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Grupo Varig
Varig
Fundada em maio de 1927, a Varig foi a primeira empresa
de transporte aéreo no Brasil e uma das primeiras no
mundo. Suas origens remontam a 1921 quando seu
idealizador, o alemão Otto Ernst Meyer, veio para o
Brasil.
Ao começar, a "Pioneira" era apoiada pelo Kondor
Syndikat alemão. Suas primeiras aeronaves foram o
hidroavião Dornier Wal "Atlântico" e o Dornier Merkur
"Gaúcho".
Por muitos anos, aeronaves de origem germânica equiparam
primordialmente a empresa, com algumas exceções: o de
Havilland Dragon Rapide o Fiat G-2 também foram usados
neste período.
Com a mudança do panorama político nos anos 40, a VARIG
passou a utilizar equipamentos de origem norte-americana
como os Lockheed 10A Electra, Douglas DC-4, DC-3 e
Curtiss C-46 Commando.
Nesta época foram iniciados os primeiros vôos
internacionais: em 1942 foi inaugurada a linha para
Montevidéu.
Até 1951, a VARIG operou principalmente na região
sul-sudeste do Brasil. Com a aquisição da Aero Geral
neste mesmo ano, a Varig iniciou vôos para destinos ao
norte do Rio de Janeiro.
Na primeira metade da década de 50, foram recebidos os
primeiros Lockheed Constellation e com eles, em 1955 a
VARIG inaugurou os vôos para Nova York.
Em 1959 tornou-se pioneira na operação de aeronaves a
jato no país, com o recebimento do primeiro Sud Aviation
Caravelle. No ano seguinte foi incorporado o primeiro
Boeing 707.
Nas décadas de 60 e 70, expandiu-se tanto em âmbito
doméstico como internacional, graças à incorporação de
outras empresas, como o Consórcio Real Aerovias e a
Panair do Brasil, que durante décadas haviam sido suas
principais concorrentes. A controvertida aquisição da
Panair é um capítulo especial em nossa aviação, pelo
manto de suspeitas que a encobre.
Em 1965,a Varig tornou-se a principal empresa de
bandeira no Brasil: a Cruzeiro do Sul operava apenas na
América do Sul. A Varig, durante décadas, reinou
absoluta no mercado internacional.
Nos anos seguintes, a frota foi sendo padronizada em
modelos da linha Boeing, principalmente os 727 e 737.
Em 1974 foram recebidos os McDonnel Douglas DC-10-30,
primeiros aviões de fuselagem larga no Brasil. Em 1980
foram recebidos os 3 primeiros Boeing 747. A frota da
Varig de jumbos foi gradativamente crescendo, até contar
com 11 unidades do tipo operadas simultaneamente,
inclusive três da série -400.
Em 1996, mudou seu esquema de pintura, aposentando sua
identidade visual clássica, uma das imagens corporativas
mais duradouras na aviação. Ocorreram também mudanças
administrativas, tentando adequar a empresa à nova e
competitiva realidade do transporte aéreo, tanto no
Brasil como no mundo.
Ao final de 1997, a Varig deu mais um passo importante,
ao anunciar sua entrada na Star Alliance. Mesmo assim,
começou um doloroso processo de enxugamento: devolveu os
747, cortou rotas e destinos, demitiu funcionários.
Encolheu num momento em que os concorrentes se
expandiam.
Sua supremacia e indiscutível qualidade de serviços, que
a fizeram crescer e se tornar respeitada, já não eram os
mesmos. A crise aguda pela qual passa a empresa resultou
em uma drástica mudança: em 2002 foi sancionada a fusão
administrativa das três empresas do grupo, que,
conquanto operem com suas diferentes identidades, na
prática passam a formar uma só empresa. A frota e o
número de funcionários encolheu. Somente de 2000 a 2003
a empresa devolveu 32 jatos.
Uma fusão com a TAM foi patrocinada pelo Governo
Federal, preocupado com a situação delicada da empresa.
A idéia encontrou resistências fortíssimas - sobretudo
junto aos funcionários e diretores da Fundação Ruben
Berta - e não decolou. Um aspecto positivo foi a
instituição de vôos em code-share com a TAM, o que
permitiu à Varig obter lucro operacional já em 2003,
primeiro ano do acordo.
