Frota - Real-Aerovias-Nacional
> Frota/Ano:
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> Histórico da frota:
Lockheed
12/14 |
Os bimotores Lockheed L14, conhecidos como "Super Electra”, foram as primeiras aeronaves operadas pela Aerovias Brasil. As duas primeiras unidades, PP-AVA e PP-AVB, chegaram no Brasil ainda com as cores e a matricula da TACA, em maio de 1942. Os primeiros voos foram voos fretados de carga para os Estados Unidos. Os L14 transportaram em junho daquele ano quartzo e minerais da região de Goiás, destinados à fabricação de lentes. A manutenção das aeronaves ficou sob a responsabilidade da TACA, que ficava baseada em na Costa Rica. Em abril de 1943 o PP-AVA de acidentou em Bom Jesus da Lapa e a frota da companhia ficou reduzida apenas ao PP-AVB, que continuou realizando voos irregulares para os EUA até 1945, quando foi substituído pelos DC-3. Em 1944 a Aerovias Brasil recebeu dois Lockheed L12, conhecidos como "Electra Junior", matriculados PP-AVE e PP-AVF. Com essas aeronaves foi possível a expansão da malha até o Maranhão e Pará. Em 1945 os Lockheed L12 foram substituídos por DC-3. Os L14 são uma versão alongada do Lockheed L10, capaz de transportar mais passageiros. Ele foi projetado para competir com o DC-2. Já o L12 é uma versão encurtada do L10, com objetivo de fazer voos regionais de menor demanda.
Lockheed L14
Lockheed L12 |
Fairchild
71 |
O Fairchild 71 foi a segunda aeronave operada pela Aerovias Brasil, que recebeu duas unidades em 1944, PP-AVC e PP-AVO. Os Fairchild, juntamente com os Lockheed L12, inauguraram a rota Rio de Janeiro - Uberaba - Goiânia - Anápolis - São José do Tocantins - Peixe - Porto Nacional - Tocantins - Pedro Afonso - Carolina - Belém. Os Fairchild também operaram no interior de Minas Gerais, Maranhão e Pará, transportando passageiros e carga em voos fretados. Em 1946 a Aerovias Brasil finalmente iniciou os voos regulares no Brasil e começou a ligar toda a costa do Brasil, desde Porto Alegre até Belém. Além disso, a Aerovias Brasil ainda atendia Miami, Paramaribo, Port of Spain, Caracas e Ciudad Trujillo. O Fairchild 71 era um monoplano versátil, projetado para aviação militar ou civil. Era capaz de levar passageiros ou carga e pousar em terra ou na água.
Total de Aeronaves Operadas:
2 |
Douglas DC-3/C-47 |
Douglas
DC-2 / DC-3/C-47 |
A
Aerovias Brasil
recebeu em 1945 dois
DC-2,
PP-AVG e PP-AVH, e seis
DC-3,
PP-AVI, PP-AVJ, PP-AVK, PP-AVL, PP-AVM e PP-AVN, para renovar a
frota. Os
DC-3 foram
os responsáveis por inaugurar o primeiro voo regular para os
Estados Unidos de uma companhia aérea brasileira. O voo partia
do Rio de Janeiro e durava 3 dias! para ser completado. Já na Real,
o DC-3 foi a
primeira e a aeronave
que a empresa
tinha em maior quantidade, era a espinha dorsal da frota. Muitos
aeroportos brasileiros e linha aéreas foram criadas com o
DC-3. O
Consórcio
Real-Aerovias-Nacional operou nada menos
que 99! unidades do modelo.
DC-3 ou C-47? Na verdade os dois nomes referem-se a mesma aeronave. O DC-3 é a denominação comercial, enquanto C-47 é a denominação militar. A mudança de nome deve-se a modificações necessárias para adaptar a aeronave para uso militar. Com o fim da Segunda Guerra Mundial, o mercado de aviação comercial foi inundado com milhares de C-47 excedentes da guerra, que foram adquiridos pelas companhias aéreas em todo o mundo.
Total de Aeronaves Operadas: 99 |
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Bristol 170 |
A
Real foi
a única a operar esse modelo no Brasil. Após um voo de
demonstração, que passou pelo Rio de Janeiro, São Paulo e Buenos
Aires, a companhia decidiu encomendar três unidades. O
Bristol
170 foi criado como alternativa ao Douglas
DC-3 e sua
fuselagem é adaptada para a função de cargueiro.
