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WebJet 6717
Prezado leitor, neste novo Flight Report dividido em
duas partes você experimentará em primeira mão duas
novidades da Webjet: o novo padrão de catering oferecido
a bordo, o "Buy On Board" (BOB) e também o
recém-inaugurado Terminal 2 de Porto Alegre. Junte-se à
equipe do Jetsite e embarque no nosso mais novo Flight
Report!
Parte 1 - WEB6717 GRU-POA 05/12/10
Domingo quente em São Paulo. Céu azul mas algumas
formações já apareciam aqui e ali, indicando que seria
uma típica tarde de verão em São Paulo com muito calor e
pancadas de chuva. Também era um indicador que o voo,
minha primeira experiência de Webjet, diga-se de
passagem, seria um "pouco mais emocionante".
Saímos da Zona Sul de São Paulo às 10h15 da manhã, com
tempo de sobra para chegar ao aeroporto internacional de
São Paulo/Guarulhos. Avenidas centrais e Marginal
vazias: de porta-a-porta em apenas meia-hora. Chegando
ao aeroporto nos deparamos com um desafio: encontrar uma
vaga para deixar o carro. É realmente impressionante
como os estacionamentos dos dois principais aeroportos
de São Paulo estão saturados. Como nosso voo partiria
apenas as 12h35, portanto fora do horário de pico,
tivemos tempo para encontrar uma vaga, tarefa que no
entanto não foi nada fácil.
Após estacionar o carro nos dirigimos ao Terminal 2, Asa
C onde estão localizados os balcões de check-in da
Webjet. Procuramos, sem sucesso, por uma loja da Webjet
pois ainda tínhamos que retirar nossos bilhetes - ou
melhor, os números dos nossos bilhetes/localizadores uma
vez que hoje em dia raramente se trabalha com bilhetes
físicos. Viajando a convite da empresa havíamos recebido
apenas uma confirmação por email que os bilhetes foram
emitidos, mas não tínhamos nada em mãos. Sem opção nos
dirigimos ao check-in. Acabamos "furando fila" para
saber onde poderíamos retirar os números dos bilhetes/localizadores.
Para nossa surpresa a funcionária que nos atendeu,
extremamente prestativa e simpática, disse que o
check-in já havia sido feito e que iria imprimir os
cartões de embarque. Grata surpresa, mas confesso que eu
pessoalmente queria muito ter tido a oportunidade de
experimentar um dos totens de auto-atendimento da
empresa.
Nos dirigimos ao portão 21 onde o Boeing 737-300 de
prefixo PR-WJI aguardava pacientemente. Já havia voado
nesta aeronave antes, no entanto na época o Boeing 737,
série 341 ainda ostentava as cores da VARIG, empresa
para a qual foi entregue novo, diretamente da fábrica em
Renton no longínquo ano de 1992. Após operar para a
VARIG/Nova Varig durante anos como PP-VPC, o Boeing
encontrou um novo lar na Webjet em novembro de 2008. Por
mais que o avião estivesse bem cuidado, os inúmeros
reforços estruturais espalhados pela fuselagem acabam
entregando sua idade (relativamente avançada).
O embarque foi inciado às 12h07 e ocorreu sem maiores
percalços. Foi dada prioridade para embarque à
passageiros de idade, gestantes e com necessidades
especiais. A bordo tratei de me acomodar no 17K, assento
de meio. Enquanto aguardava o push-back e acionamento
tive tempo de "digerir" as primeiras impressões: o
padrão de estofamento verde escuro utilizado pela Webjet
é muito agradável. Em sua grande maioria os assentos
também estavam em boas condições de uso, no entanto
também aqui se notava a idade da aeronave: alguns
encostos estavam remendados com esparadrapo e silver
tape (!). O espaço interno, o famoso pitch entre as
poltronas, estava dentro do esperado: apertado para um
sujeito de 1,85m este que vos escreve, mas absolutamente
suportável em voos de curta/média duração.
