|
Syndicato Condor/Cruzeiro do Sul
O Syndicato Condor Ltda foi oficialmente constituído em
01/12/27 no Rio de Janeiro. Herdeiro da operação do
Condor Syndikat, empresa criada por pioneiros da aviação
alemã, posteriormente incorporado pela Lufthansa. A
empresa nasceu operando entre o Rio de Janeiro e Porto
Alegre, mas logo expandiu seus serviços até Natal. Os
vôos eram operados por Dorniers Val e Junkers G24.
O Sindicato Condor estabeleceu uma linha que nascia na
Alemanha e prosseguia até Santiago do Chile,
transportando correio. Esse serviço utilizava várias
aeronaves e tripulações, que iam passando sua carga de
aeronave a aeronave, fazendo escalas até em navios
aeródromos no meio do oceano. Um feito, no mínimo,
épico.
Em 1933, uma nova rota até Cuiabá foi inaugurada. O
Brasil começava a ser desbravado - pelo ar. Em 1935, as
linhas costais chegam até Fortaleza. Dois anos depois,
até Carolina, no Maranhão. Em 1939, os hidroaviões são
substituídos pelos Junkers Ju-52, e os vôos atingem Rio
Branco.
Explode a Segunda Guerra. Peças de reposição para
aeronaves alemãs tornam-se difíceis de conseguir. O
Governo Vargas, inicialmente simpático ao Eixo, muda de
posição no meio do Conflito e vem para a banda do
Aliados. O Syndicato Condor percebe ser fundamental a
mudança de nome, afastando-se de suas origens alemãs.
Nasce em 16/01/1943 a designação Serviços Aéreos
Cruzeiro do Sul Ltda. No mês seguinte, a empresa compra
4 Douglas DC-3 e começa a mudar sua frota para
equipamentos norte-americanos. Em 1948, finalmente são
aposentados os Focke Wulf FW 200, usados na rota
Rio-Buenos Aires. A frota padronizada em DC-3 e C-47
enfrenta agora a competição de aproximadamente 30
empresas aéreas domésticas, criadas no pós-guerra.
A Cruzeiro, já internacional, ganha em 1947 o direito de
servir Porto Rico, New York e Washington. Recebe para
tais vôos 3 Douglas DC-4, mas exige subvenção
governamental para operar nesta rota. Trinta vôos de
"reconhecimento" são feitos até 1949. A subvenção não
sai e os DC-4 são trocados por Convair 340, o primeiro
deles chegando apenas em março de 1954.
A Cruzeiro trouxe 4 Caravelles, a partir de Janeiro de
1963. Com o fechamento da Panair, herdou mais 3, além de
alguns Catalinas, mantidos em operação nas rotas
amazônicas.
Em 4 de Setembro de 1967, a Cruzeiro recebeu o primeiro
de 12 YS-11A operados até 1975, mais uma aeronave
introduzida no Brasil graças à companhia.
Em 1968, encomendou 4 Boeings 727-100, iniciando
serviços com os mesmos em 03/01/1970 nas rotas
Rio-Brasília e Rio-Buenos Aires. Em 1969, Leopoldino
Amorim asssume a presidência, deixada vaga pela morte de
José Bento Ribeiro Dantas, presidente da empresa desde
1942.
A década começa mal para a empresa, que encontra
crescentes dificuldades para competir com a Varig, Vasp
e com o crescimento da Sadia/Transbrasil. Em 22/05/1975
a Cruzeiro foi adquirida pela Fundação Rubem Berta,
controladora da Varig. Deixava de existir uma das
pioneiras de nossa aviação.
A marca e o nome, porém, foram mantidos até 1997, quando
os últimos 737-200 da Cruzeiro foram pintados nas cores
da Varig. Em 1980, por exemplo, a Varig recebeu seus
dois primeiros Airbus A300-B4 nas cores da Cruzeiro. Ou
ainda, em 1983, um MD-80 foi arrendado experimentalmente
para voar nas linhas domésticas, e também voou nas cores
da Cruzeiro (PP-CJM).
Os códigos de serviços, para efeitos de direitos de
tráfego, foram também mantidos.
Os últimos traços da empresa desapareceram em setembro
de 2001, quando os 4 Boeings 737-200 remanescentes (CJN/CJR/CJS/CJT)
foram desativados.
Código IATA:
SC
Código ICAO:
-
Sede:
Rio de Janeiro
Frota:
23 aeronaves
Fundação:
1927
CEO:
Leopoldino C. de Amorim Filho
Callsign: Cruzeiro
País: Brasil
Sede: Rio de Janeiro
Web Adress: não possuiu
Fundada em: 1927
Último CEO: Leopoldino C. de Amorim
Funcionários:
Frota:
2x Airbus A300B4-200
8x Boeing 727-100
6x Boeing 737-200
5x SE 210 Caravelle
4x YS-11