Frota - Panair do Brasil
> Frota/Ano:
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> Histórico da frota:
Consolidated Commodore |
O Consolidated Commodore e o Sikorsky S-38 foram as primeiras aeronaves operadas pela Panair do Brasil, quando a empresa ainda se chamada NYRBA. As duas eram aeronaves anfíbias, muito adequadas para o Brasil que, na época, tinha muito poucos aeroportos. O Commodore foi um dos pioneiros na aviação comercial de passageiros de longo curso e foi criado para uma competição da Marinha dos EUA na década de 1920 para criar uma aeronave capaz de voar sem escalas entre os Estados Unidos e o Panamá, Alasca e Havaí. A Consolidated perdeu o contrato mas ofereceu uma versão comercial para o transporte de passageiros. Essa versão possuía melhorias em relação ao projeto original, com a adoção de motores mais potentes. Apenas 14 unidades foram produzidas, sendo a Pan Am a principal operadora. No dia 2 de março de 1931 decolou o primeiro voo de passageiros, ligando Rio de Janeiro e Belém e conexões com os voos da Pan Am. Em 1933 o voo foi expandido até Manaus. Com a compra da NYRBA, todos os Commodore foram repassados para Pan Am, que posteriormente repassou para a Panair. Ao final de 1931 todas as unidades haviam sido transferidas para a Panair, sendo o PP-PAO a última unidade recebida pela subsidiária brasileira. O primeiro a ser retirado de operação foi o PP-PAA, em 1932. O PP-PAO foi retirado de operação em 1935. Já o PP-PAH e PP-PAJ saíram de cena em 1937, enquanto o PP-PAI ficou na frota até 1938. As demais unidades seguiram operando até 1940, quando foram substituídas por aeronaves mais modernas.
Total de Aeronaves Operadas:
7 |
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Sikorsky S-38
Sikorsky S-43 |
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O Sikorsky S-38 foi a primeira aeronave do
tipo "flying boat" anfíbio produzido em larga escala pela
Sikorsky. Ele foi desenvolvido com base no Sikorsky S-34 e S-36.
O S-38 possuía características e performance muito boas para
época e conseguiu vender 101 unidades. O sucesso fez a Sikorsky
lançar novas versões como o S-40, S-42 e
S-43. O Sikorsky S-43
voou pela primeira vez em 1935 e era uma versão menor do
S-42,
que havia sido projetado para atender aos requisitos da
Pan Am para uma aeronave de maior
alcance. Em 1936 a Panair recebeu os dois primeiros S-43, PP-PBA e PP-PAR. Eles tinham um espaço interno melhorado e entraram em operação para substituir o Commodore em algumas rotas. O S-43 ficou conhecido como "Baby Clipper". Em 1947 os Sikorsky foram substituídos pelos DC-3 e Catalina.
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Lockheed Air Express |
O Lockheed Air Express foi o segundo projeto de aeronave criado pela Lockheed e voou pela primeira vez em abril de 1928. A aeronave é baseada no Lockheed Vega, mas a asa foi elevada para acima da fuselagem e a cabine foi movida para trás da asa. Foram produzidas apenas sete unidades. O Air Express transportava quatro passageiros e tinha uma velocidade máxima de 283 km/h. A aeronave voou por apenas alguns meses na Panair. Total de Aeronaves Operadas:
1 |
Fairchild
91 (A-942A) |
O Fairchild 91, também conhecido como Fairchild A-942A, foi projetado para atender um pedido da Pan Am de um pequeno hidroavião capaz de operar em rotas fluviais ao longo do rio Amazonas e do rio Yangtzé. O resultado foi um monoplano de asa alta com seu motor montado acima da asa. Antes de a construção do protótipo ser concluída, a Pan Am já não precisava mais da aeronave na China e Fairchild modificou o projeto otimizando-o para as condições tropicais da região amazônica. A encomenda original da Pan Am consistia em seis unidades. Porém após receber as primeiras duas, a companhia viu que já era o suficiente para atender a demanda e cancelou as outras encomendas. Depois que foram recebidas pela Pan Am, os dois Fairchild 91 foram repassados para a Panair em 1936, matriculados PP-PAP e PP-PAT. No Brasil a aeronave foi apelidada de "Cachimbinho", devido ao formato do seu motor. Eles foram utilizados principalmente nas rotas da Amazônia no lugar dos Sikorsky. O PP-PAP se acidentou em maio de 1939 em Santarém, mas foi concertado e voltou a operar. Porém ele sofreu novamente um acidente em dezembro de 1941, em Belém. O PP-PAT continuou operando até ser substituído pelo Sikorsky S-43 em 1944.
