capacidade de combustível: 29,5 mil litros / 32,6 mil litros (A321neoLR)
Motores:
2x CFM LEAP-A1 ou P&W PW1100G
Empuxo: 28-30 (2x 14-15) tonf
Velocidade de cruzeiro: 829 km/h (mach 0.78-0.82)
Velocidade máxima:
mach 0.84
Altitude de Cruzeiro: 12 km (39 mil ft)
Pista mínima para decolagem: 2,7 km
Alcance: 6500 km / 7400 km (A321neoLR) / 8300 km (A321neoXLR)
Passageiros: 180 a 220
2 Classes: 149 a 195
1 Classe: 194 a 240

Primeiro voo: 9 de fevereiro de 2016
Concorrentes:
Boeing 737-9 MAX, Boeing 737-10 MAX
Companhia Lançadora: Virgin America

E
  Construídos: Ativos: Encomendas: Acidentes:
A321-100 79 20   1
A321-200 1.706 1.549   8
Total A321ceo 1.785 1.569   9
A321neo 1.598 1.462 451  
A321neo XLR 6 6 71  
Total A321neo 1.604 1.468 522 0
Total A321 3.389 3.037 522 0

 

 

 

Airbus A319 / A319neo

O A319 é uma versão menor do A320 e seu programa foi lançado em 1993. O A319 tem sete segmentos a menos que o A320 e um alcance maior. Uma das vantagens é que a tripulação da Família A320 pode voar em qualquer um dos modelos sem gerar maiores gastos com treinamento, uma vez que o cockpit é o mesmo. O A319 se tornou a escolha para aeroportos com pistas mais curtas ou restrições de peso, além de operar rotas com menor demanda, preservando boas taxas de ocupação e mantendo o custo por assento competitivo. O A319 também foi uma escolha popular entre companhias aéreas low cost, low fare. Por ser menor que o A320, o A319 oferecia mais flexibilidade, podendo operar desde rotas domésticas curtas de alta frequência até rotas de média distância, com alcance superior ao A320.
O A319 ganhou também uma versão na aviação executiva, o A319ACJ (Airbus Corporate Jet). O fato do A319ACJ ser equipado com tanques adicionais de combustível, aumentando o seu alcance, fez com que algumas companhias aéreas operassem esse modelo em voos comerciais. Nesses casos o A319ACJ era configurado exclusivamente com Classe Executiva, como uma forma de se destacar no mercado e atrair clientes corporativos ou dispostos a pagar pela exclusividade. Essas operações atendiam rotas com alta demanda de passageiros premium, como por exemplo Paris - Nova York ou Londres - Nova York.
Para fazer frente ao Boeing 737-700ER, a Airbus lançou o A319LR (Long Range) com maior alcance. Essa versão era equipada com tanques de combustível adicionais, além de ajustes estruturais e de peso máximo de decolagem para suportar o combustível extra. Lançado em 2003 pela Qatar, o A319LR teve um mercado limitado, operando em rotas específicas. Embora o alcance do A319LR fosse suficiente para cobrir distâncias mais longas, podendo inclusive realizar voos entre os EUA e a Europa, para conseguir tal feito a aeronave precisava de condições meteorológicas ideais e de uma quantidade reduzida de assentos. Além disso o A319LR apresentava um custo por assento elevado em comparação a aeronaves maiores.
O A319 marcou a volta da Airbus no Brasil. Depois de 17 anos, a Airbus voltou a vender aeronaves no Brasil com uma encomenda conjunta da Tam, Lan Chile e Taca, em 1996. Ele foi o primeiro modelo da Família A320 operado pela Tam, em 1999, e inovou na Ponte Aérea Rio de Janeiro - São Paulo, até então dominada pelo Boeing 737-300. Na companhia o A319 complementou o A320 em rotas de menor demanda e em aeroportos que não comportavam aeronaves maiores.

Em dezembro de 2010 a Airbus lançou a Família A320neo (New Engine Option) e o A319neo é o substituto do A319. Segundo a Airbus o novo motor da Pratt & Whitney gera um custo de manutenção 20% menor do que os motores anteriores. Além disso o A319neo possuí Sharklet, que combinado com o novo motor, gera uma economia de combustível de 15% e redução de emissões de gases, ruídos e custos operacionais. Mesmo com a economia, o A319neo recebeu poucas encomendas desde o seu lançamento. A carteira de pedido foi se esvaziando ainda mais ao longo do tempo, quando as companhias aéreas optaram pela versão maior A320neo ou outros modelos mais eficientes e econômicos como o A220.

Operadoras no Brasil (A319): Avianca, ITA, Latam e Tam

 

Ian Howat

Airbus

 

A319
Origem:
Europa
Produção: 1996 - 2021
Comprimento:
33,84 m
Envergadura: 34,10 m
Altura: 11,80 m
Peso da aeronave: 40,8 toneladas
Peso máximo decolagem/pouso: 64/61 toneladas
Motores:
2x IAE V2500 ou CFM56-5
Empuxo: 10-12 (2x 20-24) tonf
Capacidade de combustível: 24,2 mil litros
Velocidade de cruzeiro: 829 km/h (mach 0.78)
Velocidade máxima:
871 km/h (mach 0.82)
Altitude de Cruzeiro: 12 km (39 mil ft)
Pista mínima para decolagem: 1,9 km
Alcance: 6700 km
6850 km (com Sharklet)

