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McDonnell Douglas MD-80/90
O grande sucesso das diversas variantes do DC-9 fez com
que a McDonnell Douglas desenvolvesse uma nova versão.
Seria um avião praticamente novo, equipado com os novos
motores Pratt & Whitney JT8D da série 200, mais
econômicos, silenciosos e potentes. Assim, foi lançado
oficialmente em 1977 pela Swissair o DC-9 Super 80,
medindo 4,53 metros a mais do que a série -50 e com 28%
a mais de área alar. Além disso, a capacidade de
passageiros subiu para até 172 lugares na configuração
habitual de toda a família DC-9, ou seja, 3 assentos de
um lado do corredor e dois do outro. O primeiro modelo
foi o MD81, equipado com motores JT8D-209, homologado em
agosto de 1980 e entregue para a Swissair em outubro do
mesmo ano. Em 1979 a Douglas lançaaria então a versão MD-82,
com motores mais potentes e maior peso máximo de
decologem (mais de 4 toneladas). O MD-82 foi também
produzido sob licença na China pela SAIC - Shanghai
Aircraft Industrie Corp. A variante seguinte, MD-83,
pode ser considerada a mais bem sucedida da série.
Graças a motores ainda mais potentes (JT8D-219) o peso
máximo de decolagem subiu para 72.600 kg. Além disso,
tanques auxiliares de combustível permitiram 35% a mais
de autonomia de vôo. As primeiras unidades foram
entregues à Finnair em 1985. A última variante da série
foi o MD-88, externamente idêntica às demais, porém com
a instrumentação de cabine mais moderna, copiada do MD-87.
Sua cliente lançadora foi a Delta Airlines. No Brasil,
no início dos anos 80, a Cruzeiro do Sul, então
pertencente ao grupo Varig, arrendou um MD-80 por alguns
meses para testar sua aceitação. A aeronave, de prefixo
PP-CJM, foi a única da família DC-9/MD-80 operada no
Brasil. Atualmente, a Aerolineas Argentinas é a única a
operar regularmente com este tipo de avião no Brasil.
McDonnell Douglas MD80
Comprimento (m): 45,06
Envergadura (m): 32,87
Altura (m): 9,04
Motores/Empuxo: 2x PW JT8D-209 (8.732kg)
Peso max. decol (kg): 63.503
Vel. cruzeiro: 924
MMO/VMO: .84
Alcance (km): 2.565
Tripulação técnica: 2
Passageiros: 172
Primeiro vôo: 18.Out.1979
Encomendados: MD81(89), MD82(566), MD83(275), MD88(158),
SAIC MD82(30)
Entregues: MD81(89), MD82(566), MD83(275), MD88(158),
SAIC MD82(30)
O MD-87 é uma versão encurtada do MD-80. Foi lançado em
1985 após ser encomendado pela Austrian Airlines e pela
Finnair. Seu menor comprimento permite a acomodação de
até 139 passageiros em classe única. Sua cabine de
comando contava com sistemas avançados para a época,
posteriormente incorporados ao MD-88. Apenas 87
aeronaves foram produzidas, a versão de menor sucesso
comercial da família MD-80. Porém, o MD-87 teve
importância depois que a McDonnell Douglas foi absorvida
pela Boeing. Seu sucessor, batizado de MD-95, foi
re-lançado sob a designação Boeing 717-200. Hoje, o (MD-95)
717 tem a distinção de ser a última aeronave basicamente
projetada pela McDonnell Douglas a ser mantida em
produção.
McDonnell Douglas MD87
Comprimento (m): 39,75
Envergadura (m): 32,87
Altura (m): 9,30
Motores/Empuxo: 2x PW JT8D-217B (9.461kg)
Peso max. decol (kg): 63.503
Vel. cruzeiro: 813
MMO/VMO: .84
Alcance (km): 4.393
Tripulação técnica: 2
Passageiros: 109
Primeiro vôo: 04.Dez.1986
Encomendados: 76
Entregues: 76
O MD-90 é o modelo final de uma longa família de aviões,
cujo pioneiro foi o DC-9. Cabe também ao MD-90 a
melancólica fama de ser o último representante produzido
sob o nome da McDonnell Douglas.
O programa MD-90 foi lançado em novembro 1988 como
sucessor do MD-80. A mudança mais importante no projeto
foi a troca dos motores Pratt & Whitney por dois
turbofans V2500 fabricados pela International Aero
Engines. Além do ganho em potência, estes motores são
reconhecidos pela sua excelente economia de combustível,
baixa emissão de ruídos e poluentes.
Outras mudanças apresentadas no MD-90 incluem o aumento
da fuselagem em 1.4m adiante da asa, feito incialmente
para compensar o maior peso da cauda, o que permitiu
também um pequeno aumento na capacidade de passageiros.
O MD-90 caracteriza-se também pelo cockpit com
instrumentação EFIS baseada no MD-11, além de pequenas
melhorias na cabine de passageiros.
O primeiro vôo foi realizado em fevereiro de 1993 e a
homologação foi emitida em novembro de 1994 e as
primeiras unidades foram entregues para a Delta Air
Lines.
Após a entrada em operação, o MD-90 mostrou-se uma
aeronave mais cara de manter e operar do que o previsto.
Assim, a chance vislumbrada pela McDonnell de substituir
a frota de MD-80 em operação pelo novo modelo foi por
água abaixo: tradicionais clientes da empresa optaram
por produtos da Airbus e Boeing.
Após a compra da McDonnell pela Boeing em 1997, o
programa MD-90 teve seu encerramento confirmado, após a
entrega da última unidade encomendada para a Saudi
Arabian, que se transformou na maior operadora do tipo.
McDonnell Douglas MD90
Comprimento (m): 46,51
Envergadura (m): 32,87
Altura (m): 9,33
Motores/Empuxo: 2x IAE V2525-D5(12.500kg)
Peso max. decol (kg): 70.760
Vel. cruzeiro: 809km/h
MMO/VMO: 905km/h
Alcance (km): 3.862
Tripulação técnica: 2
Passageiros: 163
Primeiro vôo: 02.1993
Encomendados: 109
Entregues: 109