Total de Aeronaves Operadas:
2 |
Lockheed L-10 Electra |
O Lockheed L10 Electra foi projetado na década de 1930 para competir com o Boeing 247 e Douglas DC-2. O Electra era feito todo em metal e possuía trem de pouso retrátil. O Lockheed L10 foi o primeiro avião terrestre da Panair e começou a operar entre Belo Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro. Também conhecidos como "Eletrinhas", eles reduziram o tempo de viagem entre Rio de Janeiro e Belo Horizonte para 1 hora e 15 minutos. Em 1943 as duas unidades foram repassados para a Varig.
Total de Aeronaves Operadas:
2 |
Douglas DC-2 Douglas DC-3 |
Em junho de 1940 o primeiro DC-2, PP-PAY, foi recebido pela Panair. Uma segunda unidade chegou no ano seguinte. Porém as duas aeronaves logo foram vendidas para o Uruguai e a Panair passou a operar os Lockheed 18 Lodestar, mais velozes. Em 1945 a Panair do Brasil começou a operar o popular DC-3, recebendo uma grande quantidade repassados pela sua empresa-mãe Pan Am. O DC-3 passou a ser a principal aeronave de rotas curtas da Panair no final da década de 40 e inicio da de 50. Muitos DC-3 da Panair depois foram repassados para outras companhias brasileiras como a Varig, Cruzeiro, Real. O DC-3 era capaz de operar nas piores pistas e em aeroportos com pouquíssima infraestrutura. As quatro primeiras unidades, PP-PBS, PP-PBT, PP-PBU e PP-PBW, chegaram ainda em 1945. Em 1947 a companhia já estava operando 19 unidades simultaneamente. Os DC-3 ficaram na frota da companhia até 1958, quando todos foram devolvidos ou transferidos para outras companhias aéreas. Em 1962 a Panair do Brasil recebeu de volta o PP-PCT, que estava na Vasp, sendo rematriculado como PP-PEE. O mesmo ocorreu com o PP-PCP, que saiu da frota em 1958 e também voltou em 1962, rematriculado como PP-PED. As duas unidades ficaram na frota da Panair até o seu fim, em 1965. Total de Aeronaves Operadas:
2 (DC2) / 25 (DC3) |
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Lockheed L-18 Lodestar |
O Lockheed L18 é uma versão alongada do L14, que havia sido projetado para concorrer com o Douglas DC-3. Por ter mais assentos, o Lodestar se saiu melhor do que o L14 na briga com o DC-3, pois conseguia ter um custo por km mais próximo ao seu rival, com desempenho superior. A Panair começou a receber os seus L18 em 1941, sendo seis unidades vindas diretamente da fábrica. Todas as quatorze unidades foram recebidas ainda em 1941. No Brasil essas aeronaves foram apelidadas de "tijolo voador", pois tinha asa curta e alta velocidade de pouso. Porém seis deles se acidentaram. O primeiro acidente ocorreu ainda em 1941, quando o PP-PBD se acidentou em São Paulo. Em 1942 o PP-PBG se acidentou também em São Paulo. Em 1944 foram dois, o PP-PBJ e PP-PBH. Os dois últimos acidentes foram com o PP-PBQ e PP-PBE. As demais unidades permaneceram em operação até 1948, quando foram substituídos pelos DC-3.
