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Flex Linhas Aéreas (2007-2010)
A Flex Linhas Aéreas foi a herdeira oficial do espólio
da velha Varig. Criada a partir de um núcelo de
profissionais da antiga Pioneira, a Flex começou a voar
em março de 2007. Como está escrito em seu site:
"Formados pela melhor tradição da aviação brasileira,
toda a equipe da FLEX se orgulha da excelência de sua
capacitação profissional. E sabe que só consegue
assegurar ao passageiro o prazer de voar quem tem o
prazer de servir. Os empregados da FLEX tinham
compromissos básicos com a Segurança, a Satisfação dos
Clientes, a Qualidade, a Melhoria Contínua, a
Flexibilidade, a Integridade, o Respeito Mútuo e o
Diálogo Aberto, o Envolvimento de Todos, a Competência
Pessoal, a Saúde e o Meio Ambiente, a Responsabilidade
Social e a Segurança Operacional.
Na prática, a companhia operava com apenas um 737-300
(ex-Varig) que é arrendado para determinadas linhas da
Gol. A empresa voava com o antigo CHETA concedido à
Nordeste, que integrava o grupo Varig. A companhia extra
oficialmente deixou de operar em janeiro de 2010. Não
deve retornar tão brevemente.
NHT Linhas Aéreas
A NHT Linhas Aéreas iniciou operações em 21/08/2006. A
operação comercial regular da NHT teve início no dia 28.
Após o primeiro vôo, por volta das 11h, o
diretor-presidente da NHT, Pedro Teixeira, e o
diretor-geral da empresa, Reinaldo Herrmann,
apresentaram as primeiras duas aeronaves Let 410
adquiridas.
Outros quatro aviões foram encomendados. No período
inicial, a empresa concentra vôos da Capital para
Pelotas, Rio Grande, Santa Maria, Horizontina e Santa
Rosa. Em setembro, teve início a segunda malha de vôos,
para Santana do Livramento e Uruguaiana, na mesma rota,
e Caxias do Sul, Navegantes (SC) e Curitiba (PR), em
outra. De propriedade do grupo JMT, a NHT Linhas Aéreas
é a primeira empresa gaúcha a atuar em vôos regulares
regionais, 79 anos após a criação da Varig.
As aeronaves LET utilizadas pela NHT tem capacidade para
transportar 19 passageiros, além dos dois tripulantes, e
são fabricadas pela empresa tcheca Aircraft Industries.
Em 2010 a empresa anunciou a encomenda de dois Embraer
145, de segunda-mão, que devem entrar em serviço até o
final de 2010.
Paraense Transportes Aéreos
A Paraense Comercial Ltda. foi fundada em 22 de
fevereiro de 1952 em Belém, PA, e iniciou suas operações
com um anfíbio Consolidated PBY-5A Catalina, mas só
adotou seu nome definitivo em 1955. Até 1957, a empresa
só transportou carne em vôos não regulares, mas, com a
aquisição de dois Curtiss C-46C naquele ano, começou a
transportar passageiros em vôos regulares rumo ao sul.
A segurança de vôo da Paraense deixava muito a desejar.
Entre 1957 e 1958 foram comprados oito C-46, mas nada
menos que oito acidentaram-se antes do final do ano de
1965.
Em 1968, a Paraense recebeu oito Fairchild Hiller FH-227B
que receberam o nome de Hirondelle. Mas nem assim a sua
operação melhorou. Após um ano de uso, alguns dos
turboélices estavam fora de serviço por falta de peças
e, em 1970, a moderna frota estava reduzida a dois
aviões, um deles em revisão nos Estados Unidos. O
governo cancelou o certificado de operação da Paraense
em 29 de maio de 1970, e se apropriou dos aviões
restantes, os quais foram repassados à Varig. No total,
a companhia operou, ao longo de seus 18 anos de vida,
com as seguintes aeronaves:
3x PBY-5A Catalina (1952-1959)
(01 acidentado em 1954)
19x Curtiss C-46 Commando (1957-1970)
(08 acidentados em 1958, 1959, 1960, 1962, 1965(3 no
ano),1969)
5x Douglas DC-4 (1962-1970)
(01 acidentado em 1964)
2x Douglas DC-3 (1962-1970)
(01 acidentado em 1964)
6x Fairchild Hiller FH-227B (1968-1970)
(01 acidentado em 1970)
Team Linhas Aéreas
A Team Transportes Aéreos iniciou suas operações em
2001, entre as cidades do Rio de Janeiro e São Paulo,
com um bimotor turboélice Let 410 UVP com capacidade
para 19 passageiros, os primeiros do tipo operados
regularmente no Brasil.
Contando atualmente com uma frota de duas aeronaves Let
410, a Team voa do aeroporto Santos Dumont para as
cidades de Macaé, Angra dos Reis, Búzios e Parati, todas
no Estado de Rio de Janeiro. Fretamentos também são
feitos ocasionalmente para outros destinos.
No dia 31 de março de 2006, a empresa sofreu um sério
abalo: o L410UVP-E20, prefixo PT-FSE caiu por volta das
19h na serra São João, no limite entre Saquarema e Rio
Bonito, no Rio de Janeiro, matando seus 19 ocupantes -
17 passageiros e dois tripulantes.
A aeronave voava de Macaé para o aeroporto Santos
Dumont, no Rio, cumprindo o vôo 6865, com decolagem as
17h19 e pouso previsto para as 18h02. A aeronave foi
localizada por volta das 03h30 de sábado, 1º de abril.
O acidente enlutou a empresa, que acusou o golpe. Desde
então, lentamente, a companhia luta para ampliar seus
serviços.
Webjet
Criada em 2004, a Webjet iniciou suas operações em 12 de
julho de 2005, unindo as cidades de Brasília, São Paulo
(GRU) e Porto Alegre à sua sede, no Rio de Janeiro.
Desde o Aeroporto Tom Jobim, de onde partem e chegam os
vôos, a Webjet opera seguindo o conceito LCLF: Low-Cost/Low-fare.
Após iniciar serviços, a Webjet logo sentiu o calor da
competição, sobretudo da Varig, que baixou os preços nas
mesmas rotas operadas pela empresa. A Webjet resolveu
reduzir ainda mais suas tarifas e passou a oferecer uma
tarifa única por trecho: R$ 168,00. As outras companhias
logo seguiram e a empresa sofreu: reduziu freqüiencias
até parar de voar.
Alguns meses se passaram com o único avião no chão,
voando esporadicamente em alguns charters. Em meados de
2005, a companhia mudou de donos: novos investidores,
capitaneados pelo grupo carioca Águia, adquiriram o
controle da companhia. O grupo mudou boa parte dos
executivos, injetando capital e dando um novo alento à
companhia.
A empresa voltou aos céus e, em outubro de 2006, recebeu
seu segundo 737-300, ex-Rio Sul PT-SSK. Novas cidades
foram adicionadas à malha e novos hoários inaugurados.
Mesmo assim, os resultados ainda não se mostraram
animadores.
Foi então que, em 2007, mais uma vez a empresa foi
vendida, alegadamente por R$ 45 milhões. O poderoso
Grupo CVC assumiu o controle da empresa, e logo tratou
de fazê-la crescer. Outras aeronaves usadas foram
recebidas. Novos destinos foram inaugurados. Serviços de
fretamento da própria CVC colocaram a companhia em
trajetória ascendente. A companhia fechou o ano de 2008
com 11 aeronaves em operação. Em 2009, deu-se a
incorporação de mais nove 737-300, chegando a um total
de 22 aeronaves em meados de 2010.
