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Embraer ERJ's
O ERJ 135 é a versão encurtada, para até 37 passageiros,
do jato regional ERJ 145, lançado pela Embraer em
setembro de 1997.
O seu desenvolvimento foi iniciado a partir da
necessidade de algumas empresas em operar aeronaves a
jato regionais com capacidade inferior a 40 passageiros.
Apenas nove meses e meio depois foi realizado o primeiro
vôo, em julho de 1998. O primeiro protótipo era
resultado de "encolhimento" conseguido através da
remoção de seções de fuselagem do primeiro protótipo do
ERJ 145 .
Um segundo protótipo, também um ERJ-145 encurtado, voou
outubro 1998. A entrada do serviço ocorreu no primeiro
semestre de 1999, com a entrega da primeira unidade para
a American Eagle, empresa lançadora do tipo.
A grande rapidez com a qual o programa ERJ 135 foi
desenvolvida deve-se principalmente à grande semelhança
deste com o ERJ 145, que compartilham a mesma linha de
montagem.
São impulsionados pelos turbofans Allison AE 3007 com
uma pequena redução no empuxo disponível conseguida
através do FADEC nos ERJ 135. Poucos modelos novos
tiveram um sucesso de vendas tão rápido quanto o 135:
pouco menos de um ano após seu lançamento formal, o
número de encomendas beirava as 150 unidades, sendo que
75 delas da American Eagle, que também tem o mesmo
número em opções de compra.
A Continental Express, uma das principais clientes do
ERJ 145, também optou pela compra do irmão menor. Outros
clientes viram no ERJ 135 a possibilidade de usa-lo como
avião de transporte VIP, como foi o caso do Governo
grego, que opera duas unidades nesta configuração.
Até o momento, nenhuma empresa brasileira mostrou
interesse pelo ERJ 135.
Embraer ERJ 135
Comprimento (m): 26,33
Envergadura (m): 20,04
Altura (m): 6,76
Motores/Empuxo: 2x Allison AE3007-A4(3800kg)
Peso max. decol (kg): 20.000
Vel. cruzeiro: Mach 0.75
MMO/VMO: Mach 0.78
Alcance (km): 3.360km
Tripulação técnica: 2
Passageiros: 36
Primeiro vôo: 04.07.1998
Encomendados: 133+
Entregues: 89+
Sem dúvida o maior sucesso de vendas da Embraer, o ERJ
145 teve um início de vida conturbado: entre os
primeiros desenhos e o vôo inaugural passaram-se pelo
menos seis anos.
Antes de seu vôo inaugural, o avião teve três
configurações distintas, a primeira com motores sobre a
asa, utilizada apenas pelos russos no Antonov An-72 e
74.
Mostrou-se inadequada em testes em túnel de vento.
Depois foi a vez de uma configuração mais conservadora,
com os motores sob a asa. Porém, para garantir a área
livre em relação ao chão, o trem de pouso teria de ser
redesenhado, uma das mais difíceis modificações que pode
ser feita a um projeto. Finalmente adotou-se a
configuração atual, com os motores dispostos no cone de
cauda.
O projeto em sí teve origem em meados de 1989, com a
proposta de esticar e motorizar com jatos o Brasília,
permitindo o transporte de 40 a 50 passageiros em
segmentos médios de 2500km.
O segmento de aviação regional a jato dava os primeiros
passos, e a Bombardier Canadense apresentava ao mercado
o Canadair RJ, a versão regional de seu jato executivo
Challenger.
Finalmente, em 11 de agosto de 1995 foi realizado o
primeiro vôo do protótipo PT-ZJA.
Nas mãos do Cmte. Schitini estava não só o mais
ambicioso projeto da Embraer como também o futuro da
empresa, que apostava seu futuro no avião.
Apesar das dificuldades iniciais, o ERJ 145 mostrou-se
já nos primeiros testes um campeão, e começaram a chover
encomendas, emcabeçadas pela Continental Express, com 75
unidades.
O mercado regional americano passou então a olhar o "Jungle
Jet" com outros olhos.
A concorrência por diversas vezes deixou os corredores
das empresas aéreas para ser travada nas barras dos
tribunais da OMC. Os canadenses acusam o Brasil de
facilitar a venda do avião com privilégios e subsídios
do PROEX, que acabam se traduzindo em condições ímpares
de financiamento. Os brasileiros retalham e alegam que
Ottawa faz o mesmo, veladamente.
Polêmicas a parte, fato é que o ERJ 145 transformou-se
num sucesso de vendas em pouquíssimo tempo, amadureceu,
ganhou versões, encurtado duas vezes (ERJ 140 e ERJ 135)
e até militarizado(R-99).Seu sucesso pode ser constatado
em aeroportos como Congonhas, Newark e até mesmo cidades
do interior da China.
Mais importante do que isso, resgatou a imagem da
Embraer, que hoje é a maior exportadora brasileira, e
mostrou ao mundo que o Brasil não é apenas o um cacho de
bananas, um pivete ou uma popozuda.
Yes, nós temos Regional Jets.
Embraer ERJ 145
Comprimento (m): 29,87
Envergadura (m): 20,04
Altura (m): 6,75
Motores/Empuxo: 2x Allison AE3007A(3.500kg)
Peso max. decol (kg): 20.600
Vel. cruzeiro: Mach 0.75
MMO/VMO: Mach 0.78
Alcance (km): 2.450km
Tripulação técnica: 2
Passageiros: 50
Primeiro vôo: 11.08.1995
Encomendados: 577+(ERJ 145), 174+(ERJ 140)
Entregues: 428+(ERJ 145), 42+(ERJ 140)