Total de Aeronaves Operadas:
14 |
Lockheed L-12 |
O Lockheed L-12 era uma versão menor do Lockheed L-10 Electra, por isso ficou conhecido como "Electra Junior". Embora não tivesse feito muito sucesso com as companhias aéreas, foi muito vendido como aeronave particular. Em 1945 a Panair adquiriu duas unidades anteriormente operadas pela Força Aérea Americana. Os dois Electra Junior ficaram pouco tempo na companhia, sendo operados até 1946, quando foram substituídos pelos DC-3. Total de Aeronaves Operadas:
2 |
Lockheed Constellation
L049/L149 |
A Panair recebeu o primeiro Lockheed L049 Constellation no dia 30 março de 1946, PP-PCF, tornando-se a primeira empresa fora dos Estados Unidos a receber o Constellation. No dia 3 de abril de 1946 o Lockheed Constellation (PP-PCF) "Bandeirante Manuel de Borba Gato" inaugurou a primeira rota da Panair do Brasil para Europa. Ele foi o primeiro avião internacional a pousar no recém inaugurado aeroporto britânico ao final da rota Rio de Janeiro - Recife - Dakar - Lisboa - Paris - Londres. Porém a rota só foi oficialmente inaugurada em maio, quando a segunda unidade chegou, o PP-PCB. Em setembro chegou a terceira unidade, PP-PCG, o que possibilitou a extensão da malha para Madrid e Roma. Todas essas unidades vieram diretamente da encomenda original da sua empresa-mãe Pan Am. A Panair foi uma das primeiras companhias aéreas a voar para a Europa após o fim da Segunda Guerra Mundial. Na época o Aeroporto Internacional do Galeão ainda nem havia sido inaugurado oficialmente. Os passageiros embarcavam numa lancha no Aeroporto Santos Dumont rumo a "Ponta do Galeão", onde estava o Constellation. O serviço de bordo da Panair já começava na lancha, onde os "aero-moços" e "aero-moças" serviam bebidas e petiscos. Na aeronave estavam à disposição várias revistas e jornais, podia-se fumar à bordo, eram servidos bebidas e petiscos à vontade e os passageiros também podia jogar jogos de cartas durante a viagem. Quando o Constellation se aproximava da Bahia era servido o almoço com refeições quentes, em Recife os passageiros recebiam um lanche e quando decolavam pra Dakar era a hora do jantar. Após o jantar a maioria dos passageiros ia dormir nas poltronas reclinavéis. O Constellation chegava pela manhã em Dakar, onde os passageiros desembarcavam e recebiam mais uma refeição. Depois era a vez do Constellation decolar para Lisboa. Ao chegar em Portugal, após cerca de 22 horas de voo, a tripulação era trocada por funcionários baseados em Lisboa e a partir dali o Constellation seguia viagem para outros destinos na Europa. Em 1947 chegaram mais duas unidades PP-PCR, em maio, e PP-PDA, em outubro. Com isso a Panair operou brevemente para Cairo, no Egito. A linha acabou sendo canelada devido à baixa demanda. Em 1948 a Panair lançou as linhas para Frankfurt e Zurich. Em 1948 a frequência dos voos entre Brasil e Europa era de quatro por semana, em ambos os sentidos. No período de dezembro a março a frequência era reduzida para três, devido a menor demanda. Em 26 de março de 1948 a Panair inaugurou voos para Buenos Aires e Montevidéu, com três frequências por semana. Em 1950 chegaram mais duas unidades, PP-PDC e PP-PDD, porém o PP-PCG sofreu um acidente e a Panair ficou com seis Constellation na sua frota. Em julho de 1953 chegou o PP-PDE, a última unidade da versão L-049. Com a chegadas de mais unidades, a Panair pôde expandir sua malha para Istambul, Hamburgo e Dusseldorf. No dia 7 de dezembro de 1953 a Panair recebeu o seu primeiro Constellation L-149, PP-PDF. Essa versão tinha maior alcance e peso de decolagem, além de tanques adicionais de combustível nas partes externas das asas. A empresa recebeu a segunda unidade, PP-PDG, em janeiro de 1954, e mais três em 1955, PP-PDH, PP-PDI, PP-PDJ, totalizando cinco unidades. A sexta unidades teve dois prefixos, primeiramente chegou como PP-PDK, em 1955, mas saiu da frota da Panair em 1956. Em 1958 ele voltou para a frota com o prefixo PP-PDQ. Por fim o PP-PDP chegou na companhia em 1957. Com a chegada dos Douglas DC-7C, em 1957, os Constellation passaram a voar menos para a Europa e mais nas linhas domésticas. O último voo do Constellation para Europa ocorreu fevereiro de 1959. Muitos Constellation sofreram acidentes. Além do PP-PCG, o PP-PDA se acidentou em 1953, o PP-PDJ em 1955, PP-PDC em 1961, e por fim o PP-PCF e PP-PCR em 1962. A partir de 1962 os Constellation começaram a ser desativados. Ainda em 1962 o PP-PCB, PP-PDI e PP-PDQ foram armazenados no Galeão. Em 1963 o PP-PDP também foi armazenado. Por fim, em 1964, o PP-PDD e PP-PDF também ficaram parados no Galeão, restando apenas duas unidades em operação até o fim da Panair. Após o fechamento da empresa, em 1965, apenas um deles voltou a voar. O PP-PDG passou a ser operado pela Arruda, mas se acidentou em maio de 1972.
