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VEM: orgulho para o Brasil
Antes de começar a ler esta matéria, gostaríamos de
avisar aos leitores assinantes que estes quatro artigos
sobre a VEM - Varig Engenharia e Manutenção - foram
publicados em dezembro na seção Destacando, exclusiva
para assinantes, mas agora migram para a seção Aviação e
Marketing atendendo a pedidos da própria da VEM, como
você pode ler a seguir:
Caríssimo Gianfranco,
... Costumamos enviar um comunicado interno, informando
aos nossos colaboradores sobre o que a imprensa divulga
da nossa empresa. Você poderia me enviar, um link para
nossa matéria? Eu iria apenas replicar para "todos",
mencionando que mais uma vez a VEM é destaque em um site
de aviação... Abraços, Denize Moraes
Aí vai, leitor do Jetsite: conheça agora a VEM, um
verdadeiro motivo de orgulho para qualquer brasileiro.
Empresas são exatamente como pessoas: nunca há duas
iguais. Suas características únicas, o seu DNA, está
impresso de forma indelével em sua história e em seus
profissionais. Ao longo dos anos, a personalidade de uma
companhia é formada, e assim como nas pessoas, acaba
sendo parte tão integrante de suas ações como seu código
genético.
Consequentemente, ao longo da história, uma empresa
pode, como uma pessoa, evoluir, ficando experiente ao
invés de velha. Madura, ao invés de cansada. Sábia, ao
invés de meramente vivida. E como apenas uma seleta
minoria, ao atingir a maioridade, esta empresa pode
ainda apresentar muita garra, que aliada à sabedoria e
visão, pode usar para se reinventar, para renascer, para
buscar a perfeição.
Estamos traçando o perfil da VEM -Varig Engenharia e
Manutenção - a coligada do Grupo Varig que desde 1º de
Janeiro de 2002 é uma unidade geradora de negócios para
o grupo, prestando serviços à própria Varig e a
terceiros. O Jetsite foi convidado a conhecer de perto
as duas principais bases de operação da VEM,
localizadas, seguindo o DNA da Varig, em seus principais
centros operacionais até o final dos anos 80: Porto
Alegre, a tradicional sede da Varig e Rio de Janeiro -
Aeroporto Tom Jobim, até poucos anos atrás o principal
hub intercontinental da empresa.
Depois de dois dias de visita, saímos com a confirmação
de nossas mais altas expectativas. Se qualquer empresa
tem pontos fortes e fracos, a VEM pode ser considerada,
sem dúvida alguma, uma das maiores razões de justificado
orgulho para o grupo Varig e mesmo para o Brasil. Em
cada funcionário, de seu presidente Evandro Braga de
Oliveira ao motorista Manoel, que nos recebeu em Porto
Alegre, notamos um senso de missão, de propósito, de
orgulho em vestir a camisa da empresa. Em cada
departamento, em cada setor, por detrás de cada porta
aberta para nossa visita, encontramos pessoas realizadas
com o que fazem, orgulhosas de seu trabalho, ciosas de
sua responsabilidade, cientes de seus deveres. Se a
imagem da Varig ocupa um lugar de destaque na aviação,
muito disto se deve ao rigor e profissionalismo deste
notável grupo de 4.200 profissionais. A exemplar
organização em todos os aspectos, o rigor "germânico"
com os detalhes e com a busca da excelência, mostram
porque a VEM hoje conquista clientes em países tão
distantes quanto a Tailândia. Chega de conversa: vem pra
VEM você também.
Origens: o legado de um rigor prussiano
Para falar da VEM, empresa que oficialmente tem menos de
dois anos de vida, precisamos antes fazer uma volta ao
passado e conhecer a manutenção da Varig, que explica
toda a origem da companhia.
Meyer, Berta, Kastrup, Schuetz, Smidt, Thomas, Engels,
Abs. Não se trata da seleção de futebol da Alemanha,
embora possa parecer. É simplesmente a lista de
sobrenomes de famosos, históricos presidentes da Varig,
que quase sem exceções, nasceram ou na própria Alemanha,
ou de famílias alemãs radicadas no Rio Grande do Sul e,
menos frequentemente, no Rio de Janeiro.
A lista exemplifica, sem margem a dúvidas, uma das
características mais marcantes do DNA da Varig: a forte
influência alemã, e consequentemente, a paixão desmedida
pelo "lado técnico", pelo rigor nos detalhes, pelo amor
à exatidão. Estes podem não ser atributos interessantes
para, digamos, uma empresa dedicada às artes e
espetáculos. Mas certamente, é tudo o que se deseja de
uma companhia aérea - em primeiro lugar. Afinal,
segurança é o alicerce, a fundação que sustenta a imagem
de uma transportadora aérea e fator primordial para a
própria existência da companhia aérea. A imagem de seus
serviços, por exemplo, pode até não ser exemplar, mas o
passageiro se recusará a voar numa companhia que inspire
dúvidas quanto à segurança de suas aeronaves e
operações.
