Airbus A220-100 / A220-300 (Bombardier CS-100 / CS-300)

Quando a Embraer, sua principal rival, anunciou a família E-Jet, a Bombardier começou o projeto BRJX. A nova família de jatos seria maior que os CRJ's, com capacidade de 80 a 120 passageiros. Mas o projeto foi engavetado para dar lugar ao lançado de um CRJ alongamento, o CRJ-900. Porém os E-Jets acabaram vendendo bem mais, permitindo a Embraer dominar praticamente 50% do mercado de jatos regionais de 100 lugares.
Em julho de 2004 a Bombardier lançou a família CSeries, composta de dois jatos regionais maiores que os E-Jets, com configuração de poltronas 2+3, no estilo DC-9: o CS-100 para 110 passageiros e o CS-300 para 130. Pela primeira vez a Bombardier ia competir diretamente com a Boeing e Airbus, especialmente com a variante CS-300. Para competir com os dois jatos mais vendidos de todos os tempos (o 737 e o A320), a Bombardier apostou em materiais compósitos e motores mais econômicos e eficientes. No entanto o programa foi novamente cancelado em favor de mais um alongamento nos CRJ's: o CRJ-1000. Entretanto os CSeries continuaram com o programa de marketing para ver se conseguiam mais encomendas.
Em janeiro de 2007 a Bombardier retomou o programa. O CSeries foi oficialmente lançado em julho de 2008, com previsão de entrada em serviço em 2013. A primeira encomenda veio da Lufthansa, cliente de longa data, com sessenta unidades, em março de 2009. Porém a Bombardier continuou encontrando dificuldades para achar mais compradores. Até 2014 a empresa tinha conseguido apenas 243 encomendas, menos que a meta de 300 encomendas antes do primeiro voo. O programa também sofreu atrasos devido, entre outros, a dificuldades financeiras da empresa de arcar com o projeto.
A principal vantagem do C-Series vem dos seus motores de nova geração, altamente eficientes e com o uso extensivo de materiais compósitos. Os novos motores são capazes de gastar até 25% menos combustível, com 14% menos custos operacionais e 50% menos ruído do que a geração anterior. A fuselagem e asas utilizam compósito de carbono e o uso extensivo de alumínio-lítio, diminuindo o peso da aeronave. A estrutura geral da aeronave consiste em 46% de materiais compósitos e 24% de alumínio-lítio. Por fim a cabine de passageiros oferece assentos mais largos, corredor mais amplo e maior espaço para acomodação de bagagem de mão.
O primeiro voo do CS100 ocorreu em setembro de 2013 e o do CS300 em fevereiro de 2015. A primeira entrega do CS100 aconteceu no dia 29 de junho de 2016 para a Swiss, que fez o voo inaugural em 15 de julho, entre Zurique e Paris. Já a primeira entrega do CS300 foi para a AirBaltic no dia 28 de novembro de 2016.
Em 2016 a Bombardier conseguiu importantes clientes para o C-Series como a Delta e a Air Canada. No entanto Embraer e Boeing acusaram a Bombardier de conseguir as encomendas oferecendo preços abaixo do custo.
Em outubro de 2017 a Airbus e a Bombardier anunciaram um acordo que mudou a dinâmica do setor. A Airbus adquiriu 50% do programa C-Series. Isso significou que a Airbus passou a ser a dona da nova aeronave. A Bombardier ficou com 31% e o governo do Quebec com 19%. A aliança com a Airbus, criou uma rival mais ameaçadora para a Embraer, já que o C-Series passou a usar toda a estrutura e expertise da Airbus. Em 2020 a Bombardier vendeu a sua participação para a Airbus, saindo definitivamente do projeto.
Em julho de 2018 a Airbus alterou o nome das aeronaves para Airbus A220-100 e A220-300. A JetBlue foi a primeira companhia a encomendar a aeronave após a troca de nome, ainda em julho. A mudança de comando realmente deu fôlego para a aeronave, que dobrou o número de encomendas em pouco tempo.
Em abril de 2022 um A220-300 fez um tour pelo Brasil, apresentando a aeronave para as companhias aéreas brasileiras.

 

 CS-100 / A220-100

Bombardier

Construídos: 65
Em Operação: 56
Encomendas: 8
Acidentes: 0
 

Origem: Canadá
Produzido: 2012 - hoje
Comprimento:
30,0 m
Envergadura: 35,1 m
Altura: 11,5 m
Largura da Cabine: 3,28 m
Altura da Cabine: 2,11 m
Peso da aeronave: 35 toneladas
Peso máximo decolagem/pouso: 63/52 toneladas
Capacidade de combustível: 21,8 mil litros
Motores: 2x Pratt & Whitney PW1500G
Empuxo: 16-20 (2x 8-10) tonf
Velocidade de cruzeiro: 829 km/h (mach 0.78)

Velocidade máxima:
871 km/h (mach 0.82)
Altitude de Cruzeiro: 12,5 km (41 mil ft)
Pista mínima para decolagem: 1,4 km
Alcance: 6297 km
Passageiros: 110-125
2 classes: 108
1 classe: 120-133

Tripulação: 3-5

Primeiro voo: 16 de setembro de 2013

Concorrentes: Embraer E195 E2
Companhia lançadora: Swiss

 
CS-300 / A220-300

Patrick Cardinal



Airbus JV.REYMONDON

Construídos: 259
Em Operação: 236
Encomendas: 28
Acidentes: 0
 

Origem: Canadá
Produzido: 2014 - hoje
Comprimento:
38,7 m
Envergadura: 35,1 m
Altura: 11,5 m
Largura da Cabine: 3,28 m
Altura da Cabine: 2,11 m
Peso da aeronave: 37 toneladas
Peso máximo decolagem/pouso: 69/58 toneladas
Capacidade de combustível: 21,5 mil litros
Motores: 2x Pratt & Whitney PW1500G
Empuxo: 18-20 (2x 9-10) tonf
Velocidade de cruzeiro: 829 km/h (mach 0.78)

Velocidade máxima:
871 km/h (mach 0.82)
Altitude de Cruzeiro: 12,5 km (41 mil ft)
Pista mínima para decolagem: 1,8 km
Alcance: 6204 km
Passageiros: 135-155
2 classes: 130
1 classe: 140-160

Tripulação: 3-5

Primeiro voo: 27 de fevereiro de 2015

Concorrentes: Airbus A319neo, Boeing 737-7MAX
Companhia lançadora: AirBaltic

 

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Dash 8, CRJ-Series, Boeing 737MAX, Família A320neo, Embraer E-Jets E2

 

atualizado em dezembro de 2023

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