Boeing 727-100

Com o sucesso do Boeing 707, a Boeing começou estudos para uma aeronave capaz de operar em pistas menores e concorrer com os bem sucedidos DC-9 e Caravelle. Em dezembro de 1960 a Boeing lançou o Boeing 727 com uma encomenda de 80 aeronaves pela United Airlines e Eastern. Diferentemente do Boeing 707, que foi pensado para voos de longa distância e aeroportos com boa infraestrutura, o Boeing 727 foi pensado para rotas curtas e médias e operação em aeroportos regionais. Para isso a Boeing colocou os motores da cauda, evitando que coisas na pista fossem sugadas pelos motores (se estivessem localizados abaixo das asas), e também permitindo que os flaps das asas pudessem reduzir ainda mais a velocidade de aproximação da aeronave, garantindo o pouso em pistas menores. Para ser capaz de operar em aeroportos menores, com pouca ou nenhuma infraestrutura, o B727 foi equipado com uma escada interna na traseira da fuselagem, para embarque e desembarque, e unidade de energia auxiliar (APU), que permite o funcionamento dos sistemas elétricos e ar condicionado independentemente de uma fonte de alimentação em solo.
Os motores do 727 (
Pratt & Whitney JT8D) se tornaram os mais vendidos da história na época. Eles também equiparam o Boeing 737-100/200 e o DC-9. A exemplo do motor, o Boeing 727 bateu todos os recordes e virou o jato mais vendido da história até então. Sua posição foi perdida anos mais tarde para o Boeing 737. A primeira versão foi o Boeing 727-100 e o primeiro voo comercial foi realizado pela Eastern em fevereiro de 1964, embora a United tenha sido a primeira a receber o modelo. A aeronave utiliza três tripulantes na cabine de comando e a mesma dimensão de largura da cabine dos Boeing 707, 737 e 757. A aeronave logo se tornou a preferida das companhias aéreas dos EUA para operar as principais rotas domésticas e rotas internacionais de curta e média distância.
Como se não bastasse o sucesso no transporte de passageiros, o Boeing 727 também fez um enorme sucesso no transporte de carga. A aeronave possuí uma versão exclusiva para carga: o Boeing 727-100C (Cargo) ou Boeing 727-100F (
Freighter), além das versões mistas e conversíveis (B727-100QC e B727-100QF). A aeronave também foi muito popular no setor executivo, como aeronave de luxo para empresários, executivos e artistas.
Com o lançamento da versão alongada Boeing 727-200 (em 1967) e o lançamento do
Boeing 737 (em 1968), as encomendas para a versão 100 começaram a diminuir. A produção foi encerrada em 1969.
No Brasil a
Varig foi a primeira companhia aérea a operar o Boeing 727-100, em 1971. A TransBrasil recebeu o primeiro B727-100 em 1974 e se tornou a maior operadora do modelo na América Latina, com uma frota de 22 unidades. Nos anos 90 eles foram substituídos pelos Boeing 737 e passaram a operar como cargueiros.

Operadoras no Brasil: Cruzeiro, Itapemirim Cargo, TransBrasil, Varig, Varig Log

 

Ralf Manteufel

Origem: Estados Unidos
Produzido: 1964 - 1969
Comprimento:
40,59 m
Envergadura: 32,92 m
Altura: 10,36 m
Peso da aeronave: 45 toneladas
Peso máximo decolagem/pouso: 64-76/59-62 toneladas
Motores:
3x Pratt & Whitney JT8D-1
Empuxo: 18 (2x 6) tonf
Capacidade de combustível: 31,8 mil litros
Velocidade de cruzeiro: 965 km/h (mach 0.81)
Velocidade máxima: mach 0.90
Altitude de Cruzeiro: 12 km (40 mil ft)
Pista mínima para decolagem: 1,7 km
Alcance: 3829-5391 km
Passageiros: 106 a 131
Tripulação: 7
Primeiro voo: 1963
Concorrentes: DC-9,
Caravelle
Substituído por: Boeing 757, Boeing 737, MD-80, Airbus A310, Família A320
Companhia Lançadora: United Airlines
Maior operador (encomendas diretamente do fabricante): United Airlines
Capacidade de carga: 17,237 toneladas
Comparar com outras aeronaves

 
Modelo: Construídos: Acidentes:
B727-100 294 32
B727-100C 164 15
B727-100F 114 10
TOTAL: 572 57

 


 

Boeing 727-200

Com o sucesso da primeira versão, a Boeing deu uma esticada no B727 e colocou motores mais potentes, criando o Boeing 727-200. A companhia lançadora foi a Northwest, que colocou o 200 para voar no final de 1967.
Em 1971 foi lançado o Boeing 727-200 Advanced, com melhorias aerodinâmicas, cabine melhorada, maior alcance e novas turbinas. A versão de carga também foi lançada, o Boeing 727-200F.
A última versão foi o Boeing 727-200 Super Advanced, que podia levantar voo com mais peso. Ao encerrar a produção haviam sido vendidos quase 2 mil Boeings 727 - a aeronave comercial a jato mais vendida do mundo até o Boeing 737.
Uma nova versão, Boeing 727-300, foi cogitada. Seria uma 727-200 esticado, mas o projeto não foi adiante. A produção foi encerrada em 1984, quando entrou em operação o substituto do Boeing 727, o Boeing 757.
No Brasil a primeira companhia a operar o Boeing 727-200 na versão de passageiros foi a
Vasp, em 1975. Nos anos 80 eles foram substituídos pelos A300. A partir dos anos 90 os Boeing 727-200 voltaram a operar no Brasil em diversas companhias cargueiras e também em companhias de fretamentos.

Operadoras no Brasil: Air Brasil, Air Vias, Ata, Cruzeiro, Digex Cargo, Fly, Itapemirim Cargo, RIO, Taf, TNT Sava, Total Cargo, Varig Cargo, Varig Log, Vasp, Vaspex, Via Brasil

 

Boeing 727-225/Adv aircraft picture
Boeing


 

Origem: Estados Unidos
Produzido: 1967 - 1984
Comprimento:
46,69 m
Envergadura: 32,92 m
Altura: 10,36 m
Peso da aeronave: 45,3 toneladas
Peso máximo decolagem/pouso: 95/73 toneladas
Motores:
3x PW JT8D  / P&WJT8D-17 (727-200ADV)
Empuxo: 18-24 (3x 6-8) tonf
Capacidade de combustível: 37 mil litros
Velocidade de cruzeiro: 965 km/h (mach 0.81)
Velocidade máxima: mach 0.90
Pista mínima para decolagem: 3,0 km
Alcance: 2750-4020 km / 3515-4720 km (727-200ADV)
Passageiros: 134 a 189
Tripulação: 8
Configuração dos assentos: 2+2 (primeira classe) / 3+3 (classe econômica)

Primeiro voo: 1967
Concorrentes: Douglas DC-9-50

Substituído por: Boeing 757, Boeing 737, MD-80, Airbus A310, Família A320
Companhia Lançadora: NWA
Maior operador (encomendas diretamente do fabricante): United Airlines
Comparar com outras aeronaves

Modelo:

Construídos: Acidentes:

B727-200

874 60

B727-200F

386 14

TOTAL:

1260 74

 

atualizado em 2018

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