Lockheed L10 "Electra" / L12 "Electra Junior" / L14 "Super Electra"
A história da Lockheed Aircraft Company remonta a 1913 e o desenvolvimento do Lockheed L8, um monoplano feito de madeira e metal para até dois passageiros. A empresa acabou falindo, mas foi salva por investidores. A partir daí a Lockheed começou o desenvolvimento para uma aeronave bimotor totalmente metálica, nascia o Lockheed L10 Electra (também conhecido como Electra I). O L10 estava bem posicionado no mercado americano, pois, em outubro de 1934, o governo dos Estados Unidos proibiu o uso de aeronaves monomotores no transporte de passageiros ou em voos noturnos. O Electra conseguiu não só encomendas nos EUA, mas em todo o mundo. Com o sucesso, a Lockheed partiu para uma família de aeronaves.
A primeira variante foi o Lockheed L12, conhecido como "Electra Junior", uma versão menor do L10, pensada para operar em rotas regionais e alimentar as rotas operadas pelo irmão maior. Pelo fato de usar o mesmo motor do Electra e ser menor, o Electra Junior conseguia ser ainda mais rápido do que o seu irmão, chegando até 362 km/h. O L12 decolou pela primeira vez no dia 27 de junho de 1936. A Lockheed também lançou uma versão com novos motores, que ficou conhecida como L12B, enquanto a versão original passou a ser designada L12A. O Lockheed L10 não fez muito sucesso com as companhias aéreas, mas ele foi muito utilizado na avião privada, como meio de transporte para executivos de empresas ou funcionários do governo.
Depois do irmão menor, a Lockheed lançou o irmão maior L14 "Super Electra", que voou pela primeira vez em 1937. O Super Electra foi projetado especialmente para competir com o DC-2. A companhia lançadora do Lockheed L14 foi a Northwest Airlines. Na Europa os primeiros operadores foram a Aer Lingus, BOAC e KLM.
No Brasil a Panair foi a primeira a operar o tipo, em 1937. A companhia operou dois L10 entre Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte até 1943. A Panair também operou por um breve período o L12, entre 1945 e 1946. O L14 foi a primeira aeronave da Aerovias Brasil, em 1942. Em 1944 a companhia também recebeu um par de L12. Já a Varig recebeu o seu primeiro L10 em 1943. A companhia chegou a operar oito unidades, que cobriam todas as rotas do interior do Rio Grande do Sul e os voos internacionais para Montevidéu. Posteriormente também operaram em Santa Catarina, Paraná e São Paulo. Nas companhias aéreas brasileiras essas aeronaves foram substituídas por DC-2, DC-3 e L18.
Operadoras no Brasil: Aeronorte, Aerovias Brasil, Cruzeiro do Sul, LAP, Panair do Brasil, Varig
Origem: EUA
Produção: 1934-1939
Motores: 2x Pratt & Whitney R-985 Wasp Junior SB /
Wright SGR-1820-F62 Cyclone
Velocidade de cruzeiro:
280-343 km/h
km/h
Alcance: 1300-1370 km
Concorrentes: Beechcraft 18, Boeing 247,
Douglas DC-2
L12 Electra Junior / | L10 Electra / | L14 Super Electra | |
Comprimento: | 11,07 m | 11,76 m | 13,51 m |
Envergadura: | 15,09 m | 17 m | 19,96 m |
Altura: | 2,97 m | 3,07 m | 3,48 m |
Peso: | 2,6 ton | 2,8 ton | 4,8 ton |
Peso máximo de decolagem: | 3,8 ton | 4,5 ton | 7,1 ton |
Passageiros: | 6 | 10 | 12-14 |
Primeiro voo: | 1936 | 1934 | 1937 |
Entregues: | 130 | 149 | 354 |
Apesar de ter um melhor desempenho que seu concorrente, o Lockheed L14
não conseguiu vencer o DC-3, que era muito mais
barato. Sendo assim a Lockheed decidiu lançar uma aeronave maior, capaz
de levar mais passageiros. Assim o custo por assento seria menor. Nascia
ai o Lockheed L18 para concorrer diretamente com o DC-3.
Como esperado, os assentos extras reduziram os custos por quilômetro por
assento a um nível semelhante ao DC-3, mantendo um
desempenho superior. Apesar disso, as vendas nos EUA foram relativamente
lentas, pois a maioria das companhias aéreas já estava operando o
DC-3. As vendas no exterior foram um pouco
melhores, com destaque para Canadá, Inglaterra, África do Sul,
Nova Zelândia e Holanda.
No Brasil a Panair foi a principal operadora do
Lodestar. A companhia começou a receber os L18 em 1941, que se tornaram
a principal aeronave da frota. A partir de 1945 os Lodestar começaram a
ser substituídos pelos DC-3. Muitos L18
anteriormente operados pela Panair foram
repassados para outras companhias aéreas brasileiras como
Viação Aérea Bahiana,
Universal e
Savag. A segunda maior operadora do L18
no Brasil foi a
NAB, que operou o modelo entre 1942 e 1948.
Operadoras no Brasil: Linhas Aéreas Wright, NAB, Panair do Brasil, Savag, Transportes Aéreos Universal, Viação Aérea Bahiana
|
Origem: EUA
2x Wright R-1820-87
0 km/h km/h km
Entregues:
625
Concorrentes: Douglas DC-3,
Ilyushin Il-14