Isto é algo que jamais aconteceu com a Varig. Em boa
parte, graças à sua rigorosa e exemplar manutenção. A
origem vem desde os tempos dos hidroaviões Dornier Wal,
que nem bem amerissavam nas águas do Guaíba, já contavam
com uma oficina de manutenção construída exclusivamente
para atendê-los, localizada na extremidade sul da Ilha
Grande Dos Marinheiros, em Porto Alegre.
Sem exceção, a primeira turma de mecânicos da Varig era
formada por técnicos alemães, que com seu rigor típico,
começaram, desde a primeira porca e parafuso, a
implementar na companhia uma mentalidade de tolerância
zero à improvisação, ao descuido, à falta de cuidado ou
de asseio, fosse no trato das peças, fosse na aparência
dos próprios hangares e oficinas.
Mas a Era dos Hidroaviões duraria pouco. Alguns anos
depois, as oficinas já operavam no aeródromo da Várzea
do Gravataí, atendendo à crescente frota de aeronaves
terrestres da Varig: os Dornier, Junkers e Klemm. Além
dos mecânicos dedicados, os pilotos dos cinco aviões que
compunham a frota da Varig em 1932 também eram treinados
para reparar, ou ao menos, conheciam profundamente os
sistemas e peças principais dos aviões que conduziam.
Quando estourou a Segunda Guerra, a manutenção da frota
de origem predominantemente alemã da Varig entrou numa
fase crítica: importar peças da Alemanha, da noite para
o dia, tornou-se impossível. Para manter a frota no ar,
seria preciso extrair de cada peça, de cada componente,
o máximo de performance e longevidade, algo que só
poderia ser conseguido com dedicação e cuidados quase
religiosos. Mais uma vez, o destino se apresentava para
moldar a personalidade do departamento de manutenção da
empresa.
A guerra fez com que a frota da Varig passasse a
incorporar aeronaves norte-americanas. Os primeiros
Electra L10 e Douglas DC-3 / C-47 serviram de escola na
transição para aeronaves yankees. Assim, na década de
50, os hangares de manutenção da Varig em Porto Alegre
foram ganhando gradativamente oficinas adjacentes, que
por sua vez, eram ocupadas por técnicos cada vez mais
especializados em peças e sistemas que então eram
novidade para a empresa, tais como os sistemas
hidráulicos, pneumáticos e elétricos, utilizados nas
novas e mais complexas aeronaves que a "gaúcha" começava
a receber: os Convair e Constellation.
Esta clássica aeronave foi, talvez, a grande responsável
por um dos maiores saltos evolutivos da manutenção da
Varig. Muito maior e bem mais avançado que o DC-3, a
incorporação dos Connies obrigou a Varig a investir
pesadamente no setor, e com isto, costruir novas
oficinas de motores, hélices e sistemas. Nos anos
seguintes, a introdução dos jatos Caravelle e 707
tornariam as oficinas de Porto Alegre as mais completas
e preparadas da América do Sul, colocando a Varig desde
então na liderança do setor de MRO (Maintenance, Repair
e Overhaul) em toda a América do Sul.
Os novos jatos intercontinentais passaram a operar
principalmente desde o Aeroporto do Rio de Janeiro -
Galeão. E foi portanto uma escolha lógica para a empresa
estabelecer lá mesmo sua maior base de operações, o
gigantesco complexo do Centro de Manutenção (CEMAN) do
Rio de Janeiro, ocupando uma área total de de 200.000
metros quadrados. Apenas o hangar principal, o maior da
América do Sul e um dos cinco maiores do mundo, é capaz
de abrigar simultaneamente 3 Boeings 747 e 3 ou 4 jatos
de fuselagem convencional.
VEM: herdeira da tradição
Nos últimos anos, o ritmo das mudanças experimentadas
pela aviação comercial superou em muito todas as
experiências vividas nas décadas anteriores. A Varig não
passou, como nenhuma outra empresa aérea, incólume à
esta verdadeira reviravolta no negócio da aviação. Novas
necessidades e desafios, um ambiente cada vez mais
competitivo, além de um mercado cada vez menos fiel,
começaram a cobrar seu preço. Mais recentemente,
mudanças como o advento da internet, video-conferência e
até mesmo ameaças inéditas tais como o terrorismo e
epidemias, quebraram os paradigmas e mudaram para sempre
os dogmas que pautavam o setor.
A busca incessante da racionalização, da maximização e
da extração total do retorno de cada centavo e
hora-homem disponíveis nas empresas aéreas passou a ser
mais do que um desejo, mas uma necessidade de
sobrevivência. E a administração da Varig sabia muito
bem do valor das "Jóias da Coroa". Sabia dos muitos
milhões de dólares investidos em máquinas, treinamento,
oficinas, hangares e peças de reposição sob a guarda de
seu Departamento de Manutenção.
