A Sikorsky foi fundada em março de 1923 por Igor Sikorsky. A empresa
inicialmente desenvolveu aviões terrestres. A primeira aeronave foi o
Sikorsky S-29-A, um avião bimotor. A numeração começou em 29 porque Igor
Sikorsky já havia projetado e construído outras aeronaves no seu país
natal, a Ucrânia. O sufixo "A" significa América. O projeto da aeronave
quase parou por problemas financeiros e só foi concluído graças a uma
doação de Sergei Rachmaninoff. O primeiro voo aconteceu em maio de 1924.
Após o S-29-A, a Sikorsky continuou a projetar aeronaves, mas o primeiro
sucesso da empresa foi o S-38. Ele foi desenvolvido a partir dos
antecessores S-34 e S-36 e era um hidroavião anfíbio, ou seja, podia pousar
tanto na água como na terra. O S-38 era equipado com dois motores, porém
podia permanecer voando com apenas um. A versatilidade da aeronaves fez
com que a Sikorsky vendesse cerca de cem unidades. A maior operadora da
aeronaves foi a Pan Am, que além de operar suas
unidades, também repassou o S-38 para suas subsidiárias na América do
Sul.
O S-38 ganhou uma versão menor, denominada Sikorsky S-39, com apenas um
motor e capacidade para na máximo 5 passageiros, e uma versão maior,
denominada S-41, capaz de acomodar até 15 passageiros.
Em julho 1929 a Sikorsky se tornou parte da United Aircraft and
Transport Corporation, continuou produzindo o S-38 e começou
a projetar seus substitutos.
No Brasil o Sikorsky S-38 foi um dos pioneiros na ligação entre os
Estados Unidos e o Brasil pela NYRBA, em 1929.
No ano seguinte a NYRBA foi comprada pela
Pan Am e a subsidiária brasileira se tornou a
Panair do Brasil. Os Sikorsky S-38 permaneceram
operando na Panair até 1938.
O sucessor do S-38 foi o Sikorsky S-40, um hidroavião anfíbio equipado
com quatro motores e capaz de transportar até 38 passageiros. O S-40 foi
projetado especialmente para a Pan Am e apenas 3
unidades foram construídas, entre 1931 e 1932.
Operadoras no Brasil: NYRBA, Panair do Brasil
Origem: EUA
Produção: 1928-1933
2x Pratt & Whitney R-1340 Wasp
175 km/h km/h km
Entregues:
101
O S-40 já impressionava pelo seu tamanho, sendo considerado um avião imenso para a época, mas Sikorsky e a
Pan Am estavam planejando uma nova aeronave
mais refinada. O pedido da Pan Am era para uma aeronave
de grande porte, capaz de atravessar os oceanos, com velocidade de
cruzeiro superior aos concorrentes. Apenas as fabricantes Sikorsky e
Martin se interessaram pelo projeto. A Sikorsky usou como base o S-40 e
realizou diversas melhorias aerodinâmicas. A aeronave era feita usando
um novo tipo de alumínio, conhecido como duralumínio, capaz de suportar
maiores pesos. No período de testes, o S-42 estabeleceu dez recordes
mundiais de carga útil. Mesmo assim o S-42 não foi capaz de cumprir
todos requisitos da Pan Am, especialmente para
as rotas no oceano Pacífico.
A Pan Am foi a única cliente da gigantesca
aeronave. A primeira unidade foi recebida em maio de 1934 e foi batizado
de "Brazilian Clipper". Em agosto foram realizados voos de testes
na rota Miami - Rio de Janeiro, onde a aeronave foi batizada
oficialmente pela esposa do então presidente brasileiro Getúlio Vargas.
A partir daí o S-42 se tornou o principal avião para os voos entre os
EUA e a América do Sul. O S-42 reduziu o tempo de viagem de Miami até
Buenos Aires de oito para cinco dias. A segunda unidade foi recebida em
dezembro de 1934, foi batizada de "West Indies Clipper" e foi usada inicialmente para
voos de teste no oceano Pacífico. Como a aeronave não tinha alcance
suficiente, ela foi equipada com tanques de combustível extras e todo o
peso desnecessário foi removido, para conseguir realizar o voo
entre Los Angeles e Honolulu.
Em fevereiro de 1936 a Pan Am estava recebendo a
sexta unidade, que foi batizada novamente de "Brazilian Clipper", pois a
primeira unidade havia sido renomeada para "Colombia Clipper". No Brasil
o S-42 também foi conhecido como "Super Clipper" devido ao seu tamanho.
Os dez S-42 da Pan Am operaram para o Brasil até
1945, quanto foram substituídos pelo DC-4.
O projeto do S-42 sofreu melhorias ao longo de sua produção. Os três
primeiros produzidos foram denominados S-42. A partir de 1936 a Sikorsky
começou a produzir a variante S-42A, sendo produzidas quatro unidades,
equipadas com motores mais potentes, asas mais longas e aumento no peso
máximo de decolagem. No final do ano a Sikorsky começou a produzir a
variante S-42B, as últimas três unidades produzidas, com melhorias
aerodinâmicas e maior peso de máximo de decolagem.
Em 1938 a Sikorsky propôs uma versão ainda maior, com dois andares e
capaz de transportar 100 passageiros, denominada S-45. Porém nenhuma
companhia aérea se interessou e o projeto foi cancelado.
|
Origem: EUA
4x
km/h km/h km
Entregues:
10
Concorrentes: Boeing 314,
Martin M-130
O Sikorsky S-43 era uma versão menor do S-42, capaz de levar no máximo
25 passageiros e com dois motores. O S-43 ficou conhecido como "Baby
Clipper" e voou pela primeira vez em junho de 1935. Diferente do seu
irmão maior, o S-43 também podia pousar em terra, sendo um hidroavião
anfíbio.
A maior operadora do S-43 foi a Pan Am, que usou
a aeronave principalmente para o Caribe e voos curtos para a América
Latina. No Brasil o S-43 foi operado pela Panair
entre 1936 e 1947, operando por todo o litoral brasileiro desde Porto
Alegre até Belém.
A Sikorsky também propôs uma versão com a cauda modificada, denominado
S-43B, porém apenas protótipos foram construídos.
O S-43 foi a última aeronave comercial produzida pela Sikorsky. A
fabricante também produziu aeronaves militares, porém ficou mais
conhecida pelo desenvolvimento e produção de helicópteros. Em novembro
de 2015 a Sikorsky foi vendida para a Lockheed.
Operadoras no Brasil: Panair do Brasil
|
Origem: EUA
x Pratt & Whitney R-1690-52 Hornet
km/h km/h km
Entregues:
53