Em setembro de 2010 a empresa sofreu mais uma grande
crise, ao cancelar um grande número de voos, o que levou
inclusive a ANAC tomar a drástica medida de impedir a
venda de novos bilhetes até que a situação fosse
controlada. Segundo a empresa, a falta de tripulantes
foi o motivo para tais cancelamentos: afirmou-se que
mais de 30 pilotos e co-pilotos haviam deixado a empresa
nos dois últimos meses, e que não houve tempo hábil para
treinar novas tripulações. Alegou-se que a empresa
perdeu funcionários por pagar salários abaixo da média e
não depositar benefícios e direitos aos funcionários.
Em julho de 2011, foi anunciada a aquisição da Webjet
pela Gol. Embora inicialmente a intenção da Gol fosse
pela eliminação da marca Webjet, como informou o
presidente da Gol, Constantino Júnior, a ideia foi
arquivada: o CADE impediu a absorção sem antes examinar
a compra. A aquisição da Webjet foi acertada R$ 310,7
milhões, incluindo dívidas que serão absorvidas pela Gol
na casa dos R$ 215 milhões.
Brasmex Cargo (2002-2004)
A primeira empresa cargueira internacional Brasileira -
a Brasmex - Brasil Minas Express teve uma história
complicada. Dirigida pelo Cmte. Carlos Hamilton Martins
Silva, operou um único DC-10-30F, que deveria servir
entre Viracopos-Miami, Viracopos-Luxemburgo e
Viracopos-Manaus-Miami, além de vôos intra-sulamericanos
e domésticos de grande demanda está parado em Guarulhos.
A Brasmex queria incorporar um DC-10-30F por ano até
2005, quando a companhia esperava ter alcançado a
liderança no mercado de carga aérea dentre todas as
operadoras brasileiras. Além de Europa e Américas, os
principais mercados que a empresa queria servir eram a
América Latina, Ásia, África e Oriente.
Na prática, ela conseguiu operar apenas serviços não
regulares. Incapaz de pagar as contas, devolveu o único
DC-10 ao arrendador, CIT Aerospace e teve sua operaação
interrompida em janeiro de 2004.
TNT/SAVA (1991-1993)
A TNT/SAVA foi uma operadora doméstica de carga. Fundada
em 1991, recebeu inicialmente um Boeing 727-100
ex-Transbrasil e com ele começou a realizar vôos...
adivinha onde? Claro, no eixo Manaus-Guarulhos. Em
seguida, a frota dobrou com a entrega de um segundo 727.
Mas logo a empresa entrou em dificuldades econômicas e
ao final de 1993 tinha virado história. Foi, no entanto,
uma das primeiras a se beneficiar dos ventos da abertura
na aviação doméstica brasileira, que por décadas esteve
fechada para os operadores "oficiais". A TNT entrou para
a história por ter sido uma das primeiras caras novas
surgidas nos nossos céus em décadas.
ABSA Cargo Airlines
A ABSA iniciou suas atividades em 1995 no Aeroporto de
Viracopos, em Campinas, com um Douglas DC-8-71F em rotas
internacionais, como Bogotá, Cidade do México e Miami.
Além do transporte de cargas, a empresa atua desde então
também no segmento de handling à terceiros.
No ano 2000 o DC8-71F foi devolvido ao arrendador e a
empresa suspendeu suas atividades de vôo. Em meados de
2001 foi recebido um Douglas DC8-61F e os vôos foram
retomados.
Entrou em operação no final de 2001 um 767-300F, o
primeiro do tipo em operação em uma empresa brasileira.
Com ele a ABSA retomou os vôos entre USA e Brasil,
operando regularmente entre Viracopos, Manaus e Miami.
A aeronave, usada, era operada na Lan Chile Cargo com a
matrícula CC-CZX e aqui no Brasil recebeu o prefixo
PR-ABB. Em 2005 chegou o segundo 767, PR-ABD, vindo
"zero km" da fábrica em Seattle. Com ele a empresa
inaugurou vôos regulares para Frankfurt, Alemanha.
A empresa assinou um acordo de aliança operacional com a
LAN Cargo, Lufthansa Cargo e Mas Air (México). Em 2005,
a ABSA cresceu 25,8% em relação ao ano anterior, com
faturamento de US$ 156 milhões.
A ABSA é uma das duas companhias de bandeira brasileira
aprovadas pela Autoridade Aeronáutica Brasileira para
realizar vôos regulares internacionais para o transporte
exclusivo de cargas. A ABSA Cargo Airline emprega 300
funcionários. No final de 2005, a ABSA Cargo Airline
atingiu o melhor desempenho médio anual entre as mais de
12 mil aeronaves que formam a frota mundial da Boeing.
Em cooperação com outras empresas respeitadas no mundo
da aviação, a ABSA Cargo Airline integra uma Aliança
Estratégica que lhe garante ofertar uma das mais amplas
malhas do mercado, com cobertura de diferentes destinos
em toda a América Latina, México, Estados Unidos,
Europa, Ásia e Oceania.
em novembro de 2001 a LanChile adquiriu posição
controladora da empresa, com aproximadamente 73% de
participação de capital; os outros 27% estão divididos
entre a Jochmann Participações e a TADEF.
A ABSA em 2009 teve uma participação de 23% na
movimentação do total da carga aérea internacional
(exportação + importação) transportada de/para todos os
aeroportos brasileiros.
Atlântico Transporte Aéreo
De Recife para o mundo, começando por Garanhuns,
Caruaru, Campina Grande, Paulo Afonso, Serra Talhada,
Arcoverde e Arapirina.
Começando suas operações em janeiro de 2001, a ATA
escolheu o Caravan para sua frota, que deve ser
aumentada em mais duas unidades em breve. Com estas duas
nova aeronaves, a ATA pretende servir o Rio Grande do
Norte, Ceará, Bahia, Alagoas e outros estados da região,
em vôos de passageiros, carga e charters.
BRA Transportes Aéreos (2000-2007) (2008-)
Fundada em 1999, a Brasil Rodo Aéreo nasceu para, como
seu nome poderia indicar, competir com os ônibus
interestaduais.
Operando no conceito "low fare" (você conhece alguma
nova companhia que não tenha essa estratégia?) a BRA
logo de largada assinou um contrato operacional e de
marketing com o Grupo Varig (Rotatur), que lhe
disponibiliza lugares nos vôos regulares e fretados da
empresa gaúcha.
Operando com Boeings 737-300 configurados com 148
assentos e 737-400, a empresa espera receber mais
aeronaves e aumentar seus vôos, concentrados nas
ligações São Paulo-Nordeste, a preços muito acessíveis,
que permitem aos passageiros, que antes iam de ônibus,
poderem pensar em fazer suas viagens com o conforto e
comodidade do avião. A companhia trouxe em meados de
2004 um Boeing 767-300 para vôos charter internacionais.
O 767 foi inicialmente usado em vôos entre o nordeste
brasileiro e a Europa, sobretudo Lisboa.
Com a crise da Varig, a empresa reagiu rápido e
incrementou serviços regulares nacionais e
intercontinentais. Chegou a voar regularmente para 34
cidades no Brasil, e com seus 767, para Lisboa e Madri.
A companhia voou alto: fez uma encomenda de 20 jatos
Embraer 195 e pretendia mudar seu plano de negócios,
competindo em pé de igualdade contra TAM e Gol. No
entanto, disputas entre sócios levaram à paralisação
completa de suas atividades em 7 de novembro de 2007.
Dirigida ao começo de 2009 por Walter Folegatti,
companhia prtetende voltar agora, no segmento de voos
charter, operando um Boeing 737-300, ex-Gol (PR-GLK).
Contudo, a empresa continua no solo, inclusive
classificada como "Inoperante" pela ANAC.