Total de Aeronaves Operadas:
2 |
Curtiss C-46 |
A Real operou quatro Curtiss C-46 entre 1951 e 1953, matriculados PP-YQC, PP-YQD, PP-YQE e PP-YQI. O C-46 é uma aeronave maior que o DC-3 e era bem popular no Brasil durante os anos 40 e 50. Mas a Real acabou optando por padronizar a frota apenas com aeronaves DC-3. Porém, com a compra da Nacional e da Aerovias, o consórcio voltou a operar o C-46, que permaneceu na frota da empresa até 1961. Já a Aerovias Brasil começou a operar três Curtiss C-46, PP-AXN, PP-AXO e PP-AXP, também em 1951 com o objetivo de usá-los para o transporte de carga entre o Brasil e os Estados Unidos. Porém essas aeronaves ficaram pouco tempo na frota. O PP-AXN saiu da frota em 1953, enquanto os outros dois deixaram a frota no ano seguinte. A Nacional começou a operar o C-46 após adquirir outras empresas. A sua frota de C-46 cresceu de forma significativa em 1955, após a compra da Cia. Itaú Transportes Aéreos. Total de
Aeronaves Operadas: 18 |
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Douglas DC-4 |
Em julho de 1951 a Aerovias Brasil recebeu os três primeiros Douglas DC-4, matriculados PP-AXQ, PP-AXR e PP-AXS. Os quadrimotores vieram para substituir o DC-3 na rota para os Estados Unidos e ampliar as rotas internacionais para Montevidéu e Buenos Aires. Os três DC-4 foram batizados de "General San Martin", "Duque de Caxias" e "George Washington". Os três aviões foram batizados oficialmente no dia 25 de agosto, no aeroporto do Galeão. A Aerovias Brasil chamava essas aeronaves de "Senhores do Céu", fazendo referência ao seu apelido americano "Skymaster". O DC-4 General San Martin foi o responsável por inaugurar a rota Rio de Janeiro - São Paulo - Porto Alegre - Buenos Aires. Já a rota para Montevidéu só foi inaugurada em fevereiro de 1953. Os DC-4 foram assumidos pela Real a partir de 1954. Todos eles passaram por uma revisão e ganharam novo interior, ampliando a capacidade de 44 para 52 passageiros. Os DC-4 reduziram o tempo de viagem do Brasil até os Estados Unidos para 24h, num voo com três escalas. Em 1956 foi incorporado o quarto DC-4, PP-YRO. Porém em novembro de 1957 o PP-AXS se acidentou. Os demais DC-4 foram vendidos para o Lóide Aéreo, e posteriormente voaram na Vasp, sendo substituídos na Real pelos DC-6 e Super H Constellation.
Total de Aeronaves Operadas:
4 |
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Convair 340 / Convair 440
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Os Convair 340 eram as aeronaves mais modernas nas linhas nacionais na época. O Convair 340 foi planejada para substituir aos antigos DC-3. A concorrente Varig adquiriu aeronaves CV-240, enquanto a Real adquiriu somente os modelos mais novos (CV-340 e CV-440), batizados pela companhia de Super-Convair. O primeiro voo com o Convair 340 aconteceu em dezembro de 1954, na rota São Paulo - Porto Alegre. A segunda rota foi de São Paulo para Recife, no mesmo mês. Além dos destinos nacionais, os Convair também operaram para Montevidéu e Buenos Aires. Os dois primeiros Convair 440 chegaram em 1956, quando o consórcio Real-Aerovias-Nacional já estava operando seis Convair 340. Em 1958 o consórcio já estava operando vinte unidades, sendo seis Convair 340 e quatorze Convair 440. Eles representavam o que havia de mais moderno na época para voos nacionais e logo se tornaram sucesso entre os passageiros. Os Convair podiam voar muito mais rápido do que os DC-3 e possuíam cabine pressurizada e com ar condicionado, oferecendo muito mais conforto para os passageiros.
Total de Aeronaves Operadas: 6 (340) / 12 (440) |
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Lockheed L-1049 Super H
Constellation |
Em fevereiro e março de 1958 a Real
recebeu as quatro unidades encomendadas do moderno
L-1049H Super Constellation.
Essa versão era bem
parecida com o L-1049G. A única
diferença era a porta de carga embutida,
que permitia a fácil conversão para cargueiro. Na época a
Real concorria com a Varig e gabava-se de ter um modelo mais moderno que
a rival, anunciando o "Super H", contra os modelos Super G da
Varig. A
Varig respondeu chamando as suas
aeronaves de "Super Intercontinental" e anunciando a aeronave
como "Super I". Porém a versão I nunca existiu. Em 1959 a Real cancelou os voos para Chicago devido à baixa demanda, mas iniciou voos para Los Angeles, Bogotá e México, uma vez por semana. Já os voos para Miami tiveram as frequências reduzidas de quatro para três vezes por semana. Em 1960 os Super H Constellation inauguraram a rota entre Rio de Janeiro e Tokyo, a rota mais longa já operada pela companhia. Os voos para o Japão eram uma extensão dos voos para Los Angeles, que passaram a ser operados duas vezes por semana. A Real já havia definido o substituto do Super H Constellation, seria o Convair 990 - o jato mais veloz da sua época. Porém a Real nunca chegou a receber o seu primeiro jato. Em 1961 ela foi adquirida pela Varig. Após a compra pela Varig, os Super H Constellation continuaram operando por mais alguns anos, porém apenas no transporte de carga. Os voos internacionais passaram a ser servidos por jatos e o voo até Tokyo foi cancelado. A Varig só iniciou seus voos para o Japão em 1968.
Total de Aeronaves Operadas:
4 |
Aero
Commander 560/680 |
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Douglas DC-6 |
O DC-6 foi o último modelo operado pela Real, antes de ser comprada pela Varig. Sua principal diferença são as janelas quadradas e sua cabine pressurizada. Foram originalmente operados pela Loide Aéreo, mas foram repassados para a Vasp e Real. As três primeiras unidades chegaram em fevereiro de 1961. Mais tarde chegaram mais duas unidades, totalizando cinco DC-6. Eles foram utilizados para voos domésticos com grande demanda, além dos voos internacionais, principalmente para Montevidéu e Buenos Aires. Ainda em 1961 a Real
foi adquirida pela
Varig e os
DC-6
passaram a operar em rotas domésticas até serem repassados para a
FAB
em 1970.
Total de Aeronaves Operadas: 3 |
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