O passo seguinte foi o de, paulatinamente, começar a
tentar extrair de todo esse gigantesco capital
imobilizado, recursos para não só financiar a constante
necessidade de reinvestimento e atualização, bem como,
numa segunda etapa, capacitar o departamento a prestar
serviços a terceiros, trazendo resultados adicionais ao
Grupo Varig.
Em 1997, a Diretoria foi desmembrada e transformada em
Vice-Presidência de Manutenção, recebendo a missão, na
condição de unidade de negócios, de buscar a geração de
lucros para o Grupo Varig. A idéia mostrou-se acertada e
culminou com a criação, em 22 de Outubro de 2001, da
Varig Engenharia e Manutenção - VEM. Oficialmente
operando desde o primeiro dia de 2002, a VEM passou a
executar a manutenção, reparos e modificações (em
inglês, MRO- Maintenance, Repair, Overhaul) de todas as
aeronaves das empresas ligadas ao Grupo Varig (Varig,
Rio-Sul, Nordeste, BRA e Pluna).
E que produtos e serviços presta uma empresa de MRO?
Oficialmente, a lista de serviços é longa e fica mais
fácil publicá-la integralmente:
Checks A, B, C e D; Checks diários e pernoites
(manutenção de linha); Boletins de serviço -
modificações, reparos e inspeções; Overhaul e Block
Overhaul; Projetos de instalação/modificação de sistemas
eletrônicos e interiores; Especificação de reparos
estruturais; Na linha de aviões regionais a VEM realiza
inspeções de até 6.000h no EMB-120 e de 12.000h no F-50,
além de check C nos Embraer ERJ 145 e 135.
Como se vê, ao contrário do que se pensa, eles não são
apenas os programas de manutenção periódica, que vão
desde a manutenção de linha (aeronaves em trânsito) até
a manutenção pesada de aeronaves (checks C e D).
Englobam também a revisão de componentes aeronáuticos,
modificações e conversões de aeronaves, revisão de
motores (turbinas) e serviços de engenharia sob medida.
Além destes, e não menos importantes, há também os
programas de modificação, atualização e até serviços
cosméticos, como você vai ver em seguida.
Novos mercados
Contando com todas estas capacidades em casa, o
potencial da VEM deveria ser mesmo melhor explorado. A
decisão de buscar ainda mais ativamente a conquista de
novos clientes era um passo natural, ainda que não fosse
exatamente uma novidade na Varig: há décadas a companhia
prestava serviços para os aviões, peças, sistemas e
componentes de outras empresas, embora não tão
ativamente quanto hoje. Em resumo: a qualidade da
manutenção da Varig era comprada, e não vendida.
Apenas para citar alguns dos principais compradores:
Aerolineas Argentinas, Alitalia, American, Avensa, Copa,
Centurion, Continental, Cielos del Peru, FLY, Gemini Air
Cargo, GOL, JAL, Lan Chile, Lufthansa, Ocean Air, Rico,
TAAG e Thai, TRIP, dentre outras. A diferença agora é
que a VEM resolveu sair a luta e conquistar novos
mercados e clientes, ao ponto de que a empresa está se
capacitando para, em poucos anos, ter nada menos que 50%
de suas atividades dedicadas a serviços para terceiros.
Predicados para isto a VEM tem de sobra: dona do maior e
mais moderno parque industrial de manutenção aeronáutica
do hemisfério sul, formado pelos seus dois grandes
centros de manutenção (CEMAN - POA e CEMAN - GIG) e mais
45 bases espalhadas pelo país, a VEM já se estabeleceu
como uma das 10 maiores prestadoras de MRO em todo o
mundo.
Este crescimento só tende a aumentar: Afinal, a
companhia sabe que empresas menores, com frotas
inferiores a 20 ou 30 aeronaves, não têm mesmo escala
para arcar com os pesadíssimos investimentos necessários
para realizar seus próprios trabalhos de manutenção. Um
dos campos de crescimento da VEM é, portanto, o de
oferecer serviços de MRO para estas empresas menores,
buscando atender a este importante e crescente segmento
do mercado.
O presidente da VEM, Evandro Braga de Oliveira, resume
assim: "Empresas com frotas pequenas e médias, que são
maioria em nosso continente, praticamente não têm outra
alternativa senão a de terceirizar a manutenção de suas
aeronaves. Os centros de MRO tomam-se a opção acertada:
por serem especializados, podem oferecer menores custos
de mão-de-obra, prazos menores para a realização dos
trabalhos e, acima de tudo, mais qualidade".
Mas, como bem exemplifica o caso do contrato
recentemente assinado com a Thai, empresas grandes são
também clientes em potencial da VEM. Para conseguir
clientes de expressão como a companhia de bandeira da
Tailândia, que possui suas próprias oficinas, é
necessário apresentar uma combinação tão simples de
entender quanto difícil de encontrar: agilidade,
qualidade e preços competitivos. Se a VEM não tivesse
tudo isso, certamente a Thai não teria atravessado
literalmente meio mundo para contratar os serviços da
empresa.