Embarque encerrado com POB de 133 as 12h25, 5 minutos
antes do STD. As portas são fechadas e o trator de
push-back nos empurra pátio afora. Motores acionados,
iniciamos nosso taxi rumo à cabeceira da pista 27R. Com
pouco movimento neste horário, o taxi para a cabeceira
"oposta" demorou menos de cinco minutos e as 12h35 o
inconfundível "ronco" dos motores CFM56-3B aumentou:
decolagem imediata autorizada. Pesado, o "Juliet India"
demorou cerca de 40 segundos para atingir a VR e alçar
voo. Nas experientes mãos do Comandante Charles Bastos e
do Copiloto Leo Manganelli, nosso curto voo para Porto
Alegre teria a duração de 1h25.
Subimos direto para o nível de cruzeiro FL340 (34 mil
pés de altura) e tampouco o alcançamos, a tripulação de
cabine composta pelas comissárias Jenefer Prujansky,
Tatiane Moura e Zenilda Carvalho tratou de iniciar o
serviço de bordo. A tripulação certamente não teve
tarefa fácil pois o serviço foi interrompido diversas
vezes em função de turbulências.
Hora de experimentar a primeira novidade da Webjet: o "Buy
On Board". Em todo assento encontrava-se um cardápio com
opções de snacks, sanduíches, bebidas e combos. O
catering é oferecido em forma de uma parceria com a LSG
Sky Chefs. No total são quatro opções de snacks (incluíndo
uma opção de sopa), três sanduíches diferentes e onze
bebidas (sendo três quentes e uma alcoólica - cerveja).
O preço de qualquer um dos snacks é de R$ 4,00, os
sanduíches saem por R$ 12,00, as bebidas por R$ 4,00 a
unidade e o valor dos combos varia entre R$ 12,00 e R$
18,00. A variedade é correta para um voo de curta/média
distância, mas confesso que esperava maior variedade de
opções de lanches. Já o preço é compatível com o que se
pratica na maioria dos hotéis de rede budget hoje em
dia.
Optei pelo combo "Especial" que acompanha um sanduíche -
escolhi o "Dia a Dia", um sanduíche de pão de leite com
gergelim com fatias de mortadela, queijo gouda e molho
de mostarda - uma lata de bebida não alcoólica (dá-lhe
Coca Cola!) e um chocolate Talento da Garoto. Para quem
não havia tomado café-da-manhã, certamente encheu a
barriga e me dei por satisfeito, tanto pelo tamanho como
pelo gosto - surpreendentemente bom se pensarmos que se
trata de comida de avião.
Assim funciona o "Buy On Board" da Webjet que completava
um mês e um dia no dia do nosso voo: uma comissária
passa pelo corredor, faz os pedidos e a cobrança
enquanto as outras duas, logo atrás, distribuem os
lanches e as bebidas. Ponto negativo: por enquanto a
empresa aceita apenas pagamentos feitos em dinheiro, mas
garante que já a partir de 2011 cartões também serão
aceitos como forma de pagamento.
Como o serviço de bordo teve que ser encurtado diversas
vezes em função do mau-tempo em rota, iniciamos nosso
procedimento de descida enquanto a tripulação ainda
recolhia o lixo. Porto Alegre estava parcialmente
encoberta e rajadas de vento sacudiam o "Juliet India"
de um lado para o outro numa aproximação no mínimo
interessante. Apesar do vento de través com rajadas
entre 10 e 15 nós, pousamos sem maiores dificuldades,
pontualmente as 13h59 pela cabeceira 11 no aeroporto
internacional de Porto Alegre, Salgado Filho. Cinco
minutos depois chegamos à nossa posição de
estacionamento em frente ao Terminal 2, o antigo
Terminal de passageiros do aeroporto Salgado Filho que
foi reinaugurado um dia antes para atender à crescente
demanda de passageiros.
