Boeing 247
O Boeing 247 foi desenvolvido na década de 30 e contava
com inovações na época como alumínio e trem de pouso
retrátil. Foi o primeiro bimotor comercial capaz de
permanecer voando com apenas um motor. A sua principal vantagem era a velocidade,
capaz de atravessar os Estados Unidos oito horas mais
rápido que os seus antecessores. Porém as companhias
aéreas consideravam a sua capacidade limitada e
geralmente preferiam o concorrente
Douglas DC-2, também mais
confortável para os passageiros do que o Boeing.
Ironicamente a origem do
DC-2 foi justamente a recusa da
Boeing em produzir o B247 para a TWA,
que então foi procurar a Douglas para produzir uma
aeronave semelhante.
A primeira e principal operadora do modelo foi a UATC,
que daria origem a United.
O
Boeing 247 voou até o inicio da Segunda Guerra Mundial e
várias unidades foram convertidas para a aviação
militar. Após a Segunda Guerra Mundial o mercado foi
inundado com
DC-3 excedentes da guerra, tirando
qualquer chance de algum interesse pelo Boeing 247.
No Brasil o Boeing 247 foi operado pela
VAB entre 1947 e 1948. Em
1953 a SAVA começou a
operar o mesmo Boeing 247, porém ele realizou um pouso
forçado em abril de 1963, no Pará, após um dos seus
motores pegar fogo. A aeronave foi resgatada, mas foi
considerada irrecuperável.
Operadoras no Brasil: SAVA,
Viação Aérea Bahiana
Peter C. Boisseau
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Origem: Estados Unidos
Produzido: 1933
- 1934
Comprimento: 15,7
m
Envergadura: 22,6 m
Altura: 3,8 m
Peso: 4 toneladas
Peso máximo de decolagem: 6,1 toneladas
Motores: 2x
Pratt & Whitney S1H1-G
Velocidade de cruzeiro:
304 km/h
Velocidade máxima: 320 km/h
Altitude de cruzeiro: 7,6 km (25,4 mil pés)
Passageiros: 10
Primeiro voo: 8 de fevereiro de 1933
Concorrentes: Douglas DC-2,
Lockheed Electra L-10
Alcance: 1200 km
Entregues: 75
Companhia lançadora: United
Boeing 307 "Stratoliner"
O Boeing 307 começou a ser desenvolvido em 1935 e foi baseado no
bombardeiro B-17. A cabine de passageiros foi dividida em quatro partes,
com 6 assentos cada, que poderiam ser convertidos em 16 beliches. A
aeronave também contava com 9 assentos adicionais ao longo do lado
esquerdo, além de banheiros e vestiários nas extremidades da cabine. Na
parte de trás da aeronave estava localizada a cozinha, capaz de fornecer
refeições quentes para os passageiros. O cockpit era equipado com piloto
automático e rádio. O Boeing 307 foi a primeira aeronave comercial com
cabine pressurizada e por isso podia voar mais alto que vinte mil pés de
altura (6 mil metros), reduzindo as turbulências. Foi o primeiro avião
com um engenheiro de voo como membro da tripulação.
As primeiras encomendas vieram da
Pan Am e
TWA. A
Pan Am usou essas aeronaves em seus voos entre Miami e a América
Latina. Porém a produção do Stratoliner foi interrompida quando os EUA entraram na
Segunda Guerra Mundial. Após a guerra já haviam no mercado aeronaves
mais modernas e eficientes, pondo um fim definitivo no Stratoliner.
Bob Harrington
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Origem: Estados Unidos
Produzido: 1938
- 1941
Comprimento:
22,6
m
Envergadura:
32,63
m
Altura: 6,33 m
Peso: 13 toneladas
Motores: 2x Wright GR-1820-G102
Velocidade de cruzeiro:
344 km/h
Velocidade máxima: 387 km/h
Altitude de cruzeiro: 7,1 km (23,3 mil pés)
Passageiros: 33
Primeiro voo: 1938
Concorrentes: Douglas DC-4,
Curtiss C-46
Alcance: 2820
km
Entregues:
11
Companhia lançadora: TWA
Boeing 314
"Clipper"
Na década de 30 a Pan Am pediu para as construtoras
um avião seguro, de grande alcance, capaz de cruzar o oceanos. A Boeing foi a
vencedora com o projeto do Boeing 314 - um "barco com asas", pois se o
avião caísse no mar ele era capaz de flutuar até que o salvamento
chegasse. A aeronave ganhou o apelido de "Clipper" que vem do
verbo inglês "to clip" (avançar rapidamente). O avião era luxuoso:
possuía quartos de vestir para homens e mulheres, lounge e restaurantes
quatro estrelas. Os 74 assentos podiam ser convertidos em até 40
beliches para os passageiros dormirem a noite.