Garantias Mundiais
Os produtos e serviços de uma empresa de MRO incluem a
manutenção pesada de aeronaves, a revisão de componentes
aeronáuticos, a manutenção de linha (aeronaves em
trânsito), modificações e conversões de aeronaves,
revisão de motores (turbinas) e serviços de engenharia.
Mas quem é que garante a qualidade dos serviços
prestados? Assim como nos eletrodomésticos ou em
automóveis, é preciso criar condições de obter a
autorização para prestar estes serviços.
Para conseguir estes certificados de qualidade, empresas
prestadoras de MRO precisam passar por rigorosíssimos
testes, feitos pelas autoridades internacionais
controladoras dos órgãos de aviação. Sem o selo de
aprovação destes organismos, um centro de MRO não pode
funcionar. Eles são o "Selo de Qualidade", instrumentos
definitivos e inquestionáveis da seriedade e organização
da empresa.
Sob este aspecto, a VEM pode dizer com orgulho que
atinge os mais elevados requisitos internacionais. A
empresa, que está tecnicamente capacitada a trabalhar
com mais de 7.000 itens e sistemas diferentes,
conquistou estes certificados nas suas principais
oficinas, porque estes certificados são tão rigorosos
que têm de ser expedidos por oficina (e não para toda a
empresa), pois cada base é auditada antes de receber o
selo de aprovação. Ou seja: cada oficina, uma por uma,
tem de ser homologada pelos principais organismos
mundiais.
Assim, oficinas da VEM são oficialmente autorizadas pela
FAA - Federal Aviation Administration (USA) e pela JAA -
Joint Aviation Authorities (Europa) em POA, GIG e SAO.
Pelo nosso DAC (Departarmento de Aviação Civil) no Rio (SDU/GIG),
São Paulo (GRU/CGH) e Porto Alegre. Pela DNA - Dirección
Nacional de Aeronavegabilidad (Argentina) em POA e mais
recentemente, pelo certificado DOA da Tailândia (no GIG).
Defesa e Aviação Executiva: novas oportunidades
Nossa FAB, a Fuerza Aérea Peruana, Fuerza Aérea Uruguaya
e Fuerza Aérea Argentina são alguns dos clientes de um
segmento que poderá trazer muitos negócios adicionais
para a VEM: o setor de Defesa. Os serviços de MRO, por
sua complexidade e necessidade de investimentos, acabam
muitas vezes sendo prestados também para Forças Aéreas,
muitas vezes elas próprias incapazes de manter,
economicamente, determinados tipos de aeronaves. Assim,
no caso da FAB por exemplo, os aviões Boeing 737, 707,
EMB-120 e futuramente os Legacy, são e serão mantidos
pela VEM.
Outra área de desenvolvimento para a VEM é o contrato de
parceria para disputar a concorrência F-X da FAB.
Juntamente com o grupo sueco SAAB, o Consórcio
VEM-Gripen posicionou-se para oferecer todo o suporte de
pós-vendas para o interceptador sueco, caso ele venha a
ser o jato escolhido para substituir os Mirages da FAB.
Finalmente, o setor de Aviação Executiva é mais uma
promissora área de atuação para a VEM, que conta com
contratos de excluividade para trabalhos de MRO dos
jatos da linha Gulfstream. A VEM já está certificada
para atender aos modelos G100 e G200, e em breve terá
também a certificação para trabalhar com os modelos
maiores da linha, os G300, 400, 450, 500 e 550. E, não
menos importante, também as aeronaves italianas da
Piaggio, especialmente o revolucionário P180 Avanti.
Com todas estas condições para buscar novos clientes,
você vai conhecer agora onde se realizam os trabalhos.
Vamos visitar as instalações da VEM em Porto Alegre e no
Rio De Janeiro. Juntas, as duas unidades podem receber
simultaneamente até 9 aeronaves de grande porte para
serviços pesados de MRO. A VEM estabeleceu um divisão de
trabalho: aeronaves de fuselagem convencional (narrow-bodies)
são prioritariamente trabalhadas em POA. Os wide-bodies,
aeronaves de fuselagem larga e dois corredores, são
cuidados pelo CEMAN-GIG.
Porto Alegre: Berço da excelência
Minha primeira visita ao CEMAN-POA deu-se em 27 de junho
de 1992. Fui visitá-lo por razões sentimentais:
perdidamente apaixonado pelo Electra, quiz matar a
saudade deles, que já não voavam desde janeiro daquele
ano. Peguei o telefone e assim, na galega, liguei para
Porto Alegre e expliquei que gostaria de vê-los. Qual a
minha surpresa quando, do outro lado, me disseram que
não haveria problemas. Agendamos a visita para a semana
seguinte.