Missão cumprida, agora restava desembarcar e aproveitar
a curta estadia no "novo Terminal" e participar da
inauguração oficial do Terminal 2 promovida pela Webjet
que começaria em aproximadamente uma hora. Vale
ressaltar novamente a tripulação nota 1000 que realmente
se desdobrou por todos os passageiros, sempre com um
sorriso no rosto e ao final ainda gentilmente concordou
em "posar para fotos".
Parte 2 - WEB6732 POA-GRU 05/12/10
Antes da inauguração oficial do Terminal 2 tratamos de
realizar nosso check-in para o voo de volta. Como o
terminal é utilizado exclusivamente pela Webjet por
enquanto (a Azul anunciou que mudará para o Terminal no
dia 15 de dezembro), não havia fila e toda equipe da
Webjet nos atendeu prontamente e com muita simpatia. Sem
bagagem para despachar, conseguimos o cartão de embarque
em menos de dois minutos - e para alegria geral da
nação, ambos conseguimos um assento de janela.
O antigo terminal, hoje relançado oficialmente como
Terminal 2 do aeroporto Salgado Filho, apresenta sinais
de idade, mas única e exclusivamente por sua
arquitetura, pois é visível que a INFRAERO está
investindo para modernizá-lo e deixá-lo em plenas
condições de uso.
O avião que nos levaria de volta à São Paulo estava
ligeiramente atrasado pois chovia horrores em São Paulo
e o Boeing 737-300 de prefixo PR-WJQ, aeronave que faria
o trecho POA-GRU, vinha justamente de lá. O atraso foi
até bem-vindo pois aproveitamos a oportunidade para
fotografar o novo jato rosa da Azul que havia sido
entregue apenas um dia antes, o que não teria sido
possível caso o voo estivesse no horário. Há males que
vem para o bem, não?!
Mesmo que a aeronave ainda não tivesse aterrissado,
resolvemos nos dirigir à sala de embarque as 17h20. Era
a oportunidade para ver em que estado se encontrava a
sala do novo "velho" terminal. Fila curta no raio-x e
poucos minutos depois já aguardávamos pacientemente o
embarque. As obras na sala de embarque pareciam estar
inacabadas e dava a impressão de ter sido feito "às
pressas". Fora isso a sala de embarque que por enquanto
abriga apenas passageiros da Webjet já aparentava estar
sobrecarregada, ainda que apenas passageiros de dois
voos estivessem aguardando seu embarque (cerca de
250-300 pessoas dependendo do aproveitamento do voo).
Nosso avião, o "Whiskey Juliet Quebec" finalmente
encostou na sua posição de estacionamento as 17h27. O
desembarque e a limpeza foram feitos "a toque de caixa"
e poucos minutos depois, as 17h43 a Webjet convidou os
passageiros do voo WEB6732 com destino a São
Paulo-Guarulhos para embarque. Novamente foi dada
prioridade a passageiros idosos, gestantes e com
necessidades especiais, como manda o livro. No entanto
houve uma certa confusão/falta de organização por parte
da empresa no ato do embarque. Como nosso embarque se
deu ao mesmo tempo do embarque do voo para o Rio de
Janeiro e conexões, passageiros desorientados embarcaram
na aeronave errada e funcionários da empresa tiveram que
correr "pátio afora" para embarcá-los na aeronave
correta.
Normalmente aproveitaria a oportunidade de embarcar "via
pátio" para bater algumas fotos dos aviões estacionados
mas o calor insuportável rapidamente me fez mudar de
idéia. Ao embarcar no "Juliet Quebec" notei que a
aeronave estava visívelmente mais cuidada do que o
Boeing no qual havíamos voado para cá. A pintura e a
estrutura estavam impecáveis e o avião brilhava como
novo. O Boeing 737 que nos levaria de volta a São Paulo
é da safra de 1998, e também um dos últimos 737 da série
300 produzidos.