Mesmo assim, isso não foi suficiente para estancar a
hemorragia da empresa, afundada em dívidas de R$ 6,5
bilhões. Tecnicamente falida, a Varig espera o desfecho
de uma ação reparatória que corre na justiça, que lhe
daria aproximadamente R$ 4 bilhões em créditos junto ao
Governo Federal, justamente um dos maiores credores da
empresa.
Em 22 de junho de 2005, a empresa entrou com pedido de
recuperação na nova Lei de Recuperação de Empresas, o
que antigamente era chamado de concordata. Compradores
não surgiram, apenas a TAP e o grupo Mattlin Patterson,
que arremataram o controle da VEM e da Variglog,
respectivamente. O caixa da empresa continuou apertado e
a situação ficou dramática no começo de abril de 2006.
A companhia entrou em colapso parcial em julho,
cancelando a maioria de seus serviços. Quando do leilão
de sua venda, em 20/7/2006, após meses de indefinições,
a Variglog arrematou a Varig por US$ 500 milhões. Após o
anúncio, o presidente da Varig, Marcelo Bottini, em
discurso emocionado, disse: "está renascendo uma nova
companhia aérea. Os funcionários e quem investiu na
empresa não precisam temer o futuro, visto que a
companhia já superou imensas dificuldades".
No mesmo dia A Varig anunciou que paralisou todas as
suas rotas por uma semana. A empresa, em nota oficial,
afirma: "A Varig aumenterá, a partir de amanhã, seus
vôos na rota Rio - São Paulo - Rio. Enquanto isso, serão
suspensos temporariamente de todos os vôos domésticos e
internacionais - o primeiro passo na estratégia de
recuperação da empresa.
A compnhia foi então obrigada a retomar parte dos seus
vôos pela ANAC, o que só efetivamente fez uma semana
depois, no começo de agosto, com uma frota de 10
aeronaves. De todos os vôos internacionais, só continuou
a operar Frankfurt e Buenos Aires. Apenas oito cidades
no Brasil receberam seus vôos. No começo de setembro de
2006, aumentou para 14 as aeronaves em operação, e
reintroduziu serviços para Caracas, Brasília, Curitiba e
Fernando de Noronha.
A companhia teve seu controle adquirido pela Gol em
março de 2007, que arrematou a empresa dos controladores
anteriores (Mattlin Patterson) por US$ 320 milhões. A
empresa hoje chama-se oficialmente VRG Linhas Aéreas e
opera a marca VARIG e faz parte integralmente da holding
que também opera a Gol Linhas Aéreas.
A empresa tem planos ambiciosos de crescimento e vem
retomando gradativamente mercados abandonados. Hoje
opera na Europa para Paris, Roma, Frankfurt, Londres. Na
América do Sul para Buenos Aires, Caracas e Bogotá. Em
breve espera retomar serviços para Santiago, Montevidéu,
Madri, New York, Miami e Cidade do México. A frota foi
reequipada com jatos 737-800 (usados ou transferidos de
encomenda feita pela Gol) e por Boeings 767-300ER
usados, de várias procedências. Um único 767-200ER foi
operado.
Dificuldades de integração à Gol, associadas ao elevado
custo do petróleo, forçaram a companhia a revisão de
planos estratégicos. Em princípios de 2008, as rotas
intercontinentais foram abandonadas, a última delas,
Paris, sendo operada em princípios de setembro de 2008.
A empresa oficialmente foi incorporada à GLAI - Gol
Linhas Aéreas Inteligentes em agosto de 2008. A
manutenção da marca Varig pela GLAI ainda permanece
incerta a longo prazo.
Em 1º de março de 2009, os últimos 4 Boeing 737-300
foram retirados de operação: PP-VNZ, VOZ, VOY e VTW.
Código IATA:
RG
Código ICAO:
VRG
Sede:
São Paulo
Frota:
23 aeronaves
Fundação:
2007
CEO:
Constantino de Oliveira Jr.
Callsign: Varig
País: Brasil
Sede: São Paulo
Web Adress: www.varig.com.br
Fundada em: 2007
CEO: Constantino de Oliveira Jr.
Funcionários: 0 (incorporados à Gol)
Frota:
09x Boeing 737-800: PR-VBA, VBB, VBC, VBD, VBJ, VBK, VBL.
