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Em 1952 a VARIG comprou a Aero Gal, o que possibilitou a companhia a expandir suas linhas para o Nordeste, passando a atender a também Vitória, Salvador, Maceió, Recife, João Pessoa e Natal. Em 1953 a rota para Montevidéu foi expandida para Buenos Aires, o segundo destino internacional da VARIG. O primeiro voo decolou no dia 30 de junho, na rota Rio de Janeiro - São Paulo - Porto Alegre - Montevidéu - Buenos Aires, operado com o Curtiss C-46 três vezes por semana. Nessa época o voo durava cerca de sete horas e 10 minutos.
Em 1953 a VARIG sofreu uma reestruturação completa depois que recebeu autorização do governo para operar voos aos Estados Unidos. Para isso a companhia encomendou aeronaves Convair 240 e os quadrimotores Lockheed Super Constellation. Os Convair 240 eram as aeronaves mais velozes da época e iriam alimentar os voos feitos pelos Constellations. A VARIG criou também um serviço de bordo de alto padrão, oferecendo o melhor atendimento aos passageiros em terra e em voo.
No dia 28 de julho 1955 decolou o primeiro voo da VARIG com destino a Nova York. Inicialmente eram dois voos semanais que partiam do Rio de Janeiro e seguiam para Nova York, com escala em Belém, Port of Spain e Santo Domingo. O voo também seguia para o sul, saindo do Rio de Janeiro, passando por São Paulo, Porto Alegre, Montevidéu, até Buenos Aires. Com o voo para os EUA, a VARIG contratou, pela primeira vez, comissárias mulheres, pois até então somente homens atuavam nessa função. Como os Constellations tinham camas, não era conveniente que mulheres e crianças com roupas de dormir fossem atendidos por homens. O conforto e o serviço de bordo oferecido pela VARIG nos Constellation eram inigualáveis e fizeram com que a companhia fosse reconhecida internacionalmente pela sua qualidade. Os Super G Constellations possuíam 15 assentos de Classe Turística na parte da frente do avião: 5 fileiras, 3 de um lado e 2 do outro. Dois lavatórios vinham logo atrás, seguidos de 28 assentos de Primeira Classe dispostos em 4 fileiras, dois a dois. Depois havia uma sala de estar, com assentos giratórios. E depois mais 11 assentos de Primeira Classe. A cozinha da VARIG contava com um cozinheiro da Família Real Russa e para muitos a comida da VARIG era melhor do que de qualquer restaurante no Brasil.
Para manter a sua posição de
pioneira e estar a frente de seus concorrentes, a VARIG encomendou os
primeiros jatos Boeing 707, em setembro de 1957, e Caravelle em
outubro.
Em setembro de 1959 chegou o primeiro jato do Brasil, o Caravelle da
VARIG. Primeiramente os Caravelle foram utilizados na rota para Nova
York. A VARIG foi a primeira companhia do mundo a operar um jato
puro no aeroporto JFK em Nova York. Com os Caravelle, a duração do
voo entre o Rio de Janeiro e Nova York foi reduzida de 25 horas para
14 horas. Porém os Constellation ainda dividiam a rota com os
Caravelle. A rota era feita 2 vezes por semana com o Constellation e
2 vezes por semana com o Caravelle, num total de 4 frequências
semanais.
Década de 50 |
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Evolução da frota:
Mapa de rotas regional, nacional e
internacional - 1956
Convair 240 / Interior do Convair 240 / Construção do
Caravelle da VARIG
Aeroporto de Porto Alegre nos Anos 50: Convair
240, DC-3 e Lockheed Super G Constellation (Museu VARIG)
EM FOCO: Varig VS. Real
Desde
julho de 1955 todas as atenções da VARIG estavam
voltadas para a sua mais glamorosa rota ligando o Rio de
Janeiro a Nova York. Porém a companhia tinha duas
principais concorrentes a americana Pan Am e a
brasileira Real. A Pan Am era simplesmente a maior e
mais poderosa companhia aérea do mundo e para competir
com ela a VARIG sabia que precisava caprichar no serviço
tanto em terra quando a bordo. Já a Real também
era novata nas rotas internacionais e passou a voar para
Los Angeles e Miami depois de comprar a Aerovias. A Real
chamava atenção pelas tarifas abaixo da média, mas a
disputa mais marcante ficou mesmo por conta de quem
tinha a aeronave mais moderna. |