A
Pan Am iniciou operações com a aeronave em fevereiro de 1939, na
rota São Francisco - Hong Kong. O sucesso dos Clippers fizeram a Pan Am
encomendar mais unidades, dessa vez do modelo
Boeing 314A, com motores mais potentes, maior capacidade de combustível
e maior alcance.
Com a eclosão da Segunda Guerra Mundial, a demanda de passageiros
diminuiu e a
Pan Am
vendeu três unidades para a BOAC.
Após a guerra, a aeronave se tornou obsoleta. A vantagem de não exigir
longas pistas de concreto, não fazia mais sentido, agora que já existiam
muitos aeroportos em terra ao redor do mundo. Os novos aviões terrestres
eram mais fáceis de pilotar, voavam mais rápido e tinham maior alcance.
Boeing
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Origem: Estados Unidos
Produzido: 1938
- 1941
Comprimento:
32,33
m
Envergadura: 46,36
m
Altura: 6,22 m
Peso: 21,9 toneladas
Motores:
4x
Wright R-2600-3
Velocidade de cruzeiro:
302 km/h
Velocidade máxima: 340 km/h
Altitude de cruzeiro: 5,9 km (19,6 mil pés)
Passageiros: 36 a 74
Primeiro voo: 1938
Alcance: 5896 km
Entregues:
12
Companhia lançadora: Pan Am
Boeing 377 "Stratocruiser"
O Boeing 377 é um avião de grande porte baseado no avião militar
C97 Stratofreighter. A aeronave foi desenvolvida após a Segunda Guerra
Mundial e era mais longo que os seus concorrentes diretos. O 377 era
capaz de cruzar os oceanos sem escalas, mas era menos econômico que seus
concorrentes. Para os passageiros, o Stratocruiser tinha cabine mais
ampla, ar condicionado, pressurização mais alta e um bar no deck
inferior com capacidade para 14 passageiros ao mesmo tempo. A sua
fuselagem incomum de "bolha dupla", fez do B377 uma das poucas aeronaves
comerciais com dois andares, embora os assentos fossem instalados apenas
no andar superior. A aeronave também podia acomodar até 28 beliches para os
passageiros dormirem durante a noite. O Boeing 377 foi a primeira aeronave da Boeing que fez
sucesso fora dos EUA, sendo vendida para companhias européias.
Em abril de 1949 o Stratocruiser começou a operar pela
Pan Am,
que colocou a aeronave para realizar voos entre São Francisco e
Honolulu. Mais tarde essas aeronaves também faziam voos sem escalas
entre Honolulu e Tokyo. A partir de julho de 1950 a companhia também
utilizou o B377 nos seus voos para o Brasil, passando a ligar Nova York
e Rio de Janeiro com apenas uma escala, reduzindo o tempo de voo em
relação ao DC-4 para apenas 20h, na rota Nova York
- Port of Spain - Rio de Janeiro - Montevidéu - Buenos Aires. A Pan Am
batizou o avião de "Strato Clipper", mas no Brasil ele ficou mais
conhecido como "Presidente", devido ao nome do serviço de bordo da
empresa na época. Apesar do sucesso entre os passageiros, o
Stratocruiser
frequentemente apresentava problemas em seus motores.
Já no final dos anos 50, a companhias aéreas iniciaram a substituição do
B377 por aeronaves mais econômicas como o
DC-7 e
Super Constellation.
A
chegada dos jatos, no inicio dos anos 60, tornou o Stratocruiser
totalmente obsoleto.
Bill Armstrong
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Origem: Estados Unidos
Produção: 1947 - 1950
Comprimento:
33,63
m
Envergadura: 43,05
m
Peso: 37,8 toneladas
Peso máximo de decolagem: 67,1 toneladas
Altura: 11,66 m
Motores: 4x
PW R-4360-B6
Velocidade de cruzeiro:
483 km/h
Velocidade máxima: 603 km/h
Altitude de cruzeiro: 9,8 km (32 mil pés)
Passageiros: 63 a 84
Versão de luxo: 33 a 48
Versão Primeira Classe: 61 a 75
Versão Classe Turística: 86 a 100
Primeiro voo: 8 de julho de 1947
Concorrentes: Douglas DC-6,
Douglas DC-7,
Lockheed Super Constellation
Alcance: 6760 km
Entregues:
56
Companhia lançadora: Pan Am
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