Hawker Siddeley HS 748 / Avro 748
O projeto do 748 começou em 1958, quando a
fabricante Avro decidiu entrar no mercado de aviação civil. O avião foi
projetado para substituir o famoso
F27, estavam tentando reproduzir
o sucesso do
. A Avro se
concentrou em criar um avião com melhor desempenho em rotas curtas,
sendo assim capaz de operar em pequenos aeroportos.
Em 1959 a Avro se tornou parte de outra fabricante, a Hawker Siddeley, e
então o projeto ficou conhecido como HS.748. A primeira versão,
conhecida como HS748 Series 1, vendeu apenas 18 unidades.
Em 1960 chegou no mercado a Series 2, com maior peso de decolagem e novos
motores mais potentes. A Series 2 finalmente conseguiu alavancar as
vendas, fazendo do HS-748 o maior sucesso de vendas Britânico depois da
Segunda Guerra Mundial.
Em 1967 foi introduzido o Series 2A, com peso de decolagem ainda maior e
motores mais modernos.
Em 1979 o HS748 Series 2B foi introduzido, também conhecido como "Super
748", essa versão tinha novos motores, asas maiores, cabine de
passageiros modernizada e melhorias nos sistemas.
Na década de 80 começou a ficar cada vez mais necessário uma atualização
para manter o HS748 competitivo no mercado. A fabricante inicialmente
pensou em uma versão com motores turbofans, mas decidiu partir para uma
versão melhorada e maior. O novo projeto foi batizado de British
Aerospace ATP (Advanced Turbo-Prop). A fuselagem do HS 748 foi
redesenhada e alongada. A aeronave também ganhou asas maiores,
modificações nas formas do nariz e cauda, e novos motores mais
eficientes. O primeiro voo foi em agosto de 1986 e a entrada em
serviço em 1998 pela British Midland. Porém as
vendas foram poucas, o ATP não conseguiu competir com projetos mais
recentes feitos "a partir do zero" como o ATR.
No Brasil o HS748 foi escolhido pela
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Origem: Inglaterra
Produção: 1961-1988
Comprimento: 20,42 m
Envergadura: 31,23 m
Altura: 7,57 m
Peso: 12,3 toneladas
Peso máximo de decolagem: 21 toneladas
Capacidade de combustível: 7,2 mil litros
Motores: 2x RR Dart 7 Mk 536-2 452 km/h
Passageiros: 40 a 58
Altitude de cruzeiro: 7,6 km
Primeiro voo: 24 de junho de 1960
Pista mínima para decolagem: 0,8 km
Entregues: 382Dart
Herald,
Martin 4-0-4 km
Companhia Lançadora: Skyways
De Havilland DH 121 / Hawker Siddeley HS 121 "Trident"
Em julho de 1956 a BEA (British European
Airways) pediu um novo avião para substituir o
Viscount. A De Havilland então adaptou o projeto do DH119 para as
exigências da BEA e o projeto virou DH120 e depois DH121. O DH-121 era
um tri jato (três motores) com um layout semelhante ao
Caravelle.
Apelidado de "Trident", o DH-121 era um dos aviões comerciais mais
rápidos do mundo, com uma velocidade de cruzeiro perto de mil
quilômetros por hora. O Trident também possuía aviônicos complexos e
sofisticados para a época, sendo a primeira aeronave comercial capaz de
realizar um "pouso cego" totalmente automático. Porém o grande problema do Trident era que ele
atendia exclusivamente as necessidades da BEA e não atraiu outros
compradores.
Durante o desenvolvimento da aeronave a De Havilland foi
adquirida pela Hawker Siddeley, que passou a denominar o DH-121 como
HS-121. O próximo passo então era encontrar novos compradores. A
fabricante ofereceu uma versão modificada para a
American Airlines, denominada Trident
1A, mas esta preferiu
comprar o Boeing 727. Mesmo assim a Hawker Siddeley
incorporou essas modificações no modelo base da aeronave. Sendo assim a
versão inicial ficou conhecida como Trident 1C, e entrou em operação
pela BEA em abril de 1964.
Para atrair mais compradores, a Hawker Siddeley propôs uma versão melhorada do Trident 1C, que ficou
conhecida como Trident 1E. O 1E tinha algumas melhorias como uma maior aérea nas
asas e levava um pouco mais de passageiros, graças a mudanças no
interior do avião. Mas apenas dez unidades foram vendidas.
Quando a BEA começou a achar o Trident pequeno demais para as suas
rotas, a Hawker Siddeley lançou o Trident 1F com maior capacidade de
passageiros. Durante o desenvolvimento, o 1F incorporou outras melhorias e foi rebatizado
de Trident 2E (Extended Range).