10400 km (A319LR)
Passageiros: 120 a 150
2 Classes: 106 a 126
1 Classe: 124 a 156
Tripulação: 4-6
Primeiro voo: 25 de agosto de 1995
Concorrentes:
Boeing 737-300, Boeing 737-700, CS-Series
Companhia Lançadora: SwissAir

Maior operador (encomendas diretamente do fabricante): EasyJet
Comparar com outras aeronaves

A319neo
Origem:
Europa
Produção: 2017 - hoje
Comprimento:
33,84 m
Envergadura: 34,10 m
Altura: 11,76 m
Peso da aeronave: 43 toneladas
Peso máximo decolagem/pouso: 75,5/63,9 toneladas
Motores: 2x CFM LEAP-1A ou P&W PW1100G
Empuxo: 20-24 (2x 10-12) tonf
Capacidade de combustível: 26,7 mil litros
Velocidade de cruzeiro: mach 0.82 a mach 0.84
Velocidade máxima:
829 km/h (mach 0.78)
Altitude de Cruzeiro: 12 km (39 mil ft)
Pista mínima para decolagem: 1,8 km
Alcance: 6850 km
Passageiros: 120 a 150
2 Classes: 106 a 126
1 Classe: 124 a 160

Primeiro voo: 31 de março de 2017
Concorrentes:
Boeing 737-7 MAX, Airbus A220
Companhia Lançadora: China Southern

 

  A319 A319neo TOTAL

Construídos:

1.484 22 1.506

Ativos:

975 19 994

Encomendas:

16 16

Acidentes:

7 7

 

 

 

Airbus A318

O A318 foi o último modelo da Família A320ceo a ser criado e é o menor membro da família. O projeto para uma aeronave menor do que o A319 começou na década de 1990, quando a Airbus observou a demanda crescente por aeronaves com capacidade entre 80 e 100 assentos. Primeiro a fabricante se associou com a Alenia (da Itália), AVIC (da China) e Singapore Technologies para criar aeronaves de 90 a 120 assentos, denominadas AE316 e AE317. Ao aprofundar os estudos, ficou claro que seria difícil competir contra os jatos regionais já estabelecidos da Embraer e Bombardier, os custos de desenvolvimento das aeronaves se mostraram mais altos do que o inicialmente previsto e a parceria multinacional se mostrou complexa. Cada empresa e país tinham seus próprios interesses e muitas vezes entravam em conflito. Enquanto a AVIC e a China queriam reter o máximo de tecnologia possível para no futuro iniciar a produção de aeronaves comerciais chinesas, a Airbus se preocupava em manter o controle e a qualidade do produto. Já a Alinia e a Itália queriam garantir participação na montagem final das aeronaves. Sendo assim a Airbus desistiu do projeto em 1998 e passou a focar numa versão encurtada do A319, uma solução mais fácil, barata e viável. Além disso o A318 pôde chegar ao mercado mais rapidamente e se beneficiar da comunalidade com as outras aeronaves da Família A320.
A fuselagem do A318 é quatro seções e meia menor do que a do A319, mas as asas são do mesmo tamanho. O "Baby Bus", assim como o 737-600, recebeu encomendas em um ritmo bem lento. Por serem derivados de modelo maiores, o A318 e 737-600 são pesados em relação ao seu tamanho, além de terem concorrentes como os E-Jets e o CRJ's, mais eficientes e econômicos. Poucas companhias aéreas se interessaram pelo modelo, que ficou limitado a situações muito específicas como grandes companhias aéreas tradicionais com uma frota padronizada da Airbus que precisavam de uma aeronave menor do que o A319. O A318 também ganhou uma versão executiva, conhecida como A318CJ Elite ou A318-112. A versão A318-111 é equipada com motores CFM56, enquanto a versão A318-122 é equipada com motores PW6000.
A última entrega do A318 aconteceu em 2013 e a aeronave não ganhou um substituto na nova geração Família A320neo.
No Brasil o A318 começou a ser operado pela Avianca Brasil em substituição aos Fokker 100, todos vindos da Avianca Colombia. Eles permaneceram em operação até o fim da companhia em maio de 2019.

Operadoras no Brasil: Avianca

 
Denis Roschlau - AirTeamImages

Origem: Europa
Produção: 2003 - 2013
Comprimento:
31,44 m
Envergadura: 34,10 m
Altura: 12,56 m
Peso da aeronave: 39,5 toneladas
Peso máximo decolagem/pouso: 59/56 toneladas
Motores: 2x PW6122A ou CFM56-5
Empuxo: 18-22 (2x 9-11) tonf
Capacidade de combustível: 24,1 mil litros
Velocidade de cruzeiro: 829 km/h (mach 0.78)
Velocidade máxima:
871 km/h (mach 0.82)
Altitude de Cruzeiro: 12 km (39 mil ft)
Pista mínima para decolagem: 1,3 km
Alcance: 5950 km
Passageiros: 100 a 120
Tripulação: 5
Primeiro voo: 15 de janeiro de 2002
Aeronaves similares: Avro RJs, Boeing 717, Boeing 737-100/200,
Fokker 100
Concorrentes: Boeing 737-600, E-190/195,
CRJ-1000
Companhia Lançadora: Air France
Maior operador (encomendas diretamente do fabricante): Air France
Comparar com outras aeronaves

 

Fabricados: 80
Operando:
20
Acidentes:
0

 


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atualizado em dezembro de 2024

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