O sucesso de vendas Boeing 727 estava ficando velho
e a Boeing
começou a pensar em um novo modelo para substituí-lo. Inicialmente ela
iria fazer uma nova versão do 727, conhecida
como Boeing 727-300. Mas as companhias aéreas não demonstraram nenhum
interesse e então a Boeing
resolveu criar um avião totalmente novo.
O Boeing 7N7 foi anunciado em 1978 e depois se transformou no Boeing 757. Os
modelos 757 e 767 foram produzidos
simultaneamente e por isso possuem características muito semelhantes, o
que habilita o piloto de uma aeronave voar na outra com um mínimo de
treinamento. Outra grande vantagem do 757 é a autonomia, fazendo com que
a aeronave consiga voar distâncias entre os Estados Unidos e a Europa. O
interior da cabine de passageiros foi redesenhado.
Projetado após a Crise do Petróleo, a Boeing concentrou seus esforços na
economia de combustível. Com o avanço da tecnologia, o B757 pôde ser
equipado com apenas dois motores, mais modernos e eficientes, podendo
gerar uma economia de combustível de até 20% em relação ao Boeing 727.
A maior relação empuxo-peso do 757 permite que ele seja capaz de decolar
de pistas curtas e operar em regiões quentes e altas. O Boeing 757
também incorpora melhorias aerodinâmicas, o uso de materiais mais leves,
asas mais eficientes, nariz alargado, sistemas de gerenciamento de voo (FMS)
e glass cockpit, que contribuíram para uma redução no consumo de
combustível em 10%. Outra inovação da aeronave foi a eliminação do
engenheiro de voo devido a sua maior automação. A ideia inicial da
Boeing era oferecer o Boeing 757-100 com capacidade para 160 passageiros
e o Boeing 757-200 com capacidade para 180 passageiros. Porém nenhum
companhia aérea se interessou pela versão 100, que acabou sendo
descartada.
O primeiro voo
aconteceu no dia 19 de fevereiro de 1982 e primeira entrega dez
meses depois, para a Eastern Airlines.
O 757-200 entrou em serviço
no dia 1 de janeiro de 1983. Apesar de tantas características positivas,
as vendas do Boeing 757 ficaram estagnadas durante a maior parte da
década de 1980, as companhias aéreas preferiram aeronaves menores e mais
baratas como o Boeing 737 e
MD-80. Finalmente, no final da década as vendas
começaram a decolar, com a demanda por aeronaves com maior capacidade e
maior alcance.
O 757-200 ganhou um novo impulso com a autorização para voos de longas
distâncias (ETOPS). Principalmente nos anos 2000 muitas companhias
aéreas americanas usaram o 757 para realizar voos para Europa em rotas
de menor demanda.
O Boeing 757-200 também fez muito sucesso no setor de carga. A versão
cargueira foi lançada em dezembro de 1985, com uma encomenda de
vinte unidades da UPS. O Boeing 757-200F (também
conhecido como Boeing 757-200PF ("Package Freighter") entrou em serviço
em 1987. O Boeing 757-200SF (Special Freighter) são os B757 de
passageiros que foram convertidos para cargueiros. Em 1986 a Boeing
lançou a versão conversível passageiro-carga, conhecida como Boeing
757-200M.
No final dos anos 90 as vendas do 757 começaram a diminuir e a Boeing
resolveu encerrar a produção da aeronave em 2003. A última entrega foi
para a Shanghai Airlines em 2005. A Boeing escolheu o
Boeing 737-900 como sucessor do 757, porém a
principal desvantagem é o alcance muito menor. Para amenizar isso a Boeing lançou o
Boeing 737-900ER (Extended Range), no
entanto o alcance ainda é menor do que o do 757.
Em meados de 2009 os Boeing 757 puderam também ganhar os Winglets, que
reduzem o consumo de combustível.
Operadoras no Brasil: Colt Cargo,
Oceanair,
Varig, Varig Log
AirNikon Collection-Pima Air and Space Museum
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Modelo: | Construídos: | Acidentes: |
B757-200 | 809 | 10 |
B757-200F | 186 | 3 |
TOTAL: | 995 | 13 |
Ativos: | 525 | |
Origem: Estados Unidos
Peso da aeronave: 57,8 toneladas
Peso máximo decolagem/pouso: 155/95 toneladas Capacidade de combustível: 43,4 mil litros
Rolls-Royce RB211-535E4
ou
RB211-535E4B ou
-20) tonf
km
Altitude de Cruzeiro: 12,8 km (42 mil ft)
Pista mínima para decolagem: 2,91 km
km
Eastern Air Lines
Maior operador (encomendas diretamente do fabricante):
United
Capacidade de carga (757F):
39,78 toneladas
Comparar com outras
aeronaves
Boeing 757-300
Em 1996 a Boeing anunciou oficialmente o lançamento do 757-300 graças a
encomenda de 12 unidades feita pela empresa charter alemã
Condor.
Trata-se de uma versão alongada do 757-200, se tornando o maior bi-reator de corredor único do mundo anti tail-strike. A Boeing via na versão 300 um bom substituto
para o Boeing 767-200 em rotas curtas e médias. Porém as companhias
aéreas preferiram a versão maior Boeing 767-300 ou aeronaves menores
como o
Boeing 737-800.
O Boeing 757-300 fez mais sucesso com as companhias charter devido a sua
alta capacidade de passageiros e economia, porém não encontrou muitos
compradores.
Ao ter sua produção encerrada, em abril de 2004, apenas 55 unidades
foram entregues, um dos piores desempenhos de aeronaves a
jato da Boeing.
Gordon Ho
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Origem: Estados Unidos
Peso da aeronave: 64,5 toneladas
Peso máximo decolagem/pouso: 123/101 toneladas Capacidade de combustível: 43,4 mil litros
16-20) tonf
km
Altitude de Cruzeiro: 12,8 km (42 mil ft)
Pista mínima para decolagem: 2,92 km
km
Royal Nepal Airlines
Maior operador (encomendas diretamente do fabricante):
NWA
Comparar com outras
aeronaves
Construídos: 55
Em Operação: 50
Acidentes: 0
atualizado em 2023