Bristol 170 Freighter / Superfreighter
A British and Colonial Airplane Company foi fundada em fevereiro de 1910
por George, Samuel e Stanley White. A primeira aeronave fabricada pela
empresa seria uma versão licenciada de um biplano francês. Porém o
projeto não deu certo e a fabricante decidiu produzir aeronaves
próprias. O primeiro avião produzido foi o "Boxkite", com um total de 76
unidades construídas.
Durante a Primeira Guerra Mundial, a empresa começou a lançar os seus
aviões militares Bristol Type 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e assim por diante.
No final da guerra, a empresa mudou seu nome oficialmente para Bristol
Airplane Company. Após a Segunda Guerra Mundial a fabricante já estava
produzindo o Bristol Type 167.
Ainda durante a Segunda Guerra Mundial a Bristol estava desenvolvendo um
projeto para uma aeronave cargueira e chamou a atenção do Ministério da
Aeronáutica Britânico, que desejava uma aeronave capaz de transportar
cargas pesadas. A fabricante teve que fazer algumas alterações no
projeto para atender as necessidades do ministério. Porém as
modificações demoraram tanto tempo para ficarem prontas, que quando o
avião estava pronto para ser testado, a guerra já tinha acabado.
O Bristol Type 170 Freighter era um monoplano bimotor de asa alta, feito
todo em metal, com trem de pouso fixo e baseado no Bristol Type 130
Bombay. Para maximizar a capacidade de carga, a cabine de comando fica
localizada no segundo andar, as portas do nariz são em formato de concha
e a fuselagem é quadrada. Como a aeronave não conseguiu ficar pronta a
tempo para a guerra, a Bristol fez algumas modificações para melhor
adaptar a aeronaves para as companhias aéreas, como a troca por um motor
mais potente e o aumento no peso máximo de decolagem. Uma versão para
passageiros também foi cogitada, denominada "Wayfarer". Essa versão
tinha capacidade para 36 passageiros, não havia a porta no nariz e tinha
a vantagem de conseguir pousar e decolar de pistas sem infraestrutura.
O foco principal do Bristol 170 era o transporte eficiente e econômico
de cargas pesadas por via aérea. Para isso a aeronave foi projetada para
voos de curta distância e alta frequência, sendo assim sua velocidade de
cruzeiro é baixa se comparado a outras aeronaves da época e a fuselagem
não era pressurizada. A fabricação e manutenção do Bristol 170 foi
facilitada com o uso de componentes padronizados e idênticos.
Após a entrada em operação, o Bristol Freighter se tornou muito popular
para transportar passageiros com seus carros da Grã-Bretanha para a
Europa Continental, como se fosse um "air ferry" ou "balsa aérea". Em
1953 voava o primeiro Bristol Superfreighter Mk 32, uma versão maior do
Freighter. Os Superfreighter tinham nariz alongado, com maior capacidade
de carga. Eles também podiam ser convertidos para a versão de
passageiros "Super Wayfarer". Normalmente era configurado pelas empresas
para três carros e 20 passageiros ou dois veículos grandes e 12
passageiros.
O Bristol 170 também foi operado como aeronave militar.
No Brasil a Real foi a única a operar esse modelo
entre 1946 e 1948. Porém não teve uma boa experiência e acabou
aposentando a aeronave em pouco tempo.
Operadoras no Brasil: Real
Type 170 Freighter Keith Burton Type 170 Superfreighter |
Origem: Inglaterra
Produzido: 1
Super
Wayfarer) Super Wayfarer) 2 de dezembro de 1945
Pista mínima para decolagem: 760 m
Após a Segunda Guerra Mundial a
BOAC pediu para a Bristol Aircraft um
novo avião de médio alcance. Vários projetos foram sugeridos e o
vencedor foi o "Type 175". A aeronave era um quadrimotor
com capacidade para cerca de cinquenta passageiros. A principal vantagem
da aeronave era o uso de motores turboélices, mais modernos e
eficientes que os motores a pistão utilizados pelos
DC-7 e Super
Constellation. Em 1948 projeto foi
revisado para acomodar mais passageiros e ter um alcance maior, adequado
para voos de longa distância. Durante o desenvolvimento, os protótipos
enfrentaram problemas relacionados a formação de gelo, o que atrasou a
entrada em serviço enquanto soluções eram testadas.
Em fevereiro de 1957 a BOAC fez o
primeiro voo comercial com o Bristol Type 175 Britannia 100 entre Londres e
Johanesburgo.
Depois da série 100, a Bristol aperfeiçoou a aeronave resultando nas
séries 200 e 300. As novas versões tinham três metros a mais na fuselagem,
carregavam mais passageiros e tinham alcance maior. O Britannia 200 era
totalmente cargueiro, o Britannia 250 era metade passageiro e metade
carga e o Britannia 300 a versão só de passageiros. Depois veio a versão
300LR (Long Range - maior alcance), também conhecida como 305. A última
versão ficou conhecida como Britannia 320, com motores mais potentes.
Em dezembro de 1957 a BOAC foi a
primeira companhia aérea a voar entre Londres e Nova York com um
turbo-hélice, Bristol Britannia 300. No entanto quando entrou no
mercado, após os atrasos no seu desenvolvimento, os jatos já eram uma
realidade. O Britannia acabou chegando tarde demais e as suas vantagens
sobre os modelos anteriores já haviam sido superadas pelos jatos.
Em 1959 Bristol se fundiu com outras fabricantes inglesas, formando a British Aircraft Corporation (BAC).
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Origem: Inglaterra
Produzido: 1
km
Companhia Lançadora:
BOAC