Consolidated Commodore

A Consolidated Aircraft Corporation foi fundada em 1923, resultado da liquidação da Gallaudet Aircraft Company e da compra de projetos da Fleet da Dayton-Wright Company. O primeiro projeto da Consolidated foi o Consolidated PT-1 Trusty, baseado nos projetos da Fleet da Dayton-Wright, um avião de treinamento para a Força Aérea Americana, lançado em 1923. Em poucos anos a Consolidated também lançou as versões aprimoradas PT-2 e PT-3.

O primeiro grande projeto da Consolidated teve origem em um pedido do governo do Estados Unidos para uma aeronave capaz de voar entre os EUA e o Panamá, Alasca e Havaí sem escalas. A Consolidated acabou perdendo o contrato para a Glenn L. Martin Company, mas usou a experiência para criar uma aeronave comercial. Nascia ai o Consolidated XPY-1 Commodore, um hidroavião "flying boat" de longo curso. O Commodore foi uma aeronave pioneira para o transporte de passageiros entre grandes distâncias. O avião possuía uma asa no estilo guarda-sol, feita em uma estrutura de armação de metal coberta com tecido. O Commodore teve mudanças significativas em relação ao projeto original, como motores mais potentes, novo formato da fuselagem e melhorias estruturais.

No dia 18 de fevereiro de 1930, o Commodore começou a operar na rota Nova York - Rio de Janeiro - Buenos Aires, pela NYRBA. Porém ainda em 1930 a NYRBA acabou sendo comprada pela Pan Am e se transformou na Panair do Brasil. Nos tempos pioneiros da aviação o Commodore oferecia a segurança para seus passageiros de que apenas um dos seus potentes motores Pratt e Whitney Hornet era capaz de manter a aeronave no ar, mesmo com carga total. Com apenas um motor funcionando, o Commodore era capaz de continuar seu voo (lentamente) até chegar na próxima escala para fazer o concerto.

A medida que os anos 1930 avançavam, novas aeronaves mais eficientes e avançadas foram surgindo, tornando o Commodore obsoleto.

Operadoras no Brasil: NYRBA, Panair do Brasil

Origem: EUA
Produção: 1928-1931
Comprimento: 18,75 m
Envergadura: 30,48 m
Altura: 4,78 m
Peso: 4,7 ton
Motores: 2x Pratt & Whitney R-1860 Hornet
Velocidade de cruzeiro: 205 km/h
Passageiros: 22
Primeiro voo: 1928

Alcance: 1600
km
Entregues: 14
Concorrentes: Dornier Do J Wal

 

 

Consolidated PBY Catalina

A história do Catalina começou em outubro de 1933, quando a marinha dos EUA contratou a Consolidated e outras fabricantes para construir protótipos de bombardeiros de patrulha, uma aeronave de longo alcance capaz de localizar e atacar navios de transporte inimigos no mar. A Consolidated começou a estudar evoluções do projeto XPY-1. Nascia então o Consolidated PBY Catalina, onde a sigla "PBY" significa Bombardeiro de Patrulha da Consolidated (Patrol Bomber em inglês e Y sendo o código atribuído à fabricante pela Marinha dos EUA).

A primeira versão ficou conhecida como XP3Y-1 e era feito em metal, reforçado com chapas de alumínio, além de possuir desempenho melhorado graças a sua aerodinâmica mais limpa. Porém essa versão foi logo modificada à pedido da marinha dos EUA, ganhando motores mais potentes e sendo renomeado como XPBY-1. O X indicava que a aeronave ainda era experimental. A primeira versão para entrega aos clientes foi denominada PBY-1, também conhecida como Model 28-1, pois foi o 28º modelo projetado pela Consolidated. O PBY-2 tinha mudanças de equipamento e desempenho aprimorado, enquanto o PBY-3 tinha motores mais potentes. Mais tarde foi lançada a versão PBY-4 com motores ainda mais potentes.

No final dos anos 30 foi lançado o PBY-5, como novos motores e tanques de combustível extras. O PBY-5 também ganhou uma versão anfíbia, PBY-5A, e com modificações no trem de pouso e nariz e janelas adicionais, PBY-5R. O Catalina também foi conhecido por outros nomes como: GST na URSS, PB2B produzido pela Boeing, PBV produzido pela Canadian Vickers e PBN-1 Nomad com modificações da marinha dos EUA. No Canadá os Catalinas eram conhecidos como Canso. Já no Reino Unido eles eram denominados Catalina I, Catalina II, e assim por diante. A última versão foi o PBY-6A com novos motores, leme mais alto, novo sistema elétrico e outras modificações.

Em 1943 a Consolidated se fundiu com a Vultee Aircraft, formando a Consolidated-Vultee Aircraft, que passou a ser conhecida como Convair.

Os Catalinas foram largamente utilizados na Segunda Guerra Mundial, servindo como anti-submarino, patrulha de bombardeio, escolta de comboio, missões de busca e resgate e transporte de carga. A partir de 1943 a aeronave também passou a ser utilizada no Brasil, pela Força Aérea Brasileira, em missões de patrulha aérea naval contra submarinos alemães. Eles foram utilizados pelo 1º Esquadrão de Transporte Aéreo (1º ETA), também conhecido como Esquadrão Tracajá, que ficava baseado em Belém. A insígnia do 1º ETA era uma tartaruga (cágado) alada com o lema "Devagar, mas chego lá!".

Após o fim da Segunda Guerra Mundial os Catalina começaram a ser rapidamente aposentados no serviço militar. Por outro lado o Catalina passou a ser utilizado na aviação comercial, sendo operado por várias companhias aéreas. O Catalina se tornou especialmente popular no Brasil, sendo capaz de pousar em rios e alcançar regiões remotas na Amazônia. A principal operadora no Brasil foi a Panair, que começou a operar o PBY-5 em 1947, ligando Belém e Manaus. Após o fechamento da Panair, em 1965, os Catalina foram repassados para a Cruzeiro, que operou as rotas na Amazônia até 1969. Além do transporte de passageiros, os Catalina tiveram um papel importante no correio aéreo da região do Amazonas, atendendo localidades que nem mesmo os DC-3 conseguiam chegar. Os Catalinas continuaram voando pela FAB até 1982. O último voo foi realizado no dia 12 de junho de 1982, encerrando quase 40 anos de história no Brasil. Um dos Catalinas da FAB encontra-se preservado no MUSAL, no Rio de Janeiro.

Operadoras no Brasil: Aero Geral, Cruzeiro, Itaú, Panair, Paraense, SAVA, TICAL, Transportes Aéreos Bandeirantes, VASD

 

 

Origem: EUA
Produção: 1936-1945
Comprimento: 19,47 m
Envergadura: 31,96 m
Altura: 6,43 m
Peso: 9,4 ton
Peso máximo de decolagem: 16 ton

Motores:
2x Pratt & Whitney R-1830-92 Twin Wasp
Velocidade de cruzeiro: 200 km/h
Velocidade máxima: 315
km/h
Passageiros: 18
Primeiro voo: 1935

Alcance: 4060
km
Entregues: 3308

 

 

 

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