A bordo, a primeira coisa que chamou a atenção foram os
assentos, diferentes do padrão adotado pela Webjet na
maior parte de sua frota. Os assentos ainda eram aquele
utilizados pelo operador anterior da aeronave, a Air New
Zealand. Se por um lado os assentos de tonalidade azul
despadronizam a frota, por outro lado certamente são
mais confortáveis por serem mais finos e ergonômicos. E
isso faz toda a diferença no caso de uma empresa que
opera com capacidade de alta densidade, tanto para o
passageiro que tem uma melhor percepção de espaço
interno e também para a empresa, uma vez que economiza
combustível tendo em vista que assentos mais modernos e
finos normalmente também são mais leves.
Nossa partida sofreu mais um atraso, desta vez em função
de uma falha na entrega do plano de voo ao ATC, mas
finalmente as 18h49, com mais de uma hora de atraso
(nosso STD era 17h35), o trator de push-back nos empurra
para o pátio. Os motores são acionados, flaps
selecionados e quatro minutos mais tarde iniciamos nosso
taxi em direção a pista 11 onde alinhamos e aguardamos a
autorização para decolar. Com a casa cheia, POB de 148,
o Comandante Cristiano lentamente empurrou as manetes
para frente e iniciamos nossa corrida de decolagem à
maravilhosa "música" dos motores CFM56-3C. Instantes
depois o "Juliet Quebec" levantou voo e sem muito
esforço o valente Boeing 737 subiu direto para a altura
de cruzeiro. Um céu lindo nos brindou e ao longo do voo
acompanhamos uma das cenas mais belas do mundo: o pôr do
sol acima das nuvens.
Tão logo alcançamos nossa altura de cruzeiro a
tripulação de cabine iniciou o serviço de bordo "Buy On
Board". Novamente optei pelo sanduíche "Dia a Dia" e uma
lata de Coca Cola. Sem interrupções devido a
turbulências, o serviço foi feito rapidamente e boa
parte dos passageiros, bem como este que vos escreve,
aproveitou a oportunidade para tirar uma soneca.
Iniciamos o procedimento de descida para o aeroporto
internacional de São Paulo/Guarulhos as 19h55 e em
aproximadamente 20 minutos já nos preparávamos para o
pouso. O pior da chuva já havia passado, portanto a
aproximação foi, apesar de ter sido realizada sob chuva
de média intensidade, estabilizada e a tripulação
técnica composta pelo Comandante Cristiano e o Copiloto
Kleber fizeram um text-book landing as 20h20 (7 minutos
antes do ETA), tocando a pista 09R na marca de mil pés
com segurança.
Após um rápido taxi de volta para a área do terminal
tivemos que esperar por 20 minutos até que a INFRAERO
nos designasse um portão de desembarque, um claro
reflexo da falta de espaço físico que afeta os
principais aeroportos do Brasil hoje em dia. Finalmente
a posição de finger H12 foi liberada e pudemos encostar
no terminal e desembarcar. O desembarque ocorreu de
maneira rápida e organizada. Mais uma vez o destaque do
voo ficou por conta da tripulação de cabine,
extremamente atenciosa e simpática.
Avaliação: notas vão de zero a dez.
1-Reserva: Sem nota.
Feita pela própria empresa.
2-Check-In: 9.
A funcionária que me atendeu em Porto Alegre foi muito
rápida e extremamente simpática.
3-Embarque: Nota 6.
Faltou organização por parte da empresa: passageiros
foram encaminhado aos aviões errados e tiveram que ser
"resgatados" o que acabou atrasando o embarque de outros
passageiros.
4-Assento: Nota 7.
O padrão adotado neste 737 ainda era o mesmo da Air New
Zealand. Apesar da configuração de alta densidade, os
assentos eram relativamente confortáveis.
5-Entretenimento: Sem nota.
Não há nenhum tipo de entretenimento de bordo.
6-Serviço dos comissários: Nota 10.
Muito atenciosos, simpáticos, prestativos, a Webjet
realmente pode se orgulhar do serviço prestado pelos
seus comissários.
7-Refeições: Nota 8.
O "Buy On Board" da Webjet é muito bom. A variedade é
correta para voos de curta/média duração e o sabor
surpreendentemente bom.
8-Bebidas: Nota 7.
Igualmente.
9-Desembarque: Nota 9.