Total de Aeronaves
Operadas: 16 (9 L-049 e 7 L-149) |
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Consolidated Catalina PBY5A |
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O Catalina é uma aeronave anfíbia produzida nas décadas de 1930 e 1940. Foi um dos hidroaviões mais usados da Segunda Guerra Mundial, sendo que mais de 3 mil unidades foram fabricadas. A aeronave foi originalmente projetada para ser um bombardeiro de patrulha de longo alcance, destinada a localizar e atacar navios de transporte inimigos no mar. Os Catalina também ficaram conhecidos como "PBY", as letras PB significam "Patrol Bomber" e Y é o código atribuído à fabricante Consolidated Aircraft. As aeronaves em operação no Canadá também ficaram conhecidas como "Canso". Os Catalina tiveram várias versões: PBY1, PBY2, PBY3, PBY4, PBY5 e PBY6. As principais diferenças eram novos motores e melhorias de desempenho. Em 1947 a Panair do Brasil começou a operar quatro Consolidated Catalina. Eles ficavam baseados em Belém e faziam as rotas para a região da Amazônia, substituindo os Sikorsky S43. A Panair recebeu mais um Catalina em 1950, dois em 1958 e mais um em 1961. Os Catalina tinham um papel fundamental na região amazônica, sendo o único meio de transporte que conseguia chegar em populações localizadas em áreas remotas. Em outubro de 1961 o PP-PCY se acidentou em Parintins. Já o PP-PCZ se acidentou em abril de 1964 ao aterrissar em Portel. O PP-PDB também sofreu um acidente em setembro de 1953, porém a Panair reparou a aeronave, que voltou a voar. Infelizmente a aeronave voltou a se acidentar em 1956, saindo de serviço. As demais unidades continuaram operando até o fim da empresa. Após o fechamento da Panair, os Catalina foram repassados pra a Cruzeiro, que operou as rotas por mais alguns anos. Embora tenham sido transferidas cindo unidades para a Cruzeiro, duas delas nunca chegaram a operar na companhia e foram repassadas para a Força Aérea Brasileira.
Total de Aeronaves Operadas:
8
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Douglas DC-6 Douglas DC-7 |
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Com os
Constellation ficando cada vez mais velhos, a Panair
começou a estudar aeronaves para substituí-los. A primeira opção
foram os novíssimos jatos Comet,
porém com os acidentes em 1954 a direção da companhia mudou de
ideia e trocou a encomenda para os Douglas
DC-7. Os DC-7 passaram a ser as
maiores aeronave da frota até a chegada os DC-8. Porém os quatro DC-7 recebidos pela Panair não eram o suficiente para substituir todos os Constellation nos voos internacionais. Enquanto os jatos DC-8 não chegavam, a Panair arrendou quatro DC-6 da Lóide Aéreo. As três primeiras unidades foram repassadas para a Panair no final de 1958. A quarta unidade, PP-LFC, foi arrendada pela Panair em fevereiro de 1959. No inicio de 1961 todos os DC-6 para a Lóide Aéreo, que os repassou para a Vasp. Com a chegada do DC-8, os DC-7 foram remanejados para o "Vôo da Amizade" que ligava o Brasil à Portugal. Nessa rota, os DC-7 realizaram a primeira rota entre Recife e Lisboa sem escalas. Além disso os DC-7 passaram a realizar voos domésticos, ligando Rio de Janeiro, Recife, Fortaleza, São Luis e Belém. Para operar as novas rotas, os DC-7 foram reconfigurados com apenas uma classe, passando a contar com 85 assentos. Em 1961 o PP-PDL se acidentou em Belém e o PP-PDO se acidentou em Recife. Em 1963 o PP-PDM também se acidentou durante um treinamento. Com apenas um DC-7 operando, a Panair arrendou mais duas unidades da Pan Am, matrículados PP-PEG e PP-PEH, em 1964. O último voo do DC-7 na Panair aconteceu em 7 de fevereiro de 1965, na rota entre o Rio de Janeiro e Lisboa. Três dias depois, o governo suspendeu as operações da companhia. Após o fechamento da empresa, a Pan Am retomou o PP-PEG e PP-PEH. Já o PP-PDN ficou armazenado no Galeão até ser desmontado.