E lá fui eu. Ao chegar ao endereço dos hangares, no
Largo Ruben Berta, já notei o peso da tradição de toda a
gloriosa herança da Pioneira. O busto do mais importante
presidente que a Varig já teve, postado na praça em
frente à entrada, deixa claro que por trás dos portões
azuis, existe uma organização que tem história, tradição
e orgulho de seus numerosos feitos.
Então, conduzido por simpáticos, apaixonados e solícitos
funcionários, passei um dia memorável, visitando os
hangares e os Electras lá parados. No final do dia, os
gaúchos presentearam o paulista aqui com uma peça, que
guardo até hoje como a mais preciosa homenagem que já
recebi, pois a mesma foi feita durante a minha visita
pelo pessoal da base. Trata-se de um verdadeiro
mini-troféu: uma palheta de turbina de Electra montada
sobre uma base de madeira, adornada com um plaquinha
feita especialmente para mim. Um verdadeiro tesouro.
Porque narro esta experiência pessoal no meio de um
texto jornalístico? Porque ela exemplifica perfeitamente
o "tipo" de material humano que forma o time da VEM:
profissionais e pessoas do mais alto gabarito, capazes
de gentilezas como esta, o que mostra claramente o
entusiasmo e paixão pela aviação, pelas aeronaves e pelo
mundo fantástico da manutenção. A mesma delicadeza e
paixão no trato com um visitante desconhecido é
empregada em cada reparo, revisão, em cada parafuso
apertado. Enfim, gente que ama o que faz.
Retornemos então à visita a Porto Alegre. Quase 12 anos
depois, atravesso os mesmos portões e ao invés de
Fokkers, Electras e Bandeirantes, vejo Boeings 737 NG,
ERJs e outras aeronaves avançadas sendo tratadas com
carinho e atenção máximos. Mudaram as aeronaves, mas a
simpatia e solicitude dos 1.774 funcionários da base
continuaram as mesmas. Hoje, as aeronaves no pátio
traduzem a crescente importância dos serviços à
treceiros realizados pela VEM. Além dos aviões do Grupo
Varig, ocupavam os 180.000 metros quadrados de área
total do CEMAN-POA aeronaves da Gol, TAAG, Total e Rico.
E se os gaúchos são naturalmente orgulhosos, motivos por
aqui é que não faltam: O CEMAN-POA é formado por 4
hangares, sendo que o maior deles, o complexo do hangar
Nº 4, construído a partir de 1986, tem 10.800 metros
quadrados e capacidade simultânea para abrigar 5
aeronaves de fuselagem convencional.
Durante nossa visita, fomos levados a conhecer entre
outras máquinas e aparelhos disponíveis, por exemplo, o
maior parque de sistemas e bancadas de testes da América
Latina, que conta com máquinas e equipametos
sofisticadíssimos, conhecidos como o Automatic Test
Equipment (A.T.E.). Ou então a retificadora Griffon GTW-U3
- uma das cinco existentes no mundo. Na oficina de
aviônicos, a bancada de testes de INS (Inertial
Navigation System), igualmente única na América Latina,
comprova que são muitas as razões de orgulho para o
pessoal da base POA.
GIG: capacidade para crescer
Se POA e seus 1.774 colaboradores representam a
tradição, instalada no coração e no berço da Varig /
VEM, poderíamos dizer que o CEMAN-GIG, localizado no
Aeroporto Internacional Tom Jobim, representa a evolução
da empresa, tanto em termos de espaço como em novas
possibilidades e especializações.
A visita à Área Industrial no Rio de Janeiro sempre
começa bem: já na entrada, quem chega é "recepcionado"
por um imaculado DC-3, o PP-VBF, o "Gate Guard" da
companhia. Em seguida, o visitante entra numa enorme
área com nada menos que 200.000 metros quadrados, sendo
que apenas o hangar conta com 11.000 metros quadrados e
capacidade simultânea para 4 aeronaves wide-body de
diferentes tipos (Boeing 747, 767, 777, DC-10 ou MD-11)
ou 3 Boeing 747 ao mesmo tempo. Por falar em tipos de
aeronaves, o centro está homologado para atender modelos
da Boeing (727, 737, 747, 767, 777), McDonnell Douglas (DC-10
e MD-11) e nos próximos meses, começará a trabalhar
também com a linha Airbus narrow-body (A318, A319, A320
e A321).
Oficinas Especializadas
Há várias divisões e oficinas nos CEMANs da Varig, cada
uma delas cuidando de áreas específicas e serviços
dedicados: a complexidade dos sistemas faz com a maioria
das máquinas, computadores e bancadas de testes sejam de
uso dedicado a determinados grupos de equipamentos. A
especialização, e como consequência, o conhecimento
profundo de cada uma das 7.000 peças, componentes e
sistemas homologados para serem cuidados nas oficinas é
total. Vamos rever as mais importantes.