Rápido e organizado.
10-Pontualidade: Nota 6.
STD 17h35; ATD 18h49: Nossa partida foi atrasada por
motivos meteorológicos e uma falha de comunicação entre
a companhia aérea e o ATC. STA 19h10; ATA 20:44. Na
chegada tivemos que esperar 20 minutos para que
recebêcemos uma posição de estacionamento.
Nota final: 7,9
WebJet 6711
Webjet 6711: Trecho 1: POA-CWB
Sexta-feira, 8 de dezembro. O dia raiou belíssimo sobre
o Guaíba, tingindo os céus num festival de cores
refletidas nas diversas nuvens cirriformes que
denunciavam a chegada de uma nova frente fria.
Apresentei-me para check-in as 09h15 no balcão da Webjet.
Não havia fila, nem tumulto. Em pouquíssimo tempo, sem
malas a despachar, rumava para o portão 5. De lá
partiria o vôo 6711, serviço com destino ao Tom Jobim e
escala no Aeroporto Internacional de Curitiba.
Ao embarcar, encontrei uma querida amiga, ex-companheira
de Transbrasil, a comissária Brum. Junto com mais três
colegas, ela nos recebeu a bordo do 737-300 de prefixo
PT-MNJ. O embarque levou algum tempo até que, com os 105
passageiros em seus lugares e portas fechadas, iniciamos
o push-back e acionamento dos motores as 10h45, com
apenas 5 minutos de atraso. O PT-MNJ estava bem
conservado por dentro, limpinho, embora já mostrasse
alguns sinais de "fadiga cosmética" em sua parte
exterior. O jato, porém, era mais novo que o PT-SSK
voada na véspera.
O PT-MNJ tem uma história curiosa. É a aeronave a jato
que mais mudou de operadores na história da aviação
comercial brasileira: nada menos que 4 empresas
diferentes. Entregue à Vasp em maio de 1991, recebeu a
matrícula PP-SOK, mas voou pouco mais de um ano na
companhia. Passou em dezembro de 1992 a operar na
Transbrasil com a matrícula PT-TEQ, até ser transferido
para a Nordeste, do Grupo Varig, em setembro de 2001 e
ganhar a matrícula que traz até hoje. O PT-MNJ tem como
outro fato único a honra de ser a primeira aeronave
operada pela Webjet: está na companhia desde maio de
2005, sua quarta operadora brasileira.
Tomei meu assento, na fileira da saída de emergência,
pois constatei que o PT-MNJ tinha uma configuração
distinta do PT-SSK: eram 25 fileiras de assentos, o que
ampliava sua capacidade para 148 poltronas, mas diminuia
consideravelmente o espaço, sobretudo na distância entre
fileiras. Neste Boeing, o passageiro Nelson Esquivel
Silveira teria certamente, mais dificuldade em trabalhar
com seu laptop. Ao menos, a fileira da saída de
emergência é um pouquinho mais afastada das outras.
Saímos taxiando para a pista 11 as 10h47, pesando 49.6
toneladas, com 111 pessoas a bordo. Decolamos as 10h58
minutos, seguindo a subida por instrumentos Yankee.
Velocidades: V-1 131, V-R 132 e V-2 140 nós. Não demorou
muito e o PT-MNJ, pilotado pelo cmte. Menezes, atingiu
seu nível de cruzeiro, 29.000 pés. Foi a senha para as
quatro comissárias iniciarem o serviço: uma simpática
caixinha de lanche, contendo bolachinas salgadas, um
Polenguinho, um bom-bom e pastilhas de menta. Simples e
simpático. Voávamos a Mach 0.74 e as 331 milhas entre o
Salgado Filho e o Afonso Pena não custaram a ser
vencidas.
O serviço logo foi retirado e a aeronave iniciou a
descida. Fomos vetorados diretamente para a pista 15.
Pousamos as 11h48, completando a jornada em 50 minutos
cravados. O desembarque local, para minha surpresa,
praticamente esvaziou o jato: pouco mais de 20
passageiros ficaram a bordo.
