Sukhoi Superjet 100 / 130

O desenvolvimento do Sukhoi Superjet começou em 2000. O objetivo era criar um jato regional avançado e eficiente, capaz de competir com os Bombardier CRJs e Embraer E-Jets, além do Antonov An-158. Para isso a Sukhoi buscou uma parceria com a Boeing e importou peças de outros países como Estados Unidos, França, Canadá, Alemanha e Itália. Além disso o jato incorporou a tecnologia fly-by-wire e está equipado com glass cockpit e manche lateral ao invés do tradicional volante. Os motores do Superjet foram construídos pela PowerJet, uma parceria entre a rússia NPO e a francesa Snecma. Apesar da busca pela eficiência, a grande vantagem do Sukhoi Superjet é o seu preço, bem mais baixo que os seus concorrentes.
Inicialmente foram pensadas três versões do Russian Regional Jet: RRJ-60, RRJ-75 e RRJ-95, para 60, 75 e 95 passageiros, respectivamente. Porém a menor versão, RRJ-60, foi descartada e as outras duas passaram a ser conhecidas como Superjet 100/75 e Superjet 100/95. A primeira versão escolhida para desenvolvimento foi a de maior capacidade Superjet 100/95, renomeada para Superjet 100 em 2005. A primeira unidade começou a ser produzida em 2006 e realizou o primeiro voo em 2008. No entanto o Superjet 100 foi a única versão produzida até então, a versão menor para 75 passageiros também acabou sendo descartada.
Em de abril de 2011 foi realizado o primeiro voo comercial, entre Yerevan e Moscou.
Em 2013 foi lançada a versão de longo alcance, SSJ-100LR. O primeiro voo comercial dessa versão ocorreu no dia 4 de março de 2014.
Em meados de 2017 a fabricante começou a sofrer algumas reclamações de operadores, que alegavam demora para receber peças de reposição e suporte para fazer a manutenção das aeronaves, que permaneciam muito tempo paradas, afetando a lucratividade. Outro ponto que pesou contra o Superjet foram quatro acidentes, ocorridos em 2012, 2015, 2018 e 2019, fazendo com que as companhias aéreas temessem que os seus passageiros evitassem voar no modelo. O resultado foi que as vendas do Superjet começaram a ficar cada vez mais escassas. Para tentar reverter a situação, o governo russo iniciou, em 2018, o desenvolvimento da versão SSJ-100R, com cerca de 10-15% mais componentes russos. Em 2019 o SSJ-100R foi revisado, dessa vez com o objetivo de aumentar a participação de componentes russos para 97% do total, diminuindo a dependência de componentes estrangeiros. Além disso a fabricante também estuda uma versão maior, conhecida como Sukhoi Superjet 130NG, com capacidade de 130 a 145 passageiros, tornando-a capaz de substituir aeronaves do porte do A319 e Boeing 737.
Em 2022 o Sukhoi Superjet foi mais uma vez afetado negativamente com as consequências da guerra na Ucrânia. As sanções da União Europeia e dos EUA contra a Rússia, tornaram qualquer aeronave russa dependente de parcerias internacionais com o ocidente inviáveis. O projeto do SSJ-100R passou então a focar no desenvolvimento de uma versão 100% produzida na Rússia.

 


Kulverstukas

 

Origem: Rússia
Produção: 2007 - hoje
Comprimento: 29,94 m
Envergadura: 27,80 m
Altura: 10,28 m
Capacidade de combustível: 15,8 mil litros
Peso: 25 toneladas
Peso máximo de decolagem/pouso: 41-49/25 toneladas
Motores: 2x
PowerJet SaM146
Empuxo: 14 (2x 7) tonf
Velocidade de cruzeiro: 828 km/h (mach 0.78)
Velocidade máxima: 870 km/h (mach 0.81)
Altitude de cruzeiro: 12,5 km (41 mil pés)
Pista mínima para decolagem: 1,6 a 2,0 km
Passageiros: 86 a 108
Primeiro voo:
19 de maio de 2008
Alcance: 3048 a 4578 km
Companhia Lançadora: Armavia
Concorrentes: Embraer E-190/E-195, Bombardier CRJ-900/1000, Airbus A220-100, Comac ARJ21, An-158
Entregues: 229