09x Boeing 737-700: PR-VBM, VBN, VBP, VBQ, VBU, VBV, VBY,
VBZ, GOQ.
04x Boeing 767-300ER: PR-VAB, VAF, VAN, VAO.
01x Boeing 767-200ER: PR-VAC.
Rio Sul
Em novembro de 1975, o Governo Federal criou o Sistema
Integrado de Transporte Aéreo Brasileiro (SITAR) para
desenvolver a aviação de terceiro nível. Cinco regiões
foram delimitadas no mapa, ficando cada uma delas sob
responsabilidade de uma empresa regional. A Varig
constituiu a Rio-Sul, escolhendo um nome que explicava
diretamente o eixo principal de operações da empresa.
Começando com aeronaves da Atlântica Boa Vista Taxi
Aéreo (Sabre, Navajo e Bandeirante), a Rio-Sul logo se
beneficiou da força de sua empresa-mãe. Com a criação
dos Vôos Diretos ao Centro (VDC) a Rio-Sul aproveitou a
oportunidade e passou a competir nos grandes centros do
sudeste. Trouxe jatos 737-500, depois os ERJ-145
(primeira cliente na América Latina) e foi crescendo.
Na verdade, a Varig tinha na Rio-Sul uma galinha dos
ovos de ouro: as tarifas são mais cheias, pois a empresa
opera de aeroportos centrais e cobra por isso. Segundo,
porquê vários custos operacionais eram compartilhados ou
até mesmo repassados completamente para a Varig (peças,
manutenção, simuladores, etc).
Terceiro, e não menos importante: os salários na Rio-Sul
eram muito menores do que na Varig. Se você fosse dono
das duas empresas, em qual delas você concentraria seus
esforços? Não precisa ter estudado em Yale para decifrar
essa...
Isso explica a ascenção da empresa ao quinto lugar no
ranking do mercado doméstico, ante à estagnação da
Varig, que acabou caindo para o segundo lugar, atrás da
TAM.
Em princípios de 2002 a Rio Sul anunciou um ambicioso
projeto de marketing: o primeiro e mais abrangente
programa de "logojets", que utiliza a fuselagem das
aeronaves como uma mídia alternativa à venda para
empresas anunciarem seus produtos. A Renault e a Telesp
celular foram as primeiras a assumir a idéia, e os jatos
da Varig/Rio Sul ostentaram os adesivos promovendo estas
marcas e produtos.
Outra novidade anunciada foi o início dos jatos da
Embraer na Ponte. No dia 6 de abril de 2002, um ERJ145
da Rio Sul inaugurou serviços a jato operados por
aeronaves brasileiras em nossa mais prestigiosa rota
doméstica. Eram 20 vôos aos sábados entre as duas
cidades e 11 aos domingos, diminuindo o tempo entre os
serviços e aumentando a produtividade geral das
aeronaves da empresa.
Em meados de 2003, a empresa teve sua administração e
operação fundida à Varig, na prática encerrando sua vida
como entidade "independente". As frotas foram
integradas, mas a imagem da empresa permaneceu diferente
à da Varig. Amalgamada à empresa-mãe do grupo, a Rio-Sul
viu-se partilhando seus recursos com os da Varig, em
meio a uma bisonha operação de code-share com a TAM. Ou
seja, era possível comprar um bilhete para um vôo da TAM
e embarcar num 737-500 da Rio-Sul ou da Nordeste...
Quem conhece um pouco da história da Varig sabe muito
bem qual foi o destino da sua irmã lucrativa...
Código IATA:
SL
Código ICAO:
RSL
Sede:
Rio de Janeiro
Frota:
25 aeronaves
Fundação:
1976
CEO:
Luiz Pimentel
Callsign: Rio Sul
País: Brasil
Sede: Rio de Janeiro
Web Adress: www.voeriosul.com.br
Fundada em: 1976
CEO: Luiz Pimentel
Frota:
4 x Boeing 737-300
10 x Boeing 737-500
3 x Boeing 737-700
8 x Embraer ERJ-145
Nordeste
Em novembro de 1975, o Governo Federal criou o Sistema
Integrado de Transporte Aéreo Brasileiro (SITAR) para
desenvolver a aviação de terceiro nível. Cinco regiões
foram delimitadas no mapa, ficando cada uma delas
reservada para a exploração comercial por uma empresa
regional. À Nordeste coube unir a região aos estados do
Rio e São Paulo.