Oficinas de Aviônicos: Certificada para reparos em todos
os componentes eletro-mecânicos das aeronaves, trata-se
de uma área de altíssima responsabilidade e de
tolerância zero à falhas e imprecisões, pois é
fundamental poder contar com a total confiabilidade dos
aviônicos para se realizar um vôo seguro. Apenas em POA,
a área total das oficnais de aviônicos é de 3.940 metros
quadrados, por onde passam anualmente mais de 36.000
componentes, trabalhados em 275.000 horas/homem ao ano.
São mais de 10.000 equipamentos sob controle e uma média
de 3.000 componentes revisados ao mês.Com as bancadas de
teste ATE 900, Iris 2000, ITS 700 e STS 1000, a VEM é a
principal oficina de aviônica da América Latina. Todos
os principais instrumentos de cockpit são revisados e
inspecionados nesta seção, que é subdividida em:
Oficina de Radar e Comunicação: Operando desde 1992,
presta serviços nos sistemas de rádios e equipamentos de
transmissão tais como os VHF, HF, radares, antenas,
transponders, rádio-altímetros, EHSI, EADI e sistemas de
entretenimento de bordo (Sony e Matsushita).
Oficina de Navegação: realiza serviços nos sistemas de
navegação inercial de longa distância (INS, Ômega, IRS),
curta distância (ADF, VOR, ILS) e também nos sistemas de
gerenciamento de posição, os TCAS.
Oficina de Instrumentos e Air Data: serviços nos
sistemas eletro-mecânicos (altímetros, velocímetros,
giros, HSI, ADI, etc), INUs (Honeywell e Litton) piloto
automático, FMS (Honeywell, Smiths) e nos os gravadores
de vôo CVR (Cockpit Voice Recorder) e FDR (Flight Data
Recorder) mais conhecidos como "caixas-pretas".
Oficina de Controles e Sensores: realiza serviços nos
sistemas de geradores de controle, sistemas anti-skid,sensores/controle
de vôo e painéis de controle.
Oficina de Equipamentos Elétricos: realiza serviços nos
equipamentos que compões os sistemas de atuação elétrica
das aeronaves: geradores, atuadores, switchers, relés,
fornos, etc.
Oficinas de Acessórios Fluido-Mecânicos
São várias oficinas especializadas nestes sistemas
altamente complexos das aeronaves. Estes podem ser de
atuação hidráulica, pneumática ou mecânica. Os
principais são:
Oficina de Acessórios Hidráulicos: No CEMAN -POA há uma
unidade dedicada a manutenção de atuadores, válvulas,
reservatórios de fluidos e atuadores de trens de pouso.
A oficina conta com bancos de teste de atuadores que
utilizam o fluido hidráulico Skydrol para poder examinar
os sistemas tais como: atuadores de pilotos automáticos,
servo-válvulas e servo-atuadores. Aqui são realizados
testes de atuadores de trem de pouso, portas e
superfícies, comandos e válvulas hidráulicas.
Oficina de Acessórios Pneumáticos: Aqui são realizadas
serviços em válvulas pneumáticas, atuadores, starters,
ACM (Air Cycle Machines), trocadores de calor, unidades
de refrigeração, sistemas a vácuo nos lavatórios,
sistemas internos de distribuição de oxigênio (máscaras,
filtros, válvulas) etc.
Oficina de Acessórios Mecânicos: Para revisões em
sistemas como caixas de transmissão, escadas retráteis,
carrinhos de flap, trilhos de flap, cabos de controle,
sistemas de drenagem de lavatórios, unidades de força
centrais, apenas para citar os mais importantes de uma
longa lista.
Oficinas de Acessórios de Óleo e Combustível: No CEMAN -POA
está um dos mais modernos banco de testes de injetores.
Adquirido pela VEM em 2000, tem a capacidade de testar
todos os tipos de injetores utilizados em turbinas,
desde APUs até motores de última geração como os
utilizados nos Boeing 777.
Esta bancada de testes examina injetores de combustível
individualmente ou em conjunto, medindo a performance do
conjunto através dos volumes de combustível liberados
pelos injetores em determinado intervalo de tempo. As
unidades de controle de combustível FCU (Fuel Control
Unit), MEC (Main Engine Control) e HMU (Hydro Mechanical
Unit) são também testadas nesta oficina. Os FMUs (Fuel
Metering Units) e FPMUs (Fuel Pump and Metering Units)
de geração mais avançada e utilizados nos A319/A320,
ERJ145 e 737NG, também são revisados aqui.
Oficina de Trem de Pouso: Nesta oficina são realizados
os serviços de revisão e restauração das partes
estruturais de trem de pouso. Não é a mesma oficina que
cuida de rodas: os cuidados aqui são com as partes
estruturais, com os sistemas de fixação e atuação com as
peças que, jutamente com rodas e pneus, formam o que se
costuma chamar de "conjuntos" de trens de pouso. Para
permitir total autonomia nos serviços, a VEM adquiriu em
1992 a Retífica Griffon GTW-U3 e o torno Geminis
GE-1600S, máquinas que permitem total auto-suficiência
para o setor, que com isto está capacitado a reparar
quaisquer conjuntos de trens de pouso de aeronaves
comerciais de grande porte.
