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O governo brasileiro constatou que as companhias aéreas
estavam deixando de atender cidades no interior do país e
focando em cidades maiores, que geravam mais lucro. Sendo
assim o governo
decidiu criar a SITAR (Sistema de Transporte Aéreo
Regional), em 1976. O Brasil foi dividido em cinco regiões e
foram criadas novas companhias regionais: Rio Sul, Nordeste,
Tam, Taba e
Votec, cada
uma com uma região.
A Rio Sul foi fundada em 24 de agosto de 1976 pela
Varig e
Top Táxi Aéreo. O nome foi escolhido devido a ligação das
duas empresas com o Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. O
primeiro voo aconteceu em 9 de setembro do mesmo ano, na
rota Porto Alegre - Rio Grande - Pelotas. A frota inicial da
companhia era composta de oito Piper Navajo e sete
EMB-110.
A companhia também possuía jatos executivos, que eram
utilizados somente em fretamentos. Coincidência ou não, a
primeira rota da Rio Sul foi também a primeira rota da
Varig
e a primeira rota comercial regular do Brasil, feita em
1927. A Rio Sul ficou encarregada dos estados do Rio Grande
do Sul, Santa Catarina, Paraná e Rio de Janeiro. Além de
parte do estado de São Paulo e Espírito Santo.
Em 1980 a empresa já atendia 27 destinos em toda a
região sul e nos estados de Rio de Janeiro e São Paulo.
Em maio de 1982 a Rio Sul incorporou os dois primeiros
Fokker F-27, que foram utilizados na rota Rio de Janeiro -
Campos.
Em 1986 a companhia incorporou os dois primeiros
EMB-120 do
Brasil, que se juntaram aos sete EMB-110 e seis
F-27. Nessa
época a situação financeira da companhia começou a melhorar
bastante, pois o governo havia liberado as companhias
regionais para fazerem voos entre os aeroporto centrais
(Congonhas,
Santos Dumont,
Pampulha), que eram bem mais
rentáveis.
Em 1990 a companhia recebeu os primeiros dois
Fokker 50. Na
década de 90 a Rio Sul encontrou uma concorrente a altura:
a Tam. A pequena regional de São Paulo começou a se expandir
rapidamente com os seus Fokker 100. A
Tam saiu na frente
operando jatos, enquanto a Rio Sul só operava turbo-hélice.
Em 1992 chegaram os seus primeiro jatos, dois
Boeing 737-500. A Rio
Sul foi a primeira companhia aérea da América Latina a
operar o Boeing 737-500. Eles entraram em operação para as
cidades de São Paulo, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba,
Londrina e Foz do Iguaçu. O
737-500 foi escolhido para
concorrer diretamente com o Fokker 100 da
Tam. O avião era
configurado para 108 assentos, a aeronave mais confortável
em operação no Brasil na época. O pitch (espaço
entre as poltronas) era maior do que qualquer outra
companhia nacional, até mesmo maior que o da sua dona, a
Varig. Isso mostra o quanto a
Tam estava incomodando a Rio
Sul e até mesmo a Varig. Nesse mesmo ano as companhias regionais foram
liberadas para voar para qualquer lugar do país.
Em 1995 a Rio Sul comprou a Nordeste. Nesse ano a companhia
já contava com quase trinta aeronaves, se tornando de longe a
segunda maior regional do Brasil, atrás apenas da Tam.
Em agosto de 1997 a companhia recebeu os primeiros
ERJ-145.
A Rio Sul foi a primeira do Brasil a operar um jato da
Embraer e foi uma das primeiras do mundo a operar uma
aeronave da Família ERJ-145. O
ERJ-145 ajudou a Rio Sul a
competir com a Tam, que usava jato em quase todas as rotas. O
ERJ-145 estreou na rota Rio de Janeiro - Belo Horizonte.
Foram recebidos sete dos quinze encomendados em 1997. A Rio
Sul apelidou os ERJ-145 de "Jet Class" e eles foram
substituindo gradualmente os Fokker 50, que foram repassados
para a Nordeste.
Em 1998 a Rio Sul apresentou a sua nova identidade visual, baseada nas novas
cores da Varig. A
Varig anunciou sua
saída do pool que formava com a Vasp e a
Transbrasil,
formando nova associação com suas subsidiárias, Rio Sul e
Nordeste. Com isso a Rio Sul começou a operar na
Ponte Aérea
Rio de Janeiro - São Paulo com o Boeing 737-500 e
ERJ-145.
Em 2000 chegaram os dois primeiros
Boeing 737-300, recebidos para operar na
Ponte Aérea RJ-SP. Nesse ano
a companhia lucrou mais de 12 milhões de Reais. A principal
razão do bom desempenho foi o enfoque
dado pela empresa ao atendimento do cliente, que mobilizava
boa parte de seus investimentos. Cerca de 80% dos seus
passageiros viajavam a negócios.
Em 2001 a companhia inovou recebendo o primeiro
Boeing
737-700. Foi a primeira companhia, depois da
Varig, a operar
um 737 Next Generation no Brasil. Nesse momento a companhia
pretendia operar somente com jatos Boeing 737 e
ERJ-145,
substituindo os EMB-120 e
Fokkers.
Em 2002 a Rio Sul estava no seu auge, com mais de quarenta
aeronaves que transportavam quase 4 milhões de passageiros. Porém
a Varig estava mergulhada em dividas.
Nesse ano a Varig devolveu várias aeronaves para tentar
diminuir os custos. Com isso as frotas da
Varig, Rio Sul e
Nordeste ficaram misturadas, aeronaves da Rio
Sul foram para a Varig ou
Nordeste e vice-versa. A Rio Sul
ficou operando todos os Boeing
737-700 do grupo nesse ano.
Em 2003 a frota da Rio Sul já era composta toda de jatos
ERJ-145 e Boeing 737. Mas nesse mesmo ano, numa tentativa de
melhorar a situação financeira do grupo, a Rio Sul e a
Nordeste foram absorvidas pela
Varig.
Em 2004 a Varig terminou de absorver a Rio Sul, mas as suas
aeronaves continuaram pintadas com as suas cores até a
falência da Varig em junho de 2006. Em meados de 2005 a
Varig pensou na possibilidade de relançar a Rio Sul como uma
subsidiária "low-cost, low-fare" para competir diretamente
com a Gol, mas a idéia foi descartada.
Evolução da empresa:
Logos Antigos: |
Fundação: 1976
Encerrou Atividades: 2004
Principais Aeroportos: Congonhas,
Santos Dumont,
Salgado Filho
Sede:
Rio de Janeiro
Códigos:
RSL / SL
Aeronaves já operadas:
Piper Navajo,
Boeing 737-300,
Boeing 737-500,
Boeing 737-700, Embraer EMB-110,
Embraer EMB-120, Embraer ERJ-145,
Fokker F-27, Fokker F-50, Lear Jet, Sabreliner
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Atualizado em outubro de 2009