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Boeing 777
No inicio da década de 90, a Boeing estudava um novo
modelo, para preecher a lacuna entre o Boeing 767 e o
747, na forma de um novo birreator de longo alcance.
Em 1992 a empresa anunciou a encomenda de 34 unidades do
novo avião (batizado de Boeing 777) feita pela United
Airlines.
Nos anos seguintes, a Boeing inovou mais uma vez. Formou
um grupo de potenciais compradores para, juntos,
participarem no extenso trabalho de desenvolvimento da
aeronave, desenhada pela primeira vez na história
ouvindo sugestões e críticas dos operadores.
Batizado por esta razão de "Working Together", o
protótipo fez seu primeiro vôo em junho de 1994.
O avião apresenta uma fuselagem completamente nova, com
capacidade interna para fileiras de até 9 assentos e
dois corredores.
Incorpora diversas melhorias que fizeram com que o
interior do avião recebesse prêmios de design.
Para os pilotos também houve novidades, com um layout
novo de cabine. É também o primeiro avião do fabricante
a ter um sistema totalmente fly-by-wire.
Entrando em operação nas cores da United entre Washigton
e Londres, o 777 teve excelente aceitação do público
desde o princípio. Mas trava uma dura batalha de vendas
contra os A330 e A340 da Airbus. Cada venda é
disputadíssima, provocando protestos da parte perdedora.
O 777 é preferido na América do Norte e Ásia, perdendo
na Europa e África. Na América do Sul só foi encontrar
compradores em 2001, com a entrega de duas unidades à
Varig, que já definiu o modelo como sucessor dos MD-11.
A Boeing perdeu a primazia de produzir a aeronave de
maior alcance do mundo quando a Airbus lançou o
A340-500. Mas esta situaçnao não duraria muito tempo. O
fabricante já tinha em suas pranchetas a resposta: o
novíssimo Boeing 777-200LR (Longer Range) Worldliner.
Tendo como base o 777-200ER, o novo jato leva 301
passageiros, juntamente com bagagens, reservas para
carga e ventos fortes por até 9.420 milhas náuticas
(17.446 quilômetros). A aeronave é capaz de voar,
lotada, entre New York e Auckland em pouco menos de 18
horas; na rota NY-Cingapura, levaria 18 horas e 12
minutos, de Londres até Perth, aproximadamente 16 horas
e de Londres para Sydney, com uma carga reduzida, em 19
horas.
Os mecânicos da Boeing começaram em 27/9/2004 a montagem
principal do primeiro avião para passageiros 777-200LR (Longer
Range). O primeiro passo no processo de montagem do novo
modelo 777, posicionou a longarina de asa de 29,5 metros
em um instrumento que automaticamente mede e instala
mais de 5.000 rebites. "O 777-200LR Worldliner vai ligar
praticamente quaisquer duas cidades no mundo com vôos
sem escala", disse na ocasião o então presidente e
executivo-chefe da divisão de aviões comerciais da
Boeing, Alan Mulally.
O 777-200LR é equipado com motores General Electric
GE90-110B, os motores para jatos comerciais com maior
propulsão do mundo. A Pakistan International Airlines e
a EVA Air foram os primeiros clientes do 777-200LR.
O Boeing 777-200LR Worldliner fez em 8/3/2005 o seu
primeiro vôo em Everett, Washington, iniciando um
programa de testes de sete meses de testes, com 300
horas de provas no solo e mais 500 horas de vôos, que
culminou com a primeira entrega, em janeiro de 2006,
para a Pakistan International Airlines. O vôo teve a
duração de três horas, alcançou altitude de 15 mil pés
(4.572 metros) e velocidade de 310 milhas ou cerca de
500 quilômetros por hora.
Boeing 777-200
Comprimento (m): 63,70
Envergadura (m): 60,90
Altura (m): 18,50
Motores/Empuxo: 2x GE GE90-77B
Peso max. decol (kg): 247.210
Vel. cruzeiro: .84
MMO/VMO: .96
Alcance (km): 9.525 / 14.260(ER)
Tripulação técnica: 2
Passageiros: 320
Primeiro vôo: 06.1994
Encomendados: 125
Entregues: 320
Graças ao grande sucesso do Boeing 777-200 junto aos
operadores, a Boeing não tardou em lançar a versão
alongada do modelo.
O Boeing 777-300 surgiu como o maior avião bimotor do
mundo, impulsionado pelos motores turbofans mais
potentes da atualidade.
A estratégia comercial de Seattle vê no modelo o
substituto natural dos primeiros Boeing 747 das séries
-100 e -200.
Em comparação com estes modelos, o 777-300 tem
capacidade de passageiros e alcance muito semelhantes,
porém com um gasto de combustível 1/3 menor e custos de
manutenção 40% mais baixos.
Comparado com o modelo -200, a série -300 apresenta um
aumento de 10.13m na fuselagem, permitindo a acomodação
de até 550 passageiros em classe única.
Para compensar o aumento da fuselagem e as quase 13
toneladas a mais de peso máximo de decolagem, as
principais estruturas foram reforçadas, principalmente
na parte interna da asa e do trem de pouso principal.
Outras mudanças incluem um tailskid (protetor da parte
inferior da fuselagem, par caso de over-rotation) e
câmeras de video instaladas na cauda e na bequilha, para
facilitar as manobras em terra.
A Boeing anunciou o modelo publicamente no Show Aéreo de
Paris em 1995, divulgando também 31 encomendas firmes,
vindas da All Nippon, Cathay Pacific e Thai Airways.
O roll-out do novo 777-300 foi em 8 de setembro de 1997,
seguido pelo primeiro vôo em 16 de outubro daquele ano.
Em 4 de maio de 1998, o tipo entrou para a história da
aviação ao ser não só homologado mas também autorizado a
operações ETOPS de 180 minutos tanto pelo FAA como pelo
JAA.
A entrada em serviço comercial aconteceu no mesmo mes,
nas asas da Cathay Pacific.
Boeing 777-300
Comprimento (m): 73,90
Envergadura (m): 60,90
Altura (m): 18,50
Motores/Empuxo: 2x PW4098 (44.452kg)
Peso max. decol (kg): 299.380
Vel. cruzeiro: 893
MMO/VMO: .86
Alcance (km): 10.595
Tripulação técnica: 2
Passageiros: 386
Primeiro vôo: 16.Out.1997
Encomendados: 104+
Entregues: 38+