PENTA - Pena Transportes Aéreos (1995 - 2006)
A PENTA - Pena Transportes Aéreos foi fundada em 1995 em
Santarém, com o propósito de explorar o transporte aéreo
no eixo Manaus-Santarém-Belém e outros segmentos
secundários na região leste da Amazônia. A frota
inicialmente composta por dois Cessna Grand Caravan, foi
logo aumentada com dois Embraer 110 Bandeirante.
Em 1996 foram entregues os dois primeiros Embraer 120
Brasília e chegou-se a cogitar a operação do ERJ145,
porém a compra não chegou a se realizar.
Seguindo o exemplo da TABA, em 1997 foi a vez de dois
Dash 8-300 tomarem o rumo da Amazônia, operando então em
rotas de maior distância e demanda. Em 1998 foi a vez do
Dash 8-400Q ser anunciado como próximo equipamento,
porém mais uma vez ...nada. Para complicar a situação,
com a crise cambial de 1999, os dois Dash 8-300 foram
devolvidos, levando ao cancelamento de várias rotas.
Entre o ano 2000 e 2001 a PENTA teve suas operações
suspensas pelo DAC, sob a alegação de problemas de
manutenção. A empresa voltou às atividades regulares no
primeiro semestre de 2001, ostentando um novo e
chamativo esquema de pintura em seu agora único
Brasília. A companhia ainda manteve a linha
internacional para Caiena e chegou a cogitar a vinda de
um turboélice ATR-42 para atender aos passageiros da Air
France, mas o negócio nunca se concretizou. Nos últimos
meses de vida, a operação de vôos da Penta ficou
reduzida a apenas dois turboélices EMB-110 P1. A
empresa, no entanto, só voaria até 2005.
Jetsul (1993 - 2003)
Fundada em 1993, a Jetsul operou na região setentrional
do país serviços de carga e fretamentos de passageiros.
Com uma frota modesta, três Bandeirante e um F-27 (PT-LAH,
ex-TAM) a Jetsul voava regularmente entre Campinas,
Porto Alegre, Florianópolis, Curitiba e Rio de Janeiro.
Encerrou suas operações em 2003.
A empresa chegou a transformar-se em um taxi aéreo,
operando um IAI Westwind e um Beechjet, mas vendeu todas
as suas aeronaves.
BETA Cargo
A BETA Cargo nasceu em 1994 com o nome de Brasair,
operando vôos cargueiros no eixo Campinas-Manaus e
também arrendando aeronaves para outras empresas. Suas
atividades como Brasair foram encerradas em janeiro de
1996.
Em maio do mesmo ano, a empresa voltou a operar com o
nome BETA Cargo, inicialmente com apenas um único Boeing
707-300C.
A nova empresa era resultado da fusão da Brasair com a
CMI, esta especializada na em manutenção e com base no
Aeroporto de Guarulhos. Com a expansão do tráfego aéreo
cargueiro no mercado doméstico, ocorrida na segunda
metade da década de 90, a frota cresceu até chegar à
quatro Boeing 707.
A BETA mantém vôos regulares cargueiros entre Guarulhos
e Manaus e na rota Guarulhos-Salvador-Recife, além de
outros destinos ocasionais em estados do Nordeste e Sul
do país. Outras rotas regulares atuais ligam POA e REC
via GRU, em fretamentos para a ECT, além de vôos diários
para o Galeão.
A empresa conta com seis tripulações completas e mais um
flight engineer, perfazendo 19 profissionais. Em maio de
2002, adotou uma nova identidade visual, privilegiando a
logomarca da GPT Holding. As duas empresas separaram-se
naquele mesmo ano, mas uma nova razão (Grupo Beta) foi
adotada com a chegada do DC-8-73F de prefixo PR-BEX.
A frota foi padronizada em 2008 neste tipo de aeronave,
com a aposentadoria definitiva dos veteranos Boeing 707.
A empresa serve regularmente Manaus, Guarulhos,
Salvador, Recife e Brasília, além de operar charters
para países vizinhos, com apenas dois DC-8: PP-BEL e
PP-BEM.
Tavaj Linhas Aéreas (1994-2004)
A Tavaj foi criada em 1972, como Táxi Aéreo Vale do
Juruá. Em 1994 começou a operar como companhia regional,
mudando sua razão social para Tavaj - Transportes Aéreos
Regulares S.A.
Com uma frota de sete Embraer EMB-110P1 Bandeirante para
19 passageiros, a empresa oferecia, em todos seus vôos,
além da gentileza dos seus tripulantes, um ótimo serviço
de bordo. No ano seguinte, a Tavaj adquiriu um Fokker
F.27 Mk600 (PT-FPR) e pretendia oferecer total cobertura
da Amazônia Ocidental. Para tanto, encomendou quatro
aeronaves de Havilland Canada Dash 8-200 em meados de
1997. A empresa sonhava alto: queria mais seis Dash 8,
com três chegando em 1998 e mais três em 1999.
Porém, só chegaram os dois primeiros, o PT-TVB e o
PT-TVC, os quais acabaram sendo devolvidos em 1999,
deixando a frota com seis Bandeirante e o único F.27. No
final daquele ano, a Tavaj reestruturou sua estratégia e
frota: deixou apenas um Bandeirante em operação, e
adquiriu o EMB-120 Brasília PT-MFA e o F.27 Mk600
PT-TVA. No ano seguinte chegou o PT-LAH, ex-TAM e Jetsul.
Em 2002, sua frota estava reduzida aos três F.27, mas só
duas aeronaves estavam em condições de vôo. Em uma
última tentativa de salvar a empresa, a diretoria da
Tavaj chegou a planejar, em 2003, a incorporação de um
ATR 42 e até de jatos na faixa dos 100 assentos. Tarde
demais: a empresa encerrou atividades em 2004.
Líder Taxi Aéreo
Embora não seja uma empresa aérea comercial regular, a
importância da Líder na aviação comercial brasileira
merece destaque.
Fazendo juz ao nome, a empresa fundada pelo Cmte. José
Afonso Assumpção foi pioneira no segmento de Taxi Aéreo
no Brasil. Trouxe os primeiros jatos executivos Learjet,
que por décadas representou comercialmente no Brasil.
Cresceu junto com nosso país, transportando autoridades
de e para Brasília durante sua construção, aproveitando
as dimensões continentais do Brasil para oferecer seus
serviços.
No início dos anos 90, chegou a recebr um BAe 146, com
os quais pretendia iniciar operações regulares sob o
nome Air Brasil. A idéia não foi adiante, e os BAe 146
foram devolvidos sem transportar um único passageiro.
A empresa do Comandante José Afonso permaneceu em seu
nicho, fazendo justiça ao seu nome e à sua marca,
presente nos aeroportos brasileiros por mais de quatro
décadas.
Sete Linhas Aéreas
Originária da Sete Táxi Aéreo, fundada em 1976 em
Goiânia, GO, a Sete Linhas Aéreas iniciou suas
atividades regulares em 2000. Com uma frota composta por
Cessna 208B Grand Caravan, a Sete explora ligações
abandonadas pela TAM: a Sete assinou um acordo com a
empresa fundada pelo comandante Rolim Adolfo Amaro para
coordenar saídas e chegadas de Brasília, Goiânia e
Belém, permitindo conexões imediatas com os jatos da TAM
desde e para 18 cidades do centro-oeste e sul do Pará.
Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil do Brasil (ANAC),
entre janeiro e dezembro de 2009, Sete tinha 0,01% de
participação no mercado doméstico em termos de
passageiros / km. Em junho de 2010, a sua quota de
mercado foi de 0,02%.
Pantanal Linhas Aéreas
Marcos Sampaio Ferreira é um entusiasta da aviação. Em
1989 fundou a Pantanal para servir a região que lhe
emprestou o nome e ligá-la ao estado de São Paulo.