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Douglas DC-8-33 |
O Douglas DC-8 foi o primeiro jato da Panair do Brasil. Com a chegada dos Caravelle e Boeing 707 na Varig, a Panair "correu atrás do prejuízo" para também entrar na era do jato. Os dois primeiros DC-8 foram originalmente encomendados pela Pan Am e chegaram em março de 1961, PP-PDS e PP-PDT. Os DC-8-33 da Panair eram capazes de transportar 121 passageiros em duas classes (Primeira Classe e Turística) e possuíam um lounge a bordo. Elas entraram em operação no dia 21 de março, na rota Buenos Aires - Rio de Janeiro - Lisboa - Paris - Londres, três vezes por semana e Buenos Aires - Rio de Janeiro - Lisboa - Paris - Frankfurt, uma vez por semana. Mais tarde os DC-8 também passaram a voar em São Paulo (Viracopos), Montevidéu, Assunção e Santiago. A última rota assumida foi para o Oriente Médio, na linha Rio de Janeiro - Dakar - Lisboa - Roma - Beirute. O primeiro acidente com um jato no Brasil ocorreu com um dos DC-8 da Panair, PP-PDT, que caiu na Baia de Guanabara após decolar no Galeão, no dia 20 de agosto de 1962. Para manter as rotas, a Panair adquiriu mais uma unidade em 29 de setembro de 1962, matriculada PP-PEA. A última unidade chegou no dia 13 de novembro de 1963, PP-PEF, e foi arrendada da Pan Am. Com a chegada dos Caravelle, em 1962, os DC-8 então passaram a operar somente nos voos para Europa e Oriente Médio, com quatro frequências semanais. Em 1964 os DC-8 inauguraram os voos para Milão e a nova escala na África em Monróvia, substituindo Dakar. Com o fechamento da Panair, no dia 10 de fevereiro de 1965, os DC-8 foram repassados para a Varig. O PP-PEF foi devolvido para a Pan Am. Nas cores da Varig, os DC-8 foram usados nas rotas para Monróvia, Lisboa, Madri, Paris, Frankfurt, Londres, Milão, Roma e Beirut. No dia 5 de março de 1967 o PP-PEA se acidentou em Monróvia. Depois disso o único DC-8 passou a fazer a rota Rio - Miami e continuou operando para a Varig até 1975, quando foi desativado e vendido para a American Jet Industries em fevereiro de 1978.
Total de Aeronaves Operadas:
4 |
Caravelle VI |
A Panair havia encomendado aeronaves De Havilland Comet, mas devido aos acidentes, acabou cancelando. Então a companhia se voltou para outras alternativas. Uma delas foi o francês Sud Caravelle, que junto com o DC-8, foram os jatos operados pela Panair. Uma vantagem de ter comprado os Caravelle foi que a Panair ganhou o direito de ser uma das primeiras companhias a receber o Super Caravelle, que depois virou o Concorde. Os dois primeiros Caravelle, PP-PDU e PP-PDV, chegaram em julho de 1962. As outras duas unidades chegaram ainda no mesmo ano. Apesar da Varig já operar o Caravelle desde 1959, a Panair adquiriu a versão mais moderna. Porém a Cruzeiro também começou a operar no mesmo ano o mesmo modelo da Panair. Os quatro Caravelle operaram nas principais rotas domésticas e nos voos para a América do Sul. Em setembro de 1963 o PP-PDU sofreu um incidente, quando o piloto realizou uma manobra evasiva para evitar a colisão com outra aeronave em Recife. A aeronave sofreu avarias e foi constatado que as manobras ultrapassaram o limite estrutural, forçando a aposentadoria do avião. As demais unidades permaneceram operando na Panair. Porém, assim como a Varig, a companhia percebeu que os Caravelle não eram tão adequados para o Brasil e pretendia substituir as aeronaves por Lockheed Electra II. No entanto a Panair fechou as portas antes de receber o Concorde ou substituir seus Caravelle. Total de Aeronaves Operadas:
4 |
> Histórico de encomendas:
4x Caravelle 6R em 16/10/1961
2x Douglas DC-8-33 em fevereiro de 1956
4x Douglas DC-7C em 1956
4x De Havilland Comet 2 em 20/03/1953. Encomenda cancelada.