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Douglas DC-4
A história do Douglas DC-4 começou a ser escrita quando
a United Airlines fez pública a necessidade de uma
aeronave quadrimotora de longo alcance, e escolheu a
Douglas para o desenvolvimento do novo avião.
Donald Douglas apresentou pessoalmente à United o
ambicioso projeto, batizado Douglas Commercial 4E (o
sufixo "E" de Experimental). A United gostou do que viu.
Em 1939, com dimensões quase três vezes maiores que as
do DC-3, decolava em seu primeiro vôo o protótipo, que
deveria ser capaz de voar sem escalas entre Chicago e
San Francisco.
Tratava-se de um quadrimotor de asa baixa, trem de pouso
triciclo e cauda tripla (semelhante àquela do Lockheed
Constellation) e ainda pelos planos, deveria ser
pressurizado. Todas estas características altamente
inovadoras fizeram com que o DC-4E fosse também um avião
complexo, caro e de custo operacional muito alto.
A Douglas voltou às pranchetas, revisou completamente o
projeto, e lançou o DC-4 definitivo, menor e mais
simples que o DC-4E.
Com a entrada dos Estados Unidos na Segunda Guerra,
todos os DC-4 já na linha de produção foram requisitados
pelas Forças Armadas dos Estados Unidos. Quando o
primeiro vôo do novo modelo foi realizado, em fevereiro
de 1942, oficialmente já se tratava de uma aeronave
militar, conhecida como C-54 Skymaster.
O DC-4 atendeu de maneira perfeita as necessidades de
transporte de longo alcance da USAAF, e aproximadamente
1200 foram construídos ao longo da Guerra.
Com o fim do conflito, como ocorreu no caso do DC-3,
houve grande número de aeronaves disponíveis, que
acabaram adaptadas ao uso civil e vendidas à diversas
linhas aéreas. Estas empregaram o confiável quadrimotor
nos seus primeiros vôos de longa distância. Assim, coube
ao DC-4a primazia de inaugurar muitas rotas
transcontinentais. A Douglas construiu outros 78 DC-4
adicionais, resultados de novas encomendas.
Mas, com o surgimento do DC-6, o modelo foi lentamente
sendo relegado a vôos fretados e cargueiros e atualmente
somente uma pequena quantidade está em operação,
principalmente no transporte de carga.
Seu projeto também serviu de base para o desenvolvimento
de outros modelos, como o cargueiro Carvair (modificado
pela Aviation Traders), enquanto que a Canadair
construiu um pequeno número com os motores Rolls Royce
Merlin, chamados de DC-4M NorthStar e usado pela Força
Aérea Canadense.
Outra variante, conhecida como DC-4M-2, além dos motores
Merlin, tinha a fuselagem pressurizada e janelas
quadradas: 42 foram construídas, e operadas
comercialmente pela Trans Canada Airlines e pela BOAC,
recebendo nesta última o nome de Argonaut.
Graças à sua fuselagem de seção circular (com diâmetro
constante) o DC-4 tornou-se base para o desenvolvimento
de modelos alongados, já que aumentar seu comprimento
era algo relativamente simples. Estes novos projetos
tornaram-se conhecidos como Douglas DC-6 e DC-7.
Somando-se todas as versões, foram 1240 Douglas DC-4
construídos. Os vários recordes que quebrou, as rotas
que desbravou e sua participação decisiva na Ponte Aérea
que salvou a Berlim sitiada entre 1948 e 1949, fazem com
que o DC-4 tenha um lugar de destaque na história da
aviação mundial.
Douglas DC-4
Comprimento (m): 28,60
Envergadura (m): 35,81
Altura (m): 8,83
Motores/Empuxo: 4x PW R-2000-2SD-BG Twin Wasp(1450hp)
Peso max. decol (kg): 33.112
Vel. cruzeiro: 365Km/h
MMO/VMO: 451Km/h
Alcance (km): 4.021
Tripulação técnica: 3
Passageiros: 44
Primeiro vôo: 14.feb.1942
Encomendados: DC-4E(1), DC-4/C-54(1.240)
Entregues: DC-4E(1), DC-4/C-54(1.240)