Começou com dois Bandeirantes e foi crescendo. Vieram os
Brasília, depois um Beech 1900, a única a utilizar o
tipo no Brasil. Sempre com um ótimo serviço de bordo
(quantas regionais servem whisky Johnnie Walker à
bordo?) a empresa consolidou-se.
Então chegaram os ATR-42, que melhoraram ainda mais os
serviços da empresa, que começou a explorar serviços de
arrendamento por contrato e alguns vôos charter.
Os anos de 1999 e 2000 foram difíceis, especialmente
devido à retração da demanda e à explosão do câmbio.
O que fazer? Veio a luz: a Pantanal assinou um acordo
operacional com a TAM, passando a explorar rotas
deixadas de lado pela empresa do comandante Rolim,
quando esta resolveu aposentar os Fokker 50.
Foi o casamento da fome com a vontade de comer. Bom para
as duas empresas, mas especialmente para a Pantanal,
garantindo a continuidade de suas operações. Estes vôos
partiam e chegavam no aeroporto de Guarulhos, enquanto
os vôos da própria empresa ligavam Congonhas à Dourados,
Governador Valadares, Franca, Rio Verde, Juiz de Fora,
Presidente Prudente, Ponta Porã, Mucuri, Uberaba e
Varginha.
Esta cooperação teve vida efêmera. A companhia então
atravessou sérias dificuldades, agravadas pelo fato de
que a ANAC resolveu não renovar o CHETA da companhia, e
se manteve em operações somente pela força de liminares
na justiça.
Aos trancos e barrancos a empresa foi se mantendo em
operação mas em 2009 a crise econômica mundial bateu à
porta da Pantanal, que entrou em recuperação judicial
junto à Justiça de São Paulo.
O golpe final veio em dezembro do mesmo ano, quanto a
TAM fez uma oferta (míseros R$ 13 milhões) que foi
aceita pelo dono da empresa. A Pantanal, apesar de ainda
ostentar as suas cores, foi absorvida pela TAM. No final
do dia, a vontade de comer foi maior do que a fome.
Nacional Transportes Aéreos
No ano de 2000, mais uma empresa low-fare surgiu no
mercado brasileiro: a Nacional Transportes Aéreos.
Começou com um 737-400 arrendado, voando desde
26/12/2000 na rota GRU-GIG-REC-FOR-SLZ.
Em 14 de abril de 2001, devolveu o 737-400 para o
arrendador e trouxe um 737-200 em seu lugar, configurado
com 113 assentos. Um segundo Boeing começou a operar em
julho de 2001. A empresa cresceu e começou a servir
também Cuiabá, Campo Grande e Araçatuba. Mais dois
737-200 chegaram a ser encomendados (ex-Varig), e com
eles a Nacional pretendia operar para o sul do Brasil.
Em janeiro de 2002, com os dois 737-200 já pintados e
revisados no pátio da Varig, aguardando a entrega para a
empresa, seus diretores resolveram que as operações
seriam suspensas por tempo indeterminado. Dois meses
depois, os controladores da companhia admitiram seu
fechamento.
Fly Linhas Aéreas (1994-2003)
Em 25 de agosto de 1995 a Fly Linhas Aéreas começou a
voar no segmento charter. A primeira aeronave, o PP-LBF,
um 727-200 arrendado (ex-Royal Air Maroc) fez seu
primeiro vôo entre Guarulhos, Natal e Fortaleza.
Em 1996 chegaram o segundo e o terceiro 727-200 e
começaram os vôos para Recife. Logo a FLY voava 3 vezes
pos semana na rota GRU-GIG-FOR-NAT-GIG-GRU, além de vôos
charter ao exterior, todos os domingos entre Guarulhos,
Manaus, St. Maarten e Isla Margarita.
Hoje a frota é de quatro Boeings 727-200, matriculados
PP-LBF, PP-BLS, PP-JUB e PP-BLR, voando diariamente
entre São Paulo, Rio, Natal, Fortaleza, Rio, São Paulo.
E três vezes por semana entre São Paulo, Rio, Recife e
João Pessoa. Há planos de começar a voar para o sul do
Brasil.
Os aviões da Fly são próprios e foram comprados do
antigo operador, a Continental Airlines. Eles estão
configurados para 163 assentos, sendo que 10 deles são
da Fly Class. Esta classe equivale a uma executiva e tem
por diferenciais maior espaço nas poltronas, dispostas 2
+ 2, serviço com opções de pratos quentes servidos em
louça, open-bar com vinhos e whiskies, a preços menores
que uma tarifa "full-fare" nas concorrentes.
A Fly deseja ser reconhecida pela qualidade de seus
serviços e não por apresentar tarifas baratas,
diferenciando-se das Low-cost / Low-fare. A base de
tripulações e engenharia de manutenção, com 45
engenheiros e mecânicos, é em Guarulhos. A administração
fica no Rio. Line-maintenance é feita na empresa e os
checks maiores são contratados externamente, normalmente
feitos pela Varig ou pela Digex. Os motores são
inspecionados e revisados pela CELMA.
Desde junho de 2003, seu último 727-200 em condição de
vôo está parado. Embora segundo seus donos "oficialmente
a FLY não esteja fechada" os salários não são pagos
desde julho e todos os seus antigos colaboradores já
deixaram a empresa. Mais uma que se vai...
GENSA
Única companhia aérea regional do Mato Grosso do Sul, a
Gensa - General Serviços Aéreos - iniciou suas
atividades realizando vôos fretados e como táxi aéreo.
Em 2002, começou os vôos regulares com dois Embraer
EMB-110P1 Bandeirante, configurados com 18 assentos.
Seus primeiros vôos foram para cidades do seu estado. A
empresa planejava operações o Paraná e Rio Grande do Sul
com um EMB-120 Brasília, mas acabou desistindo e
retirando-se do mercado regular. Hoje opera fretamentos,
sobretudo no lucrativo mercado de remessas e de
transporte de valores.
META Mesquita Transportes Aéreos
Representando as gloriosas cores de Roraima no cenário
da aviação verde-amarela, a META nasceu como empresa de
Táxi Aéreo e foi se desenvolvendo... até virar um
empresa internacional, sim senhor!
Operando no Brasil em 10 cidades da Amazônia: Manaus,
Santarém, Itaituba, Oriximiná, Macapá, Belém, Altamira,
Monte Dourado e Breves; desde sua sede em Boa Vista, a
META chegou a operar até Puerto Ordaz na Venezuela,
Georgetown na Guyana e Paramaribo, Suriname.
Enfrentando dificuldades, a companhia deixou de servir
regularmente em 2007 os destinos de Manaus, Oriximiná,
Poryo Moz, Macapá, Breves e Puerto Ordaz. Em meados de
2010, a frota permanecia inalterada.
Via Brasil Transportes Aereos (1999-2002)
Janeiro de 1999 assistiu ao nascimento da Via Brasil,
uma empresa aérea legitimamente nordestina, como
gostavam de afirmar seus proprietários originais.
Operava um único 727-200 em rotas que ligavam o sudeste
do Brasil à região nordeste.
Com taxas de ocupação acima dos 70%, a empresa esperava
conseguir recursos para aumentar a frota. Os vôos
serviam as cidades de São Paulo, Recife, Fortaleza, João
Pessoa, Natal e Rio de Janeiro. Em princípios de 2002
uma nova administração assumiu o controle da empresa e
transferiu a sede para São Paulo. A frota permaneceu
inalterada: um único 727-200. Tudo parecia ir bem até
que uma inspeção do DAC encontro irregularidades e
"groundeou" o 727 no Galeão/Tom Jobim. A empresa não voa
desde então.