Webjet 6711: Trecho 2: CWB-GIG
Deu-se o embarque local e as portas foram fechadas as
12h06, com 72 passageiros a bordo. Com dois minutos
mais, rumávamos para a pista, de onde decolamos as 12h22
minutos. Nossas velocidades: V-1 124, V-R 125 e V-2 133
nós. Nosso peso agora era de 46 toneladas e voaríamos a
Mach 0.74. Essa etapa final, de 419 milhas, deveria ser
vencida após uma hora de vôo. O cmte. Menezes estimou
nosso pouso as 13h20.
Estabilizado a 33.000 pés, um lanche frio foi oferecido
a bordo do Boeing. Desta vez, não havia opção de
sanduíche. Uma combinação de salame, mussarela, agrião e
maionese, que estava particularmente saborosa. Com
praticamente metade da ocupação, tudo foi servido e
retirado rapidamente. A paisagem passava serena, mas a
bela visão das plantações abaixo não duraria muito. Mais
uma grande frente fria, avançando sobre o sudeste
brasileiro, começou gradativamente a encher os céus de
nuvens. O sinal de apertar cintos foi aceso,
interrompendo por quase 30 minutos o serviço de bordo.
Fui então para a cabine de comando. Amarrei-me ao
jumpseat e fiquei observando o tráfego à frente do
PT-MNJ. Seguíamos um 767-400ER da Continental e um
777-200ER da American, que pousariam à nossa frente na
pista 10 do Galeão. Tocamos na pista 10, suavemente, as
13h21, depois de 59 minutos de vôo. O controle de solo
indicou ao Webjet 6711 o portão 01, também conhecido
como "Pole Position" no Terminal 1 do Tom Jobim.
Cortamos os motores às 13h28 minutos, encerrando nosso
segundo Flight Report na Webjet.
Avaliação: notas vão de zero a dez.
1-Reserva: Nota 10.
Reservar é simples. Excelente, muito fácil navegar no
website da empresa.
2-Check-In: Nota 10.
Muita cordialidade, sem fila: voar é simples.
3-Embarque: Nota.
Na posição remota no GIG, uma ótima oportunidade para
fotos..
4-Assento: Nota 7.
De tecido azul, no padrão do Grupo Varig, antiga
operadora dos aviões. Confortável no PT-SSK. NO PT-MNJ,
o pitch é mínimo.
5-Entretenimento: Nota 0.
O entretenimento é inexistente, embora não esperasse
mesmo encontrar nenhuma publicação à bordo.
6-Serviço dos comissários: Nota 10.
As 4 comissáriss foram excepcionais, com todos os
passageiros. A empresa soube recrutar e treinar suas
colaboradoras com perfeição.
7-Refeições: Nota 7.
Gostei da apresentação: simples, bastante simpática,
ajudou a melhorar ainda mais minha impressão geral do
serviço.
8-Bebidas: Nota 8.
A empresa fez a opção de não servir bebidas alcoólicas.
De resto, ótima variedade, que incluia sucos,
refrigerantes, mate e água.
9-Desembarque: Nota 10.
Rápido e ágil, perfeito neste trecho.
10-Pontualidade: Nota 10.
Mais um feito: no vôo entre GIG e POA, a saída foi muito
atrasada pelo controle. A chegada teve atraso
desprezível. Nos vôos entre POA, CWB e GIG, a empresa
fez o que pode para colocar a aviação no horário. Não
apenas conseguiu, como chegou adiantada ao horário
publicado.
Nota final: 8,20
Comentário final: Em meio aos apagões nossos de cada
dia, os vôos com a Webjet foram redondíssimos. Partiram
com pouco ou nenhum atraso, e chegaram até mesmo
adiantados. O serviço foi simpático, eficiente, sem
afetação, na medida certa. Os preços, justos. Os vôos,
serenos e seguros. Na sua próxima viagem, a Webjet pode
ser seriamente considerada como uma excelente opção.
Gianfranco Beting