Formada inicialmente pela Transbrasil em parceria com o
Governo da Bahia, a Nordeste começou operando com cinco
EMB-110 transferidos da frota da própria Transbrasil,
que pouco tempo depois saiu da sociedade.
O final dos anos 70 e a década de 80 foram atravessados
enfrentando dificuldades, com uma coleção de acidentes e
incidentes que arranharam a imagem da empresa.
Tudo mudou quando a Varig comprou a Nordeste do Governo
da Bahia, no início dos anos 90. Novo dono, nova cara.
Investimentos foram feitos e equipamentos trazidos:
Brasílias, Fokker 50 e finalmente, os Boeing 737-500 e
737-300. A empresa literalmente, decolou, com 41 cidades
são servidas no Brasil.
Em meados de 2002, a empresa teve sua administração e
operação fundida à Varig, na prática encerrando sua vida
como entidade "independente". As frotas foram
integradas, mas a imagem da empresa permaneceu
ligeiramente diferente à da Varig. Amalgamada à
empresa-mãe do grupo, a Nordeste partilhou os parcos e
horrivelmente administrados recursos com os da Varig, em
meio a uma operação de code-share com a TAM. Ou seja,
era possível comprar um bilhete para um vôo da Nordeste
e embarcar num A320 da TAM. Quem diria...
A caçapa estava cantada: com a morte inglória da Varig,
a Nordeste, bem como sua irmã Rio Sul, viraram história
- triste - do genocídio aeronáutico da primeira década
dos anos 2000.
Código IATA:
JH
Código ICAO:
NES
Sede:
Salvador
Frota:
7 aeronaves
Fundação:
1976
CEO:
João Roberto Lacerda Sabino
Callsign: Nordeste
País: Brasil
Sede: Salvador
Web Adress: www.nordeste.com.br
Fundada em: 1976
CEO: João Roberto Lacerda Sabino
Funcionários: 666
Frota:
3 x Boeing 737-300
4 x Boeing 737-500
Varig Log
As origens da subsidiária de carga da Varig se confundem
com a história das operações de carga da empresa-mater.
Na década de 60, a VARIG incorporou o 707F à sua frota,
seus primeiros jatos cargueiros. Na década de 70, foram
adicionados dois aviões 727-100F. Até 1980 já eram cinco
as aeronaves 727-100F na companhia. Em 1985 a VARIG
inaugurou o centro de distribuição de carga (TECA) de
São Paulo, com camera frigorífica, cofre para cargas
valores, área para armazenar cargas perecíveis e cargas
perigosas. Em 1986, foram adquiridos dois DC-10F a frota
de cargueiros da companhia. Um ano depois, em 1987, foi
inaugurado o centro de distribuição de carga (TECA) do
Rio de Janeiro, com dois andares, 10.000 m2.
Somente em 1993, a gaúcha decidiu criar uma divisão
independente, que passou a adotar a denominação "Varig
Cargo". Quatro anos depois, em agosto de 1997, a VARIG
CARGO adotou uma identidade corporativa que utilizou nos
seus aviões e terminais de carga e lançou de forma
pioneira no Brasil o primeiro site com serviço de
tracking on line.
Mas em maio de 1999, transformou-se em Unidade de
Negócio de Cargas, uma modificação que efetivamente lhe
conferiu maior autonomia.
Naquele período, a frota contava com um total de sete
aeronaves, sendo cinco 727-100F e 2 DC-10F que, somados
aos compartimentos de cargas dos aviões de passageiros,
serviam mais de 4.000 cidades no Brasil, além de 26
cidades no exterior, oferecendo mais de 200 vôos
semanais para quatro continentes. Em outubro de 2000,
foi constituída a Varig Log, como empresa independente
do grupo VARIG.
A empresa foi vendida ao grupo Volo, constituído por
investidores brasileiros e pelo grupo norte americano
Mattlin Patterson. Novos investimentos foram feitos e a
empresa recebeu uma frota de jatos 757-200F. A companhia
nada mais tem a ver com o grupo Varig, sob o ponto de
vista acionário.
Em meados de 2009, foi anunciada a venda em "caráter
provisório" para o grupo Synergy, controlador da
OceanAir. A frota foi reduzida e hoje conta com 4
aeronaves.