Mais uma história de vida, paixão e morte no árido
cenário da Aviação Comercial Brasileira neste difícil
começo de milênio.
Brasil Central (1986-2003)
Antiga Votec, a empresa foi rebatizada quando comprada
pelo Grupo TAM, em 1986. O Comandante Rolim Amaro
conseguiu expandir bastante sua operação regional, para
toda a região do centro oeste do Brasil, atingindo até a
Amazônia.
Durante muitos anos, o registro e os códigos da Brasil
Central (KK) foram valiosos para a TAM, que deles se
utilzou para solicitar rotas e freqüências separadamente
à própria TAM. Os vôos, porém, eram realizados em
aeronaves "arrendadas " da empresa aérea fundada por
Rolim. A Brasil Central deixou de existir oficialmente
em 2003
ITA Itapemirim Transportes Aéreos (1990-1999)
A Itapemirim teve um papel histórico: a primeira
tentativa (séria) de se fazer uma empresa aérea
cargueira no Brasil desde a Itaú nos anos 50. Mesmo
assim, não vingou.
Fundada em 1990 como braço do grupo Itapemirim de
transporte rodoviário, a empresa foi constituída pelo
empresário Camilo Cola. Para dirigir suas operações
diárias, Girceu Machado, veterano da aviação. A empresa
decolou com Boeings 727-100F comprados da Varig (PP-ITA,
ex-PP-CJL) e PP-ITM (ex PP-VLW). Logo veio o terceiro,
PP-ITL, ex-Evergreen.
A empresa cresceu com a chegada de dois Caravan (ITY e
ITZ) e dois 727-200F, os primeiros no Brasil (PP-ITR e
ITV). Em 1996, a Itapemirim era então a maior empresa
aérea latino-americana puramente cargueira.
A Itapemirim Transportes Aéreos Regionais foi criada em
1996 e iniciou suas atividades em 1º de agosto de 1997
com os dois Grand Caravan. A operação regional não foi
longe: no ano seguinte, a jovem companhia regional foi
adquirida pelo Grupo TAM.
No início de 1999, a Itapemirim vendeu dois Boeing
727-100F. Mas, com a grave crise cambial, a economia
entrou em recessão. Camilo Cola, dono do grupo, resolveu
que era hora de voltar às suas origens puramente
rodoviárias e, logo depois, decidiu encerrar as
deficitárias operações da simpática ITA
O que teria acontecido? Má gestão? Competição
desenfreada? Recessão com o choque cambial? Um pouco de
tudo isso combinado?
Quem sabe, um dia saberemos os fatos. Versões, existem
várias.
Aero Brasil Cargo
Criada em 1981 como subsidiária para vôos charter de
carga e passageiros, a empresa teve sempre uma relação
simbiótica com a Transbrasil.
Por vezes, assumiu serviços de carga internacionais da
empresa-mãe. Por outras, simplesmente funcionou como um
departamento.
O fato é que jamais teve uma atuação independente. Como
tal, acabou sofrendo com constantes mudanças
estratégicas e operacionais da Transbrasil. Por exmplo,
durante 1996, a empresa chegou à assinar a vinda de dois
747-100F junto à Evergreen. Idas e vindas e um estudo
econômico mais realista provou que os aviões não
poderiam gerar recursos para pagar pela sua operação. O
primeiro já estava sendo preparado no Arizona. Uma foto
exclusiva do jetsite mostra esta aeronave.
Seu fim, como marca independente, deu-se quando da venda
(ou desativação) dos seus 3 Boeing 707, herdados da
Transbrasil.
Estes acabaram sendo adquiridos pela Beta Cargo, e
passaram a realizar os vôos que até então a Aerobrasil
operava, especialmente entre Guarulhos e Manaus.
TRIP
Fundada em 24 de março de 1998 na cidade de Campinas,
Estado de São Paulo, como parte integrante do grupo de
empresas de transporte rodoviário Caprioli, a Trip -
Transportes Regionais do Interior Paulista - cresceu
muito além do que a sigla do seu nome poderia insinuar.
Tendo iniciado suas operações ainda em 1998, seus
primeiros voos ligavam as cidades de Natal, RN, e a ilha
de Fernando de Noronha, uma linha que acabou se tornando
regular, logo depois acrescida de voos para Recife.
Mesmo diante de um cenário bastante instável, como era o
do final dos anos 90, a companhia paulista cresceu de
forma consistente. Em 2005, por exemplo, acelerou sua
presença -Hoje marcante - na bacia amazônica,
conquistando o direito de operar rotas nos estados da
região norte do Brasil. Este crescimento foi ainda mais
acelerado quando a companhia encontrou um sócio de peso.
Em novembro de 2006, o Grupo Caprioli vendeu 50% da
empresa ao Grupo Águia Branca. Um ano depois, em
dezembro de 2007, o Grupo Águia Branca adquiriu também a
Total Linhas Aéreas, de Belo Horizonte. Juntas, Trip e
Total tornavam-se a maior empresa aérea regional da
América do Sul. Com esta aquisição foram incorporados 6
ATR 42 e 2 ATR 72. Para sustentar todo este crescimento,
em 25 de janeiro de 2007, a Trip anunciou a encomenda de
12 aeronaves ATR 72-500.
Em 2008, em um dos anos mais profícuos da história da
companhia, iniciou as operações no estado da Bahia,
expandindo o número de destinos, anunciou a encomenda
dos jatos Embraer 175 e vendeu 20% do seu capital para a
Norte Americana SkyWest Airlines, a maior empresa
regional do mundo.
Os primeiros jatos começaram a voar em julho de 2009. O
sucesso na operação dos modernos E-Jets da Embraer levou
a Trip a encomendar o modelo Embraer 190, de 106
poltronas. A empresa não apenas crescia em tamanho, mas
sobretudo, na qualidade de seus serviços. A Trip foi
eleita pelos passageiros consultados pela empresa
Skytrax, com sede no Reino Unido, como sendo a melhor do
Brasil em sua categoria, recebendo em 2011 o Skytrax
World Airline Awards - na categoria " Melhor companhia
de aviação regional da América do Sul".
Com uma frota de quase 60 aeronaves, ao começo de 2012,
a Trip servia nada menos que 88 destinos em todo o
Brasil ¬- de longe, a companhia com mais a malha de
serviços mais abrangente na aviação brasileira.
Azul e Trip, juntas pelo Brasil
O crescimento vigoroso, a abrangência de malha, o foco
na qualidade dos serviços, o compromisso com segurança e
eficiência operacional e, claro, a frota em comum
composta por turboélices ATR e jatos Embraer eram
algumas das razões que ensejavam uma aproximação natural
entre Trip e Azul. As conversas tiveram início ao final
de 2011 e ganharam maior constância em princípios de
2012, de forma sigilosa, como não poderia deixar de ser.
Então, em uma coletiva de imprensa realizada em São
Paulo, em 28 de maio de 2012, David Neeleman, Pedro
Janot juntamente com Renan Chieppe e José Mário
Caprioli, respectivamente Presidente do Conselho e
Diretor Presidente Executivo da Trip Linhas Aéreas,
anunciaram ao mercado a grande novidade na aviação
brasileira nos últimos anos: a assinatura de um acordo
de investimento visando combinar as duas empresas. Com o
acordo, foi criada uma nova holding controladora, a Azul
Trip S.A., que terá como presidente do Conselho de
Administração, David Neeleman. Com o objetivo de
coordenar a integração das duas aéreas, haverá na
holding um comitê, presidido por José Mario Caprioli.