 

 

 

Yakovlev Yak-40

A fabricante de aeronaves foi fundada em janeiro de 1934 pelo engenheiro aeronáutico Alexander Sergeyevich Yakovlev. Em 1924 Alexander havia construído a sua primeira aeronave, o planador AVF-10, e, em 1927, sua primeira aeronave, o biplano de dois lugares AIR-1. Com a chegada da Segunda Guerra Mundial, a empresa desenvolveu vários aviões militares para o governo russo, tais como os caças Yakovlev Yak-1, Yak-3, Yak-7 e Yak-9 e os bombardeiros Yakovlev Yak-2 e Yak-4. Após a guerra, a empresa continuou fabricando aeronaves militares, além de aeronaves para treinamento, acrobacias e de uso geral.

Apenas no início da década de 1960 a Yakovlev se voltou para o mercado de aviação comercial. Respondendo a um pedido da Aeroflot por jatos para rotas internacionais de curta e média distancia e voos domésticos, a Yakovlev iniciou o projeto do Yak-40, a primeira aeronave comercial projetada pela empresa. Sua principal característica era a possibilidade de operar em aeroportos com pouca infraestrutura e pistas curtas não pavimentadas. Para isso a fabricante projetou uma aeronave de asa baixa, com três motores localizados na parte de trás da fuselagem e cauda em "T". A escolha de três motores aumentava a segurança operacional, especialmente em áreas remotas sem infraestrutura para manutenção. O Yak-40 possuí sua própria escada, permitindo o embarque e desembarque sem qualquer necessidade externa. Suas asas possuem flaps grandes, que garantem velocidades de aproximação baixas.
O Yak-40 entrou em operação pela Aeroflot em setembro de 1968. Porém a aeronave não ficou só na URSS e fez sucesso mundial, sendo a primeira aeronave soviética a obter certificados de voo da Itália e da Alemanha Ocidental. O Yak-40 passou pela América Latina em 1972 com voos de demonstração, inclusive no Brasil. No entanto não encontrou compradores na região. Em seus quase quinze anos de produção, foram produzidos mais de mil unidades do Yak-40, consagrando-o como um dos jatos comerciais soviéticos de maior sucesso.

 

 


Fyodor Borisov - TransportPhoto Images - Russian APT

 

Origem: URSS
Produção:
1967 - 1981
Comprimento: 20,36 m
Envergadura: 25,0 m
Altura: 6,50 m
Capacidade de combustível: 3.910 litros
Peso: 9 toneladas
Peso máximo de decolagem: 15 toneladas
Motores: 3x
Ivchenko AI-25
Velocidade de cruzeiro: 550 km/h
Velocidade máxima: 850 km/h
Altitude de cruzeiro: 8 km (26 mil pés)
Pista mínima para decolagem: 0,85 km
Passageiros: 27 - 40
Primeiro voo: 21 de outubro de 1966

Alcance: 1.800 km
Companhia Lançadora: Aeroflot
Concorrentes: Fokker F-28
Entregues: 1.012

 

 

 

