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Sadia/Transbrasil


A Transbrasil foi fundada por Omar Fontana, filho de Attilio Fontana, fundador da Sadia. Omar arrendou um DC-3 para trazer carne fresca de Santa Catarina para São Paulo. A idéia foi um sucesso, o que levou Omar a constituir a Sadia Transportes Aéreos. Em 16 de março de 1956, o DC-3 PP-ASJ iniciou serviços de carga e passageiros entre Florianópolis, Videira, Joaçaba e São Paulo.

Em 1961 adquiriu a Transportes Aéreos Salvador, ampliando sua frota e voando até a região nordeste.
O Dart Herald começa a voar na empresa em 1963, primeiro de 10 aeronaves do tipo operadas até 1976.

Os anos 70 foram marcados pelo crescimento: em setembro de 1970, chega o primeiro de 8 jatos BAC One Eleven inaugura a era do jato na empresa.
Em 1973, Omar resolve abrir o capital aos seus funcionários e muda a razão social da empresa para Transbrasil S.A Linhas Aéreas.
Os aviões começam a ser pintados em cores alegres e chamativas. Os primeiros Bandeirante EMB-110C, iniciam os serviços "feeder" no Brasil. Antes da década terminar, a Transbrasil é a terceira maior empresa aérea do Brasil, voando com uma frota de 10 Boeings 727-100.

Os anos 80 foram intensos. Omar preparou a Transbrasil para o grande salto: em junho de 83 chegaram 3 Boeing 767-200, com os quais Omar iniciou vôos charter internacionais para Orlando, Flórida. A "Década Perdida" deixou marcas na empresa: os sucessivos planos econômicos, desastradamente congelaram preços mas não custos, ocasionando enormes prejuízos.
Em setembro de 1988, Omar entrou na justiça com um processo contra o governo, exigindo reparação pelas perdas. A empresa sofreu uma intervenção federal, que afstou Omar do comando. Pouco mais de um ano depois, a empresa foi-lhe devolvida com seu patrimônio dilapidado: o interventor vendeu vários ativos.
Omar tinha convicção de que a saída para a crise da empresa era a expansão internacional.

Os anos 90 foram dedicados à conquistar novas rotas internacionais (Miami, New York, Washington, Viena, Buenos Aires, Amsterdam e Londres) e a prosseguir na renovação da frota, incorporando novos 737-300 e -400, aposentando os 727 e 707 remanescentes. Mais 5 Boeing 767-300ER foram recebidos.
Os vôos internacionais, vistos como tábua de salvação, tornaram-se um fardo. Em 1998, Omar deixou o dia-a-dia da empresa mas antes, assistiu o cancelamento de todos os vôos internacionais e, no front doméstico, o encolhimento da empresa que fundou.
No mesmo ano, ganhou a ação que movera contra o governo, mas isso não foi suficiente para abrandar a crise.

Omar faleceu em 7 de dezembro de 2000. Depois disso, a queda da empresa foi vertiginosa, até que em 3/12/2001 a Transbrasil ficou sem crédito para a compra de combustível: todos os seus vôos foram cancelados. No dia seguinte, funcionários fizeram protestos, exigindo o pagamento de salários atrasados. E 100.000 passageiros ficaram com passagens micadas na mão.

O que se viu a seguir foi um digno de enredo de novela mexicana: os controladores da empresa anunciaram a venda por R$ 1,00 de 76% das ações para o Sr. Dilson Prado da Fonseca, que se comprometeu a assumir o rombo de quase 1 bilhão de reais e injetar US$ 25.000.000,00.

E você acha que alguém acreditou? A empresa que nasceu transportando salsichas, morreria nas mãos de um laranja?

Os funcionários e a opinião pública sentiram cheiro de maracutaia: os controladores voltaram atrás e anunciaram Michel Tuma Ness como presidente. Ficou apenas 4 dias. Hoje, a empresa está morta e enterrada, após passar por um longo coma, à espera de um salvador... que nunca chegou.

Código IATA:
TR

Código ICAO:
TBA

Sede:
Brasília

Frota:
10 aeronaves

Fundação:
1955

CEO:
n/a


Callsign: Transbrasil
País: Brasil
Sede: Brasília
Web Adress: www.transbrasil.com.br
Fundada em: 1955
CEO: "um por semana", quando da sua falência
Funcionários (ao parar): 2.200
Frota (ao paralisar operações):
5 x Boeing 737-300
3 x Boeing 767-200
5 x Brasília EMB-120 (Interbrasil)



INTERBRASIL

A InterBrasil STAR (Sistema de Transporte Aéreo Regional) foi fundada pelo Grupo Transbrasil, porém operando e sendo administrada de forma independente.

No início de suas atividades, contava com uma frota de 3 Embraer 120 Brasília. Com eles, os primeiros serviços ligavam o aeroporto de Guarulhos ao sul do Brasil e ao interior do Estado de São Paulo. Por algumas vezes, cogitou-se a operação de aeronaves maiores (Boeing 737-300 arrendado da TransBrasil) ou até mesmo a encomenda de jatos Embraer ERJ145, porém estes planos jamais foram concretizados. Na verdade, a InterBrasil operava vôos feeder para a Transbrasil, chegando a ter um total de 6 Brasílias.

Em outubro de 2001 teve todos os seus serviços transferidos do aeroporto de Guarulhos para Congonhas, já que a Transbrasil também fez o mesmo.

Como sua empresa-mãe, todas as suas operações foram interrompidas em 04/12/01. Seus EMB-120 Brasílias foram encostados nos aeroportos de Congonhas e Brasília, aguardando o desfecho das batalhas judiciais.

 

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