Esta associação confere musculatura e fortalece a
companhia como terceira empresa da aviação brasileira,
fazendo valer a sua reputação de companhia aérea que
alia competitividade com o mais alto padrão de serviços
do País. A nova empresa demonstra números expressivos:
juntas, atendem 15% do mercado doméstico; somam uma
frota de 112 aeronaves - 62 jatos Embraer e 50
turboélices ATR; operam mais de 837 voos diários - nada
menos do que 29% de todas as decolagens realizadas a
cada dia no Brasil - em 316 rotas, totalizando 99
aeroportos servidos. O grupo de colaboradores chega a
8.700 pessoas.
Na ocasião do anúncio, David Neeleman afirmou sobre a
associação: "A Trip é uma empresa notável, que teve um
crescimento vigoroso nos últimos anos até chegar à
posição que ocupa como uma das maiores companhias
regionais da América do Sul. Estamos muito felizes em
ter no Conselho de Administração de nossa nova
controladora, Azul Trip S.A, José Mario Caprioli, Renan
Chieppe e Décio Chieppe. Azul e Trip têm em comum, além
da frota de jatos Embraer e turboélices ATR, muitos
outros pontos importantes, tais como os valores e o
genuíno desejo de encantar os Clientes. Juntos,
formaremos um grupo com possibilidades ainda maiores de
continuar prestando serviços de transporte aéreo cada
vez mais acessíveis e de alta qualidade".
"Enxergamos na Azul uma parceira que tem os mesmos
ideais e visão de negócios. Como nós, a Azul é uma
empresa com foco em segurança, qualidade no atendimento,
ótima imagem de marca e que vem crescendo de forma
vigorosa e responsável nos últimos anos. Buscaremos
disseminar as melhores práticas entre as empresas,
visando ampliar nossa competitividade no mercado,
mantendo o DNA de alto serviço de ambas", explicou José
Mário Caprioli. Tanto a Trip como a Azul, bem como suas
respectivas divisões de carga, Trip Cargo e Azul Cargo,
que igualmente vêm tendo um acelerado crescimento nos
últimos meses, continuarão operando suas frotas, equipes
e marcas de forma independente, até a aprovação da
transação pelas autoridades que regulam o mercado e o
setor aéreo no Brasil.
Total Linhas Aéreas
A Total Linhas Aéreas S/A originou-se da Total Aerotáxi
Ltda., uma empresa fundada em 1988, atuando no
transporte de malas postais a serviço da ECT - Empresa
de Correios e Telégrafos.
Em 1994, o grupo Sulista S/A, com sede em Curitiba, PR,
comprou a Total e aumentou os investimentos, iniciando
um processo de reestruturação, com o objetivo de tornar
a empresa capaz de operar no segmento de transporte
regular, deixando de ser um táxi aéreo.
Com autorização do DAC - Departamento de Aviação Civil,
esse processo se concretizou em 1996, e a Total Linhas
Aéreas S/A iniciou suas operações com uma frota composta
por aviões Bandeirante.
Pouco tempo depois já havia nove turboélices na Total,
sendo sete EMB-110, um EMB-120 Brasília e um ATR 42-300.
A empresa passou então a operar no transporte regular de
passageiros e carga. Alguns meses depois, começou a voar
na Ponte Aérea Regional (acordo entre a Taba,
Interbrasil e Total), que unia os aeroportos Santos
Dumont, no Rio de Janeiro, RJ, e da Pampulha, em Belo
Horizonte, MG. Meses depois, o acordo operacional foi
desfeito.
Alguns anos após ter iniciado suas atividades como linha
aérea, a empresa decidiu voltar sua atenção para o
mercado de carga e, em 2000, incorporou seus dois
primeiros jatos Boeing 727-200F.
Foi adquirida a divisão PAX pela TRIP em 2007. A empresa
de Campinas ficou com a maior parte da frota dos ATR e
quase todas as linhas de serviços de passageiros, exceto
um ou outro serviço de transporte para a Petrobras.
Hoje, aeronaves da Total servem as rotas da Rede Postal
Noturna dos Correios, Banco Central e Petrobras.
TABA (1975-1999)
A Taba foi uma das pioneiras no transporte aéreo da
região Amazônica. Foi fundada em 1976 pelo Coronel
Marcílio Jacques Gibson, antigo dono do Loide Aéreo
Nacional, vendido à Vasp por 600 milhões de cruzeiros.
Com este capital, Gibson comprou a pequena NOTA (Norte
Táxi Aéreo) e começou à desenvolvê-la.
Com a criação do SITAR (Sitema de Transporte Aéreo
Regional), em novembro de 1975, o Coronel Gibson
resolveu candidatar-se à servir a região. Fundou então a
TABA (Transportes Aéreos da Bacia Amazônica) e com ela
se propôs a servir toda a região.
Seus tempos de caserna devem ter ajudado na hora da
escolha e Gibson ficou com a Amazônia.
Encomendou 15 Bandeirantes (operou apenas 11) e trouxe
também os FH-227 e C-46 da extinta Paraense. Em 1983
trouxe 2 BAe 146 que operaram por alguns meses, sem
qualquer manutenção digna. As aeronaves pararam por
razões técnicas e tempos depois foram retomadas pelos
arrendadores. Sinais de que nem tudo ia bem na empresa.
Bruno Gibson, filho do Coronel, assumiu a TABA. Trouxe
novas aeronaves, como os Fokker 100 e Dash 8, mas a
desorganização continuava imperando. As precárias
condições operacionais nada ajudavam. Acidentes
começaram a manchar a reputação da TABA, que não
aguentou a competição. Devolveu metade de sua frota de
Dash 8 e, meses depois, teve os três últimos tomados por
falta de pagamento. Com isto, sua frota ficou reduzida a
2 Bandeirantes. A companhia acabou fechando as portas em
março de 1999.
TCB - Transportes Charter do Brasil (1992-2004)
Formada em 1992, a TCB - Transportes Charter Brasil,
começou operando sob contrato para a Vaspex, que
utilizava a capacidade total dos classicos DC-8-50 da
empresa.
Tendo colocado todos os ovos na mesma cesta, quando a
Vaspex enfrentou problemas, a TCB sentiu o baque.
Encostou aviões e praticamente parou suas operações.
Para sorte da companhia, novos acordos foram fechados. A
empresa chegou a operar com três DC-8-50 com capacidade
para transportar 40 toneladas voando, sobretudo, em
parceria com a Itapemirim.
No ano 2000, a TCB chegou a anunciar a retirada de
serviço dos DC-8, pois um deles já não tinha condições
de vôo, e os custos de manutenção não paravam de subir.
Para substituí-los, a empresa encomendou, para entrega a
médio prazo, dois Douglas DC-8-63F com capacidade para
45 toneladas. No final daquele ano, um único DC-8 ainda
em condições de vôo na empresa operava entre Manaus e
São Paulo, operando vôos para a VarigLog.
Em 2001, a TCB chegou a suspender as suas atividades
durante alguns meses, voltando às atividades em agosto,
quando passou a realizar vôos para a Rede Postal Noturna
(RPN) dos Correios e no transporte de carga em geral, em
conjunto com a empresa Beta Cargo e, posteriormente, com
o Grupo GPT.
Em 2002 e 2003 a frota da TCB permaneceu estacionada em
dois DC-8-50, com apenas um em operação regular. Os
últimos voos foram feitos em 2004 e a a TCB chegou ao
início de 2005 com um único DC-8-50 voando, embora
continuasse anunciando a vinda de pelo menos uma
aeronave da série 60.
A aeronave nunca veio e a empresa, faleceu.