Yakovlev Yak-42

Em 1972 a Yakovlev lançou o Yak-42, baseado no Yak-40, porém maior, mais pesado e com motores mais potentes. O Yak-42 acabou enfrentou forte concorrência interna de outras aeronaves soviéticas, como o Tu-154. Sua capacidade intermediária o colocava em um nicho de mercado limitado. Além disso o Yak-42 entrou em serviço em um momento de crescente estagnação econômica na União Soviética, o que contribuiu para o seu menor desempenho nas vendas em relação ao antecessor Yak-40.
O colapso da União Soviética, em 1991, colocou a indústria aeroespacial russa em crise. Apesar da aviação militar conseguir se manter forte, a construção de aeronaves civis no país começou a despencar ano a ano. Como solução o então presidente Vladimir Putin emitiu o Decreto Presidencial nº 140 que determinou a fusão das fabricantes de aeronaves russas sob uma mesma entidade: United Aircraft Corporation (UAC), criada em fevereiro de 2006, e que passou a ficar responsável pela produção das aeronaves já existentes. Em 2007 a fabricante também começou a anunciar projetos para as suas próprias aeronaves.

 

 


Aldo Bidini

 

Origem: URSS/Rússia
Produção:
1979 - 2003
Comprimento: 36,38 m
Envergadura: 34,88 m
Altura: 9,83 m
Capacidade de combustível: 3.910 litros
Peso: 33 toneladas
Peso máximo de decolagem: 57 toneladas
Motores: 3x
Lotarev D-36
Velocidade de cruzeiro: 740 km/h
Velocidade máxima: 850 km/h
Altitude de cruzeiro: 9,6 km (31,5 mil pés)
Pista mínima para decolagem: 1,8 km
Passageiros: 120
Primeiro voo: 7 de março de 1975

Alcance: 4.000 km
Companhia Lançadora: Aeroflot
Concorrentes: Boeing 727-100
Entregues: 187

 

 

 

Yakovlev/Irkut MC-21

O MC-21 é uma aeronave narrow-body desenvolvida pela UAC, através de sua subsidiária Irkut Corporation. O projeto foi lançado oficialmente em 2007 e aproveita o projeto do Yakovlev Yak-242, que seria baseado no Yak-42. Desde 2006 todas as fabricantes de aeronaves russas foram fundidas em uma única empresa, UAC, que passou a desenvolver todas as aeronaves comerciais de forma unificada. A ideia era combinar a tecnologia e o expertise das fabricantes russas em uma empresa só, podendo assim ser capaz de lançar aeronaves mais eficientes. O MC-21 recebeu a missão de fazer frente aos jatos mais populares do mundo, Airbus A320 e Boeing 737. A sigla "MC-21" quer dizer "Aeronave Comercial do Século XXI" em russo. Aproximadamente 40% do MC-21 é feito de materiais compostos, incluindo a fuselagem e asas de fibra de carbono, reduzindo peso e aumentando a eficiência de combustível.
As sanções internacionais impostas à Rússia devido à invasão da Crimeia, em 2014, e agravadas pela guerra na Ucrânia, em 2022, tiveram forte impacto no projeto do MC-21. As sanções bloquearam o acesso a materiais, peças e parcerias com empresas dos EUA e Europa, forçando a Rússia a buscar fornecedores nacionais e redesenhar partes da aeronave. Com isso o lançamento do MC-21, previsto para 2016, teve que ser adiado. Em maio de 2017 o MC-21 realizou o seu primeiro voo, porém o primeiro protótipo ainda utilizava peças não russas. A necessidade de utilizar motores e aviônicos russos atrasou a entrada em serviço para pelo menos 2026.

 


Osipov Dmitry

 

Origem: Rússia
Produção:
em desenvolvimento
Comprimento: 42,2 m
Envergadura: 35,9 m
Altura: 11,5 m
Capacidade de combustível:
Peso:
Peso máximo de decolagem: 79 toneladas
Motores: 2x
Aviadvigatel PD-14
Velocidade de cruzeiro: 850 km/h
Velocidade máxima: 900 km/h
Altitude de cruzeiro:
Pista mínima para decolagem: 2,2 km
Passageiros: 132 - 165
Primeiro voo: 28 de maio de 2017

Alcance: 6.000 km
Companhia Lançadora:
Concorrentes:
Entregues: 5

 

 

 

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