Em 1965 a BEA queria um aeronave ainda maior. A Hawker Siddeley ofereceu
então duas versões de maior capacidade, conhecidas como HS-132 e HS-134.
Mas a BEA acabou escolhendo o Boeing 727.
Mais tarde a BEA voltou a negociar com a Hawker Siddeley e um novo
Trident foi lançado. O Trident 3B tinha maior capacidade de passageiros,
alterações nas asas e 5 metros a mais de fuselagem. Ao invés de colocar
novos motores, a Hawker Siddeley optou por colocar os mesmo motores de
antes, mas com um novo motor na cauda. O quarto motor deu 15% a mais de
impulso e apenas 5% a mais no peso do avião. A versão 3B entrou em
serviço em abril de 1971. A Hawker Siddeley também ofereceu uma versão
com capacidade extra de combustível, denominada Super Trident 3B.
Apesar dos esforços da Hawker Siddeley, o Trident encontrou poucos
compradores, perdendo "de lavada" para o concorrente americano
Boeing 727, que vendeu 10 vezes mais
unidades.
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Origem: Inglaterra
Produção: 1962-1978
Comprimento: 34,98 m / 39,98 m (3)
Envergadura: 27,38 m (1C) / 29,87 m (1E) / 30 m (2 e
3)
Altura: 8,23 m
Peso: 33,4 toneladas
Peso máximo de decolagem: 52-58 (1) / 64 (2) / 68 (3) toneladas
Capacidade de combustível: 22-24 (1) / 24-26 (2 e 3) mil
litros
Motores: 3x Rolls-Royce Spey 505 ou 511 (1) / 512 (2
e 3) 936 km/h
Velocidade máxima:
km/h
Passageiros: 110 a 160
Trident 1: 101 a 149
Trident 2: 115 a 155
Trident 3: 180
Primeiro voo: 9 de janeiro de 1962
Altitude de cruzeiro: 11 km
Entregues: 117 km (2) / 3600
(3)
Companhia Lançadora: BEA
A General Aircraft Limited (GAL) foi fundada em 1931. O objetivo da
fabricante era produzir aeronaves usando as asas da empresa do mesmo
grupo Monospar Wing Company Ltd. Em janeiro de 1949 a empresa se fundiu
com a Blackburn Aircraft Ltd, formando a Blackburn and General Aircraft
Ltd. Em 1960 a empresa foi absorvida pela Hawker Siddeley.
Helmuth J. Stieger, que chefiava a GAL, desenvolveu um método aprimorado
na construção de asas. Com base nesse método, a GAL iniciou um projeto
para aplica-lo em uma aeronave. O primeiro projeto foi para um bimotor
de asa baixa designado Monospar ST-3. A primeira unidade foi construída
em 1931 e os testes foram bem-sucedidos. Porém apenas uma unidade foi
produzida, pois a empresa conseguiu novas patentes de asas Monospar e
iniciou um novo projeto. Nascia ai o Monospar ST-4, uma aeronave
semelhante ao ST-3. As suas asas eram dobráveis para facilitar o
armazenamento no solo. Apenas 5 unidades de produção foram construídos,
pois uma versão melhorada logo entrou em produção, denominada Monospar
ST-4 Mk.II.
Em 1933 foi lançado o Monospar ST-6, semelhante ao ST-4, mas com trem de
pouso retrátil manualmente e espaço para um passageiro extra. Mais tarde
foi desenvolvido o Monospar ST-10, com sistema de combustível
aprimorado, refinamentos aerodinâmicos e motores Pobjoy Niagara. O
Monospar ST-11 tinha trem de pouso retrátil automatizado. Já o Monospar
ST-12 era equipado com motores de Havilland Gipsy Major e tinha trem de
pouso fixo.
No Brasil o Monospar ST-4 foi a primeira aeronave operada pela
Vasp. Com eles a companhia
realizou os seus dois primeiros voos, do aeroporto Campo de Marte (em
São Paulo) para Ribeirão Preto e Uberaba e de Campo de Marte para São
Carlos e Rio Preto.
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Origem: Inglaterra
Produção: 1932-1935
Comprimento: 8,03 m
Envergadura: 12,24 m
Altura: 2,30 m
Peso: 0,8 tonelada
Peso máximo de decolagem: 1 tonelada
Motores: 2x de Havilland Gipsy Major 150 km/h
Velocidade máxima: 254 km/h
Passageiros: 4
Primeiro voo: Maio de 1932
Altitude de cruzeiro: 6,4 km
Entregues: 45