TAF Linhas Aéreas
Empresa cearense de táxi aéreo sediada no Aeroporto
Internacional Pinto Martins, em Fortaleza, a TAF, criada
no início da década de 60, cresceu e resolveu entrar no
mercado de vôos regulares, com a desregulamentação
promovida pelo governo. Em 17 de fevereiro de 1996,
passou a se chamar TAF Linhas Aéreas S.A., começando a
operar como linha aérea regional em 1º de março daquele
mesmo ano.
Operando inicialmente no transporte de passageiros e
carga com nove aeronaves (quatro Cessna 208A Caravan, um
208B Grand Caravan e quatro Embraer EMB-110C
Bandeirante) a TAF voava para Recife, Fortaleza, Sobral,
Teresina, Parnaíba, Iguatu, Juazeiro, Natal, Mossoró,
Fernando de Noronha e João Pessoa. A TAF planejava
também a aquisição de dois Embraer EMB-120 Brasília,
compra que nunca se concretizou.
No final da década de 90, a TAF expandiu as suas
atividades realizando o transporte de cargas para a RPN
- Rede Postal Noturna dos Correios, principalmente no
Estado de Ceará.
A TAF enfrentou bravamente a dura competição da Nordeste
Linhas Aéreas e, no final do ano 2000, trouxe um Boeing
737-200C, com o qual faz vôos cargueiros que ligam São
Luis, Teresina, Brasília e Rio. Trouxe depois um Boeing
737-200QC (Quick Change), para 119 passageiros ou 15
toneladas de carga.
Além de se dedicar principalmente ao setor de carga
aérea, a TAF também realiza fretamentos contratados,
especialmente para várias localidades nos Estados do Rio
Grande do Norte e Pernambuco. Em 2003, a TAF incorporou
mais dois Boeing 737-200 e um 727-200F.
A empresa chegou a fazer 3 vôos semanais de passageiros
e carga de porão, ligando Fortaleza à Belém, Cayena
(Guiana Francesa) e Paramaribo (Suriname). No entanto, a
partir de janeiro de 2010 as operações regulares com
passageiros foram suspensas, retendo-se apenas ao
mercado de cargas e fretamentos.
Puma Air
A Puma Air Linhas Aéreas, nasceu da necessidade de
atender alguns clientes da Puma Air Táxi Aéreo, com
maior capacidade de transporte de carga e passageiros,
atingindo outras regiões da Amazônia com menor custo
operacional, graças a sua regularidade.
Equipados inicialmente com três aviões do tipo Cessna
Grad Caravan 208B, prefixos PR-PMA; PR-PMB; PR-PMC. Os
Caravans da Puma diferenciam-se dos atuais em operação
no país por serem dotados de vários opcionais de
conforto e segurança tais como: cabine de passageiros
com exclusiva configuração de assentos individuais
(capacidade para 09 passageiros); galley, toaletes,
ar-condicionado.
Os Caravans da Puma transportam, em média, 1.900 kgs,
entre passageiros e cargas, com uma autonomia de vôo de
cerca de seis horas e quarenta e cinco minutos. Os
pilotos da companhia têm, em média, treze mil horas de
vôo, todos com passagem pela Flight Safety. A estrutura
operacional de terra é composta por hangar próprio, com
4.000 m2 de área abrangendo sala VIP.
A companhia aérea já cogitava há algum tempo a
introdução de jatos em seus serviços, mas a péssima
situação do mercado de transporte aéreo em 2008 adiou
seus planos.
Em 2009 a empresa introduziu um Boeing 737-300 (PR-GLK)
em seus serviços, e os planos originais são de operar
até três dessas aeronaves. Também estão nos planos da
companhia aérea adquirir até 2011 um Boeing 767-300 para
realizar suas rotas para a Angola. A Puma também tem
encomendas para três ATR-72-500.
RICO Linhas Aéreas
Em 1951, chegava ao Brasil, na cidade de Xavantina,
procedente da Turquia, o Sr. Munur Yurtsever - o Cmte.
Mickey, onde trabalhou como mecânico de aviação na
Fundação Brasil Central. Há seis anos terminara a
Segunda Guerra Mundial, na qual ele lutou pelo exército
iugoslavo e de onde trouxe o apelido de Mickey, resolveu
adotá-lo devido a dificuldade de pronúncia de seu nome
original.
Sua primeira aeronave foi um Stinson Voyage, adquirida
em 1952. No início dos anos 60, fundou a empresa
Rondônia Indústria e Comercio (RICO), sediada na Cidade
de Porto-Velho-RO, base dos monomotores que
transportavam o ouro retirado das áreas de garimpo da
região.
Durante a construção da Rodovia Transamazônica, no
inicio da década de 70, a empresa mudou o nome para Rico
Taxi Aéreo. Transferiu sua sede para Manaus, de onde
prestava serviços às construtoras Camargo Corrêa, Rabelo
e Queiroz Galvão, que operavam na abertura da estrada.
Em 1974, com o início da prospecção de petróleo e gás
natural, a empresa manteve um contrato com a Petrobrás
que durou oito anos, utilizando aeronaves Douglas DC-3 e
Embraer 820. Nessa época a Rico tornou-se o maior
operador privado de DC-3 do mundo, com 23 aeronaves em
operação. Após esse período, a empresa já possuía o mais
bem equipado hangar da Região Norte e promoveu uma
renovação de sua frota adquirindo aeronaves Bandeirante,
Navajo, Carajás e Xingú, além de mudar as operações da
área petrolífera para mineração, participando do Projeto
Pitinga-AM, explorado pela Paranapanema S.A. Mineração,
Projeto ARDAM e Companhia de Pesquisas de Recursos
Minerais - CPRM-AM.
A Rico atendeu à Empresa Brasileira de Correios e
Telégrafos nos serviços da Rede Postal Noturna,
utilizando aeronaves Bandeirantes. Hoje voa para mais de
24 cidades. No ano 2000, fez 10.182 etapas, transportou
119.000 passageiros com 47% de ocupação. Em 21 de agosto
de 2003 recebeu seu primeiro Boeing 737-200. Com a crise
do petróleo e a consequente alta do ouro negro,
atingindo patamares altíssimos, em 2008 suspendeu toda a
operação de jatos. Hoje opera apenas com um Embraer
EMB-110 e um Brasilia, operando uma limitadassíma malha
de serviços, prestando serviços especialmente ao governo
de Amazonas.
Skymaster Airlines (1997-2010)
Desde abril de 1997, os 707 da empresa transportam
cargas, sobretudo entre Viracopos e Manaus. Vôos ligando
Campinas à Salvador e Fortaleza complementam os
principais serviços da empresa.
Os 707 começam a ser complementados pelos DC-8. A
Skymaster recebeu na segunda quinzena de maio de 2002
dois DC-8-63F para complementar e eventualmente
substituir os veteranos Boeing, levando para seis o
número de aviões operados. Sua principal base de
operações estava no aeroporto de Viracopos em Campinas,
SP.
A empresa pretendia expandir mais seus serviços e
estudava a aquisição de aeronaves de maior porte.
Envolvida em suspeita de superfaturamento de serviços e
formação de cartel de preços, a companhia sentiu os
efeitos e rapidamente seus contratos com os Correios
foram cancelados. A companhia, em situação muito
delitaca, foi compulsoriamente aposentando seus 707;
idem para os DC-8-63F. Somente o único DC-8-62F operava
serviços esporádicos.
A guilhotina desceu em setembro de 2010, quando a ANAC
revogou o CHETA da empresa, na prática selando sua
falência.
Digex cargo
A Digex cargo fazia parte do Grupo Di Gregório, e nasceu
para ser o braço alado do sistema multi-modal da
empresa. Fundada em 1991, teve vida curta. Em 1997 já
era saudade. Foi porém a primeira a operar com o
DC-8-62F no Brasil.