Oficina de Estruturas (Metálicas e
Compostas):Certificada para reparos e manutenção em
estruturas metálicas (convencionais) ou avançadas (composites)
de aeronaves da Embraer, Fokker e Boeing. Com suas
equipes altamente especializadas, é capaz de executar
todos os serviços de manutenção em estruturas de
aeronaves. Usando técnicas moderníssimas, esta oficina
cuida dos reparos metálicos e das técnicas altamente
complexas usadas nos componentes de materiais compostos,
ou "composites", cada vez mais presentes nos novos
aviões. Flaps, slats, rudders, lavatórios, radomes,
cowlings e os fairings de junção fuselagem/asas são
algumas das partes mais comumente trabalhadas nesta
importante área. Os novos &E& da Boeing, por exemplo,
poderão ter mais de 50% de suas estruturas feitras de
materiais compostos em substituição aos metálicos
convencionais.
Merece destaque a seção de Galvanoplastia, que com suas
avançadas técnicas de recuperação metalúrgica, realiza
trabalhos únicos em toda a América Latina. Com atuação
fundamental na oficina de revisão de trens de pouso,
esta oficina atua principalmente na usinagem e retífica
das peças de maior porte dos trens de pouso: osinner
cylinders (pistões) e os outer cylinders (cilindros).
Oficina de Interiores: Responsável por reparos e
modificações dos interiores, incluindo poltronas,
janelas, divisórias, galleys, serviços de tapeçaria,
etc. Não apenas uma área de grande responsabilidade, mas
de grande impacto para a opinião final do passageiro. Em
última instância, a "seriedade" da manutenção de uma
empresa muitas vezes é julgada pelo passageiro pela
simples observação do estado dos interiores das
aeronaves. Pode não ser o mais correto, mas cabe ao
passageiro a última opinião, aquela que pode valer a
preferência (ou repúdio) em se voar numa determinada
empresa.
Esta oficina está capacitada não somente a manter, como
a criar novos interiores: Padronagens de bancos e
revestimentos internos, divisórias, identificação visual
de interiores, novos lay-outs internos de aeronaves
podem ser criadas sob medida. A oficina de interiores
também dá suporte direto ao hangar e oficina de
aviônicos, bem como à área de pintura externa das
aeronaves.
Oficina de Motores e APUs: Um dos orgulhos da VEM são
suas completíssimas oficinas de motores, as mais
avançadas da América Latina. Vale aqui também a divisão
entre POA e GIG, sendo que na base gaúcha, ficam as
aeronaves narrow-body e regionais. Assim, as oficinas da
empresa em POA estão certificadas para reparos e
manutenção de partes estruturais e partes rotoras (fans
e palhetas) para os motores Pratt & Whitney JT-3D (707)
e JT-8D, (727/737), família PW 120 (EMB-120), PW 125 (Fokker
50) e Allison 501-D13 e T56 (Electra / C-130). A VEM é a
única autorizada da Honeywell e da Sundstrand na América
Latina para a revisão e manutenção de APUs (Auxiliary
Power Units).
No CEMAN Rio de Janeiro, por muitos anos operou um
espetacular Banco de Provas de grandes motores, uma
operação feita em Joint Venture com a GE. Por suas
bancadas de provas, nada menos que 2.000 motores já
foram colocados em teste. Esta operação foi transferida
para as oficinas da CELMA, que junto à oficina da GE -
VARIG Engine Services está homologada para os motores
CFM56, General Electric CF-6, além de também cuidar dos
Pratt & Whitney JT-3D e Pratt & Whitney JT-8D.
Oficina de Rodas e Freios: Localizada no CEMAN-POA, ela
é certificada para reparos, testes e inspeções nas rodas
dos EMB-120, F50, Boeing 727 e 737. No Rio, a VEM também
está habilitada para a revisão, inspeções e testes de
rodas dos Boeing 727 e 737, Já no CEMAN-GIG é que são
trabalhadas as rodas dos jatos wide-body, dos modelos
Boeing 747, 767, 777, MD-11 e DC-10.
Oficina de Equipamentos de Segurança:De extrema
importância, esta é uma oficina que cuida dos
equipamentos de segurança que deverão se utilizados em
casa de acidente com as aeronaves. Por exemplo, as
escorregadeiras de emergência, que mesmo sem serem
utilizadas, a cada 3 anos passam por uma completa
desmontagem e revisão. Normalmente, sua vida útil prevê
um máximo de 15 anos, quando então precisam ser
revisadas anualmente, o que normalmente faz com que
sejam aposentadas. Máscaras de oxigênio, extintores de
incêndio, garrafas de oxigênio, as escorregadeiras, os
botes e outros sistameas cruciais são revisados nesta
oficina localizada exclusivamente no CEMAN- GIG. Durante
nossa visita, pudemos experimentar em primeira pessoa a
sensação (angustiante) de utilizar o "hood", máscara
usada pelos tripulantes em caso de fogo a bordo, com
capacidade de geração de 15 minutos contínuos de fluxo
de oxigênio.