ATA Brasil (2001-2005)
A ATA Brasil finalmente decolou depois de uma longa
gestação. Iniciou suas operações em janeiro de 2001 com
um Cessna 208B Grand Caravan, usado no transporte de
passageiros e carga, de Recife para cidades no interior
de Pernambuco.
No início de 2003, grandes mudanças: a empresa decidiu
devolver o Cessna e operar com uma nova imagem e razão
social. A companhia passou a se chamar ATA Brasil e
trouxe equipamentos maiores: as aeronaves 737-200 e
727-200F, de pintura idêntica às da inglesa FlyJet
(empresa com a qual mantinha relações comerciais)
operaram vôos cargueiros, charter e serviços regulares
de passageiros, iniciados em 1º de junho de 2004.
O Boeing 727 de prefixo PR-GMA operava vôos de carga
regulamente entre Fortaleza, Recife, Salvador e São
Paulo. O 737-200 da empresa, PR-MGA, realizava sobretudo
vôos charter de passageiros.
Sem um plano claro de marketing, começou a encontrar
crescentes dificuldades. Um segundo 737 foi recebido,
mas não chegou a operar regularmente. Em 2005, todos os
seus vôos foram paralisados, permanecendo assim desde
então.
Passaredo Transportes Aéreos
A Passaredo Transportes Aéreos foi fundada em julho de
1995 como uma parte do Grupo Passaredo, com experiência
prévia em transportes rodoviários (Viação Passaredo).
A entrada no mercado de aviação comercial vinha sendo
estudada desde 1992. Neste período de três anos, foram
realizadas diversos estudos de mercado para a definição
de rotas e equipamentos. As atividades foram inciadas
com uma frota de dois Embraer 120 Brasília.
Entre o final de 1997 e os primeiros meses de 1998 foi
recebido o primeiro de dois Airbus A310-300, que foram
utilizados em vôos charters para o Nordeste e Caribe.
Porém, pouco mais de um ano depois a duas aeronaves
foram devolvidas.
De volta às origens, arrendou dois turbo-hélices ATR
42-300, porém a crise cambial em 1999 fez com que esses
aviões fossem devolvidos, devido aos altos custos
financeiros, permanecendo apenas com dois Brasílias.
Em 4 de abril de 2002 a Passaredo deixou os céus
brasileiros. Segundo o diretor da empresa, José Luiz
Felício, "não havia mais condições" de manter os dois
últimos (dos três recebidos) Brasílias em operação. Os
aviões eram utilizados nas últimas rotas da companhia,
que ligavam São Paulo a Ribeirão Preto, Governador
Valadares, Vitória da Conquista e Salvador.
Desde 1997, com o fim da suplementação tarifária, em que
3% da receita bruta das "nacionais" era repassada para
um fundo (gerenciado pelo governo) para ajudar as
regionais - numa ingerência e distorção de mercado
típicamente tupiniquim- os empresários da aviação
regional vêm encontrando crescentes dificuldades para
operar nos menores mercados.
Em março de 2004, a companhia voltou a voar com um único
Brasília, e depois de um ano, o segundo entrou em
operação. Hoje, a malha liga São Paulo (GRU) a S. J. do
Preto, Uberaba, Goiânia, Cuiabá e Brasília, dentre
outros.
Em 2008, um ano de evolução acentuada: encomendou seus
primeiros jatos Embraer 145, usados, e apresentou nova
identidade visual. A companhia assinou acordo de
code-share com a TAM em várias rotas e passou a operar
com mais peso em Guarulhos. Os ERJ chegaram e entraram
em operação em 2009, e hoje em dia a empresa opera para
19 destinos ao redor do Brasil e mantém um inteligente -
e cauteloso - plano de expansão. Assinou em novembro de
2010 um acordo de cooperação com a Gol, que passa a
alimentar e distribuir com seus jatos regionais da
Embraer.
Abaeté Linhas Aéreas
A Abaeté é uma pequena regional baiana, criada em 1994 e
operando desde 1996. Hoje conta com 2 Bandeirantes para
seus vôos regulares.
O comandante Jorge Mello resolveu ingressar como
empresário no segmento de táxi aéreo em 1979, fundando a
Aerotáxi Abaeté. Brevetado pelo aeroclube da Bahia em
1970, deu início às atividades da empresa com a pioneira
aeronave monomotor Piper Arrow-200, prefixo PT-DSM,
fazendo transporte de passageiros e cargas.
Em 1980, o piloto e mecânico Milton Tosto ingressou na
sociedade. Além de aumentar a frota de aeronaves, o
comandante Milton contribuiu com o reforço técnico de
manutenção e uma vasta experiência como profissional da
aviação. Atualmente ele acumula mais de 20.000 horas
voadas em diversas aeronaves.
Essa união de forças ampliou o conhecimento e pavimentou
o caminho da Abaeté para uma nova fase. Em 1985, a
Abaeté adquiriu a Atlanta Táxi Aéreo, tradicional no
segmento de manutenção de aeronaves. Assim, a empresa
incorporou a infra-estrutura de oficina e seções de
serviços necessários ao seu desenvolvimento, com
engenheiros e técnicos especializados na área.
Dez anos depois, o Grupo Abaeté inaugurou um novo
segmento: a Abaeté Linhas Aéreas, empresa responsável
pelo transporte regional de passageiros. Hoje, possui
uma equipe de 42 pilotos que são constantemente
treinados através de um programa de instruções da
empresa aprovado pelo DAC - Departamento de Aviação
Civil. Para incrementar esse treinamento, investiu-se
também em segurança com a instalação de um simulador de
vôos por instrumentos.
A sede fica localizada no Aeroporto Internacional Dep.
Luis Eduardo Magalhães, em Salvador. Além dos três
hangares e um pátio para estacionamento de aeronaves, a
Abaeté também possui um conjunto de escritórios
administrativos em Lauro de Freitas, Bahia e bases nas
seguintes cidades: Bom Jesus da Lapa, Caravelas,
Guanambi e Teixeira de Freitas. Para a melhor
conveniência dos seus clientes, ainda conta com oito
veículos tipo Van, utilitários, tratores e caminhões.
Além dos Bandeirantes e Caravans, o Grupo Abaeté em sua
divisão de táxi aéreo, conta com 26 aeronaves entre
Xingus, Citations, Carajás e um único Cessna 310.
Notável é que alguns dos Cessna 402 voaram para a TAM
nos anos 70.
AeroExpress
Fundada no ano 2000, a AeroExpress operava com 2 Cessna
Caravan, explorando um nicho de mercado deixado de lado
pelas empresas regulares, regionais e nacionais.
Nos últimos anos, as empresas regionais vêm
sistematicamente reduzindo o número de cidades servidas.
Um exemplo disso é a própria TAM, que chegou a operar 50
Cessna Caravans em serviços feeder por todo o Brasil.
Com o fim da suplementação tarifária, a TAM mudou sua
estratégia de modo à operar aeronaves com 100 ou mais
assentos, abandonando as rotas secundárias.
A AeroExpress entrou justamente nesse filão. Seus
Caravans "tigrados" podiam ser vistos em lugares como
Sinop, Sapezal, Juína, Matupá e Novo Progresso.
Além dos serviços de passageiros, a empresa operava em
parceria com a TAM nos vôos de cargas expressas. No
final de 2001 a empresa encerrou suas atividades, devido
ao baixo aproveitamento. Parece mesmo que os tigres
estão em extinção.
LRC Linhas Aéreas (1999-2001)
A LRC linhas Aéreas Regionais foi uma divisão do Grupo
LRC que operou um par de (adivinha?) Cessna Caravans
entre o aeroporto de Marte, em São Paulo e cidades do
sul de Minas Gerais. Não durou muito: de 1999 ao começo
de 2001.