Oficinas dedicadas à Aviação Regional: Somente em Porto
Alegre, estas oficinas prestam serviços sobretudo às
Aeronaves da Rio-Sul e Ocean Air. São duas
especialidades, a Oficina de Baterias: Certificada para
reparos e manutenção em baterias utilizadas em aeronaves
EMB-120, ERJ-145 e F50. e a Oficina de Hélices: cuida
exclusivamente de reparos, testes e inspeções nas pás de
hélices das aeronaves EMB-120 e F50.
Laboratórios de Calibração: tolerância zero
SE nas oficinas o rigor é máximo, imagine então nos
Laboratórios de Calibração. Mantidos sob as estritas
normas do NIST (Instituto Norte-Americano de Padrões e
Tecnologia) e pelo INMETRO brasileiro, os laboratórios
de calibração são divididos em Mecânico (testes de
pressão hidráulica e pneumática, metrologia dimensional,
aferição de tempertura e torque) e Elétrico(voltagem e
correntes AC/DC, resistência, frequência, capacitância e
indutância). Em média, são realizadas 750 calibragens e
aferições a cada mês.
VEM: uma empresa preocupada com o meio ambiente
Oficinas de manutenção são grandes geradoras de
materiais poluentes, devido à própria natureza de suas
operações: de resíduos e partículas sólidas a materiais
líquidos, tóxicos e/ou inflamáveis, é grande a emissão
de produtos potencialmente nocivos ao meio ambiente.
Para cuidar dessa delicada questão, a VEM instituiu o
Programa de Gestão Ambiental já no remoto ano de 1977,
com a implantação da Estação de Tratamento de Efluentes
Líquidos em POA e, posteriormente, na unidade do CEMAN
no Rio de Janeiro. Nos dois casos, toda a
infra-estrutura foi totalmente planejada, visando o
máximo controle para, se poessível, zerar o impacto
ambiental. Nenhum investimento foi poupado: os mais
modernos e avançados programas e medidas de controle de
emissão foram instalados, seja para o controle acústico,
como para coletores de partículas sólidas, caixas
separadoras de óleos e redes especiais para coletas de
resíduos. E não se trata apenas de discurso: em nossas
visitas, observando e registrando tudo o que víamos,
pudemos comprovar um total respeito e aderência a estas
estritas normas por parte dos funcionários.
Desafios e Oportunidades
É quase impossível hoje em dia falar sobre aviação
comercial no Brasil e não pensar na eventual (embora
cada vez mais remota) fusão entre Varig e TAM. No caso
da VEM, afirma seu presidente Evandro Braga de Oliveira,
esta questão já está equacionada: "A VEM ficará de fora
da Nova Empresa Aérea (NEA), para quem prestará serviços
sob um contrato de exclusividade de sete anos" afirmou o
executivo em entrevista ao Jetsite.
Evandro confirma que não haverá participação de capital
da VEM na NEA, e vice-versa, pois trata-se de empresas
totalmente distintas. Há obviamente, grande interesse na
rápida definição dessa "nova ordem" em nossa aviação,
até porque a VEM já está se capacitando para atender
toda a frota Airbus. Evandro explica: "A decisão de
cuidar também de aeronaves da Airbus é anterior ao
processo de fusão. Em alguns anos, 50% da frota mundial
será composta por aeronaves da Airbus, e capacitar-se a
atendê-las tem importância estratégica para a VEM".
O executivo afirma isso pensando certamente na meta
traçada para, dentro de três anos, atingir 50% do
faturamento com serviços prestados à terceiros, isto é,
a todas as outras empresas que não fazem parte do Grupo
Varig. Com faturamento de R$ 415 milhões em 2002 e
previsão de aumento de pelo menos 10% para 2003, Evandro
está otimista e já fala na contratação de mais 5 a 10%
de pessoal para a VEM, (de 200 a 400 novos funcionários)
em 2004, "Se não houver mais nenhum imprevisto tipo
Iraque ou SARS".
Pelo que pudemos comprovar, a VEM tem razões
justificadas para acreditar em vôos cada vez mais altos.
Herdeira de uma longa e nobre tradição na arte de manter
aeronaves e seus componentes, com um Parque Industrial
invejável e completíssimo e contando com uma equipe
preparada e apaixonada pelo que faz, quem há de duvidar?
Gianfranco Beting
PS: Nosso mais sincero agradecimento à todos os
funcionários da VEM, que com simpatia e atenção, nos
receberam em POA e GIG. Mas em particular, minha
gratidão em especial à Denize Moraes e Bruno Valente:
sem a vossa colaboração, esta matéria teria sido
impossível! / GB